Lisdexanfetamina: diferenças entre revisões

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| metabolismo = Inicialmente hidrólise nos [[glóbulos vermelhos]].<br />Posteriormente equivalente à dextroanfetamina.
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A '''lisdexamfetamina''' é um medicamento derivado da [[anfetamina]], [[estimulante]] do [[sistema nervoso central]] (SNC), utilizada principalmente no tratamento do [[transtorno do déficit de atenção e hiperatividade]] (TDAH).<ref>{{Citar web|url=http://www.infarmed.pt/web/infarmed/profissionais-de-saude/-/journal_content/56/15786/3063240|titulo=Novo medicamento para a PHDA (Elvanse - dimesilato de lisdexanfetamina - Avaliação da comparticipação concluída)|acessodata=2019-04-11|obra=www.infarmed.pt|lingua=pt-PT}}</ref> É usado principalmente para tratar o [[Transtorno do déficit de atenção e hiperatividade|transtorno de déficit de atenção e hiperatividade]] (TDAH) em pessoas com mais de cinco anos de idade, bem como o transtorno de [[Transtorno da compulsão alimentar periódica|compulsão alimentar]] moderada a grave em adultos.<ref name="AHFS2019">{{Citar web|url=https://www.drugs.com/monograph/lisdexamfetamine-dimesylate.html|titulo=Lisdexamfetamine Dimesylate Monograph for Professionals|acessodata=15 de abril de 2019|website=Drugs.com|publicado=American Society of Health-System Pharmacists|lingua=en}}</ref> Lisdexamfetamina é administrada por via oral.<ref name="AHFS2019" /><ref name="DailyMed2019">{{Citar web|url=https://www.drugs.com/pregnancy/lisdexamfetamine.html|titulo=Lisdexamfetamine (Vyvanse) Use During Pregnancy|acessodata=16 de abril de 2019|website=Drugs.com|lingua=en}}</ref> No Reino Unido, é geralmente menos preferido do que o [[metilfenidato]].<ref name="BNF76">{{Citar livro|título=British national formulary: BNF 76|data=2018|editora=Pharmaceutical Press|páginas=348–349|isbn=9780857113382|edição=76}}</ref> Seus efeitos geralmente começam dentro de 2 horas e duram até 14 horas.<ref name="AHFS2019" /> É vendida sob os nomes comerciais: '''Venvanse''', '''Elvanse''', '''Juneve''', '''Vyvanse''' entre outros.
A '''lisdexamfetamina (LDX)''' é um medicamento '''derivado''' da [[anfetamina]], [[estimulante]] do [[sistema nervoso central]] (SNC) e psicoestimulante, utilizada principalmente no tratamento do [[transtorno do déficit de atenção e hiperatividade]] (TDAH).<ref>{{Citar web|url=http://www.infarmed.pt/web/infarmed/profissionais-de-saude/-/journal_content/56/15786/3063240|titulo=Novo medicamento para a PHDA (Elvanse - dimesilato de lisdexanfetamina - Avaliação da comparticipação concluída)|acessodata=2019-04-11|obra=www.infarmed.pt|lingua=pt-PT}}</ref> É usado principalmente para tratar o [[Transtorno do déficit de atenção e hiperatividade|transtorno de déficit de atenção e hiperatividade]] (TDAH) em pessoas com mais de cinco anos de idade, bem como o transtorno de [[Transtorno da compulsão alimentar periódica|compulsão alimentar]] moderada a grave em adultos.<ref name="AHFS2019">{{Citar web|url=https://www.drugs.com/monograph/lisdexamfetamine-dimesylate.html|titulo=Lisdexamfetamine Dimesylate Monograph for Professionals|acessodata=15 de abril de 2019|website=Drugs.com|publicado=American Society of Health-System Pharmacists|lingua=en}}</ref> Lisdexamfetamina é administrada por via oral.<ref name="AHFS2019" /><ref name="DailyMed2019">{{Citar web|url=https://www.drugs.com/pregnancy/lisdexamfetamine.html|titulo=Lisdexamfetamine (Vyvanse) Use During Pregnancy|acessodata=16 de abril de 2019|website=Drugs.com|lingua=en}}</ref> No Reino Unido, é geralmente menos preferido do que o [[metilfenidato]].<ref name="BNF76">{{Citar livro|título=British national formulary: BNF 76|data=2018|editora=Pharmaceutical Press|páginas=348–349|isbn=9780857113382|edição=76}}</ref> Seus efeitos geralmente começam dentro de 2 horas e duram até 14 horas.

A incorporação do dimesilato de lisdexanfetamina ao
[[Sistema Único de Saúde|SUS]] foi demandada pela Takeda Pharma Ltda. Para avaliar tal possibilidade, procedeu-se à análise de evidências
científicas sobre itens como eficácia, segurança, custo-efetividade e impacto orçamentário da substância mencionada, para o tratamento de pacientes adultos com Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH)[https://www.gov.br/conitec/pt-br/midias/consultas/relatorios/2021/Sociedade/20210602_resoc248_lisdexanfetamina_tdah_final.pdf].

