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Urso-polar: diferenças entre revisões

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O estudo do DNA mitocondrial revelou que o urso-pardo era [[parafilético]] em relação ao polar, com os animais do [[arquipélago de Alexander]] (especialmente os indivíduos das ilhas [[Admiralty]], [[Baranof]] e [[Chichagof]]), no sudeste do Alasca, mais próximos aos ursos-polares do que do restante dos ursos-pardos.<ref name="Croninetal1991"/> Pesquisas subjacentes corroboraram estes resultados e sugeriram que os espécimes presentes no arquipélago Alexander representam os descendentes que originaram o urso-polar.<ref name="Talbot&Shields1996"/><ref name="Lindqvist"/><ref name="Davison2011"/> Um estudo divergente estipulou os indivíduos da Irlanda como prováveis descendentes da linhagem polar.<ref name="Edwards2011"/> Em 2012, um estudo analisando [[DNA nuclear]] colocou o urso-polar fora do [[clado]] do urso-pardo, restaurando a [[monofilia]] de ambas as espécies.<ref name="Hailer2012"/>
O estudo do DNA mitocondrial revelou que o urso-pardo era [[parafilético]] em relação ao polar, com os animais do [[arquipélago de Alexander]] (especialmente os indivíduos das ilhas [[Admiralty]], [[Baranof]] e [[Chichagof]]), no sudeste do Alasca, mais próximos aos ursos-polares do que do restante dos ursos-pardos.<ref name="Cronin1991"/> Pesquisas subjacentes corroboraram estes resultados e sugeriram que os espécimes presentes no arquipélago Alexander representam os descendentes que originaram o urso-polar.<ref name="Talbot&Shields1996"/><ref name="Lindqvist2010"/><ref name="Davison2011"/> Um estudo divergente estipulou os indivíduos da Irlanda como prováveis descendentes da linhagem polar.<ref name="Edwards2011"/> Em 2012, um estudo analisando [[DNA nuclear]] colocou o urso-polar fora do [[clado]] do urso-pardo, restaurando a [[monofilia]] de ambas as espécies.<ref name="Hailer2012"/>


O urso-polar é uma espécie [[monotípica]], não sendo reconhecida nenhuma [[subespécie]].<ref name="Wozencraft"/> No passado alguns pesquisadores reconheciam a existência de subespécies e até de várias espécies de ursos-polares, como [[Theodor Knottnerus-Meyer]], que em 1908 descreveu quatro novas espécies e uma nova subespécie, e [[Alexei Andreevich Byalynitsky-Birula]] que em 1932 reconhecia um espécie com três subespécies.<ref name="Harrington"/> Mais recentemente [[Dale W. Rice]] reconheceu duas subespécies, ''Ursus maritimus maritimus'' para as populações do Atlântico e ''Ursus maritimus marinus'' para as do Pacífico.<ref name="Rice1998"/> T. H. Manning entre 1959 e 1966 realizou uma investigação morfométrica em diversos animais coletados em diferentes partes da área de distribuição e determinou não haver qualquer diferença que justificasse múltiplas espécies, como também, que entre os espécimes estudados todos pertenciam a uma única subespécie atual.<ref name="Harrington"/> Uma subespécie fóssil, ''Ursus maritimus tyrannus'', foi identificada por [[Björn Kurtén]] em 1964, baseada em uma única [[ulna]] encontrada em [[Kew Bridge]], Londres, datada do [[Pleistoceno]].<ref name="Kurten1964"/> Entretanto, uma reanálise feita por pesquisadores do [[Museu de História Natural de Londres]] concluiu que o espécime de Kew é na verdade um variedade de ''Ursus arctos''.<ref name="Ingolfsson&Wiig"/>
O urso-polar é uma espécie [[monotípico|monotípica]], não sendo reconhecida nenhuma [[subespécie]].<ref name="Wozencraft2005"/> No passado alguns pesquisadores reconheciam a existência de subespécies e até de várias espécies de ursos-polares, como [[Theodor Knottnerus-Meyer]], que em 1908 descreveu quatro novas espécies e uma nova subespécie, e [[Alexei Andreevich Byalynitsky-Birula]] que em 1932 reconhecia um espécie com três subespécies.<ref name="Harrington"/> Mais recentemente [[Dale W. Rice]] reconheceu duas subespécies, ''Ursus maritimus maritimus'' para as populações do Atlântico e ''Ursus maritimus marinus'' para as do Pacífico.<ref name="Rice1998"/> T. H. Manning entre 1959 e 1966 realizou uma investigação morfométrica em diversos animais coletados em diferentes partes da área de distribuição e determinou não haver qualquer diferença que justificasse múltiplas espécies, como também, que entre os espécimes estudados todos pertenciam a uma única subespécie atual.<ref name="Harrington"/> Uma subespécie fóssil, ''Ursus maritimus tyrannus'', foi identificada por [[Björn Kurtén]] em 1964, baseada em uma única [[ulna]] encontrada em [[Kew Bridge]], Londres, datada do [[Pleistoceno]].<ref name="Kurten1964"/> Entretanto, uma reanálise feita por pesquisadores do [[Museu de História Natural de Londres]] concluiu que o espécime de Kew é na verdade um variedade de ''Ursus arctos''.<ref name="Ingolfsson&Wiig"/>


O registro fóssil do urso-polar é bem pobre, e sua história evolutiva não é muito bem conhecida.<ref name="Ingolfsson&Wiig"/> O registro mais antigo para a espécie é uma mandíbula datada de 130 000 a 110 000 mil anos atrás, encontrada em [[Prince Charles Foreland]], Svalbard, em 2004.<ref name="Ingolfsson&Wiig"/> Outros achados subfósseis são conhecidos da Groenlândia, Noruega, Suécia, Dinamarca e Canadá. Dos exemplares provenientes do sul da [[Escandinávia]], seis foram datados de um período entre 12 500 e 10 500 [[antes do presente|a.p.]] sugerindo fortemente que a distribuição do urso-polar foi influenciada pela variação climática durante o [[Pleistoceno Superior]] e o [[Holoceno Inferior]] e que ele tinha uma distribuição mais meridional que no [[Holoceno|Presente]].<ref name="Laindre2008"/> A análise morfométrica da mandíbula, quando comparada com exemplares de ursos-pardos e de ursos-polares atuais e de outros restos subfósseis encontrados, demonstram que o espécime têm as mesmas características que os animais atuais e que possivelmente se tratava de um macho adulto.<ref name="Ingolfsson&Wiig"/> A descoberta desta mandíbula confirma que o urso-polar já era uma espécie distinta a pelo ou menos 110 000 anos.<ref name="Lindqvist"/>
O registro fóssil do urso-polar é bem pobre, e sua história evolutiva não é muito bem conhecida.<ref name="Ingolfsson&Wiig"/> O registro mais antigo para a espécie é uma mandíbula datada de 130 000 a 110 000 mil anos atrás, encontrada em [[Prince Charles Foreland]], Svalbard, em 2004.<ref name="Ingolfsson&Wiig"/> Outros achados subfósseis são conhecidos da Groenlândia, Noruega, Suécia, Dinamarca e Canadá. Dos exemplares provenientes do sul da [[Escandinávia]], seis foram datados de um período entre 12 500 e 10 500 [[antes do presente|a.p.]] sugerindo fortemente que a distribuição do urso-polar foi influenciada pela variação climática durante o [[Pleistoceno Superior]] e o [[Holoceno Inferior]] e que ele tinha uma distribuição mais meridional que no [[Holoceno|Presente]].<ref name="Laindre2008"/> A análise morfométrica da mandíbula, quando comparada com exemplares de ursos-pardos e de ursos-polares atuais e de outros restos subfósseis encontrados, demonstram que o espécime têm as mesmas características que os animais atuais e que possivelmente se tratava de um macho adulto.<ref name="Ingolfsson&Wiig"/> A descoberta desta mandíbula confirma que o urso-polar já era uma espécie distinta a pelo ou menos 110 000 anos.<ref name="Lindqvist2010"/>


