TAAG Linhas Aéreas de Angola
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TAAG Linhas Aéreas de Angola | |
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IATA | DT |
ICAO | DTA |
Indicativo de chamada | TAAG |
Fundada em | 8 de setembro de 1938 (86 anos) |
Principais centros de operações |
Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro |
Programa de milhagem | UMBI-UMBI |
Frota | 21 |
Destinos | 25 |
Sede | Luanda, Angola🇦🇴 |
Pessoas importantes | Eduardo Sória (CEO) |
Sítio oficial | taag |
A TAAG Linhas Aéreas de Angola, mais conhecida simplesmente como TAAG, é a companhia aérea nacional de Angola, tendo a sua sede em Luanda. TAAG é um acrónimo para Transportes Aéreos Angolanos.[1]
A empresa atende a 12 destinos domésticos e a 13 destinos internacionais, na África, na América do Sul, e na Europa. É também a única companhia aérea que opera voos regulares (directos ou com escalas) entre a África Central e a América Latina.
Histórico
[editar | editar código-fonte]Primeiros anos
[editar | editar código-fonte]A empresa foi criada em 8 de setembro de 1938 como "Divisão dos Transportes Aéreos" (DTA), subordinado à Direcção dos Serviços de Portos, Caminhos de Ferro e Transportes de Angola. No entanto, as suas operações iniciaram-se de facto em 1940, com aviões Dragon Rapide, Klemen e Leopard Moth. Foram assim ativadas as primeiras linhas regulares entre Luanda–Lobito-Moçâmedes e os primeiros voos internacionais Luanda–Ponta Negra.[2]
Em 1948 entraram em serviço os primeiros aviões Douglas DC-3. Catorze anos mais tarde, é adquirido o primeiro avião Fokker F27.[2]
Por intermédio do decreto-lei nº 41053, de 1957, o Serviço da Aeronáutica Civil de Angola (Saca) passa a ter competência e jurisdição sobre a DTA, como maneira de centralizar os serviços aéreos da Angola colonial.[3]
Em 1973 a DTA transforma-se em empresa de capital misto com a designação de "Transportes Aéreos de Angola, S.A.R.L." (TAAG), com capital maioritário do governo (representado pela Saca), 30% da TAP e o restante repartido por empresas privadas. Durante esse período, a TAAG explora os vos domésticos e inicia as carreiras regionais para São Tomé e Vinduque. As rotas Luanda–Lisboa e as ligações a Maputo, Beira e Salisbúria (hoje Harare) são servidos pela TAP com bandeira da TAAG.[2]
Nacionalização: crescimento exponencial
[editar | editar código-fonte]Em 1975, após a proclamação da independência angolana, a empresa é nacionalizada, mas consegue formar uma parceria com a TAP para a participação da TAAG – como companhia aérea de bandeira – nos voos Luanda–Lisboa. Os primeiros voos Luanda–Lisboa passaram a ser operados por aviões TAP com a antiga sigla DTA - Linhas Aéreas de Angola. Nos voos com destino Lisboa, os passageiros começam a ser assistidos por pessoal de cabine da TAAG. Foram nomeados os primeiros angolanos para a administração da empresa.[2]
Em 3 de março de 1976, com a chegada ao país do primeiro Boeing 737, foi iniciada a era do jato em Angola. Já no ano seguinte a TAAG transporta 230.000 passageiros em voos domésticos, atingindo, em 1978, 795.947. Em voos internacionais o desenvolvimento da companhia passa no mesmo período para 130.838 transportados. Em volume de carga e correio, neste período, são transportados 43.095 toneladas. A TAAG acumula 31.852 horas, percorrendo 18 milhões de quilómetros.[2]
Em 13 de fevereiro de 1980 é publicado no Diário da República o decreto nº 15/80 que a transforma em "Empresa Linhas Aéreas de Angola - Unidade Económica Estatal", continuando a usar a marca TAAG. O mesmo decreto a separa definitivamente do Saca, que torna-se Empresa Nacional de Exploração de Aeroportos e Navegação Aérea (Enana). Com aquisição dos novos Boeing 707 inicia-se rápido crescimento da TAAG.