As cápsulas estão disponíveis em doses de 30, 50 e 70 mg, A dose inicial e recomendada de Venvanse é de 30 mg uma vez por dia pela manhã. A dose pode ser aumentada até o máximo recomendado de 70 mg uma vez por dia pela manhã, conforme orientado pelo médico.<ref>{{Citar web|ultimo=consultaremedios.com.br|url=https://consultaremedios.com.br/venvanse/bula|titulo=Venvanse: bula, para que serve e como usar {{!}} CR|acessodata=2023-06-15|website=Consulta Remédios|lingua=pt-br}}</ref>

<ref name="AHFS2019" />É vendida sob os nomes comerciais: '''Venvanse''', '''Elvanse''', '''Juneve''', '''Vyvanse''' entre outros.


== Química ==
== Química ==
Trata-se de um [[pró-fármaco]] da [[dextroanfetamina]].<ref>{{Citar periódico|ultimo=Goodman|primeiro=David W.|data=Agosto de 2018|titulo=Lisdexamfetamine Dimesylate|url=https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2880945/|jornal=Psychiatry (Edgmont)|volume=4|numero=8|paginas=39–45|issn=1550-5952|pmc=2880945|pmid=20532026|acessodata=}}</ref><ref>{{Citar periódico|ultimo=Heal|primeiro=David J.|ultimo2=Smith|primeiro2=Sharon L.|ultimo3=Gosden|primeiro3=Jane|ultimo4=Nutt|primeiro4=David J.|data=Junho de 2013|titulo=Amphetamine, past and present--a pharmacological and clinical perspective|url=https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23539642|jornal=Journal of Psychopharmacology (Oxford, England)|volume=27|numero=6|paginas=479–496|doi=10.1177/0269881113482532|issn=1461-7285|pmc=3666194|pmid=23539642|acessodata=}}</ref> A sua [[estrutura química]] consiste na conjugação da dextroanfetamina com o [[aminoácido essencial]] [[L-Lisina]].
Trata-se de um [[pró-fármaco]] da [[dextroanfetamina]].<ref>{{Citar periódico|ultimo=Goodman|primeiro=David W.|data=Agosto de 2018|titulo=Lisdexamfetamine Dimesylate|url=https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2880945/|jornal=Psychiatry (Edgmont)|volume=4|numero=8|paginas=39–45|issn=1550-5952|pmc=2880945|pmid=20532026|acessodata=}}</ref><ref>{{Citar periódico|ultimo=Heal|primeiro=David J.|ultimo2=Smith|primeiro2=Sharon L.|ultimo3=Gosden|primeiro3=Jane|ultimo4=Nutt|primeiro4=David J.|data=Junho de 2013|titulo=Amphetamine, past and present--a pharmacological and clinical perspective|url=https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23539642|jornal=Journal of Psychopharmacology (Oxford, England)|volume=27|numero=6|paginas=479–496|doi=10.1177/0269881113482532|issn=1461-7285|pmc=3666194|pmid=23539642|acessodata=}}</ref> A sua [[estrutura química]] consiste na conjugação da '''dextroanfetamina''' com o [[aminoácido essencial]] [[L-Lisina]].


Após a '''absorção''' na corrente sanguínea, a lisdexanfetamina é '''completamente''' '''convertida''' pelos glóbulos vermelhos em '''dextroanfetamina''' e no aminoácido [[Lisina|L-lisina]] por [[hidrólise]] via enzimas [[aminopeptidases]] indeterminadas<ref>{{Citar web|url=https://dailymed.nlm.nih.gov/dailymed/drugInfo.cfm?setid=704e4378-ca83-445c-8b45-3cfa51c1ecad|titulo=DailyMed - VYVANSE- lisdexamfetamine dimesylate capsule VYVANSE- lisdexamfetamine dimesylate tablet, chewable|acessodata=2023-06-15|website=dailymed.nlm.nih.gov}}</ref><ref>{{Citar periódico |url=https://doi.org/10.1007/s40261-015-0354-y |título=Lisdexamfetamine Dimesylate: Prodrug Delivery, Amphetamine Exposure and Duration of Efficacy |data=2016-05-01 |acessodata=2023-06-15 |periódico=Clinical Drug Investigation |número=5 |ultimo=Ermer |primeiro=James C. |ultimo2=Pennick |primeiro2=Michael |paginas=341–356 |lingua=en |doi=10.1007/s40261-015-0354-y |issn=1179-1918 |pmid=27021968 |ultimo3=Frick |primeiro3=Glen}}</ref><ref>{{Citar periódico |url=https://www.frontiersin.org/articles/10.3389/fphar.2017.00617 |título=Pharmacokinetics and Pharmacodynamics of Lisdexamfetamine Compared with D-Amphetamine in Healthy Subjects |data=2017 |acessodata=2023-06-15 |periódico=Frontiers in Pharmacology |ultimo=Dolder |primeiro=Patrick C. |ultimo2=Strajhar |primeiro2=Petra |doi=10.3389/fphar.2017.00617 |issn=1663-9812 |pmid=28936175 |ultimo3=Vizeli |primeiro3=Patrick |ultimo4=Hammann |primeiro4=Felix |ultimo5=Odermatt |primeiro5=Alex |ultimo6=Liechti |primeiro6=Matthias E.}}</ref> Após a administração oral, a anfetamina aparece na urina em 3 horas. Cerca de 90% da anfetamina ingerida é eliminada 3 dias após a última dose oral.<ref>{{citar web|url=https://web.archive.org/web/20171002194327/https://toxnet.nlm.nih.gov/cgi-bin/sis/search2/cgi-bin/sis/search2/f?.%2Ftemp%2F~mdjW95%3A1%3AFULL|titulo=Anfetaminas}}</ref>
A lisdexanfetamina por si só é inativa, ou seja, trata-se de um [[pró-fármaco]] que é convertido em dextroanfetamina, de forma limitada e gradual, devido ao processo enzimático necessário para a remoção da porção de L-Lisina. Esse metabolismo reduz seu uso restabelecido, permitindo a eficácia do fármaco durante um período mais longo.<ref>{{Citar periódico|ultimo=Najib|primeiro=Jadwiga|ultimo2=Wimer|primeiro2=Dexter|ultimo3=Zeng|primeiro3=Julie|ultimo4=Lam|primeiro4=Kristina W|ultimo5=Romanyak|primeiro5=Natalya|ultimo6=Paige Morgan|primeiro6=Eva|ultimo7=Thadavila|primeiro7=Anu|data=2017-08-23|titulo=Review of Lisdexamfetamine Dimesylate in Adults With Attention-Deficit/Hyperactivity Disorder|url=https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5571766/|jornal=Journal of Central Nervous System Disease|volume=9|doi=10.1177/1179573517728090|issn=1179-5735|pmc=5571766|pmid=28855799|acessodata=}}</ref><ref>{{Citar periódico|ultimo=Goodman|primeiro=David W.|data=Agosto de 2007|titulo=Lisdexamfetamine dimesylate: the first prodrug stimulant|url=https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20532026|jornal=Psychiatry (Edgmont (Pa.: Township))|volume=4|numero=8|paginas=39–45|issn=1555-5194|pmc=2880945|pmid=20532026|acessodata=}}</ref>