== Distribuição geográfica e habitat ==
== Distribuição geográfica e habitat ==
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== Dieta e hábitos alimentares ==
== Dieta e hábitos alimentares ==
[[Imagem:Polar Bear ANWR 10.jpg|thumb|right|200px|Urso-polar se alimentando de uma carcaça.]]
[[Imagem:Polar Bear ANWR 10.jpg|thumb|right|200px|Urso-polar se alimentando de uma carcaça.]]
O urso-polar é o membro mais carnívoro da família. Sua dieta consiste principalmente de focas-aneladas (''[[Phoca hispida]]''), e em menor frequência focas-barbudas (''[[Erignathus barbatus]]''). Outras focas, como a foca-da-groenlândia (''[[Pagophilus groelandicus]]'') e a foca-de-topete (''[[Cystophoca cristata]]''), também podem fazer parte da dieta. Ocasionalmente se alimenta de pequenos mamíferos, aves, ovos, peixes e vegetação (raízes, bagas, musgos e líquens) quando outras fontes não estão disponíveis. Referências escassas relatam ursos atacando belugas (''[[Delphinapterus leucas]]'') e narvais (''Monodon monoceros]]''). Oportunista também se aproveita de carcaças de baleias, morsas (''[[Odobenus rosmarus]]''), bois-almiscarados (''[[Ovibos moschatus]]'') e caribus (''[[Rangifer tarandus]]'').<ref name="DeMaster&Stirling"/>
O urso-polar é o membro mais carnívoro da família. Sua dieta consiste principalmente de focas-aneladas (''[[Phoca hispida]]''), e em menor frequência focas-barbudas (''[[Erignathus barbatus]]''). Outras focas, como a foca-da-groenlândia (''[[Pagophilus groelandicus]]'') e a foca-de-topete (''[[Cystophoca cristata]]''), também podem fazer parte da dieta. Ocasionalmente se alimenta de pequenos mamíferos, aves, ovos, peixes e vegetação (raízes, bagas, musgos e líquens) quando outras fontes não estão disponíveis. Referências escassas relatam ursos atacando belugas (''[[Delphinapterus leucas]]'') e narvais (''[[Monodon monoceros]]''). Oportunista também se aproveita de carcaças de baleias, morsas (''[[Odobenus rosmarus]]''), bois-almiscarados (''[[Ovibos moschatus]]'') e caribus (''[[Rangifer tarandus]]'').<ref name="DeMaster&Stirling"/>


== Reprodução ==
== Reprodução ==
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== Conservação ==
== Conservação ==
O urso-polar está classificado como "vulnerável" pela [[União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais]] (IUCN) desde 2006. A espécie estava classificada como pouco preocupante até 2005, quando a categoria foi elevada baseada em suspeitas de uma redução na população superior a 30% dentro de três gerações (45 anos) devido ao declínio na área de ocupação, na extensão da distribuição e na qualidade do habitat.<ref name="IUCN"/> A espécie está listada no "Appendix II" da CITES.<ref name="CITES"/> O [[Departamento do Interior dos Estados Unidos]] em 14 de maio de 2008 listou o urso-polar entre as espécies ameaçadas sob o [[Endangered Species Act]].<ref name="ESA"/> No Canadá, o [[Committee on the Status of Endangered Wildlife in Canada]] recomendou em abril de 2008 que o urso fosse classificado como uma espécie de interesse especial de conservação sob o [[Species at Risk Act]].<ref name="SARA"/>
O urso-polar está classificado como "vulnerável" pela [[União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais]] (IUCN) desde 2006. A espécie estava classificada como pouco preocupante até 2005, quando a categoria foi elevada baseada em suspeitas de uma redução na população superior a 30% dentro de três gerações (45 anos) devido ao declínio na área de ocupação, na extensão da distribuição e na qualidade do habitat.<ref name="IUCN"/> A espécie está listada no "Appendix II" da CITES.<ref name="CITES"/> O [[Departamento do Interior dos Estados Unidos]] em 14 de maio de 2008 listou o urso-polar entre as espécies ameaçadas sob o "[[Endangered Species Act]]".<ref name="ESA"/> No Canadá, o "[[Committee on the Status of Endangered Wildlife in Canada]]" recomendou em abril de 2008 que o urso fosse classificado como uma espécie de interesse especial de conservação sob o "[[Species at Risk Act]]".<ref name="SARA"/>
[[Imagem:Polar Bear Habitat.png|thumb|right|200px|Mapa do [[U.S. Geological Survey]] que mostra mudanças projetadas no habitat do urso-polar de 2001 a 2010 e de 2041 a 2050. As áreas vermelhas indicam a perda do habitat ideal; áreas azuis indicam ganho.]]
[[Imagem:Polar Bear Habitat.png|thumb|right|300px|Mapa do [[U.S. Geological Survey]] que mostra mudanças projetadas no habitat do urso-polar de 2001 a 2010 e de 2041 a 2050. As áreas vermelhas indicam a perda do habitat ideal; áreas azuis indicam ganho.]]
Uma significante diminuição da população de ursos-polares atribuída a caça predatória ocorreu na Groenlândia e na União Soviética no início da década de 1930, e nos Estados Unidos no final da década de 1960 e início de 1970. Como resultado das perdas populacionais, um acordo internacional foi alcançado entre as cinco nações que abrigavam a espécie (Canadá, Noruega, Estados Unidos, Dinamarca e União Soviética). Estes países assinaram o "[[International Agreement on the Conservation of Polar Bears]]" em 15 de novembro de 1973, em Oslo, o qual proibia a caça não regulamentada e bania o uso de aeronaves e quebra-gelos nas caçadas. O acordo também obrigava cada nação a proteger as áreas de reprodução e rotas migratórias, como também em proceder pesquisas e compartilhar os resultados obtidos. O pacto e as ações resultantes tomadas pelos signatários foram responsáveis pela recuperação do urso-polar. A população total da espécie têm sido considerada estável desde a década de 1980.<ref name="BearsSSCAP"/>
Uma significante diminuição da população de ursos-polares atribuída a caça predatória ocorreu na Groenlândia e na União Soviética no início da década de 1930, e nos Estados Unidos no final da década de 1960 e início de 1970. Como resultado das perdas populacionais, um acordo internacional foi alcançado entre as cinco nações que abrigavam a espécie (Canadá, Noruega, Estados Unidos, Dinamarca e União Soviética). Estes países assinaram o "[[International Agreement on the Conservation of Polar Bears]]" em 15 de novembro de 1973, em Oslo, o qual proibia a caça não regulamentada e bania o uso de aeronaves e quebra-gelos nas caçadas. O acordo também obrigava cada nação a proteger as áreas de reprodução e rotas migratórias, como também em proceder pesquisas e compartilhar os resultados obtidos. O pacto e as ações resultantes tomadas pelos signatários foram responsáveis pela recuperação do urso-polar. A população total da espécie têm sido considerada estável desde a década de 1980.<ref name="BearsSSCAP"/>


