Wikipédia:Esplanada/propostas/Proposta de alteração do livro de estilo para abordar questões de identidade de gênero (30mai2021)

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Proposta de alteração do livro de estilo para abordar questões de identidade de gênero (30mai2021)

A seguinte discussão encontra-se encerrada. Por favor não a modifique. Comentários posteriores devem ser feitos numa nova secção. Segue-se um resumo das conclusões obtidas nesta discussão.

Aplicado em 61918402].


Problema: Questões relacionadas a identidade de gênero em artigos é um tema recorrente em discussões (ver 1, 2 e 3). Embora seja um tema que sempre vem a tona, não há uma política específica para esses casos.

Proposta: Com base na discussão mais recente e, de acordo com as opiniões lá expostas, proponho emendar em WP:LEBIO:

Identidade de gênero

Caso a biografia seja de uma pessoa transgênera, devem ser utilizadas palavras que reflitam a última autodeterminação de gênero do biografado, utilizando como base a fonte confiável mais recente. O uso de nomes que o biografado deixou de utilizar deve ser evitado exceto nos casos onde sejam necessários, de acordo com o bom senso e o consenso dos editores.

Caso a pessoa se identifique como não-binária, devem ser utilizadas palavras que não induzam ao leitor que o biografado pertença a um determinado gênero, dentro dos limites da norma culta da língua portuguesa. O uso de neologismos como o sistema elu e anglicismos como o pronome neutro de terceira pessoa they não será aceito.

ALBERTOLEONCIO Who, me? 04h16min de 30 de maio de 2021 (UTC)[responder]

Discussão[editar código-fonte]

Convido @Kautr, Liquet, CalliandraDysantha, JMagalhães, Felipe da Fonseca, DarwIn, Parzeus, Conde Edmond Dantès, BahYajé e Y4guarEtã, EVinente, Tuga1143, Jao71314 e Keijuu:ALBERTOLEONCIO Who, me? 04h21min de 30 de maio de 2021 (UTC)[responder]

Concordo integralmente. Érico (disc.) 04h24min de 30 de maio de 2021 (UTC)[responder]

Discordo fortemente. Separo o texto em três partes para comentá-lo:

