Tijucas do Sul
Tijucas do Sul | |
|---|---|
| Município do Brasil | |
| Hino | |
| Gentílico | tijuquense ou tijucano |
| Localização | |
| Localização de Tijucas do Sul no Brasil | |
| Mapa de Tijucas do Sul | |
| Coordenadas | 25° 55′ 40″ S, 49° 11′ 56″ O |
| País | Brasil |
| Unidade federativa | Paraná |
| Região metropolitana | Curitiba |
| Municípios limítrofes | Norte: São José dos Pinhais; Sul: Estado de Santa Catarina; Leste: Guaratuba; Noroeste: Mandirituba; sudoeste: Agudos do Sul |
| Distância até a capital | 64[1] km |
| História | |
| Fundação | 14 de novembro de 1951 (74 anos) |
| Administração | |
| Prefeito(a) | José Altair Moreira[2] (Progressistas, 2021–2028) |
| Vereadores | 9 |
| Características geográficas | |
| Área total [3] | 672,197 km² |
| População total (Censo IBGE/2022[4]) | 17 621 hab. |
| Densidade | 26,2 hab./km² |
| Clima | Subtropical |
| Altitude | 940 m |
| Fuso horário | Hora de Brasília (UTC−3) |
| Indicadores | |
| IDH (IBGE/2022[5]) | 0,636 — médio |
| PIB (DATA MPE/2021[6]) | R$ 576 000 000 |
| PIB per capita (IBGE/2021[7]) | R$ 33 328,52 |
| Sítio | tijucasdosul.pr.gov.br (Prefeitura) |
Tijucas do Sul é um município brasileiro do estado do Paraná. Sua população estimada em 2022 era de 17.621 habitantes, conforme dados do IBGE. Atualmente detém o título de Capital Paranaense da Agricultura Orgânica, devido ao número expressivo de produtores da modalidade, saindo na frente de diversas cidades no Brasil, no quesito sustentabilidade.[8]
Etimologia
[editar | editar código]De origem geográfica, provém dos depósitos de argila de coloração cinza-escura, pegajosa e popularmente chamada de "tijuco", é encontrada em grande escala no território do município.[9] O termo do "do Sul" foi acrescentado para diferenciá-la do município homônimo existente no Estado de Santa Catarina.[9]
História
[editar | editar código]Em 1541, o solo do que hoje é o território do município de Tijucas do Sul, foi pisado por Dom Alvãr Nuñez Cabeza de Vaca, que havia desembarcado na Ilha de Santa Catarina e se destinava ao Paraguai, seguindo caminho por terra. Este homem foi o primeiro adelantado (governador) do Paraguai, sendo que neste período, as terras hoje paranaenses, pertenciam à Espanha, por força do Tratado de Tordesilhas, assinado no ano de 1494, por Portugal e Espanha.[10]
Cabeza de Vaca estava acompanhado por 250 homens, 36 cavalos (da região de Andaluzia, e que deu origem ao cavalo pantaneiro), e de um grupo de silvícolas amistosos, que acompanhou a comitiva até determinada altura, para lhes ensinar a cortar o imenso sertão através de um ramo do Caminho do Peabiru.[10]
Seguindo a milenar trilha utilizada pelo desbravador espanhol, muitas outras expedições rasgaram o chão tijucano.[10]
A preia do gentio e a cata do ouro se constituiu em bom motivo, que se prolongou por muitos anos. A abertura da Estrada do Mota, mais tarde Estrada da Mata, também contribuiu para que o sudeste paranaense tivesse melhor sorte.[10]
Numerosos fatores fazem de Tijucas do Sul uma cidade marcada por acontecimentos históricos, sendo que um deles é especialmente triste à lembrança do povo do lugar, a Revolução Federalista de 1893.[10]
De um lado estavam os insurretos federalistas, baseados nos pampas, sendo que depois sua luta foi disseminada Brasil afora, e do outro lado as forças legalistas, que apoiavam o governo do Marechal Floriano Peixoto.[10]
No Paraná a maioria era florianista, e quando espalhou-se a notícia de uma possível invasão das tropas federadas na região fronteiriça com Santa Catarina, armou-se um aparato militar, visando defender o território.[10]
