Rodolfo II do Sacro Império Romano-Germânico
Rodolfo II | |
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Arquiduque da Áustria | |
Reinado | 12 de outubro de 1576 a 20 de janeiro de 1612 |
Antecessor(a) | Maximiliano II |
Sucessor(a) | Matias |
Imperador Romano-Germânico | |
Reinado | 27 de outubro de 1575 a 20 de janeiro de 1612 |
Coroação | 1 de novembro de 1575 |
Predecessor(a) | Maximiliano II |
Sucessor(a) | Matias |
Rei da Boêmia | |
Reinado | 22 de setembro de 1575 a 11 de março de 1611 |
Coroação | 22 de setembro de 1575 |
Predecessor(a) | Maximiliano II |
Sucessor(a) | Matias |
Rei da Hungria e Croácia | |
Reinado | 25 de setembro de 1572 a 25 de junho de 1608 |
Coroação | 26 de setembro de 1572 |
Predecessor(a) | Maximiliano II |
Sucessor(a) | Matias II |
Nascimento | 18 de julho de 1552 |
Viena, Áustria, Sacro Império Romano-Germânico | |
Morte | 20 de janeiro de 1612 (59 anos) |
Praga, Boêmia | |
Sepultado em | Catedral de São Vito, Praga, Chéquia |
Casa | Habsburgo |
Pai | Maximiliano II do Sacro Império Romano-Germânico |
Mãe | Maria da Áustria |
Religião | catolicismo |
Rodolfo II (Viena, 18 de julho de 1552 – Praga, 20 de janeiro de 1612) foi o imperador Romano-Germânico de 1575 até sua morte, além de arquiduque da Áustria, rei da Hungria, da Croácia e da Boêmia.[1] Era filho do imperador Maximiliano II[2] e sua esposa a arquiduquesa Maria da Áustria.
Biografia
[editar | editar código-fonte]Na Espanha, recebeu severa educação católica; depois de conseguir suas três coroas, favoreceu a Contrarreforma, impondo por armas um governo católico a uma cidade livre como Aachen, em 1580.
Adotou o calendário gregoriano em 1583. Não conseguiu manter a coesão de seus estados. Instalou a capital em Praga, atraindo a simpatia dos checos e a hostilidade dos alemães. Houve revoltas na Áustria 1595-1597 e dos húngaros. A partir de 1597, sua saúde declinou e, trancando-se no castelo chamado Hradcany, apaixonou-se pelas ciências e belas artes e se tornou protetor de Tycho Brahe e Johannes Kepler. Seus irmãos se apoderam do poder. O arquiduque Matias, vencedor dos otomanos, tratou diretamente com eles e obrigou Rodolfo a lhe ceder a Áustria, a Morávia e a Hungria em 1608. O imperador conseguiu conservar a Boêmia e a Silésia, dando aos súditos protestantes uma carta (lettre de majesté) em 9 de julho de 1609, que lhes concedia, com certas restrições, liberdade de consciência e de culto.
Para enfrentar Matias, tentou inutilmente fazer eleger rei dos romanos outro irmão. Mas Matias, reconhecido chefe da Casa de Habsburgo, conseguiu dos estados da Boêmia que exigissem a abdicação de Rodolfo em 1611, e este só conservou seu título imperial.
Ao subir ao trono, Rodolfo II manteve a política de tolerância ao protestantismo de seu pai e deu auxílio á Contrarreforma. Embora fosse um homem culto, parecia incapaz de governar por ataques de melancolia e, mais tarde, ocasionalmente, de insanidade. Por isso, outros membros da família começaram a intervir nos assuntos do império.
Após uma revolta na Hungria (1604-1606) liderada por Stephen Bocskay e seus aliados otomanos, grande parte do poder foi transferido para o irmão de Rodolfo, Matias. A revolta foi provocada pela tentativa de Rodolfo de impor o catolicismo romano na Hungria. Em 1608, Matias forçou Rodolfo a lhe ceder a Hungria, a Áustria e a Morávia. Procurando ganhar apoio dos estados boêmios, Rodolfo emitiu um documento real chamado Majestät em 1609, que garantia a liberdade religiosa aos nobres e às cidades. Este esforço foi em vão e Rodolfo foi forçado a ceder a Boêmia para Matias em 1611. O reinado turbulento de Rodolfo foi um prelúdio para para a Guerra dos Trinta Anos.
Rodolfo II foi um dos mais excêntricos monarcas europeus de todos os tempos. Colecionava anões e possuía um regimento de gigantes em seu exército. Era rodeado por astrólogos e fascinado por jogos, códigos e música. Rodolfo fazia parte dos nobres de seu período orientados pelas ciências ocultas. Patrono da alquimia, financiou a impressão de literatura alquimista. Além disso, seu gosto pelo excêntrico o fez um dos principais protetores e mecenas de Giuseppe Arcimboldo pintor considerado por certos críticos um dos precursores ou inspiradores do surrealismo, umas das principais vanguardas europeias do século XX. Uma das principais obras do artista é justamente o retrato de Rodolfo II como o deus romano Vertumnus pintado provavelmente entre 1590 e 1591 feito com vários tipos de frutas, legumes, cereais e outros vegetais.
Deixou apenas uma filha bastarda, Carlota (morta em Malines em 1662), marquesa da Áustria, que casou com Francisco Tomás (1589-1629 Besançon), príncipe de Cantecroix, da Casa da Borgonha-Ivrea.
Ver também
[editar | editar código-fonte]- Lista de imperadores do Sacro Império Romano-Germânico
- Lista de soberanos da Áustria
- Lista de soberanos da Boêmia
- Lista de soberanos da Croácia
Referências
- ↑ Jensen, De Lamar (1981). Reformation Europe: Age of Reform and Revolution (em inglês). Lexington: D.C. Heath. p. 446
- ↑ The New Encyclopaedia Britannica (em inglês). 14. Londres: Encyclopaedia Britannica. 1998. p. 512
Precedido por Maximiliano II |
Sacro Imperador Romano-Germânico 1576 — 1611 |
Sucedido por Matias |
Precedido por Maximiliano II |
Rei da Hungria 1572 – 1608 |
Sucedido por Matias II |
- Nascidos em 1552
- Mortos em 1612
- Monarcas católicos romanos
- Imperadores do Sacro Império Romano
- Reis da Germânia
- Reis da Hungria
- Reis da Boêmia
- Arquiduques da Áustria
- Condes do Tirol
- Casa de Habsburgo
- Cavaleiros da Ordem da Jarreteira
- Cavaleiros da Ordem do Tosão de Ouro
- Naturais de Viena
- Monarcas da Casa de Habsburgo
- Príncipes católicos romanos
- Austríacos do século XVI
- Sepultados na Catedral de São Vito