1) Sobre esta parte: "Caso a biografia seja de uma pessoa transgênera, devem ser utilizadas palavras que reflitam a última autodeterminação de gênero do biografado, utilizando como base a fonte confiável mais recente. O uso de nomes que o biografado deixou de utilizar deve ser evitado exceto nos casos onde sejam necessários, de acordo com o bom senso e o consenso dos editores." eu discordo porque é preciso discutir uma questão: nós vamos considerar a declaração da pessoa como fonte fiável, ou ela precisará ter modificado sua documentação ou ser amplamente conhecida pelo novo nome (como no caso do nome artístico)? Vejam: o nome não é uma propriedade individual (e nem mesmo com a propriedade individual ou mesmo com o corpo individual permite-se fazer o que se quer), mas um instrumento social de identificação. Explico: meu nome é Felipe da Fonseca não porque eu quero que ele seja este (eu nunca quis que ele fosse este, ele me foi dado) e o meu nome não é utilizado apenas para a identificação do meu gênero (esta na verdade é menor de suas funções), mas principalmente para me identificar como sujeito e objeto de ações passadas. A troca do nome pode ter a simples função de fazer meu passado ser esquecido, seja porque eu possuia outro gênero ou porque estou fugindo de alguém, ou porque eu era mal visto pela comunidade. Portanto, a mudança do nome não pode ocorrer a partir de uma mera manifestação da pessoa, o nome precisa ter uma certa consistência, permanência. Um caso semelhante que me chamou a atenção foi o recente caso do Boner que teve seu local de nascimento modificado por causa de uma declaração sua: isso é fonte fiável? E se ele quiser apenas ocultar seu local de nascimento? Então, eu Concordo em utilizar o último nome pela qual a pessoa passou a ser designada, mas Discordo em estabelecer que a "autodeterminação" seja o critério. Para mim o critério deve ser documental ou a aceitação ampla "pelos outros", tal como o nome artístico. No mais, se não houver mudança documental, o nome da pessoa não só pode, como deve estar indicado claramente na primeira frase, não necessitando estar no resto do artigo.
2) Sobre esta parte: "Caso a pessoa se identifica como não-binária, devem ser utilizadas palavras que não induzam ao leitor que o biografado pertença a um determinado gênero, dentro dos limites da norma culta da língua portuguesa." Eu discordo fortemente: me parece que não se está levando em consideração as consequências disso. Não é possível escrever "dentro dos limites da norma culta da língua portuguesa" sem usar palavras que indiquem um dos gêneros, uma tal medida vai inviabilizar a escrita ou ao menos torná-la extremamente pobre. No mais, se alegarem que se trata de casos raros, eu devo alertar para o seguinte: eu não estou por dentro do tema, mas se se tratar da identificação da pessoa com os "esteriótipos de homem/mulher", então em muito pouco tempo todos nós estaremos nos identificando como não binários, pelo simples fato de que ninguém adequa-se perfeitamente a estes esteriótipos e também porque a liberdade em relação a toda e qualquer predeterminação é algo que o humano tende fortemente a buscar. Portanto, em pouco tempo estaremos incapacitados de escrever. Eu não consigo enxergar outra solução para isso a não ser a recuperação do gênero neutro, o que não cabe a nós fazer. No caso presente, eu não me oporia ao uso concomitante dos dois gêneros. No mais, isso seria "pesquisa inédita" no sentido de experimentalismo.
3) Sobre esta parte: "O uso de neologismos como o sistema elu e anglicismos como o pronome neutro de terceira pessoa they não são aceitos." eu Concordo.
Observação geral: nós precisamos ter cuidado ao querer implementar estas demandas sociais, não só porque elas mudam rapidamente, mas também porque os efeitos colaterais são muitos e desconhecidos. Estamos diantes de pesquisa inédita (experimentalismo) que não é e não deve ser aceito.--Felipe da Fonseca (discussão) 06h05min de 30 de maio de 2021 (UTC)[responder]
@Felipe da Fonseca: com licença, gostaria de fazer uma correção. Que "ninguém adequa-se perfeitamente a estes esteriótipos" é um fato, mas em identidade de gênero, não é assim que funciona. Identidade de gênero não é uma questão de adequação a esteriótipos, é uma questão exclusivamente de autoidentificação e disforia de gênero. Um homem pode se encaixar perfeitamente nos esteriótipos de mulher, mas ter certeza que não se identifica como uma, ou vice-versa. Afinal, são apenas esteriótipos (como você mesmo afirmou, acredito). Keijuu -aftereffect- 07h31min de 30 de maio de 2021 (UTC)[responder]
Foi exatamente o que quis afirmar: a autoidentificação com os esteriótipos, mas isso fica claro pelo texto quando digo que em breve seremos todos não binários. Felipe da Fonseca (discussão) 08h32min de 30 de maio de 2021 (UTC)[responder]
@Felipe da Fonseca: Sobre o tópico 1, não entendi o que sugere. Que devemos exigir uma certidão de nascimento? Uma decisão judicial? Fazer um teste do Google para ver qual nome é mais popular? Não é assim que as coisas funcionam. Claro que não devemos aceitar um mero tweet para alterar um artigo inteiro, tweets não são fontes confiáveis. Mas se existirem fontes confiáveis, tal como notícias de jornais reputados, isso já é mais do que suficiente e não há necessidade de criar maiores embaraços. Sobre o tópico 2, discordo do seu entendimento. A língua portuguesa é um idioma rico e possibilidade de escrita de frases é o que não falta. O artigo de Demi Lovato foi e ainda está sendo reescrito e aos poucos conseguiu conservar sua qualidade e respeitar a identidade de gênero da pessoa biografada. Supor que todos nós estaremos nos identificando como não-binários é reductio ad absurdum. ━ ALBERTOLEONCIO Who, me? 19h28min de 30 de maio de 2021 (UTC)[responder]
Discordo de vc em relação ao tópico dois. Em relação ao tópico um, trata-se exatamente da averiguação que vc propõe agora, mas não esta clara na proposta. A proposta fala em "última autodeterminação por fontes fiáveis". Fontes fiáveis não é claro e autodeterminação trás os problemas que afirmei. No caso 1, basta inserir o que vc explicou aqui. Felipe da Fonseca (discussão) 19h43min de 30 de maio de 2021 (UTC)[responder]


Concordo totalmente. Keijuu -aftereffect- 07h31min de 30 de maio de 2021 (UTC)[responder]