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Sua distinta aparência e associação com o Ártico fizeram do urso-polar um ícone popular, especialmente nas áreas onde ele é nativo. No Canadá, o toonie (moeda de dois dólares) apresenta a imagem de um urso{{quem}} e tanto nos Territórios do Noroeste e quanto em Nunavut as placas de licenciamento veicular são em formato de urso.{{quem}} O urso-polar é o mascote do [[Bowdoin College]], do Maine,{{quem}} e da [[Universidade de Alaska Fairbanks]]{{quem}} e foi escolhido como mascote para os [[Jogos Olímpicos de Inverno de 1988]], realizado em [[Calgary]].{{quem}}
Sua distinta aparência e associação com o Ártico fizeram do urso-polar um ícone popular, especialmente nas áreas onde ele é nativo. No Canadá, o toonie (moeda de dois dólares) apresenta a imagem de um urso{{quem}} e tanto nos Territórios do Noroeste e quanto em Nunavut as placas de licenciamento veicular são em formato de urso.{{quem}} O urso-polar é o mascote do [[Bowdoin College]], do Maine,{{quem}} e da [[Universidade de Alaska Fairbanks]]{{quem}} e foi escolhido como mascote para os [[Jogos Olímpicos de Inverno de 1988]], realizado em [[Calgary]].{{quem}}


Empresas como [[Coca-Cola]],{{quem}} [[Nelvana]] (logo da empresa) {{quem}} e [[Good Humor-Breyers]] ([[Klondike bar]])<ref name="Klondike"/> têm usado imagens do urso-polar em publicidade. O urso-polar também é usado como mascote por algumas empresas, como a [[Fox's Glacier Mints]], que tem como mascote, o urso-polar "[[Peppy]]" desde 1922,<ref name="Peppy"/> a [[Bundaberg Rum]] que usa o mascote "Bundy bear" desde 1961,<ref name="Bundy"/> e a [[Polar Beverages]] que usa o urso "Orson" desde 1902.{{quem}}
Empresas como [[Coca-Cola]],{{quem}} [[Nelvana]] (logo da empresa) {{quem}} e [[Good Humor-Breyers]] ([[Klondike bar]])<ref name="Klondike"/> têm usado imagens do urso-polar em publicidade. O urso-polar também é usado como mascote por algumas empresas, como a [[Fox's Glacier Mints]], que tem como mascote "Peppy" desde 1922,<ref name="Peppy"/> a [[Bundaberg Rum]] usa o "Bundy bear" desde 1961,<ref name="Bundy"/> e a [[Polar Beverages]] que usa o urso "Orson" desde 1902.{{quem}}


=== Literatura ===
=== Literatura ===
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{{Referências|colwidth=30em|refs=
{{Referências|colwidth=30em|refs=

<!-- artigos científicos-->


<ref name="DeMaster&Stirling">{{citar periódico |autor=DeMASTER; D.P. STIRLING, I. |ano=1981 |título=''Ursus maritimus'' |jornal=Mammalian Species |volume=145 |páginas=1-7 |doi=10.2307/3503828}}</ref>
<ref name="DeMaster&Stirling">{{citar periódico |autor=DeMASTER; D.P. STIRLING, I. |ano=1981 |título=''Ursus maritimus'' |jornal=Mammalian Species |volume=145 |páginas=1-7 |doi=10.2307/3503828}}</ref>
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<ref name="Kurten1964">{{citar periódico |autor=KURTÉN, B. |ano=1964 |título=The evolution of the polar bear, ''Ursus maritimus'' Phipps |jornal=Acta Zoologica Fennica |volume=108 |páginas=1–30}}</ref>
<ref name="Kurten1964">{{citar periódico |autor=KURTÉN, B. |ano=1964 |título=The evolution of the polar bear, ''Ursus maritimus'' Phipps |jornal=Acta Zoologica Fennica |volume=108 |páginas=1–30}}</ref>


<ref name="Ingolfsson&Wiig">{{citar periódico |autor=INGÓLFSSON, A.L.; WIIG, A.Y. |ano=2008 |título=Late Pleistocene fossil find in Svalbard: The oldest remains of a polar bear (''Ursus maritimus'' Phipps, 1744) ever discovered |jornal=Polar Research |volume=28 |número=3 |páginas=455-642 |doi=10.1111/j.1751-8369.2008.00087.x}}</ref>
<ref name="Cronin1991">{{citar periódico |autor=CRONIN, M.A.; AMSTRUP, S.C.; GARNER, G.N.; VYSE, E.R. |ano=1991 |título=Interspecific and intraspecific mitochondrial DNA variation in North American bears (''Ursus'') |jornal=Canadian Journal of Zoology |volume=69 |número=12 |páginas=2985-2992 |doi=}}</ref>


<ref name="Lindqvist">{{citar periódico |autor=LINDQVIST, C.; SCHUSTER, S.C.; SUN, Y.; TALBOT, S.L.; QI, J.; RATAN, A.; TOMSHO, L.P.; KASSON, L.; ZEYL, E. |ano=2010 |título=Complete mitochondrial genome of a Pleistocene jawbone unveils the origin of polar bear |jornal=Proceedings of the National Academy of Sciences |volume=107 |número=11 |páginas=5053–5057 |doi=10.1073/pnas.0914266107}}</ref>
<ref name="Shields&Kocher1991">{{citar periódico |autor=SHIELDS, G.F.; KOCHER, T.D. |ano=1991 |título=Phylogenetic relationships of North American ursids based on analyses of mitochondrial DNA |jornal=Evolution |volume=45 |número=1 |páginas=218-221 |doi=}}</ref>