Existem muitos nomes possíveis para lisdexanfetamina com base em [[nomenclatura IUPAC]], mas geralmente é nomeado como {{nowrap|''N''-[(2''S'')-1-fenil-2-propanil] -<small>L</small>-lysinamide}} ou {{nowrap|(2''S'')-2,6-diamino-''N''-[(1''S'')-1 -metil-2-feniletil]hexanamida}}.<ref name="ChemSpider">{{cite web|url=http://www.chemspider.com/Chemical-Structure.9772458.html|title=Lisdexanfetamina|website=[[ChemSpider]]|publisher=[[Royal Society of Chemistry]]|year=2015}}</ref> A reação de '''condensação''' ocorre com '''perda de água''':

:[[dextroanfetamina|(''S'')-{{chem|PhCH|2|CH(CH|3|)NH|2}}]] &nbsp; + &nbsp; [[lisina|(''S'')-{{chem|HOOCCH(NH|2|)CH|2|CH|2|CH|2|CH|2|NH|2}}]] &nbsp; → &nbsp; (''S'',''S'')-{{chem|PhCH|2|CH(CH|3|)NHC(O)CH(NH|2|)CH|2|CH|2|CH| 2|CH|2|NH|2}} &nbsp; + &nbsp; {{chem|H|2|O}}

O [[grupo funcional]] [[amina]] é vulnerável à '''oxidação no ar''' e, portanto, os produtos farmacêuticos que os contêm são geralmente formulados como [[sal (química)|sais]] onde este resto que tem foi [[Protonação|protonado]]. Isso aumenta a '''estabilidade''', a [[solubilidade]] em água e, ao converter um [[composto molecular]] em um [[composto iônico]], aumenta o [[ponto de fusão]] e, assim, garante um produto sólido.<ref>{{citar livro|url=https://en.wikipedia.org/wiki/Lisdexamfetamine#cite_note-103|título=Sais farmacêuticos: propriedades, seleção e uso|editora=[[John Wiley & Sons]]|ano=2011|isbn=978-3-90639-051-2|editor-link2=|veditors=Stahl PH, Wermuth DG|edição=2ª}}</ref> No caso da '''lisdexanfetamina''', isso é obtido pela reação com dois equivalentes de [[ácido metanossulfônico]] para produzir o sal di[[mesilato]], um [[Solubilidade|solúvel em água]] (792&nbsp;mg&nbsp;mL<sup>&minus;1</sup>) em pó de cor branca a esbranquiçada.

