Usuário:DAR7/Testes/Geografia de Santa Catarina/Hidrografia de Santa Catarina

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Hidrografia de Santa Catarina é um domínio de estudos e conhecimentos sobre os aspectos históricos do território catarinense. Os rios que descem pelo território de Santa Catarina fazem parte de ambos os sistemas autônomos delimitados pela serra Geral e pela serra do Mar. A bacia do Atlântico Sul é constituída por bacias delimitadas entre si, como as sub-bacias fluviais do Itajaí-Açu, do Tubarão, do Araranguá, do Tijucas e do Itapocu.[1]

No sertão do estado, duas bacias se juntam para que seja formada a bacia do Prata: a bacia fluvial do Paraná, cujo afluente de maior importância é o rio Iguaçu, e a bacia fluvial do Uruguai, que tem como maiores afluentes os rios Pelotas, Canoas, Chapecó e do Peixe.[1]

Visão geral[editar | editar código-fonte]

Em Santa Catarina, as movimentações fluviais de coleta por rios mais importantes como o Itajaí-Açu, o Tubarão, o Araranguá, o Itapocu, entre outros, são orientados ao oceano Atlântico, ao passo que os demais de coleta dos mais importantes afluentes do rio Paraná. como o Iguaçu e o Uruguai, pertencem à bacia hidrográfica do Paraná. Por esse motivo fala-se que a drenagem orientada dos rios drenadores das terras catarinenses faz a identificação de ambas as bacias hidrográficas: a do Atlantico; e a do rio Paraná.[2]

Vista do Rio Itajaí com um pôr do sol em segundo plano, em Itajaí.

A drenagem da bacia hidrográfica de maior extensão da bacia hidrográfica do Atlântico Sul em Santa Catarina é da rede hidrográfica do rio Itajaí-Açu. Mas o território pelos afluentes do rio Uruguai, por sua vez afluente do Paraná, tem uma extensão ainda maior. Compreende o Extremo Oeste o Meio-Oeste o Planalto Campestre de Lages inteiros.[2]

Os mais importantes afluentes do Uruguai, além do Pelotas, que é uma divisa entre os estados de SC e o RS ao sul, e o Canoas (que formam o rio Uruguai), descem em longitude acentuada de norte a sul. Entre esses, são citados o rio do Peixe, o Chapecozinho, o Chapecó, o Irani, cujos vales foram bem fortemente povoados pelos humanos.[2]

Dirigindo-se ao rio Iguaçu, descem os afluentes que nascem em território catarinense: Rio Negro e Canoinhas, e o Timbó. As divisas que demarcam estas bacias hidrográficas marcados por regiões de maior altitude do Planalto Ocidental, como as serras de Taquara Verde, da Fartura, de Chapecó, e com demais topônimos. Entretanto, o divisor de águas das duas é a linha de relevo da Serra Geral, quanto à bacia hidrográfica do Atlântico Sul.[2]

Os divisores de águas das diminutas bacias separadas da vertente Atlântica são as montanhas do Litoral.[2]

Chuvas[editar | editar código-fonte]

Os rios são nutridos de água, vindos, tais como: do gelo derretido, das águas pluviais de superfície, das águas que se encontram no subsolo (alimentadas das águas infiltradas ou de dentro do globo). Como a mais importante fonte de água fluvial abastecida, num país cálido e de contínuas e intensas chuvas, é a chuva, fala-se em "regime pluvial".[3]

Como a distribuição relativa das chuvas em Santa Catarina é grande no decorrer do ano, fala-se que quanto ao regime fluvial predomina a regulagem. Isto significa, do período de enchentes até o período de vazantes, seu débito não é muito diferente.[3]

O quanto de água que um rio descarrega, num certo ponto, por um algum tempo, forma o débito do rio, Esse débito, resumidamente, varia menos, quando se vê nos rios de Santa Catarina, no decorrer da diferença entre as estações do ano. No entanto, é variável, portanto, a regulação da fonte alimentar das chuvas não é completa.[3]

O rio Uruguai, exemplificando, usado da mesma forma para transportar madeira, em "balsas", que dirigem-se à Argentina, possui esse uso parado com o seu débito diminuído nas estações de maior estiagem.[3]

Uma grande quantidade de populações margeadas pelo rio Itajaí-Açu, cujas fazendas delimitadas com alusão ao fluxo d'água prolongado, foram acumuladas. E escolheram os "terraços" (leito grande, velho, de sedimentos dos rios) como região para a agricultura. Cidades, como Blumenau, crescem, logo na subida do rio. Em alguns anos, o volume da descarga do rio sobe, e isso causa inundações os quais levam graves prejuízos.[3]

Habitantes trafegando de barco pela enchente, em Itajaí.