Dúvida Citação: devem ser utilizadas palavras que não induzam ao leitor que o biografado pertença a um determinado gênero. Ou seja, não devemos usar o pronome "ele". Mas se não o usarmos, como podemos ao mesmo tempo não usar o sistema elu ou semelhante? --Bageense(fala) 07h35min de 30 de maio de 2021 (UTC)[responder]

@Bageense utilizando-se de artifícios de "indivíduo" e "pessoa", pode-se usar ele e ela. Talvez fique algo meio implícito se não variar os gêneros dos substantivos sobrecomuns, pois ao usar-se "pessoa" incessantemente, soará como um feminino genérico. ∗ D.ˣ Kautrela/éle/ele/ily ∗ (dialogue) 23h55min de 2 de junho de 2021 (UTC)[responder]

Concordo. Também concordo caso haja uma votação pelo sistema elu. --liege (discussão) 13h50min de 30 de maio de 2021 (UTC)[responder]

Minha tendência seria concordar, mas reflito se isso não abriria brechas para validar testes na tentativa de isentar/remover a indução do gênero. Nos últimos artigos que observei, a qualidade da redação estava prejudicada. Edmond Dantès d'un message? 14h07min de 30 de maio de 2021 (UTC)[responder]

Discordo pelos potenciais problemas apresentados anteriormente. Creio que essas alterações poderão gerar ainda mais conflitos e problemas de edição caso em pouco tempo decidam revisar e ampliar, por isso sou cauteloso no momento e voto contra, pelo potencial passo para um abismo a partir desta primeira proposta. Sobre o sistema elu, não há consenso nem ampla difusão e conhecimento de seu uso de forma que editores experientes e novatos possam adotar esse "sistema" por aqui. Boa parte das referências não adotam esses sistemas, desta forma teremos que ficar traduzindo e adaptando, outra questão que isso implicaria seria a categorização de conteúdos, tériamos que criar todo um sistema novo para categorizar esses conteúdos. Pelo que percebo, muitos biografados mudam de identidade ao longo da vida, como gerir esse novo vocabulário ao longo dos anos, a cada mudança todo o verbete será reescrito? Como confirmar essas questões com fontes antigas? Rodrigo Padula(Fale comigo) 14h52min de 30 de maio de 2021 (UTC) [responder]

Ainda temos outras questões técnicas como a tradução e itens do WikiData, infocaixas que importam dados automaticamente de lá e etc. Creio que não seja uma alteração simples para implementarmos. Rodrigo Padula(Fale comigo) 14h58min de 30 de maio de 2021 (UTC)[responder]
@Rodrigo Padula: Dando um exemplo do qual tenho experiência: Bex Taylor-Klaus. Haviam, até ano passado, diversos IPs que insistiam em introduzir neologismos (elu, ume, delu, etc) e, ao mesmo tempo, insistiam em definir um gênero específico. Com essa política, pretende-se coibir casos assim, evitando guerras de edições e dando lastro a bloqueios por WP:RECUSA. ━ ALBERTOLEONCIO Who, me? 16h31min de 30 de maio de 2021 (UTC)[responder]
Levando em conta sua explicação, Concordo com a proposta. Precisamos adaptar e melhorar as regras da wikipédia mas sempre levando em conta as boas práticas e consensos da transformação e evolução da língua também lá fora. Rodrigo Padula(Fale comigo) 16h40min de 30 de maio de 2021 (UTC)[responder]

Concordo A proposta feita é neutra, não altera língua portuguesa, e é de fundamental importância a regulamentação inicial do tema. Acho que o proponente foi sucinto e que, de início, não cabe avançar desnecessariamente com maiores detalhes, visto que o objetivo é facilitar críticas que liguem a proposta a questões gramaticais a serem alteradas por gêneros; quando na verdade o que há é uma adequação dos gêneros a questões gramaticais. Ideia Sugestão: Não binários nos leva ao artigo Gênero não binário; acho válido incluir uma nota ou similar dos inclusos listados ali (ou selecionar alguns e algo como "entre outros lá"), em nada altera a proposta, mas facilita a compreensão do que se trata o termo. MikutoH fala! 15h17min de 30 de maio de 2021 (UTC)[responder]

Concordo JMagalhães (discussão) 15h20min de 30 de maio de 2021 (UTC)[responder]