:{{chem|PhCH|2|CH(CH|3|)NHC(O)CH(NH|2|)CH|2|CH|2|CH|2|CH|2|NH|2}} &nbsp; + &nbsp; 2&nbsp;[[ácido metanossulfônico|{{chem|CH|3|SO|3|H}}]] &nbsp; → &nbsp; {{chem|[PhCH|2|CH(CH|3|)NHC(O)CH(NH|3|+|)CH|2|CH|2|CH|2|CH|2|NH|3|+ |]}}{{chem|[CH|3|SO|3|-|]|2}}

A lisdexanfetamina por si só é '''inativa''', ou seja, trata-se de um [[pró-fármaco]] que é convertido em [[dextroanfetamina]], de forma limitada e gradual, devido ao processo enzimático necessário para a remoção da porção de [[Lisina|L-Lisina]]. Esse metabolismo reduz seu uso restabelecido, permitindo a '''eficácia''' do fármaco durante um período '''mais longo'''.<ref>{{Citar periódico|ultimo=Najib|primeiro=Jadwiga|ultimo2=Wimer|primeiro2=Dexter|ultimo3=Zeng|primeiro3=Julie|ultimo4=Lam|primeiro4=Kristina W|ultimo5=Romanyak|primeiro5=Natalya|ultimo6=Paige Morgan|primeiro6=Eva|ultimo7=Thadavila|primeiro7=Anu|data=2017-08-23|titulo=Review of Lisdexamfetamine Dimesylate in Adults With Attention-Deficit/Hyperactivity Disorder|url=https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5571766/|jornal=Journal of Central Nervous System Disease|volume=9|doi=10.1177/1179573517728090|issn=1179-5735|pmc=5571766|pmid=28855799|acessodata=}}</ref><ref>{{Citar periódico|ultimo=Goodman|primeiro=David W.|data=Agosto de 2007|titulo=Lisdexamfetamine dimesylate: the first prodrug stimulant|url=https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20532026|jornal=Psychiatry (Edgmont (Pa.: Township))|volume=4|numero=8|paginas=39–45|issn=1555-5194|pmc=2880945|pmid=20532026|acessodata=}}</ref>


== Efeitos colaterais ==
== Efeitos colaterais ==
Os efeitos colaterais comuns da lisdexanfetamina incluem [[Anorexia (sintoma)|perda de apetite]], [[ansiedade]], [[diarreia]], [[Insônia|dificuldade para dormir]], [[irritabilidade]] e [[náusea]].<ref name="AHFS2019" /> Os efeitos colaterais raros, mas graves, incluem [[mania]], [[Psicose tóxica das anfetaminas|psicose]] e [[Parada cardíaca|morte cardíaca súbita]] em pessoas com [[Doença cardiovascular|problemas cardíacos subjacentes]].<ref name="AHFS2019" /> É considerada uma substância com alto potencial para [[Abuso de substância|abuso]] pela [[Drug Enforcement Administration|DEA]].<ref name="AHFS2019" /><ref name="DailyMed2019" />Pode levar à [[síndrome da serotonina]] se usado com certos outros medicamentos.<ref name="AHFS2019" /> Seu uso durante a [[gravidez]] pode resultar em danos ao bebê e o uso durante a [[amamentação]] não é recomendado pelo fabricante.<ref name="BNF76" /><ref name="AHFS2019" /><ref name="DailyMed2019" />
Os efeitos colaterais '''comuns''' da lisdexanfetamina incluem [[Palpitação|palpitações]], elevação da [[pressão arterial]], alterações do [[desejo sexual]],[[Anorexia (sintoma)|perda de apetite]], [[ansiedade]], [[diarreia]], [[Insônia|dificuldade para dormir]], [[irritabilidade]] e [[náusea]].<ref name="AHFS2019" /><ref>{{Citar web|ultimo=consultaremedios.com.br|url=https://consultaremedios.com.br/venvanse/bula|titulo=Venvanse: bula, para que serve e como usar {{!}} CR|acessodata=2023-06-15|website=Consulta Remédios|lingua=pt-br}}</ref> Os efeitos colaterais '''raros''', mas graves, incluem [[Alergia|Alergias]], [[mania]], [[Psicose tóxica das anfetaminas|psicose]] e [[Parada cardíaca|morte cardíaca súbita]] em pessoas com [[Doença cardiovascular|problemas cardíacos subjacentes]].<ref name="AHFS2019" /> É considerada uma substância com alto potencial para [[Abuso de substância|abuso]] pela [[Drug Enforcement Administration|DEA]] (quando a dosagem é excedida).<ref name="AHFS2019" /><ref name="DailyMed2019" />Pode levar à [[síndrome da serotonina]] se usado com certos outros medicamentos.<ref name="AHFS2019" /> Seu uso durante a [[gravidez]] pode resultar em danos ao bebê e o uso durante a [[amamentação]] não é recomendado pelo fabricante.<ref name="BNF76" /><ref name="AHFS2019" /><ref name="DailyMed2019" />

A '''lisdexanfetamina''' foi desenvolvida com a intenção de criar uma versão '''mais duradoura''' e com '''menor risco''' de [[Drogadição|dependência]] que a [[dextroanfetamina]] (DEX) <ref>{{Citar periódico |url=https://www.cambridge.org/core/journals/cns-spectrums/article/abs/lisdexamfetamine-dimesylate-a-prodrug-stimulant-for-the-treatment-of-adhd-in-children-and-adults/846A1DDDD14BC8447DA5F3BC52594BEF |título=Lisdexamfetamine Dimesylate: A Prodrug Stimulant for the Treatment of ADHD in Children and Adults |data=2010-05 |acessodata=2023-06-15 |periódico=CNS Spectrums |número=5 |ultimo=Mattingly |primeiro=Gregory |paginas=315–325 |lingua=en |doi=10.1017/S1092852900027541 |issn=1092-8529}}</ref>

