Rio Babilônia
Rio Babilônia | |
---|---|
![]() 1982 • cor • 115 min |
|
Direção | Neville de Almeida |
Roteiro | Ezequiel Neves Neville de Almeida João Carlos Rodrigues |
Elenco | Joel Barcellos Christiane Torloni Jardel Filho Norma Bengell |
Género | policial |
Idioma | português |
Página no IMDb (em inglês) |
Rio Babilônia é um filme brasileiro de 1982, dos gêneros policial, drama e erótico, dirigido por Neville de Almeida.[1]
Índice
Sinopse[editar | editar código-fonte]
A história (uma espécie de 'La Dolce Vita' tropical) se passa nos últimos sete dias do ano, na cidade do Rio de Janeiro. A beleza e grandiosidade da cidade são mostradas em vistas aéreas, contrastando com a imagem de crianças das favelas que descem o morro para roubar nas praias as sobras dos cidadãos privilegiados.[2]
Marciano (Joel Barcellos) é o típico carioca, que sobrevive de 'bicos' e trabalhos eventuais.[2] No Rio de Janeiro das praias e favelas, das atrações turísticas e da miséria, Marciano é acordado em seu apartamento pela ligação do colega Eduardo (Pedro Aguinaga) que trabalha em uma agência de relações públicas e pede para substituí-lo para recepcionar o Dr. Liberato (Jardel Filho, em último papel no cinema, pois iria falecer meses depois), industrial afastado do Brasil há vinte anos que, na verdade, é um traficante internacional de ouro em garimpos clandestinos no norte do país.[2][3]
Vera Moreira (Christiane Torloni) é uma jornalista investigativa de um jornal e tem informações suficientes para levar Liberato à cadeia e por isso corre perigo.[2][3] Ela o importuna já na chegada do aeroporto com perguntas a respeito do contrabando no norte do país o que, por óbvio, Liberato nega.[3] Vera e Marciano acabam se conhecendo e a amizade dos dois os une no projeto de denunciar Liberato.[2][3]
Marciano acompanha Liberato a uma festa na casa de Madame Solange, cafetina do 'high society'.[3] Durante a festa, Liberato fica sabendo dos planos da Vera em denunciá-lo por comparsas contratados e decide que ela deve ser eliminada. Os 2 assassinos de aluguel recebem a pasta com fotos de Vera, mas durante a festa a pasta acaba caindo nas mãos de Marciano que decide avisar a jornalista. Os dois acabando passando a noite juntos. Depois, ele a acompanha no dia seguinte até o aeroporto sem saber que já estão sendo vigiados. Ele se despede e mal sabe que nunca mais a verá. Em seguida, ele procura Linda Lamar (a americana e modelo Patrícia Cleveland), estrela internacional que chega ao Rio para lançar um produto de sua grife e disposta a provar de tudo que o 'Brasil exótico' possa lhe oferecer.[2][3] Com o contrato cancelado, Linda pede a Marciano que lhe compre mil dólares em cocaína.[3] Marciano diz que não lida com isso. Então procura Regina, sua amiga que tem amigos no morro. Juntos, vão ao morro da Babilônia encontrar o traficante Sabará que lhes vende a droga. Porém, são interrompidos por uma batida policial e fogem. Na saída, são assaltados e ficam sem o dinheiro e a cocaína.[3] Tempos depois Marciano fica sabendo pela TV que Vera Moreira morre em um suspeito acidente de avião a caminho de um garimpo clandestino.[3][Nota 1] Marciano então continua sua jornada pelas festas e eventos na cidade. Numa delas Linda Lamar se apaixona por Bira (Antônio Pitanga), um passista de escola de samba e ela descarta seu empresário. Marciano para compensar a perda do dinheiro e da cocaína convida Lamar a conhecer o morro em uma turnê de turistas.[2]
No último dia, Liberato passa o réveillon na festa de Cláudia e Eduardo onde todas as extravagâncias são permitidas.[3] Marciano (Joel Barcelos) então protagoniza com Cláudia (Denise Dummont) e Eduardo (Pedro Aguinaga) a cena antológica do 'menáge a trois' na piscina. Na festa com a 'society' carioca bebidas, drogas e erotismo são interrompidos por um assalto.[2] Liberato, porém, sai antes no meio da festa, faz uma ligação e fica sabendo da morte de Vera. Adiante, pega o carro e termina a noite nos braços de um travesti que estava interessado dias antes.[3] Ao final, Marciano amanhece caminhando sozinho pela praia lembrando dos versos de Pablo Neruda narrados por Vera (Torloni).[2]
Elenco[editar | editar código-fonte]
- Artur de Carvalho
- Jorge Mourão
- Mariza Única
- Paulo Angel
- Vanessa
- Valéria
- Joel Barcellos .... Marciano
- Christiane Torloni .... Vera Moreira
- Jardel Filho .... Liberato (Mr.Gold)
- Denise Dumont .... Cláudia
- Paulo Villaça .... Dante
- Pedro Aguinaga .... Eduardo
- Tânia Boscoli .... Regina
- Antônio Pitanga .... Bira
- Sérgio Mamberti
- Nildo Parente
- Maurício do Valle
- Renato Pedrosa
- Maria Gladys
- Wilson Grey
- Guará Rodrigues
- Lygia Durand
- Cláudia O'Reilly
- Marcus Vinícius
- Julio Braga
- Sandro Solviatti
- Apresentando
- Lamarque, Munique
- Pat Cleveland .... Linda Lamar
- Ator(es) Convidado(s)
- Participação especial
- Evandro Mesquita
- Zenaide Pereira .... Dança das cobras
- Tamur Aimara
- Monique
- Markito
- Marco Conká
- Jorge Mourão
- Loft
- Amauri Guarilha
- Radar
- Norma Bengell .... Madame Solange
Principais prêmios e indicações[editar | editar código-fonte]
Festival de Gramado 1983
- Venceu na categoria de melhor cenografia e figurinos.
- Indicado na categoria de melhor filme.
Notas e referências
Notas
- ↑ A sinopse feita pela censura está errada; quem morre em um acidente aéreo é a jornalista Vera Moreira.
Referências
- ↑ Arquivos do Conselho Superior de Censura, site Cinemateca Brasileira, da Secretaria do Audiovisual, Ministério da Cultura [em linha]
- ↑ a b c d e f g h i Arquivos do Conselho Superior de Censura, site Cinemateca Brasileira, da Secretaria do Audiovisual, Ministério da Cultura, texto atribuído a CB/Ficha Filmográfica
- ↑ a b c d e f g h i j k Arquivos do Conselho Superior de Censura, site Cinemateca Brasileira, da Secretaria do Audiovisual, Ministério da Cultura, texto atribuído a ALSN/DFB-LM