Sobre o primeiro parágrafo fico com dúvidas Albertoleoncio; o nome que o biografado deixou de usar (mas que continua a ser o dele) deve ser evitado excepto nos casos necessários, conforme consenso dos editores. Com isto, quer-se dizer o quê? Que não se vai usar o nome do biografado caso não haja consenso? Ou que se vai usar o nome do biografado caso não haja consenso? Isto é, na falta de consenso impera o nome do biografado ou o nome pelo qual o biografado quer ser conhecido? Sobre o segundo parágrafo, Concordo, é preciso que seja respeitada a língua portuguesa e não se ande aqui com invenções, tendências e pesquisa inédita. Luís Almeida "Tuga1143 16h01min de 30 de maio de 2021 (UTC)[responder]

Tuga1143 você concorda com todo o segundo parágrafo ou apenas a última frase?--Felipe da Fonseca (discussão) 16h06min de 30 de maio de 2021 (UTC)[responder]
@Felipe da Fonseca, quebrando o parágrafo nas suas duas frases, a ultima frase concordo de certeza absoluta. Sobre a primeira frase, sei que linguisticamente haverá prejuízo para o texto... mas ainda assim não deixará de ser uma forma de escrita da língua portuguesa, ou seja, continuará a ser um texto escrito de acordo com a norma culta da língua portuguesa. Será sem dúvida um desafio para quem for escrever esses textos, e deixará os artigos mais pobres, mas se é assim que querem construir essas biografias, que assim seja, pois no reverso da moeda não há nada que obrigue os editores a deixarem o texto de um artigo rico com termos linguísticos, gramaticais ou ortográficos... a certo ponto até se torna uma frase inútil, pois já existe liberdade para o fazer em qualquer artigo... podemos escrever da maneira que quisermos dentro que dentro dos limites linguísticos e das regras do projeto... mas se acha que estou errado por favor explique-me, só tenho a agradecer-lhe pela atenção. Luís Almeida "Tuga1143 16h15min de 30 de maio de 2021 (UTC)[responder]
<conflito> Havia perguntado por dúvida mesmo, mas sim, acho que está errado pelos seguintes dois motivos: se aprovada uma medida desta como norma de estilo 1) vai haver uma dificuldade muito maior para corrigir erros ou textos muito ruins que são feitos na tentativa de esconder o gênero; 2) hoje, qualquer editor pode tentar escrever do jeito que quiser, mas... se esta norma passar, o editor poderá a partir de então exigir que outros sigam a forma por ele iniciada, ou seja, ocultando o gênero, mesmo que ocasionando um texto empobrecido. Portanto, a norma não manterá o modo como é hoje, mas forçará que todos editem de maneira a esconder o gênero.--Felipe da Fonseca (discussão) 16h24min de 30 de maio de 2021 (UTC)[responder]
@Felipe da Fonseca, obrigado pela clarificação. De facto, não havia pensado nisso. Assim sendo, Concordo apenas com a última frase e Discordo do restante texto pelas ramificações negativas que poderá causar, além pelo que já expus acima. Luís Almeida "Tuga1143 16h38min de 30 de maio de 2021 (UTC)[responder]
@Tuga1143: A ideia é utilizar apenas onde há necessidade. Normalmente, para evitar confusões, é necessário citar o nome antigo na introdução para fins de identificação e para evitar confusões, enquanto no resto do artigo não há necessidade para tal. Nos casos quando o biografado não era notorio com o nome antigo, talvez nem há necessidade dessa citação. Casos assim são raros, complexos e devem ser decididos caso a caso e, repito, de acordo com o bom-senso e o consenso dos editores. ━ ALBERTOLEONCIO Who, me? 16h22min de 30 de maio de 2021 (UTC)[responder]
@Albertoleoncio Obrigado pela rápida explicação. Luís Almeida "Tuga1143 16h34min de 30 de maio de 2021 (UTC)[responder]

Comentário acrescento que se predefinições forem criadas, seria preferível que fossem postas nas páginas de discussão das pessoas biografadas. A ênfase do artigo é a pessoa, não seu gênero, como já defendi anteriormente. E as discussões sobre isso devem ser na página apropriada, que não é o artigo. (No artigo, no máximo, caberia aquelas notas que tem tipo sobre sobrenomes chineses, mas uma ambox não vejo). MikutoH fala! 16h39min de 30 de maio de 2021 (UTC)[responder]

Concordo -- Darwin Ahoy! 18h55min de 30 de maio de 2021 (UTC)[responder]