Os produtos que contêm lisdexanfetamina têm um perfil de [[Farmacologia|segurança]] '''comparável''' aos que contêm [[anfetamina|anfetaminas]].<ref>{{Citar web|url=https://dailymed.nlm.nih.gov/dailymed/drugInfo.cfm?setid=704e4378-ca83-445c-8b45-3cfa51c1ecad|titulo=DailyMed - VYVANSE- lisdexamfetamine dimesylate capsule VYVANSE- lisdexamfetamine dimesylate tablet, chewable|acessodata=2023-06-12|website=dailymed.nlm.nih.gov}}</ref><ref>{{Citar web|ultimo=https://www.facebook.com/Drugscom|url=https://www.drugs.com/monograph/lisdexamfetamine.html|titulo=Lisdexamfetamine Monograph for Professionals|acessodata=2023-06-12|website=Drugs.com|lingua=en}}</ref>

== Usos da Lisdexanfetamina ==

==== Usos Médicos ====
A anfetamina é usada para tratar [[transtorno de déficit de atenção e hiperatividade]] (TDAH), [[narcolepsia]] (um distúrbio do sono) e [[obesidade]], e às vezes é prescrita sem seguir as indicações homologadas para este fármaco [[Uso off label|(uso "off-label")]], como os de outras anfetaminas farmacêuticas. Por seu passado indicações médicas, particularmente para [[Depressão (humor)|depressão]] e [[dor crônica]].<ref>{{Citar web|url=https://dailymed.nlm.nih.gov/dailymed/drugInfo.cfm?setid=704e4378-ca83-445c-8b45-3cfa51c1ecad|titulo=DailyMed - VYVANSE- lisdexamfetamine dimesylate capsule VYVANSE- lisdexamfetamine dimesylate tablet, chewable|acessodata=2023-06-12|website=dailymed.nlm.nih.gov}}</ref>Sabe-se que a exposição '''prolongada''' a anfetaminas em doses suficientemente altas em algumas espécies animais produz desenvolvimento anormal do [[receptor de dopamina|sistema de dopamina]] ou danos nos '''nervos''',<ref name="pmid22392347">{{cite journal |título=A |data=agosto de 2012 |doi=10.1007/s00204-012-0815-5 |pmid=22392347 |vauthors=Carvalho M, Carmo H, Costa VM, Capela JP, Pontes H, Remião F, Carvalho F, Bastos Mde L |s2cid=2873101}}</ref><ref name="AbuseAndAbnormalities">{{cite journal |title=Abuso de anfetaminas e anormalidades estruturais no cérebro |data=outubro de 2008 |journal=Anais da Academia de Ciências de Nova York |páginas=195–220 |bibcode=<!-- Não --> |doi=10.1196/annals.1441.031 |pmc=2769923 |pmid=18991959 |vauthors=Berman S, O 'Neill J, Fears S, Bartzokis G, Londres ED |volume=1141 |questão=}}</ref> mas em alguns casos com humanos com TDAH, as anfetaminas farmacêuticas em dosagens '''terapêuticas''' podem melhorar o desenvolvimento do cérebro e o crescimento dos nervos.<ref name="Neuroplasticity 1">< /ref><nowiki><ref name="Neuroplasticity 2"></nowiki>{{cite journal |title=Efeito de psicoestimulantes no cérebro estrutura e função no TDAH: uma revisão qualitativa da literatura de estudos de neuroimagem baseados em ressonância magnética |data=setembro de 2013 |journal=The Journal of Clinical Psychiatry |pages=902–917 |doi=10.4088/JCP.12r08287 |pmc=3801446 |pmid=24107764 |vauthors=Spencer TJ, Brown A, Seidman LJ, Valera EM, Makris N, Lomedico A, Faraone SV, Biederman J |volume=74 |edição=9}}</ref><ref name="Neuroplasticity 3">{{cite journal |title=Metanálise de estudos de ressonância magnética estrutural em crianças e adultos com transtorno de déficit de atenção e hiperatividade indica efeitos do tratamento |data=Fevereiro de 2012 |jornal=Acta Psychiatrica Scandinavica |páginas=114–126 |doi=10.1111/j.1600-0447.2011.01786.x |pmid=22118249 |vauthors=Frodl T, Skokauskas N |volume=125 |doi-access=free |quote=As regiões dos gânglios da base, como o globo pálido direito, o putâmen direito e o núcleo caudado, são estruturalmente afetadas em crianças com TDAH. Essas mudanças e alterações em regiões límbicas como ACC e amígdala são mais pronunciadas em populações não tratadas e parecem diminuir ao longo do tempo desde a infância até a idade adulta. O tratamento parece ter efeitos positivos na estrutura cerebral. |s2cid=25954331}}</ref> Revisões de estudos de [[ressonância magnética]] (MRI) sugerem que o tratamento de longo prazo com anfetamina diminui as anormalidades na estrutura e função cerebral encontradas em indivíduos com TDAH e melhora a função em vários partes do cérebro, como o [[núcleo caudado]] direito dos [[gânglios da base]].<ref>{{Citar web|url=https://jamanetwork.com/journals/jamapsychiatry/fullarticle/1485446|titulo=Hart H, Radua J, Nakao T, Mataix-Cols D, Rubia K (February 2013).|acessodata=2023-06-12|website=jamanetwork.com|doi=10.1001/jamapsychiatry.2013.277}}</ref><ref>{{Citar periódico |url=https://www.psychiatrist.com/jcp/neurodevelopmental/adhd/effect-psychostimulants-brain-structure-function-adhd/ |título=Effect of Psychostimulants on Brain Structure and Function in ADHD: A Qualitative Literature Review of Magnetic Resonance Imaging-Based Neuroimaging Studies |data=2013-09-15 |acessodata=2023-06-12 |periódico=The Journal of Clinical Psychiatry |número=9 |ultimo=Spencer |primeiro=Thomas J. |ultimo2=Brown |primeiro2=Ariel |paginas=5654 |lingua=English |doi=10.4088/JCP.12r08287 |issn=0160-6689 |ultimo3=Seidman |primeiro3=Larry J. |ultimo4=Valera |primeiro4=Eve M. |ultimo5=Makris |primeiro5=Nikos |ultimo6=Lomedico |primeiro6=Alexandra |ultimo7=Faraone |primeiro7=Stephen V. |ultimo8=Biederman |primeiro8=Joseph}}</ref>
[[Ficheiro:Elvanse.jpg|miniaturadaimagem|Cápsulas Elvanse Adulto 50mg e 70mg colocadas na embalagem (Alemanha)]]
Revisões de pesquisas clínicas com '''estimulantes''' estabeleceram a segurança e eficácia do uso contínuo de anfetaminas em longo prazo para o tratamento do TDAH.<ref name="Long-Term Outcomes Medications"><nowiki>{{cite journal |vauthors=Huang YS, Tsai MH | title = Resultados a longo prazo com medicamentos para transtorno de déficit de atenção e hiperatividade: estado atual do conhecimento | jornal =Drogas do SNC| volume = 25 | questão = 7 | páginas = 539–554 |data=julho de 2011 | pmid = 21699268 | doi = 10.2165/11589380-000000000-00000 | s2cid = 3449435 | citação = Vários outros estudos,</nowiki><sup>[97-101]</sup> incluindo uma revisão meta-analítica<sup>[98]</sup> e um estudo retrospectivo,<sup>[97]</sup> sugerido que a terapia com estimulantes na infância está associada a um risco reduzido de uso subsequente de substâncias, tabagismo e transtornos por uso de álcool.&nbsp;... Estudos recentes demonstraram que os estimulantes, juntamente com os não estimulantes atomoxetina e guanfacina de liberação prolongada, são continuamente eficaz por períodos de tratamento de mais de 2 anos com poucos efeitos adversos toleráveis. A eficácia da terapia de longo prazo inclui não apenas os principais sintomas do TDAH, mas também melhora a qualidade de vida e as realizações acadêmicas. Os efeitos adversos de curto prazo mais preocupantes dos estimulantes, como pressão arterial elevada e frequência cardíaca, diminuíram no seguimento de longo prazo.

