Solo (vol. 1)

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solo (vol. 1)
Solo (vol. 1)
Álbum de estúdio de Junior Lima
Lançamento 2023
Gênero(s)
Idioma(s)
Formato(s)
Gravadora(s)
Cronologia de Junior Lima
solo (vol. 2)
(2024)
Singles de solo (vol. 1)
  1. "De Volta Pra Casa"
    Lançamento: 2023

solo (vol. 1) é o nome do primeiro álbum de estúdio lançado pelo cantor e compositor brasileiro de música pop Junior Lima. O álbum foi lançado em 29 de outubro de 2023, seguido pelo lançamento dos clipes em novembro do mesmo ano.

Anteriormente, Junior teve participações em projetos como o grupo de rock Nove Mil Anjos, além de incursões na música eletrônica e funk, bem como experiências como youtuber e uma bem-sucedida turnê com Sandy em 2019.

O álbum foi concebido durante a pandemia de COVID-19, período em que Junior se afastou temporariamente da música, mas foi estimulado por seu pai, Xororó, a retomar sua paixão.

Incorporando influências do pop, rock, indie e R&B, Junior buscou criar um trabalho que refletisse sua personalidade e experiências.

O projeto contou com a colaboração de renomados produtores e compositores, incluindo Dani Black, resultando em faixas provocativas e poéticas como 'F...-se'. Além disso, o aspecto visual do álbum foi cuidadosamente desenvolvido para refletir o conceito de 'voo solo', culminando na criação de videoclipes que complementam as músicas.

Apesar de uma recepção mista por parte da crítica, com elogios para faixas como 'F...-se', algumas resenhas apontaram para uma falta de identidade artística clara e original, deixando incertezas sobre o futuro da carreira solo de Junior."

Antecedentes[editar | editar código-fonte]

O álbum marca a estreia solo de Junior, sendo o segundo trabalho sem a parceria de Sandy. Anteriormente, em 2008, ele participou como baterista no projeto de rock Nove Mil Anjos, ao lado de Champignon, Peu Sousa e Perí.[1] Além disso, esteve envolvido em projetos de música eletrônica e funk, e também atuou como apresentador de programas online.[1] Em 2019, a dupla Sandy & Junior realizou uma turnê especial, intitulada Nossa História, que obteve grande sucesso financeiro, gerando uma receita de R$ 120 milhões e colocando-os como a segunda turnê mais rentável do mundo naquele ano.[1]

Apesar desses trabalhos, com exceção da turna com a dupla, o artista evitou trabalhos como cantor. Em entrevista, ele mencionou que as críticas que enfrentou durante sua colaboração no palco com sua irmã, cerca de duas décadas antes, o fizeram manter-se afastado dos holofotes e dos microfones.[2] Segundo ele: “O canto foi uma coisa que eu me afastei por muitos anos, eu tinha minhas dores a respeito disso. E dificuldade de lidar com isso", "Eu acho que vivi muita crítica quando moleque, assim, e eu acreditei em muitas delas", "Eu acho que, ao longo desse processo todo, eu acabei vencendo várias barreiras que eu tinha, inclusive como cantor. Eu encaro como um ato de coragem, sabe? Fazer isso”.[2]

Produção e gravação[editar | editar código-fonte]

Durante o início da Pandemia de COVID-19, Junior mudou-se para o interior com sua família, afastando-se da música por cerca de seis meses.[3] Seu pai, Xororó, percebendo sua necessidade de estímulo, enviou-lhe o primeiro verso de uma música, colaborando na sua criação.[3]

Sendo este seu primeiro álbum solo, Junior empenhou-se em fazer as coisas à sua maneira, incorporando sua personalidade em cada aspecto e mergulhando em suas próprias histórias e experiências.[4] Para este projeto, o artista buscou inspiração em grandes nomes do pop, elementos musicais do rock, indie e R&B, além de referências das décadas de 1970, 1980 e 1990.[4]

Em busca de parcerias para seu álbum solo, Junior encontrou em Dani Black um colaborador, resultando na inclusão da provocativa e poética "Foda-Se" no álbum.[3] Sobre alguns dos produtores do álbum, o cantor revelou em entrevista: "Eu nunca tinha trabalhado com nenhum dos produtores que acabaram participando do disco, exceto o Duda, baixista que gravou o disco praticamente todo, que a gente já tinha feito umas demos juntos.[4] Mas o Vassão e o Lucas Romero, que são os dois produtores principais que trabalharam comigo no álbum todo, os outros acabaram sendo mais pontualmente e eles, a gente acabou fazendo tudo junto.[4] Foi um encontro muito legal porque todo mundo ali trabalha muito em prol da música, não tem disputa de ego, não tem".[4]

