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Universidade de Coimbra: diferenças entre revisões

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Revisão das 17h43min de 17 de março de 2009

Predefinição:DadosUniversidadesPortugal

A Universidade de Coimbra, sediada na cidade de Coimbra, é a mais antiga universidade portuguesa. A instituição, uma das maiores do país, remonta ao século seguinte ao da própria fundação da nação portuguesa, dado que foi criada no século XIII, em 1290, mais especificamente a 1 de Março, quando foi assinado em Leiria, por D. Dinis, o documento Scientiae thesaurus mirabilis, que criou a própria Universidade e pediu ao Papa a confirmação.

História

A bula do Papa Nicolau IV, datada de 9 de Agosto de 1290, reconheceu o Estudo Geral, com as faculdades de Artes, Direito Canónico, Direito Civil e Medicina. Teologia foi reservada aos conventos Dominicanos e Franciscanos.

A universidade, inicialmente instalada em Lisboa, foi transferida para Coimbra, para o Paço Real da Alcáçova, em 1308.

Em 1338 voltou para Lisboa, onde permaneceu até 1354, ano em que regressou para Coimbra. Ficou nesta cidade até 1377 e voltou de novo para Lisboa neste ano.

Até 1537 permaneceu em Lisboa, data em que foi transferida definitivamente para Coimbra, por ordem de D. João III. A Universidade recebeu os seus primeiros estatutos em 1309, com o nome Charta magna privilegiorum.

Os segundos estatutos foram outorgados no ano de 1431 (reinado de D. João I), com disposições sobre a frequência, exames, graus, propinas e ainda sobre o traje académico.

Já no reinado de D. Manuel I, em 1503, a Universidade recebeu os seus terceiros estatutos, desta vez com considerações sobre o reitor, disciplinas, salários dos mestres, provas académicas e cerimónia do acto solene de doutoramento.

Desde o reinado de D. Manuel I que todos os reis de Portugal passaram a ter o título de «Protectores» da Universidade, podendo nomear os professores e emitir estatutos.

O poder real (bastante mais centralizado a partir de D. João II) criava uma dependência da universidade em relação ao Estado e à Política, pelo que a preponderância dos Estudos Jurídicos se estabeleceu em Portugal. A 27 de Dezembro de 1559 (reinado de D. Sebastião), Baltazar de Faria fez a entrega dos Quartos Estatutos, nos quais se determinou que o reitor fosse eleito pelo Claustro, disposição essa nem sempre cumprida pelo poder régio. Nesse mesmo ano, a 1 de Novembro, tinha sido solenemente aberta a Universidade de Évora, entregue aos Jesuítas.

Em 1591, de Madrid, vieram os Sextos Estatutos (os quintos foram deixados de lado, nunca tendo entrado em vigor) e foram apresentados em Claustro no ano seguinte. Determinava-se que a Universidade indicasse três nomes para o cargo reitoral, escolhendo o rei um deles.

No reinado de D. José I, a Universidade sofreu uma profunda alteração. Em 28 de Junho de 1772 o rei ratifica os novos estatutos (Estatutos Pombalinos), que marcam o início da Reforma. Esta manifestava, sobretudo, um grande interesse pelas ciências da natureza e pelas ciências do rigor, que tão afastadas se encontravam do ensino universitário.

Em 1836 dá-se a fusão da Faculdade de Cânones e de Leis na Faculdade de Direito, e que veio a contribuir fortemente para a construção do novo aparelho legal liberalista. Em 1911, a Universidade recebe novos estatutos com o objectivo de criar uma certa autonomia administrativa e financeira e criava também um sistema de bolsas para fazer aumentar o número de alunos no ensino superior.

Foi criada a Faculdade de Letras, que herdou as instalações da extinta Faculdade de Teologia, enquanto as Faculdades de Matemática e de Filosofia (criadas na Reforma Pombalina) eram convertidas na Faculdade de Ciências.

Com o 25 de Abril de 1974 inicia-se um novo período da vida portuguesa e universitária, que foi alvo de várias reformas para acompanhar a nova dinâmico política. Em 1989 são publicados os estatutos que estão actualmente em vigor.

Durante os seus mais de sete séculos de existência, a Universidade, hoje uma instituição de referência, foi crescendo, primeiro por toda a Alta de Coimbra e depois um pouco por toda a cidade, encontrando-se actualmente ligada a gestação de ciência e tecnologia e à difusão de cultura portuguesa no mundo.

Continuando a manter o renome de outros tempos, é, de um modo geral, indiscutível a qualidade do ensino na Universidade de Coimbra dentro do muito fragmentado panorama nacional de ensino superior. No que toca, por exemplo à faculdade de direito (FDUC), é de notar o relatório de avaliação externa das faculdades de Direito Portuguesas, tendo a FDUC ficado no mais alto lugar do pódium no que toca ao ensino das leis. Todas as 8 faculdades têm cursos e departamentos geralmente considerados de excelência a nível nacional, e nalguns casos internacional. A UC tem consistentemente ficado classificada entre as 3 melhores universidades de língua portuguesa.

Faculdades

Torre da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra

Hoje, a Universidade de Coimbra, conta com oito Faculdades (Letras, Direito, Medicina, Ciências e Tecnologia, Farmácia, Economia, Psicologia e Ciências da Educação, Ciências do Desporto e Educação Física) e cerca de 22 mil alunos.

Actualmente, a Universidade espalha-se por três grandes pólos:

A Faculdade de Economia, situada num palacete da Avenida Dias da Silva, está afastada dos outros 3 pólos, e foi criada em 1972.

Estudantes e professores notáveis

Cientistas

Desportistas

Estrangeiros

Diplomatas

Escritores

Humanistas

Juristas

Músicos

Políticos

Prelados

Presidentes da República Portuguesa

sendo seis dos nove presidentes portugueses não militares

Primeiros-ministros

Ver também

Ligações externas