Os modelos atuais de TDAH sugerem que ele está associado a deficiências funcionais em alguns dos [[sistemas de neurotransmissores]] do cérebro; ]] e a neurotransmissão [[norepinefrina]] nas projeções noradrenérgicas do [[locus coeruleus]] para o [[córtex pré-frontal]]. Psicoestimulantes como [[metilfenidato]] e anfetaminas são eficazes no tratamento do TDAH porque aumentam a atividade do neurotransmissor nesses sistemas.<nowiki><ref name="Malenka_2009_03"></nowiki>{{citar livro|title=Neurofarmacologia Molecular: Uma Fundação para a Neurociência Clínica|editora=McGraw-Hill Medical|ano=2009|local=Nova York, EUA|páginas=154–157|isbn=9780071481274|vauthors=Malenka RC, Nestler EJ, Hyman SE|veditors=Sydor A, Castanho RY|edição=2ª|capítulo=Capítulo 6: Sistemas de ampla projeção: monoaminas, acetilcolina e orexina}}</ref><ref name="cognition Enhancers">{{cite journal |title=Melhoradores cognitivos para o tratamento do TDAH |data=agosto de 2011 |páginas=262–274 |doi=10.1016/j.pbb.2011.05.002 |pmc=3353150 |pmid=21596055 |vauthors=Bidwell LC, McClernon FJ, Kollins SH |volume=99 |revista=Farmacologia Bioquímica e Comportamento}}</ref> Aproximadamente '''80%''' das pessoas que usam esses estimulantes percebem '''melhorias''' nos sintomas de TDAH.<ref name="Long-term 36">{{cite journal | vauthors = Parker J, Wales G, Chalhoub N, Harpin V | title = Os resultados a longo prazo das intervenções para o tratamento do transtorno de déficit de atenção e hiperatividade em crianças e adolescentes: uma revisão sistemática de ensaios clínicos randomizados | revista =Pesquisa em Psicologia e Gestão do Comportamento| volume = 6 | páginas = 87–99 | data = setembro de 2013 | pmid = 24082796 | pmc = 3785407 | doi = 10.2147/PRBM.S49114 | citação = Apenas um artigo<sup>53</sup> examinando os resultados após 36 meses atendeu aos critérios de revisão.&nbsp;... Há evidências de alto nível sugerindo que o tratamento farmacológico pode ter um efeito benéfico importante nos sintomas centrais do TDAH ( hiperatividade, desatenção e impulsividade) em aproximadamente 80% dos casos em comparação com controles de placebo, no curto prazo.}}</ref> Crianças com TDAH que usam medicamentos estimulantes geralmente têm melhores relacionamentos com colegas e familiares, têm '''melhor''' '''desempenho''' na escola , são menos distraídos e impulsivos e têm períodos de atenção mais longos.<ref name="Millichap_3">{{citar livro | autor = Millichap JG | editor = Millichap JG | title = Manual do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade: Um Guia Médico para o TDAH | ano = 2010 | editora = Springer | local = Nova York, EUA | isbn = 9781441913968 | páginas = 111–113 | edição = 2ª | capítulo = Capítulo 9: Medicamentos para TDAH}}</ref><ref name="ADHD">Healthwise, ed. (12 de abril de 2010). http://www.webmd.com/add-adhd/childhood-adhd/stimulants-for-attention-deficit-hyperactivity-disorder ''WebMD''.</ref> As revisões da [[Cochrane (organização)|Cochrane]]{{#tag:ref|As revisões da Cochrane são revisões sistemáticas meta-analíticas de alta qualidade de estudos randomizados controlados.<ref name ="pmid16052183">{{cite journal |vauthors=Scholten RJ, Clarke M, Hetherington J |title=The Cochrane Collaboration |journal=European Journal of Clinical Nutrition|volume=59 |issue=Suppl 1 |pages=S147–S149; discussão S195–S196 |data=agosto de 2005 |pmid=16052183 |doi=10.1038/sj.ejcn.1602188|s2cid=29410060 |doi-access=free }}</ref>| group = "nota" }} sobre o tratamento do TDAH em crianças, adolescentes e adultos com anfetaminas farmacêuticas afirmou que estudos de curto prazo demonstraram que essas drogas '''diminuem''' a gravidade dos sintomas, mas apresentam taxas de '''descontinuação''' mais altas do que medicamentos não estimulantes devido a seus [[efeitos colaterais]] adversos.<ref name="pmid26844979">{{cite journal | vauthors = Punja S, Shamseer L, Hartling L, Urichuk L, Vandermeer B, Nikles J, Vohra S | title = Anfetaminas para transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) em crianças e adolescentes | revista =Base de Dados Cochrane de Revisões Sistemáticas| volume = 2 | páginas = CD009996 | data = fevereiro de 2016 | pmid = 26844979 | doi = 10.1002/14651858.CD009996.pub2}}</ref> Uma revisão da Cochrane sobre o tratamento do TDAH em crianças com "transtornos de tique" como [[síndrome de Tourette]] indicou que estimulantes em geral não fazem tic é pior, mas altas doses de dextroanfetamina podem exacerbar