No dia 16 de junho de 1985 se iniciaram as operações para o Brasil, com destino Rio de Janeiro com o equipamento Boeing 707.[2]
Em 1986 a TAAG transporta um milhão de passageiros, na maioria tropas cubanas. A queda brusca dos preços do petróleo e o agravamento da situação político-militar no país exigem da empresa um esforço especial. A paralisação quase absoluta dos transportes rodoviários e ferroviários forçam a TAAG a voar entre as principais cidades com ocupações raramente abaixo dos 100% da oferta. Durante anos, a TAAG foi o único elo de ligação entre as cidades do país, empregando 5 mil trabalhadores.[2]
A empresa aumentou a frequência seus voos internacionais para o Rio de Janeiro, Lisboa, Porto e Faro em 1988, com a chegada dos aviões Ilyushin Il-62, de fabricação soviética, que possuía capacidade para mais de 190 passageiros e dispunha de uma autonomia de mais de 9.000 quilômetros.
Pós-abertura política
[editar | editar código-fonte]Em 1990 a TAAG transporta 700 mil passageiros e cerca de 60.000 toneladas de carga e correio. Esses números fazem com que, em 1991, ocorra a criação duas novas empresas autónomas: a Angola - Air Charter, para voos chárter de carga e passageiros e a Sociedade de Aviação Ligeira (encerrada em 2015), para o serviço de táxi aéreo e de propósito múltiplo, dedicada a voos especializados de desinfestação, combate a incêndios, etc.[2]
Entre 1993 e 1995 a TAAG abre a importante linha internacional de Joanesburgo (na África do Sul), além de reabrir as linhas de Harare (no Zimbábue) e Lusaca (na Zâmbia).[2]
Em 8 de julho de 1997 a TAAG adquire o seu primeiro Boeing 747, a que deu o nome de "Cidade de Cuíto", em homenagem à resistência daquela cidade nas batalhas da Guerra Civil Angolana.[2]
Em novembro de 2006 a TAAG procede a primeira grande renovação da sua frota, realizando a encomenda de sete novos aviões Boeing, sendo: três Boeing 777-200 e outros quatro Boeing 737-700 NG (nova geração).[2]
Em 28 de junho de 2007 um Boeing 737 da TAAG despenha-se com 78 passageiros a bordo, quando tentava aterrar no Aeroporto Pedro Moisés Artur, em Mabanza Congo; confirmam-se 6 vítimas mortais, incluindo o administrador municipal de Mabanza Congo e George Vilanelo, padre católico de origem italiana. O acidente teve lugar às 13:30 horas (hora local).
Em novembro de 2008 o conselho da administração da empresa foi demitido e um novo conselho foi nomeado, em um esforço para obter a remoção da TAAG dentre a lista das transportadoras aéreas proibidas da União Europeia.
Em 2009 inicia-se a rota Luanda–Dubai.
Incidentes
[editar | editar código-fonte]Em 28 de junho de 2007, um Boeing 737-200 da TAAG despenhou-se nas proximidades do Aeroporto Pedro Moisés Artur, em Mabanza Congo, na província do Zaire, com 78 pessoas a bordo, provocando a morte de seis pessoas. O avião efectuava a ligação entre Luanda e Mabanza Congo, e embateu numa casa, depois de os pilotos terem tentado efectuar uma aterragem de emergência.[4]
Em 6 de dezembro de 2010, um Boeing 777 da TAAG com 126 passageiros a bordo, logo depois de ter descolado do Aeroporto de Lisboa perdeu diversas peças de metal de cinco por quinze centímetros de tamanho ao longo da cidade de Almada, e teve a aterrar de emergência.[5]
Proibição de voar para Europa 2007–2010
[editar | editar código-fonte]A Comissão Europeia decidiu em 3 de julho 2007 incluir a TAAG na lista negra de companhias aéreas impedidas de voar para Europa. Esta decisão implicou a suspensão de seis voos semanais da TAAG para Lisboa.[6]
Em julho de 2009 a TAAG Air Angola recebeu a permissão de voltar ao espaço europeu, sob a condição de usar unicamente os seus novos Boeing 777-200ER e, a partir de outubro de 2010, os Boeing 737, e só para Lisboa.[7] Em 1 de Agosto de 2009, o primeiro voo da TAAG partiu de Luanda para Lisboa, depois de quase dois anos de ter sido banida do espaço aéreo da UE.
Em março de 2010 a proibição foi ainda mais aligeirada permitindo que a TAAG voasse para todos os aeroportos europeus.[8] Desde então, a TAAG pretende voar para o Aeroporto de Frankfurt ou/e para o Aeroporto de Paris-Charles de Gaulle como um novo destino na sua programação.