<ref name="Laindre2008">{{citar periódico |autor=LAINDRE, K.L.; STIRLING, I.; LOWRY, L.F.; WIIG, O.; HEIDE-JøRGENSEN, M.P.; FERGUSON, S.H. |ano=2008 |título=Quantifying the sensitivity of Arctic marine mammals to climate-induced habitat change |jornal=Ecological Applications |volume=18 |número=2 |páginas=97-125 |doi=10.1890/06-0546.1}}</ref>
<ref name="Paetkau1999">{{citar periódico |autor=PAETKAU, D.; AMSTRUP, S.C.; BORN, E.W.; CALVERT, W.; DEROCHER, A.E.; GARNER, G.W.; MESSIER, F.; STIRLING, I.; TAYLOR, M.K.; WIIG, Ø.; STROBECK, C.|ano=1999 |título=Genetic structure of the world’s polar bear populations |jornal=Molecular Ecology |volume=8 |número=10 |páginas=1571-1584 |doi=10.1046/j.1365-294x.1999.00733.x}}</ref>


<ref name="Hailer2012">{{citar periódico |autor=HAILER, F.; KUTSCHERA, V.E.; HALLSTRÖM, B.M.; KLASSERT, D.; FAIN, S.R.; LEONARD, J.A.; ARNASON, U.; JANKEL, A.; |ano=2012 |título=Nuclear Genomic Sequences Reveal that Polar Bears Are an Old and Distinct Bear Lineage |jornal=Science |volume=336 |número= |páginas=344-347 |doi=10.1126/science.1216424}}</ref>
<ref name="Ingolfsson&Wiig">{{citar periódico |autor=INGÓLFSSON, O; WIIG, Ø. |ano=2008 |título=Late Pleistocene fossil find in Svalbard: The oldest remains of a polar bear (''Ursus maritimus'' Phipps, 1744) ever discovered |jornal=Polar Research |volume=28 |número=3 |páginas=455-642 |doi=10.1111/j.1751-8369.2008.00087.x}}</ref>

<ref name="Laindre2008">{{citar periódico |autor=LAINDRE, K.L.; STIRLING, I.; LOWRY, L.F.; WIIG, Ø.; HEIDE-JØRGENSEN, M.P.; FERGUSON, S.H. |ano=2008 |título=Quantifying the sensitivity of Arctic marine mammals to climate-induced habitat change |jornal=Ecological Applications |volume=18 |número=2 |páginas=97-125 |doi=10.1890/06-0546.1}}</ref>

<ref name="Lindqvist2010">{{citar periódico |autor=LINDQVIST, C.; SCHUSTER, S.C.; SUN, Y.; TALBOT, S.L.; QI, J.; RATAN, A.; TOMSHO, L.P.; KASSON, L.; ZEYL, E. |ano=2010 |título=Complete mitochondrial genome of a Pleistocene jawbone unveils the origin of polar bear |jornal=Proceedings of the National Academy of Sciences |volume=107 |número=11 |páginas=5053–5057 |doi=10.1073/pnas.0914266107}}</ref>


<ref name="Edwards2011">{{citar periódico |autor=EDWARDS, C.J.; SUCHARD, M.A.; LEMEY, P.; WELCH, J.; BARNES, I.; FULTON, T.L.; BARNETT, R.; O'CONNELL, T.C.; COXON, P.; MONAGHAN, N.; VALDIOSERA, C.E.; LORENZEN, E.D.; WILLERSLEV, E.; BARYSHNIKOV, G.F.; RAMBAUT, A.; THOMAS, M.G.; BRADLEY, D.G.; SHAPIRO, B. |ano=2011 |título=Ancient Hybridization and an Irish Origin for the Modern Polar Bear Matriline |jornal=Current Biology |volume=21 |número=15 |páginas=1-8 |doi=10.1016/j.cub.2011.05.058}}</ref>
<ref name="Edwards2011">{{citar periódico |autor=EDWARDS, C.J.; SUCHARD, M.A.; LEMEY, P.; WELCH, J.; BARNES, I.; FULTON, T.L.; BARNETT, R.; O'CONNELL, T.C.; COXON, P.; MONAGHAN, N.; VALDIOSERA, C.E.; LORENZEN, E.D.; WILLERSLEV, E.; BARYSHNIKOV, G.F.; RAMBAUT, A.; THOMAS, M.G.; BRADLEY, D.G.; SHAPIRO, B. |ano=2011 |título=Ancient Hybridization and an Irish Origin for the Modern Polar Bear Matriline |jornal=Current Biology |volume=21 |número=15 |páginas=1-8 |doi=10.1016/j.cub.2011.05.058}}</ref>


<ref name="Davison2011">{{citar periódico |autor=DAVISON, J.; HO, S.Y.W.; BRAY, S.C.; KORSTEN, M.; TAMMELEHT, E.; HINDRIKSON, M.; ØSTBYE, K.; ØSTBYE, E.; LAURITZEN, S.-E.; AUSTIN, J.; COOPER, A.; SAARMA, U. |ano=2011 |título=Late-Quaternary biogeographic scenarios for the brown bear (''Ursus arctos''), a wild mammal model species |jornal=Quaternary Science Reviews |volume=30 |número= |páginas=418-430 |doi=}}</ref>
<ref name="Davison2011">{{citar periódico |autor=DAVISON, J.; HO, S.Y.W.; BRAY, S.C.; KORSTEN, M.; TAMMELEHT, E.; HINDRIKSON, M.; ØSTBYE, K.; ØSTBYE, E.; LAURITZEN, S.-E.; AUSTIN, J.; COOPER, A.; SAARMA, U. |ano=2011 |título=Late-Quaternary biogeographic scenarios for the brown bear (''Ursus arctos''), a wild mammal model species |jornal=Quaternary Science Reviews |volume=30 |número= |páginas=418-430 |doi=10.1016/j.quascirev.2010.11.023}}</ref>

<ref name="Hailer2012">{{citar periódico |autor=HAILER, F.; KUTSCHERA, V.E.; HALLSTRÖM, B.M.; KLASSERT, D.; FAIN, S.R.; LEONARD, J.A.; ARNASON, U.; JANKEL, A.; |ano=2012 |título=Nuclear Genomic Sequences Reveal that Polar Bears Are an Old and Distinct Bear Lineage |jornal=Science |volume=336 |número= |páginas=344-347 |doi=10.1126/science.1216424}}</ref>

<ref name="Gray1825a">{{citar periódico |autor=GRAY, J.E. |ano=1825 |título=On the genus ''Ursus'' of Cuvier, with its divisions into subgenera |jornal=Annals of Philosophy |volume=10 |páginas=59-63}}</ref>