==== Desempenho cognitivo ====
Em 2015, uma [[revisão sistemática]] e uma [[metanálise]] de alta qualidade [[ensaio clínico]] descobriram que, quando usada em doses baixas (terapêuticas), a anfetamina produz melhorias '''modestas''', mas inequívocas, na cognição, incluindo [[memória de trabalho]], longo prazo [[memória episódica]], controle inibitório e alguns aspectos de [[Atenção#Modelo clínico|atenção]], em adultos saudáveis normais sabe-se que esses efeitos de aumento da '''cognição''' da anfetamina são parcialmente mediados por [[:en:Indirect_agonist|ativação indireta]] de ambos e '''adrenoceptor''' '''α<sub>2</sub>''' no [[córtex pré-frontal]].<ref>{{Citar livro|url=https://en.wikipedia.org/wiki/Special:BookSources/9780071481274|título=Molecular neuropharmacology: a foundation for clinical neuroscience|ultimo=Nestler|primeiro=Eric J.|ultimo2=Hyman|primeiro2=Steven E.|ultimo3=Malenka|primeiro3=Robert C.|data=2010|editora=McGraw-Hill Medical|edicao=2. ed., [Nachdr.]|local=New York, NY}}</ref><ref>{{Citar periódico |url=https://doi.org/10.1016/j.biopsych.2014.09.013 |título=The Cognition-Enhancing Effects of Psychostimulants Involve Direct Action in the Prefrontal Cortex |data=2015-06 |acessodata=2023-06-12 |periódico=Biological Psychiatry |número=11 |ultimo=Spencer |primeiro=Robert C. |ultimo2=Devilbiss |primeiro2=David M. |paginas=940–950 |doi=10.1016/j.biopsych.2014.09.013 |issn=0006-3223 |pmid=25499957 |ultimo3=Berridge |primeiro3=Craig W.}}</ref> Uma revisão sistemática de 2014 descobriu que baixas doses de anfetamina também melhoram a [[consolidação da memória]], levando, por sua vez, a uma melhora da '''recuperação de memória'''. Doses terapêuticas de anfetamina também aumentam a eficiência da rede cortical, um efeito que medeia melhorias na [[memória de trabalho]] em todos os indivíduos.<ref>{{Citar periódico |url=https://www.dovepress.com/pharmacological-interventions-for-adolescents-and-adults-with-adhd-sti-peer-reviewed-fulltext-article-PRBM |título=Pharmacological interventions for adolescents and adults with ADHD: stimulant and nonstimulant medications and misuse of prescription stimulants |data=2014-09-09 |acessodata=2023-06-12 |periódico=Psychology Research and Behavior Management |ultimo=Weyandt |primeiro=Lisa L. |ultimo2=Oster |primeiro2=Danielle R. |paginas=223–249 |lingua=English |doi=10.2147/PRBM.S47013 |pmid=25228824 |ultimo3=Marraccini |primeiro3=Marisa E. |ultimo4=Gudmundsdottir |primeiro4=Bergljot Gyda |ultimo5=Munro |primeiro5=Bailey A. |ultimo6=Zavras |primeiro6=Brynheld Martinez |ultimo7=Kuhar |primeiro7=Ben}}</ref><ref name="pmid11337538">{{cite journal |vauthors=Devous MD, Trivedi MH, Rush AJ |title=Resposta regional do fluxo sanguíneo cerebral a desafio oral com anfetamina em voluntários saudáveis |journal=Journal of Nuclear Medicine |volume=42 |issue=4 |pages=535–542 |date=abril de 2001 |pmid=11337538}}</ref><ref>{{Citar periódico |url=https://www.dovepress.com/pharmacological-interventions-for-adolescents-and-adults-with-adhd-sti-peer-reviewed-fulltext-article-PRBM |título=Pharmacological interventions for adolescents and adults with ADHD: stimulant and nonstimulant medications and misuse of prescription stimulants |data=2014-09-09 |acessodata=2023-06-12 |periódico=Psychology Research and Behavior Management |ultimo=Weyandt |primeiro=Lisa L. |ultimo2=Oster |primeiro2=Danielle R. |paginas=223–249 |lingua=English |doi=10.2147/PRBM.S47013 |pmid=25228824 |ultimo3=Marraccini |primeiro3=Marisa E. |ultimo4=Gudmundsdottir |primeiro4=Bergljot Gyda |ultimo5=Munro |primeiro5=Bailey A. |ultimo6=Zavras |primeiro6=Brynheld Martinez |ultimo7=Kuhar |primeiro7=Ben}}</ref> Anfetaminas e outros estimulantes do TDAH também melhoram a '''motivação''' para realizar uma tarefa, e aumenta a [[excitação]] (vigília), por sua vez, promovendo um comportamento direcionado a objetivos.<ref>{{Citar periódico |url=http://www.tandfonline.com/doi/full/10.3810/pgm.2014.09.2801 |título=The Potential for Misuse and Abuse of Medications in ADHD: A Review |data=2014-09 |acessodata=2023-06-12 |periódico=Postgraduate Medicine |número=5 |ultimo=Clemow |primeiro=David B. |ultimo2=Walker |primeiro2=Daniel J. |paginas=64–81 |lingua=en |doi=10.3810/pgm.2014.09.2801 |issn=0032-5481}}</ref>