Concordo. É essencial que levemos em conta a identidade de gênero das pessoas que são biografadas. É uma demanda à qual precisamos adaptar as formas como nos comunicamos, não só aqui, mas em todos os ambientes. Vejo a proposta como um passo em direção a um diálogo maior entre a Wikipédia e a sociedade. Não há saída a não ser respeitar as formas como cada um(a) prefere ser chamado(a). @Albertoleoncio: Obrigado pela sistematização! Abraços--Hedestad Diga! 19h05min de 30 de maio de 2021 (UTC)[responder]

Concordo, pois: atende a uma demanda que não podemos nos esquivar; mas ao mesmo tempo coíbe os neologismos pronominais ou de gênero gramatical, cuja aceitação formal não existe [ainda]. São sistemas conflitantes entre si, e mais difíceis do que adaptar o texto à "forma neutra".--Rena (discussão) 19h21min de 30 de maio de 2021 (UTC)[responder]

Concordo Considero que sua proposta demarca bem um mecanismo que pode guiar da melhor forma a resolução de conflitos em torno dos pronomes das pessoas não-binárias. Obrigada, Albertoleoncio, pelo encaminhamento da questão. CalliandraDysantha (discussão) 20h27min de 30 de maio de 2021 (UTC)[responder]
Comentário Gostaria de verificar a viabilidade de ampliação da proposta para "alteração do livro de estilo para abordar uma comunicação inclusiva". Todavia, tenho dúvidas se a ampliação seria pertinente agora ou se encaminhamos apenas o debate como proposto por Albertoleoncio, deixando uma ampliação para o futuro. Fica aberto a comentários e contribuições:

Em discussão anterior pontuei que o tema dos pronomes de pessoas não-binárias em biografias é a ponta do iceberg da temática das "questões de identidade de gênero":
Citação: CalliandraDysantha escreveu: «Há um debate que precede a normatização da escrita sobre pessoas não-binárias: uma proposta de convencionalização da linguagem inclusiva na Wikipédia lusófona em acordo com as normas ortográficas. [...] Trata-se de um caminho que tem sido institucionalizado e debatido em várias instâncias (ex1: Guia de Comunicação Inclusiva do Secretariado-Geral do Conselho da União Europeia; ex2: Comunicação inclusiva: Governo (de Portugal) quer militares a usar linguagem não discriminatória; ex3: Manual para o uso não sexista da linguagem do governo do Rio Grande do Sul.
Desde então, refleti que "linguagem inclusiva" é um termo que gera dubiedade (pois, é facilmente associado às neolinguagens). Modificaria, então, para "Comunicação inclusiva", de acordo com as referências listadas acima.
  • A comunicação inclusiva é uma diretriz ampla que orienta exemplos práticos para se suprimir a discriminação na linguagem. Propõe que se evite a generificação desnecessária de palavras, bem como, termos generalizantes e/ou discriminatórios:
    • Em vez de "homem" (coletividade): humanidade > seres humanos;
    • Em vez de "editores": editores e editoras > pessoas editoras;
    • Em vez de "escritor africano": escritor angolano/guineense/etc;
    • Em vez de "deficiente": pessoa com deficiência visual;
      • Há ainda evitar associar gênero ao sexo biológico (mulher/sexo feminino), etnia a religiosade (árabes/muçulmanos); identidades coletivas a termos singulares (questão da mulher/questão das mulheres)(como propus aqui). Enfim, há uma infinidade de exemplos práticos, aos quais me prontifico elaborar melhor no caso desta proposta ter viabilidade.
Proponho isto para que seja permitida a supressão de marcadores de gênero/etnia/capacidade dentro dos limites da língua portuguesa. Assim, grafias inclusivas passariam a ser aceitas pela comunidade sem gerar a polêmica do estigma de "mal português". Digo polêmica, pois há inúmeros precedentes de normatização neste sentido em várias instâncias (demonstrei aqui o exemplo da União Européia, Portugal e governo do Rio Grande do Sul). Isto não significaria uma revolução na forma de escrever de todo mundo em todos os verbetes, mas apenas uma consensualização para verbetes em que se faça presente as questões de gênero/etnia/capacidade, principalmente biografias de pessoas com estes recortes.
CalliandraDysantha (discussão)

Concordo com a proposta.Parzeus (discussão) 22h10min de 30 de maio de 2021 (UTC)[responder]

Concordo totalmente com a proposta apresentada. --jao (discussão) 15h17min de 31 de maio de 2021 (UTC)[responder]