O projeto foi constituído sob a presença de uma extensa equipe de compositores e produtores, incluindo nomes como Bárbara Dias, Bibi (Gabriele Felipe), Dudinha, Felipe Vassão, Jenni Mosello, Lucas Vaz (da Canetaria), Lucs Romero, Ruxell (Ruan Fernandes), Pablo Bispo, Thalles Horovitz e Vivian Kuczynski.[5]

As gravações ocorreram em um estúdio localizado em Campinas, onde o artista cresceu.[1] Antes de gravar o conteúdo, ele participou de sessões de treinamento vocal com Fausto Caetano, um preparador vocal renomado.[1] O cantor compôs 54 músicas ao longo de 2020, das quais apenas 10 foram escolhidas para integrar o álbum, cuja gravação ocorreu em 2022.[5] Além desse volume inicial, há planos para lançar outras onze músicas e dois interlúdios em um segundo lançamento no futuro.[5]

A participação de Sandy nos coros da música foi uma sugestão do tecladista Felipe Vassão.[3] Outra faixa do álbum, "Ninguém É Santo", aborda abertamente o tema da sexualidade, algo que Junior sentiu necessidade de explorar em sua maturidade, após ter enfrentado rumores sobre sua masculinidade desde a adolescência.[3]

Em entrevistas, Junior destacou que a paternidade teve um grande impacto em sua vida, despertando novas formas de amor e um contato mais profundo com suas emoções, o que inevitavelmente se reflete em sua arte, pois ele compõe intimamente ligado à emoção.[5] Isso é evidente nas faixas "O Dom" e "Novo Olhar", dedicadas aos seus filhos Otto e Lara.[5] Embora "O Dom" tenha sido inicialmente concebida como uma música sobre relacionamentos amorosos, ela tomou um novo rumo durante o processo de composição, tornando-se uma homenagem à paternidade, especialmente após Junior se lembrar de uma parceria anterior com seu pai na música "Sou".[5] Por sua vez, "Novo Olhar" surgiu de uma base instrumental prévia, e Junior explorou novamente os temas de paternidade e carinho para dar vida à melodia, oferecendo uma perspectiva diferente e uma celebração de outro relacionamento especial em sua vida.[5]

Em relação ao aspecto visual do trabalho, o processo de desenvolver a estética para o álbum, inicialmente concebida pelo diretor de arte da capa, se desdobrou na criação de videoclipes e sessões que capturam a essência do conceito por trás do álbum.[4] A ideia era não apenas registrar as performances, mas também apresentar uma estética refletindo o tema do voo solo e utilizando a metáfora do paraquedas presente em uma das músicas.[4] O resultado foram seis conteúdos de clipe que complementaram as músicas.[4]

Lançamento e divulgação[editar | editar código-fonte]

Na segunda-feira, dia 23 de outubro de 2023, Junior anunciou seu novo projeto musical intitulado solo, revelando sua volta à música pop.[6] Ele surpreendeu os fãs ao limpar seu perfil do Instagram, mantendo apenas conteúdos relacionados à nova era musical.[6] Em um canal de transmissão com fãs, expressou sua gratidão aos admiradores, descrevendo as músicas como um presente para eles.[6]

Junior divulgou a capa do álbum na quarta-feira, 25 de outubro de 2023, com a data de lançamento marcada para domingo, às 21 horas, recebendo apoio não apenas dos fãs, mas também de famosos, incluindo sua irmã Sandy.[6]

O lançamento do álbum ocorreu em 29 de outubro de 2023. No mesmo dia, uma entrevista do cantor foi exibida no programa de televisão dominical Fantástico, da Rede Globo.[7]

Em 9 de novembro de 2023, o cantor lançou os clipes do álbum, os vídeos puderam ser assistidos pelos fãs em cinemas de sete cidades brasileiras no dia 1° de novembro, incluindo São Gonçalo, Belo Horizonte, Vila Velha, Rio de Janeiro, Londrina, São Paulo, Fortaleza e Brasília.[8] Em São Paulo, Junior surpreendeu os fãs ao aparecer pessoalmente após a exibição dos clipes, onde teve uma breve conversa com o público.[8]

Singles[editar | editar código-fonte]

"De Volta Pra Casa": primeiro single do álbum.[9] Na letra da canção, o artista expressa seu retorno à sua essência como artista e sua paixão pelo show business.[9] No videoclipe, ele é visto no palco, cercado de microfones, mergulhando na energia do espetáculo.[9] Com uma coreografia sutil, ele evoca reminiscências das icônicas performances de grupos como Nsync e Backstreet Boys.[9]

Recepção crítica[editar | editar código-fonte]

Críticas profissionais
Avaliações da crítica
Fonte Avaliação
G1 2.5 de 5 estrelas.[10]
R7 Desfavorável[11]

O álbum recebeu críticas mistas e desfavoráveis da crítica especializada em música e outros meios de entretenimento.