<!-- livros -->


<ref name="Wozencraft2005">{{citar livro |autor=WOZENCRAFT, W.C. |ano=2005 |seção=Ordem Carnivora |editor=WILSON, D.E.; REEDER, D.M. (eds.) |título=Mammal Species of the World: A taxonomic and geographic reference |edição=3 |local=Washington, DC |editora=Smithsonian Institution Press |página=532-628 |id=ISBN 0-801-88221-4}}</ref>
<ref name="Wozencraft2005">{{citar livro |autor=WOZENCRAFT, W.C. |ano=2005 |seção=Ordem Carnivora |editor=WILSON, D.E.; REEDER, D.M. (eds.) |título=Mammal Species of the World: A taxonomic and geographic reference |edição=3 |local=Washington, DC |editora=Smithsonian Institution Press |página=532-628 |id=ISBN 0-801-88221-4}}</ref>


<ref name="Phipps1774">{{citar livro |autor=PHIPPS, C.J | título=A voyage towards the North Pole undertaken by His Majesty's command, 1773 |editora=W. Bowyer and J. Nicols, for J. Nourse |local=Londres |ano=1774 |página=185 |url=http://www.biodiversitylibrary.org/page/628763}}</ref>
<ref name="Phipps1774">{{citar livro |autor=PHIPPS, C.J | título=A voyage towards the North Pole undertaken by His Majesty's command, 1773 |editora=W. Bowyer and J. Nicols, for J. Nourse |local=Londres |ano=1774 |página=185 |url=http://www.biodiversitylibrary.org/page/628763}}</ref>

<ref name="Gray1825a">{{citar periódico |autor=GRAY, J.E. |ano=1825 |título=On the genus ''Ursus'' of Cuvier, with its divisions into subgenera |jornal=Annals of Philosophy |volume=10 |páginas=59-63}}</ref>


<ref name="Novak1999">{{citar livro |autor=NOVAK, R.M. |seção=Order Carnivora |editor=_____ |título=Walker’s Mammals of the World |edição=6 |local=Baltimore |editora=Johns Hopkins University Press |ano=1999 |páginas= |id=ISBN 0-8018-5789-9}}</ref>
<ref name="Novak1999">{{citar livro |autor=NOVAK, R.M. |seção=Order Carnivora |editor=_____ |título=Walker’s Mammals of the World |edição=6 |local=Baltimore |editora=Johns Hopkins University Press |ano=1999 |páginas= |id=ISBN 0-8018-5789-9}}</ref>
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<ref name="Carwardine">{{citar livro |autor=CARWARDINE, M. |ano=2008 |título=Animal Records |local= |editora=Sterling Publishing Company, Inc. |páginas=256 |id=}}</ref>
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<!-- reports -->


<ref name="Kochnevetal">{{cite journal |author=Kochnev AA, Etylin VM, Kavry VI, Siv-Siv EB, Tanko IV |title=Ritual Rites and Customs of the Natives of Chukotka connected with the Polar Bear|pages=1–3|publisher=Preliminary report submitted for the meeting of the Alaska Nanuuq Commission (Nome, Alaska, USA) |date=December 17–19, 2002}}</ref>
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<!-- sites -->


<ref name="Peppy">{{citar web|url=http://www.leicester.gov.uk/your-council-services/lc/leicester-city-museums/exhibitions/exhibition-archive/nanoq/peppythepolarbear/|título=Peppy The Polar Bear|autor=|data=|publicado=Leicester City Council|acessodata=9 de junho de 2012}}</ref>
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Revisão das 18h14min de 16 de junho de 2012

Como ler uma infocaixa de taxonomiaUrso-polar
Indivíduo nas proximidades de Kaktovik, Ilha Barter, Alasca.
Indivíduo nas proximidades de Kaktovik, Ilha Barter, Alasca.
Estado de conservação
Espécie vulnerável
Vulnerável (IUCN 3.1) [1]
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Mammalia
Ordem: Carnivora
Família: Ursidae
Género: Ursus
Espécie: U. maritimus
Nome binomial
Ursus maritimus
Phipps, 1774
Distribuição geográfica
Distribuição do urso-polar (em verde).
Distribuição do urso-polar (em verde).
Sinónimos

O urso-polar (nome científico: Ursus maritimus), também conhecido como urso-branco, é uma espécie de mamífero carnívoro da família Ursidae encontrada no círculo polar Ártico. Ele é o maior carnívoro terrestre conhecido e também o maior urso, juntamente com o urso-de-kodiak, que tem aproximadamente o mesmo tamanho. Embora esteja relacionado com o urso-pardo, esta espécie evoluiu para ocupar um estreito nicho ecológico, com muitas características morfológicas adaptadas para as baixas temperaturas, para se mover sobre neve, gelo e na água, e para caçar focas, que compreende a maior porção de sua dieta.

A espécie está classificada como "vulnerável" pela IUCN, com oito das dezenove subpopulações em declínio. Por centenas de anos, o urso polar têm sido uma figura chave na vida cultural, espiritual e material dos povos indígenas do Ártico. Fáceis de tratar, são um dos animais mais populares nos jardins zoológicos. O primeiro zoológico nos Estados Unidos, inaugurado na Filadélfia em 1859 tinha um urso-polar como uma de suas atrações.

Taxonomia e registro fóssil

A espécie foi descrita como Ursus maritimus por Constantine John Phipps, 2º Barão de Mulgrave, em seu livro "A voyage towards the North Pole" publicado em 1774.[3] Em 1825, John Edward Gray cunhou o termo genérico (proposto como subgênero) Thalarctos para o urso-polar levando em conta as diferenças na coloração, formato do crânio, número de pré-molares e nos hábitos.[4] Outros termos genéricos foram propostos, como Thalassarctos por Gray em 1825 e Thalassiarchus por Kobelt em 1896, ambos foram emendados a partir do Thalarctos.[5]

A taxonomia da espécie passou por mudanças ao longo dos anos, com uma corrente de pesquisadores sustentando que a espécie merecia figurar em um gênero distinto, sendo assim utilizando o binômio Thalarctos maritimus,[6][7][8][9] enquanto outro grupo continuava a usar a combinação original da espécie, fazendo com que a mesma permanecesse no gênero Ursus.[10][11][12][13][14] A controversa posição taxonômica da espécie só foi estabilizada na década de 1990, quando análises genéticas, especialmente de sequências de DNA mitocondrial, comprovaram a relação próxima entre o urso-pardo e o urso-polar.[15][16]

Filogenia do urso-polar



Ursus arctos 




Ursus arctos 




Ursus arctos "ABC" 



Ursus maritimus






Ursus americanus



Ursus arctos

Ursus maritimus

Ursus americanus

A filogenia construída a partir do DNA mitocondrial (esquema superior) coloca o urso-polar dentro do clado do urso-pardo, fazendo com que o mesmo se torne parafilético (colchete verde). A filogenia construída do DNA nuclear (esquema inferior) posiciona urso-pardo e polar como grupos-irmãos.