Concordo com a proposta. BahYajé e Y4guarEtã (discussão) 19h14min de 31 de maio de 2021 (UTC)[responder]

Concordo pela nulificação de gêneros extrapessoalmente socializados que não de quem se refere numa biografia (a pessoa biografada) Kautr (discussão) 02h09min de 1 de junho de 2021 (UTC)[responder]

Concordo completamente, e aproveito para saudar Albertoleoncio pela proposta. --BunnyyHop (talk) 12h29min de 1 de junho de 2021 (UTC)[responder]

Concordo; ÓTIMO! Liquet Id dice 13h52min de 1 de junho de 2021 (UTC)[responder]

Concordo. El Descamisado (discussão) 15h13min de 1 de junho de 2021 (UTC)[responder]

Concordo HunoEru (discussão) 13h58min de 2 de junho de 2021 (UTC)[responder]

Concordo. E faço apenas a ressalva de que no caso das pessoas trans, o deadname deve permanecer independente de consenso apenas se a pessoa se tornou notória antes da transição (ex. Elliot Page) por questão de informação, e sem muito destaque (ou na infocaixa, ou no corpo do artigo). Foi o entendimento pacificado na própria en.wiki. Eta Carinae (discussão) 14h07min de 7 de junho de 2021 (UTC)[responder]

Discordo da proposta. Apenas apoio a parte, dos transgêneros , ou seja antes era masculino e agora é feminino Concordo plenamente que se deva utilizar as palavras, "que ligam a pessoa", ou seja antes era João agora Joana: Não se dirá o João, mas sim a Joana, pois a mesma mudou de nome e de género. Relativamente ao género neutro, e a utilização de palavras que não levem em engano a identificação da pessoa, passo a ser Contra essa parte, pelo facto de não existir oficialmente palavras e uma maneira de escrita assim na língua portuguesa. --Duke of Winterfell (Msg) 11h04min de 8 de junho de 2021 (UTC)[responder]

Concordo com a proposta apresentada e com a ressalva do EVinente. Alefer (discussão) 03h56min de 15 de junho de 2021 (UTC)[responder]

Discordo da proposta. Que se use os que as fontes de reputação dizem. Se fulano é assim ou assado, tem que ter fonte dizendo isso. Lentoster (discussão) 04h01min de 15 de junho de 2021 (UTC)[responder]

@Lentonster: a proposta diz que as fontes são necessárias, então como "tem que ter fonte dizendo isso", presumo que concorde com ela. MikutoH fala! 04h08min de 15 de junho de 2021 (UTC)[responder]
Concordo com a fonte dizendo de alguém é assim ou assado. Uma fonte dizendo que a atriz americana virou homem, vamos chamar ele de homem. Se uma atriz se diz neutra, como entender isso? Só uma fonte para que possamos entender. O Walter Mercado era assim e não tinha problema. Lentoster (discussão) 04h13min de 15 de junho de 2021 (UTC)[responder]
@Lestonster: A fonte é como a pessoa se identifica em questão de identidade de gênero, não tem a ver com ser homem ou mulher (sexo biológico). MikutoH fala! 04h18min de 15 de junho de 2021 (UTC)[responder]

Tenho uma proposta a fazer antes de dar minhas opiniões:

Já observei vários artigos, embora não consiga reencontrar algum agora, sobre pessoas não-binárias que se auto-identificavam com diversos pronomes diferentes, e nos quais era usado somente um desses pronomes no artigo inteiro para facilidade de compreensão. Nesses artigos, a escolha parecia ter sido feita sem base em alguma política bem estabelecida da wiki. Acho que vale inserir uma nota sobre isso, já que estamos a deliberar sobre o assunto. Proponho "Nos casos em que pessoas se identifiquem com mais de um conjunto de pronomes, somente a primeira forma mencionada deverá ser usada no artigo inteiro, para fins de consistência".