A Manutenção de aeronaves Boeing 777-200ER é realizada pela TAP Manutenção e Engenharia Brasil S.A[9], no Rio de Janeiro, bem como em Pequim por especialistas chineses na empresa Ameco Beijing[10].
Frota
[editar | editar código-fonte]A frota da TAAG inclui as seguintes aeronaves (em 13 de Janeiro de 2024):[11]
Aeronave | Quantidade | Encomendas | Passageiros | Rotas |
---|---|---|---|---|
Boeing 737-700 | 6 | - | 120 | Doméstico e Regional |
Boeing 777-200ER | 2 | - | 314 | Regional e Internacional |
Boeing 787-9 | - | 2 | Regional e Internacional | |
Boeing 787-10 | - | 2 | Regional e Internacional | |
Airbus A220-300 | - | 15 | 142 | Regional e Internacional |
Boeing 777-300ER | 5 | - | 386 | Regional e Internacional |
De Havilland Dash 8-400 | 6 | - | 74 | Doméstico e Regional |
Boeing | 1 | Cargueiro voos
internacional | ||
Total | 20 | 20 |
Aeronave | Total | Passageiros | Rotas |
---|---|---|---|
Boeing 707 | 3 | 170 | Internacional |
Boeing 737-200 | 11 | 120 | Doméstico e Regional |
Boeing 747-300 | 3 | 524 | Internacional, 1 alugado da South African Airways |
Lockheed L-1011 | 1 | 400 | Internacional, alugado da TAP |
Ilyushin Il-62 | 7 | 198 | Internacional |
Yakovlev Yak-40 | 4 | 30 | Doméstico e Regional |
Em junho de 2011 a companhia aérea recebeu seu primeiro recém-adquiridas Boeing 777-300ER, o maior avião bimotor do mundo, de dois encomendados em setembro de 2009. TAAG se tornou a primeira companhia aérea africana na compra e operação deste tipo de aeronaves.[12] O código do cliente para o Boeing da TAAG é M2 (por exemplo, Boeing 777-3M2ER). Em Maio de 2016 a TAAG recebeu o sétimo Boeing 777.
Presidentes do Conselho de Administração / CEO's
[editar | editar código-fonte]- 1977: Roque Martins
- 1978: Armando Manuel
- 1979–1981: Júlio de Almeida
- 1981–1982: Germano Gomes
- 1982–1985: Rui Filomeno de Sá
- 1985–1988: José Fernandes
- 1988: Félix Manuel
- 1988–1991: Mário Rogério von Haff
- 1991–1992: António H. da Silva
- 1992–2000: Miguel Costa
- 2000–2006: Mateus Neto
- 2006–2008: Jesus Nelson Martins
- 2008–2013: António Luís Pimentel Araújo
- 2013–2015: Joaquim Teixeira da Cunha
- 2015–2017: Peter Murray Hill
- Agosto de 2017: foi criada uma Comissão de Gestão, tendo Joaquim Teixeira da Cunha como Coordenador
- Dezembro de 2017: José João Kuvíngua
- Setembro de 2018–2021: Ruí Carreira
- Outubro de 2021-Atualmente:Eduardo Sória
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- «Site da TAAG» (em português e inglês)
- «Site local da TAAG no Brasil.»
- «Acompanhamento ao vivo os voos da TAAG entre Angola e o Brasil.»
Referências
- ↑ Acronymfinder.com: What does TAAG stand for? Transportes Aéreos Angolanos recuperado 25 de junho 2011 (inglês)
- ↑ a b c d e f g h i j k Historia. TAAG. 2020.
- ↑ «Historial». Enana-EP. 2020
- ↑ Queda de avião em Angola faz pelo menos seis mortos
- ↑ Avaria técnica de um Boeing 777
- ↑ http://liberal.sapo.cv/noticia.asp?idEdicao=64&id=14347&idSeccao=527&Action=noticia
- ↑ Lista de companhias aéreas proibidas na UE
- ↑ http://www.webcitation.org/6Ab3fUoli
- ↑ http://www.tapme.pt/
- ↑ «Cópia arquivada». Consultado em 23 de setembro de 2012. Arquivado do original em 5 de junho de 2012
- ↑ CH Aviation TAAG Fleetlist, recuperado 16 de setembro 2012 (inglês)
- ↑ Lusomotores: TAAG recebe Boeing 777-300 que voará para Lisboa 20 de junho 2011