O estudo do DNA mitocondrial revelou que o urso-pardo era parafilético em relação ao polar, com os animais do arquipélago de Alexander (especialmente os indivíduos das ilhas Admiralty, Baranof e Chichagof), no sudeste do Alasca, mais próximos aos ursos-polares do que do restante dos ursos-pardos.[17] Pesquisas subjacentes corroboraram estes resultados e sugeriram que os espécimes presentes no arquipélago Alexander representam os descendentes que originaram o urso-polar.[18][19][16] Um estudo divergente estipulou os indivíduos da Irlanda como prováveis descendentes da linhagem polar.[20] Em 2012, um estudo analisando DNA nuclear colocou o urso-polar fora do clado do urso-pardo, restaurando a monofilia de ambas as espécies.[21]

O urso-polar é uma espécie monotípica, não sendo reconhecida nenhuma subespécie.[2] No passado alguns pesquisadores reconheciam a existência de subespécies e até de várias espécies de ursos-polares, como Theodor Knottnerus-Meyer, que em 1908 descreveu quatro novas espécies e uma nova subespécie, e Alexei Andreevich Byalynitsky-Birula que em 1932 reconhecia um espécie com três subespécies.[22] Mais recentemente Dale W. Rice reconheceu duas subespécies, Ursus maritimus maritimus para as populações do Atlântico e Ursus maritimus marinus para as do Pacífico.[23] T. H. Manning entre 1959 e 1966 realizou uma investigação morfométrica em diversos animais coletados em diferentes partes da área de distribuição e determinou não haver qualquer diferença que justificasse múltiplas espécies, como também, que entre os espécimes estudados todos pertenciam a uma única subespécie atual.[22] Uma subespécie fóssil, Ursus maritimus tyrannus, foi identificada por Björn Kurtén em 1964, baseada em uma única ulna encontrada em Kew Bridge, Londres, datada do Pleistoceno.[10] Entretanto, uma reanálise feita por pesquisadores do Museu de História Natural de Londres concluiu que o espécime de Kew é na verdade um variedade de Ursus arctos.[24]

O registro fóssil do urso-polar é bem pobre, e sua história evolutiva não é muito bem conhecida.[24] O registro mais antigo para a espécie é uma mandíbula datada de 130 000 a 110 000 mil anos atrás, encontrada em Prince Charles Foreland, Svalbard, em 2004.[24] Outros achados subfósseis são conhecidos da Groenlândia, Noruega, Suécia, Dinamarca e Canadá. Dos exemplares provenientes do sul da Escandinávia, seis foram datados de um período entre 12 500 e 10 500 a.p. sugerindo fortemente que a distribuição do urso-polar foi influenciada pela variação climática durante o Pleistoceno Superior e o Holoceno Inferior e que ele tinha uma distribuição mais meridional que no Presente.[25] A análise morfométrica da mandíbula, quando comparada com exemplares de ursos-pardos e de ursos-polares atuais e de outros restos subfósseis encontrados, demonstram que o espécime têm as mesmas características que os animais atuais e que possivelmente se tratava de um macho adulto.[24] A descoberta desta mandíbula confirma que o urso-polar já era uma espécie distinta a pelo ou menos 110 000 anos.[19]

Distribuição geográfica e habitat

Indivíduo sob gelo flutuante na baía de Wager (Parque Nacional Ukkusiksalik, Nunavut, Canadá).

O urso-polar é encontrado no círculo polar ártico e áreas continentais adjacentes. A área de distribuição inclui territórios em cinco países: Dinamarca (Groenlândia), Noruega (Svalbard), Rússia, Estados Unidos da América (Alasca) e Canadá.[1] Os limites meridionais de sua distribuição são determinados pela disposição anual do gelo flutuante e do gelo permanente durante o inverno. A espécie têm sido registrada ao norte até 88º e ao sul até a ilha St. Matthew e ilhas Pribilof, no mar de Bering, e baía de James e ilha de Terra Nova, no Canadá.[26] Avistamentos esporádicos são relatados em Berlevåg na Noruega continental e nas ilhas Kurilas no mar de Okhotsk.[quem?] Além disso, animais errantes ocasionalmente chegam na Islândia.[1]

Na décadas de 1960 e 1970, os pesquisadores começaram a obter informações sobre a estrutura das populações de urso-polar dispersas por todo o Ártico e sobre a movimentação realizada pelos mesmos.[27] Em 1993, durante o encontro da "IUCN's Polar Bear Specialist Group", a primeira tabela oficial da situação dessas populações foi formalizada com reconhecimento de quinze subpopulações.[28] Em 2009, um total de dezenove subpopulações foram reconhecidas.[29] Estes grupos reconhecidos devido a uma fidelidade sazonal à algumas áreas em particular, são geneticamente similares,[30] não havendo evidências de que algum grupo tenha sido evolutivamente separado por períodos significativos de tempo.[27]

Mapa da U.S. Geological Survey mostrando as diferentes ecorregiões do urso-polar. A ecorregiões foram estabelecidas pelo agrupamento das subpopulações reconhecidas que compartilham padrões sazonais de movimento e distribuição.
Subpopulações do urso-polar reconhecidas pelo "Polar Bear Specilaist Group" em 2010:

Devido à ausência do desenvolvimento humano em seu habitat remoto, a espécie retém mais de sua distribuição original do que qualquer outro carnívoro existente.[31] O urso-polar é frequentemente considerado um mamífero marinho por passar muitos meses do ano no mar.[quem?] Seu habitat preferido são os bancos de gelo que cobrem as águas da plataforma continental e as áreas entre os arquipélagos árticos. Estas áreas, conhecidas como o "anel da vida do Ártico", tem alta produtividade biológica em comparação com as águas profundas do Ártico. O urso-polar tende a frequentar áreas onde o gelo encontra a água, como polínias e fendas (trechos temporários de águas abertas no gelo do Ártico) ao longo do perímetro do gelo polar flutuante, raramente adentrando na bacia polar nas proximidades do polo norte, onde a densidade de focas é baixa.[32][33]

Características

Ficha técnica[34][26]
Peso 300 - 800 kg (Machos)
150 - 300 kg (Fêmeas)
Comprimento 200 - 250 cm (Machos)
180 - 200 cm (Fêmeas)
Cauda 76 - 127 mm
Altura 130 - 160 cm
Tamanho de ninhada 1 - 3
Gestação 195 - 265 dias
Desmame meses
Maturidade sexual 4 - 6 meses (Machos)
4 - 5 anos (Fêmeas)
Longevidade
(média)
30 anos