O ataque dos gaúchos se fez de maneira organizada e cadenciada, foram simultaneamente atacadas as guarnições de Paranaguá, Lapa e Tijucas do Sul. Em Tijucas a primeira batalha se deu no dia 11 de janeiro de 1894, de forma ininterrupta até o dia 19 do mesmo mês. O resultado final foi a rendição dos defensores do solo tijucano, ante a supremacia bélica e numérica do oponente e principalmente pela notícia de que Paranaguá e Curitiba já estavam tomadas e a Lapa sitiada.[10]
Nada restava fazer, senão contar os mortos, que foram em número de dezessete, e dezenas de feridos. Um triste episódio se deu no hospital de campanha da Cruz Vermelha. Ali estavam a cuidar dos feridos os médicos dr. Brazílio Luz, que era militar, o dr. Jorge Meyer e mais dois enfermeiros. De chofre, o local foi alvo de descarga de artilharia pesada, atingindo aos dois enfermeiros, sendo que um deles mortalmente.[10]
Não obstante toda esta movimentação, e apesar de se constituir região povoada, a Vila de Tijucas só foi elevada à categoria de município emancipado no dia 14 de novembro de 1951, através da Lei Estadual n° 790, sancionada pelo governador Bento Munhoz da Rocha Netto. O território foi desmembrado do município de São José dos Pinhais e a instalação oficial deu-se no dia 14 de dezembro de 1952.[10]
Em 1956 o prefeito municipal de Tijucas do Sul era o sr. Nir M. de Oliveira, e a Câmara Municipal) tinha a seguinte composição:[9] João Claudino Machado, João Boniecki, Osório Nestor da Rocha, Francisco C. de Lima, Loracy Bonato, Alfredo Caetano dos Santos, Manoel da Cruz, Alcides de L. Maoski e Francisco Ribeiro.
Turismo
[editar | editar código]A cidade é famosa pelos haras e pelas pousadas que atraem turistas durante todo o ano. A menos de uma hora da capital Curitiba, é uma ótima opção para o turismo rural.
O seu principal ponto turístico é a Cachoeira do Saltinho, uma imponente queda d'água, muito conhecida em toda a região, que está inserida dentro de um parque, o Recanto Saltinho.
Outro ponto interessante, que definiu o turismo, são as obras do artista Sergius Erdelyi, que escolheu a cidade como seu lar, e transformou culturalmente toda a região. No Espaço Sergius Erdelyi, na comunidade da Lagoa, está o Museu Sergius Erdelyi, que abriga mais de 3 mil obras do artista, que é conhecido no mundo inteiro. É um espaço amplo e muito belo, hoje administrado pela Prefeitura Municipal.
Transporte
[editar | editar código]O município de Tijucas do Sul é servido pelas seguintes rodovias:
- BR-376, que passa por seu território, que liga Curitiba ao litoral de Santa Catarina (BR-101)
- PR-281, que liga a BR-376 à sede do município [11]
Referências
- ↑ «Distâncias entre a cidade de Curitiba e todas as cidades do interior paranaense». EmSampa. Consultado em 22 de setembro de 2017
- ↑ [1] Portal G1 - acessado em 07 de janeiro de 2025
- ↑ IBGE (10 out. 2002). «Área territorial oficial». Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Consultado em 5 dez. 2010
- ↑ https://www.ibge.gov.br/cidades-e-estados/pr/tijucas-do-sul.html Em falta ou vazio
|título=(ajuda) - ↑ https://www.ibge.gov.br/cidades-e-estados/pr/tijucas-do-sul.html Em falta ou vazio
|título=(ajuda) - ↑ https://datampe.sebrae.com.br/profile/geo/tijucas-do-sul#bespoke-title-730 Em falta ou vazio
|título=(ajuda) - ↑ Erro de citação: Etiqueta
<ref>inválida; não foi fornecido texto para as "refs" nomeadasIBGE_PIB - ↑ «Lei Ordinária 21091 2022 do Paraná PR». leisestaduais.com.br. Consultado em 7 de janeiro de 2025
- ↑ a b c FERREIRA, João Carlos Vicente (1996). O Paraná e seus municípios. Maringá: Memória Brasileira. 687 páginas
- ↑ a b c d e f g h i j FERREIRA, João Carlos Vicente (1996). O Paraná e seus municípios. Maringá: Memória Brasileira. 686 páginas
- ↑ http://www.infraestrutura.pr.gov.br/arquivos/File/SISTEMARODOVIARIOESTADUAL2017.pdf