No mais, Concordo integralmente com o primeiro paragrafo (sobre autodeterminação dos transgêneros) e com a última frase, que se opõe ao uso de neologismos. Discordo fortemente da inserção de um requisito contra linguagem "gendered" (não sei traduzir isso) ao falar de não-binários, pois diretamente contradiz a parte que se opõe ao uso de neologismos: na língua inglesa, é muito fácil escrever sem dar gênero às coisas (they singular já era usado por Shakespeare, afinal de contas), mas isso infelizmente não é possível na norma culta portuguesa. Me parece uma proposta "puxada" de discussões políticas de um contexto anglófono, mas vejo menos possibilidade de um sucesso no nosso contexto linguístico. Edit: Caso a proposta fosse tornada mais clara e dentro das normas do português, como nos exemplos mencionados por CalliandraDysantha, acho que concordaria integralmente com a proposta. YuriNikolai (discussão) 22h53min de 16 de junho de 2021 (UTC)[responder]

@YuriNikolai: Sua colocação não me parece fazer sentido. A proposta é bem clara quando diz Citação: dentro dos limites da norma culta da língua portuguesa e, obviamente, Citação: não é possível na norma culta portuguesa é um argumento enganoso. Os artigos citados em discussões anteriores provam que é sim possível redigir textos neutros sem recorrer a neologismos. ━ ALBERTOLEONCIO Who, me? 02h26min de 17 de junho de 2021 (UTC)[responder]

@MikutoH: entendi. Mas ainda discordo principalmente depois de ler a coluna de GABRIEL KANNER com algumas elucidações. Só coloco o título da coluna, já que eu não pago o acesso ao site e meu acesso livre já terminou. "Linguagem neutra: 4 razões pra você rechaçar o mais novo delírio progressista". Lentoster (discussão) 08h04min de 17 de junho de 2021 (UTC)[responder]

@Lentoster: li o texto, não há nada lá do que foi proposto aqui. O argumento mais forte é o da acessibilidade, e isso foi levado em conta na proposta aqui. Citação: Gabriel Kanner escreveu: «Como podemos querer impor drásticas alterações à estrutura gramatical da Língua Portuguesa diante desse cenário?» Não está sendo proposto isso, e o que o Kenner escreveu é mais ideológico que gramatical, afinal ele é militante que afirmou ter "um grande alinhamento com o governo federal, apoiamos a eleição de Jair Bolsonaro e defendemos praticamente toda a agenda implementada desde então" e não me parece preocupado com linguística, mas com sua imposição ideológica que se vende como neutra. MikutoH fala! 11h29min de 17 de junho de 2021 (UTC)[responder]
PS: Que fique claro que isso não é uma tentativa de falar de minions ou de coxinhas, mas justamente de rejeitar que se imponha quaisquer ideologias políticas sem um núcleo linguístico que faça sentido fora de seus espaços não-linguísticos. MikutoH fala! 11h39min de 17 de junho de 2021 (UTC)[responder]

Concordo Com a primeira parte, mas acho que já é consenso entre a comunidade e me parece desnecessário. Discordo da segunda parte, não faz sentido e já consigo ver as aberrações ortográficas que surgirão. Saturnalia0 (discussão) 23h51min de 17 de junho de 2021 (UTC)[responder]

Comentário Acho que na parte "O uso de nomes que o biografado deixou de utilizar deve ser evitado exceto nos casos onde sejam necessários, de acordo com o bom senso e o consenso dos editores" poderiamos usar a regra que existe na en.WP em que se usa o "nome morto", apenas, quando a pessoa era notória por esse nome antes da transição de gênero. Quanto a segunda parte sobre pessoas não-binárias como vamos utilizar "palavras que não induzam ao leitor que o biografado pertença a um determinado gênero, dentro dos limites da norma culta da língua portuguesa"? Gostaria que alguém me esclarecesse essa parte da proposta.--SirEdimon Dimmi!!! 00h03min de 22 de junho de 2021 (UTC)[responder]

Olá SirEdimon na discussão aqui tem alguns exemplos, eu mesmo deixei dois, sendo que o do concurso público é mais fiável. Espero ter ajudado. BahYajé e Y4guarEtã (discussão) 02h49min de 26 de junho de 2021 (UTC)[responder]

Concordo Com a primeira parte da proposição, mas Discordo do exposto na segunda parte. Skartaris (discussão) 14h32min de 30 de junho de 2021 (UTC)[responder]

Concordo com as duas partes da proposta. O artigo Demi Lovato demonstrou, para mim, a completa capacidade em se criar um artigo neutro usando a norma culta, então não vejo nenhum problema em introduzir a ideia no Livro de Estilo. --Luk3 discussãocontribs 03h57min de 13 de julho de 2021 (UTC)[responder]

Concordo com a proposta. Chronus (discussão) 23h59min de 15 de julho de 2021 (UTC)[responder]


A discussão acima encontra-se encerrada. Por favor não a modifique. Comentários posteriores devem ser feitos numa nova secção.