O urso-polar é o maior carnívoro terrestre, compartilhando o título com o urso-de-kodiak, que possui o mesmo tamanho.[quem?] O corpo de um urso-polar é grande e encorpado, muito similar ao do urso-pardo, exceto pela ausência da protuberância nos ombros.[26] O pescoço é mais longo que em qualquer outra espécie de urso, e a cabeça é relativamente pequena e achatada.[34] A espécie apresenta um acentuado dimorfismo sexual, sendo os machos maiores que as fêmeas em tamanho, e também possuem os dentes caninos maiores e uma arcada molar mais longa.[35] Existe uma grande oscilação no tamanho dos ursos em diferentes regiões geográficas devido a existência de uma variação clinal de Spitzenberg, onde os ursos são menores, ao estreito de Bering, onde são maiores. Presumivelmente a variação clinal também é similar através da sibéria em direção ao mar de Bering, apesar de não ter sido investigada.[26] O maior espécime já registrado foi um macho que pesava 1,002 quilos quando foi morto em Kotzebue Sound, no noroeste do Alasca, em 1960, e que está em exposição no aeroporto de Anchorage.[36]

A pelagem tem geralmente uma aparência branca, mas pode ser amarelada no verão, devido à oxidação provocada pelo sol ou pode até aparecer cinzenta ou castanha, dependendo da estação e condições de iluminação. A pele é preta, assim como o focinho e os lábios, e o pêlo é incolor devido a falta de pigmento. A aparência branca é o resultado da luz sendo refletida a partir dos pêlos transparentes.[34] A pelagem é composta por uma densa camada de subpêlos, com cerca de 5 centímetros de comprimento, e uma camada de pêlos externos com 15 centímetros.[26]

Os ursos-polares têm um andar plantígrado e possuem cinco dígitos em cada pata. As patas dianteiras são maiores e possuem uma convergência com remos, que auxiliam no nado. As garras não são retráteis e medem de cinco a sete centímetros nos adultos. As solas das patas, traseiras e dianteiras, são peludas tanto para o isolamento do frio como para tração ao caminhar sobre gelo e neve. As fêmeas têm quatro mamas funcionais. [34]

Os dentes de um urso-polar refletem a sua dieta altamente carnívora. Os incisivos não são especializados e os caninos são alongados, cônicos e ligeiramente curvados. Os dentes carniceiros são pouco desenvolvidos e os primeiros pré-molares são rudimentares. A fórmula dentária é: .[26]

Ecologia e comportamento

O urso-polar é um animal solitário, exceto na época reprodutiva, e não é territorialista, vivendo em uma área de vida sem limites definidos que pode variar de 150 a 300 quilômetros de diâmetro e que se sobrepõe extensivamente com as áreas de outros indivíduos.[34]

O urso é um excelente nadador e indivíduos têm sido vistos em águas abertas a cerca de 320 quilômetros da costa. Com sua gordura corporal fornecendo flutuabilidade, ele nada num estilo cachorrinho usando seus membros dianteiros para propulsão, alcançando uma velocidade de até 9,7 km/h. Ao caminhar, o urso-polar tende a ter um andar desajeitado e mantém uma velocidade média de cerca de 5,6 km/h.[37] Quando em corrida, pode chegar a até 40 km/h.[38]

Dieta e hábitos alimentares

Urso-polar se alimentando de uma carcaça.

O urso-polar é o membro mais carnívoro da família. Sua dieta consiste principalmente de focas-aneladas (Phoca hispida), e em menor frequência focas-barbudas (Erignathus barbatus). Outras focas, como a foca-da-groenlândia (Pagophilus groelandicus) e a foca-de-topete (Cystophoca cristata), também podem fazer parte da dieta. Ocasionalmente se alimenta de pequenos mamíferos, aves, ovos, peixes e vegetação (raízes, bagas, musgos e líquens) quando outras fontes não estão disponíveis. Referências escassas relatam ursos atacando belugas (Delphinapterus leucas) e narvais (Monodon monoceros). Oportunista também se aproveita de carcaças de baleias, morsas (Odobenus rosmarus), bois-almiscarados (Ovibos moschatus) e caribus (Rangifer tarandus).[26]

Reprodução

Uma mãe e seus dois filhotes.

Os ursos-polares acasalam entre os meses de março e junho, com implantação diferida dos óvulos fecundados, de modo que o período de gestação se torna muito longo, entre 200 a 265 dias, variando de acordo com as condições ambientais.

As crias nascem entre novembro e janeiro, no abrigo invernal construído pela fêmea, e não se separam da mãe até completarem dois anos de idade. Nascem cegas e pesando muito pouco em relação ao peso adulto, sendo um dos filhotes menos desenvolvidos dos mamíferos eutérios.

Os machos possuem um osso em seu pênis devido a necessidade de maior resistência, já que a relação sexual pode durar cerca de 24 horas.

As fêmeas têm quatro mamas funcionais ao passo que as outras ursas apresentam seis. Podem gerar até quatro filhotes por gestação, ainda que a média seja de duas crias. As fêmeas estão aptas à reprodução uma vez a cada três anos, sendo um dos mamíferos com menor capacidade reprodutiva. É esperado que a ursa-polar tenha apenas cinco ninhadas em sua vida.

Atingem a maturidade sexual entre os 4 e 6 anos e em condições naturais, vivem em média de 15 a 18 anos. Alguns animais selvagens marcados tinham um pouco mais de 30 anos. Um espécime do zôo de Londres morreu aos 41 anos.

Conservação

O urso-polar está classificado como "vulnerável" pela União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN) desde 2006. A espécie estava classificada como pouco preocupante até 2005, quando a categoria foi elevada baseada em suspeitas de uma redução na população superior a 30% dentro de três gerações (45 anos) devido ao declínio na área de ocupação, na extensão da distribuição e na qualidade do habitat.[1] A espécie está listada no "Appendix II" da CITES.[39] O Departamento do Interior dos Estados Unidos em 14 de maio de 2008 listou o urso-polar entre as espécies ameaçadas sob o "Endangered Species Act".[40] No Canadá, o "Committee on the Status of Endangered Wildlife in Canada" recomendou em abril de 2008 que o urso fosse classificado como uma espécie de interesse especial de conservação sob o "Species at Risk Act".[41]

Mapa do U.S. Geological Survey que mostra mudanças projetadas no habitat do urso-polar de 2001 a 2010 e de 2041 a 2050. As áreas vermelhas indicam a perda do habitat ideal; áreas azuis indicam ganho.