Atualmente, entre o final do século XX e início do XXI, obras que visam a regularização do fornecimento da descarga como as barragens de contenção da descarga de rios afluentes destina-se à regularização do regime do grande coletor.[3]

Rios de litoral, como o Araranguá, o rio Cubatão e rio da Madre, não conseguem escoar suas águas. Nas cheias, ou mesmo influenciados pelas marés, o rios encontram-se travados na foz, e dessa forma o escoamento das águas, ficando complicado, destina-se ao seu espalhamento dispersão lateral, causando alagamentos.[3]

As correntes oceânicas do litoral, e os ventos contínuos desviados, em posição perpendicular, ao traçado do litoral, são combinados para constituir fímbrias costeiras e estruturas dunares. Em uma grande quantidade de vezes, como nos exemplos de antes, aumentam as complicações das águas fluviais.[3]

As condições de alagamentos costeiros, como são vistos, nem sempre comprovam um fato relativo ao regime fluvial. Vários agentes exercem influência no regime fluvial.[3]

Possivelmente a ação do homem, especialmente com as queimadas praticadas nas encostas, ou desequilibrado desmatamento, causa mudanças entranhadas no desempenho da descarga fluvial. O descontrole do desmatamento acelera o fluxo visível, das águas pluviais, e diminui a quantidade de água infiltrada.[3]

As águas infiltradas, formadoras do "lençol subterrâneo", correm com maior tranquilidade, maior moderação, para as fontes que formam os escoamentos dos rios, e dessa forma, significam agentes regularizadores do regime fluvial.[3]

Águas subterrâneas[editar | editar código-fonte]

Piscina localizada nas Termas de Piratuba.

As águas subterrâneas (não as que vêm de dentro, as fontes termais, como a de Gravatal, de Águas de Chapecó, de Santo Amaro da Imperatriz) correm com tranquilidade para a superfície, sustentam escoamentos que vão constituir rios. Em algumas áreas. acima de tudo quando a poluição fluvial é bem alta, as fontes são poucas, busca-se a extração de água de subsolo por meio de lugares muito profundos - "poços artesianos".[4]

No Planalto Ocidental, a decomposição de terrenos pouco permeáveis do basalto, possui problemas em relação aos mananciais de água de subsolo. No entanto, em uma grande quantidade de lugares, a infiltração é feita no decorrer de "linhas de fraturas das rochas". sendo acumulada a subsolos muito profundos.[4]

Nas regiões litorâneas, a suave grossura dos terrenos feitos de sedimentos (geralmente de grande penetração e adequados para acumular água de subsolo) não fornece água muito disponível, própria para consumo humano. A estrutura de "balneários", com rápido crescimento de residências de veraneio, e como a água é muito procurada, enfrenta no reduzido potencial de água subterrânea armazenada um problema de grande gravidade. Por essa razão, uma grande quantidade de obras de água potável canalizada passa a ser importante para que suporte a procura e garanta o turismo representativo de certos balneários.[4]

 Ver também[editar | editar código-fonte]

Notas

Referências

  1. a b Garschagen 2000, p. 82.
  2. a b c d e Lago 1971 1971, pp. 34-36.
  3. a b c d e f g h i j k Lago 1971, pp. 36-38.
  4. a b c Lago 1971, pp. 38-39.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Garschagen, Donaldson M. (1998). «Santa Catarina». Nova Enciclopédia Barsa. 13. São Paulo: Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicações Ltda. pp. p. 82–83 
  • Lago, Paulo Fernando (1971). Geografia de Santa Catarina: instrução programada. Florianópolis: Edição do autor. 159 páginas