Mauro Ferreira, do site G1, avaliou com duas estrelas e meia de cinco e escreveu que apesar da colaboração de renomados produtores e compositores do cenário pop brasileiro, o álbum não consegue estabelecer uma direção artística clara para Junior.[10] Apesar disso, ele pontuou que momentos promissores, como a faixa "F...-se", que apresenta um texto provocativo escrito por Dani Black.[10]

Odair Braz Jr, do site R7, fez uma crítica desfavorável na qual ressaltou que há falta de uma identidade artística marcante e original, com o cantor optando por uma abordagem genérica e pouco distintiva.[11] Ele afirmou que faixas como "De Volta pra Casa" e "Sou" apresentam influências retrô, enquanto "Foda-se" tenta adotar uma postura mais rebelde, porém sem convencer.[11] De acordo com o crítico, o lançamento do volume 2 de "Solo" traz incertezas sobre uma possível melhora no cenário musical do cantor.[11]

Referências

  1. a b c d e Miranda, Igor (20 de fevereiro de 2023). «Junior Lima dará início a carreira solo com álbum que deve sair neste ano». Rolling Stone Brasil. UOL HOST. Consultado em 21 de abril de 2024. Cópia arquivada em 21 de fevereiro de 2023 
  2. a b «Junior lança primeira parte de álbum solo e comenta afastamento do canto: 'Tinha minhas dores'». Gshow. Globo.com. 30 de outubro de 2023. Consultado em 21 de abril de 2024. Cópia arquivada em 30 de outubro de 2023 
  3. a b c d e Essinger, Silvio (30 de outubro de 2023). «Junior lança disco solo com parceria com Xororó e Sandy em vocal surpresa de faixa malcriada». O Globo. Globo.com. Consultado em 21 de abril de 2024. Cópia arquivada em 3 de fevereiro de 2023 
  4. a b c d e f g h Kunz, Giovanna (30 de outubro de 2023). «Em entrevista, Júnior fala sobre o 1º álbum solo e sobre a carreira». Correio Braziliense. Consultado em 21 de abril de 2024. Cópia arquivada em 29 de novembro de 2023 
  5. a b c d e f g Ferreira, Arthur (30 de outubro de 2023). «Junior Lima homenageia os filhos em seu primeiro álbum solo». Capricho. Consultado em 21 de abril de 2024. Cópia arquivada em 21 de abril de 2024 
  6. a b c d Hedmilton (27 de outubro de 2023). «Junior abandona o sobrenome "Lima" para nova fase da carreira solo na música pop». Observatório dos Famosos. UOL HOST. Consultado em 21 de abril de 2024. Cópia arquivada em 3 de abril de 2024 
  7. «Junior diz que venceu barreiras como cantor em projeto solo: 'Um ato de coragem'». G1. Globo.com. 30 de outubro de 2023. Consultado em 21 de abril de 2024. Cópia arquivada em 4 de novembro de 2023 
  8. a b «"Solo - Vol 1": Junior divulga primeiro álbum individual e fãs assistem aos clipes nos cinemas». TV Cultura. UOL HOST. 10 de novembro de 2023. Consultado em 21 de abril de 2024. Cópia arquivada em 21 de abril de 2023 
  9. a b c d «Junior Lima lança primeiro trabalho em carreira solo». O Popular. 30 de outubro de 2023. Consultado em 21 de abril de 2024. Cópia arquivada em 21 de abril de 2024 
  10. a b c Ferreira, Mauro (30 de outubro de 2023). «Junior erra alvos no primeiro álbum solo ao tentar se enquadrar na moldura pop do mercado». G1. Globo.com. Consultado em 21 de abril de 2024. Cópia arquivada em 31 de outubro de 2023 
  11. a b c d Braz Jr, Odair (31 de outubro de 2023). «Primeiro disco solo de Junior é pop sem graça e com pelo menos uma música bem ridícula». R7 Entretenimento. Grupo Record. Consultado em 21 de abril de 2024. Cópia arquivada em 25 de abril de 2024