Uma significante diminuição da população de ursos-polares atribuída a caça predatória ocorreu na Groenlândia e na União Soviética no início da década de 1930, e nos Estados Unidos no final da década de 1960 e início de 1970. Como resultado das perdas populacionais, um acordo internacional foi alcançado entre as cinco nações que abrigavam a espécie (Canadá, Noruega, Estados Unidos, Dinamarca e União Soviética). Estes países assinaram o "International Agreement on the Conservation of Polar Bears" em 15 de novembro de 1973, em Oslo, o qual proibia a caça não regulamentada e bania o uso de aeronaves e quebra-gelos nas caçadas. O acordo também obrigava cada nação a proteger as áreas de reprodução e rotas migratórias, como também em proceder pesquisas e compartilhar os resultados obtidos. O pacto e as ações resultantes tomadas pelos signatários foram responsáveis pela recuperação do urso-polar. A população total da espécie têm sido considerada estável desde a década de 1980.[42]

Em 2005 a população foi estimada entre 20.000 e 25.0000 por pesquisadores durante o décimo quarto encontro internacional do "IUCN SSC Polar Bear Specialist Group" realizado entre 20 e 24 de junho em Seatle.[43] Em 2009 durante o décimo quinto encontro realizado entre 29 de junho e 3 de julho, em Copenhague, a população encontrava-se estável, permanecendo a mesma estimativa de 20.000 a 25.000.[44] Das dezenove subpopulações uma está em crescimento, três estão estáveis, oito estão em declínio e as outra sete não possuem dados o suficiente para se determinar a tendência populacional.[44]

O urso-polar é citado pela CITES sob baixo risco de extinção. Contudo alguns fatores podem mudar esta situação para pior. O encolhimento das camadas de gelo e o prolongamento do verão vêm obrigando os ursos-polares a buscar comida em lugares habitados, colocando a espécie em conflito com o homem. Em 2005, testemunhas afirmaram ter visto um total de cerca de 40 ursos nadando centenas de quilômetros em busca de alguma camada de gelo flutuante à qual pudessem subir. Viram-se pelo menos quatro corpos de ursos flutuando até 260 km de distância do gelo ou terra firme.[carece de fontes?]

Os povos indígenas do Ártico caçam o urso por sua gordura e pele. O Canadá permite a estrangeiros caçar, desde que guiados por um inuíte em seus trenós de cães. Apesar de florescente no século passado, esse tipo de atividade mostra-se estar em declínio atualmente. O interesse por tapetes de urso diminuiu, assim como seus preços. Uma pele que era vendida por 3.000 dólares atinge hoje o preço máximo de 500 dólares.

Atividades humanas como exploração de gás e petróleo, turismo, pesquisa científica e esportes na neve perturbam o animal em seu ambiente. Poluição ambiental é outra ameaça. Estando no topo da cadeia alimentar, o urso-polar concentra substâncias tóxicas em seu organismo. A quantidade de metais pesados e hidrocarbonos clorados tem se mostrado em curva ascendente em amostras de tecidos. Derramamentos de óleo também afetam os ursos-polares. O óleo é altamente tóxico e de lenta decomposição, sendo ingerido pelo animal quando este se alimenta ou executa seu asseio.

Aspectos culturais

Entalhe feito por escultores chukchis na década de 1940 em uma presa de morsa, retratando ursos-polares caçando morsas.

Folclore indígena

Para os povos indígenas do Ártico, os ursos-polares têm desempenhado durante muito tempo um importante papel cultural e material.[45][46] Restos da espécie foram encontrados em sítios arqueológicos datando de 2 000 a 3 000 anos atrás[45] e pinturas rupestres em cavernas de 1 5000 anos de idade foram descobertas na península de Chukchi]].[46] De fato, têm sido sugerido que as habilidades na caça às focas e a construção de iglus dos povos do Ártico foi em parte adquirida dos ursos-polares.[46]

Os inuítes e esquimós têm muitas lendas folclóricas cujo personagem é o urso-polar, incluindo lendas em que os ursos são os seres humanos quando dentro de suas próprias casas e que colocam as peles quando vão para fora, e histórias de como a constelação que assemelha-se a um grande urso cercado por cães surgiu.[47] Estas lendas revelam o profundo respeito para com os ursos, que é retrato como espiritualmente poderoso e aparentado aos humanos. A postura quase humana quando em pé e sentado, e à semelhança de uma carcaça de urso para com o corpo humano, talvez tenham contribuído para a crença de que os espíritos dos seres humanos e ursos eram intercambiáveis.[47]

Entre o povos chukchis e yupiks do leste da Sibéria, havia um antigo ritual xamanístico de "agradecimento" ao urso-polar caçado. Depois de matar o animal, a sua cabeça e a pele eram removidas e limpas e levadas para a casa, e um banquete era realizado no campo de caça em sua honra. A fim de apaziguar o espírito do urso, havia canções tradicionais e música de tambor e o crânio era cerimonialmente alimentado e recebia um cachimbo.[48] Uma vez que o espírito fora apaziguado, o crânio era então separado da pele, levado para além dos limites da aldeia, e colocada no chão, virado para o norte. Muitas destas tradições foram esquecidas com o tempo, especialmente à luz da proibição total da caça ao urso promovida pela então União Soviética desde 1955.[46]

Os nenets do centro-norte da Sibéria colocavam determinado valor sobre o poder de talismã feitos de dentes caninos proeminentes. Eles eram negociados em aldeias ao longo dos rios Yenisei e Khatanga para os povos que viviam nas florestas mais ao sul, que os costuravam em seus chapéus como proteção contra o urso-pardo. Acreditava-se que o "pequeno sobrinho" (o urso-pardo), não se atreveria a atacar um homem portando o dente do seu "tio grande" (o urso-polar). Os crânios de ursos-polares mortos eram enterrados em locais sagrados específicos e altares, chamados "sedyangi", construídos a partir dos crânios. Vários desses sítios foram preservadas no península de Yamal.[46]

Simbologia e mascotes

Sua distinta aparência e associação com o Ártico fizeram do urso-polar um ícone popular, especialmente nas áreas onde ele é nativo. No Canadá, o toonie (moeda de dois dólares) apresenta a imagem de um urso[quem?] e tanto nos Territórios do Noroeste e quanto em Nunavut as placas de licenciamento veicular são em formato de urso.[quem?] O urso-polar é o mascote do Bowdoin College, do Maine,[quem?] e da Universidade de Alaska Fairbanks[quem?] e foi escolhido como mascote para os Jogos Olímpicos de Inverno de 1988, realizado em Calgary.[quem?]

Empresas como Coca-Cola,[quem?] Nelvana (logo da empresa) [quem?] e Good Humor-Breyers (Klondike bar)[49] têm usado imagens do urso-polar em publicidade. O urso-polar também é usado como mascote por algumas empresas, como a Fox's Glacier Mints, que tem como mascote "Peppy" desde 1922,[50] a Bundaberg Rum usa o "Bundy bear" desde 1961,[51] e a Polar Beverages que usa o urso "Orson" desde 1902.[quem?]

Literatura

Referências

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  6. Erro de citação: Etiqueta <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs de nome Simpson1945
  7. Erro de citação: Etiqueta <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs de nome Ewer1973
  8. Erro de citação: Etiqueta <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs de nome Eisenburg1981
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