==== Performance física ====

As [[Anfetamina|anfetaminas]] são usada por alguns atletas por seus efeitos psicológicos e de melhoria do desempenho atlético, como aumento da '''resistência''' e do '''estado de alerta''';<ref>{{Citar periódico |url=https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0095454313000249 |título=Nutritional Supplements and Ergogenic Aids |data=2013-06-01 |acessodata=2023-06-12 |periódico=Primary Care: Clinics in Office Practice |número=2 |ultimo=Liddle |primeiro=David G. |ultimo2=Connor |primeiro2=Douglas J. |series=Sports Medicine |paginas=487–505 |lingua=en |doi=10.1016/j.pop.2013.02.009 |issn=0095-4543}}</ref><ref>{{Citar livro|url=https://en.wikipedia.org/wiki/Special:BookSources/9780071624428|título=Goodman & Gilman's the pharmacological basis of therapeutics|ultimo=Brunton|primeiro=Laurence L.|data=2011|editora=McGraw-Hill medical|edicao=12th ed|local=New York}}</ref> agências internacionais antidopagem.<ref>{{Citar periódico |url=http://doi.wiley.com/10.1038/bjp.2008.124 |título=Pharmacology of stimulants prohibited by the World Anti-Doping Agency (WADA): Stimulants prohibited by WADA |data=2008-06 |acessodata=2023-06-12 |periódico=British Journal of Pharmacology |número=3 |ultimo=Docherty |primeiro=J R |paginas=606–622 |lingua=en |doi=10.1038/bjp.2008.124 |pmid=18500382}}</ref> Em pessoas saudáveis em doses terapêuticas orais, foi demonstrado que a anfetamina aumenta a força muscular, a aceleração, o desempenho atlético em condições anaeróbicas e a resistência (ou seja, retarda o início da fadiga), enquanto melhora o [[tempo de reação]].<ref name=":0">{{Citar periódico |url=https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0095454313000249 |título=Nutritional Supplements and Ergogenic Aids |data=2013-06-01 |acessodata=2023-06-12 |periódico=Primary Care: Clinics in Office Practice |número=2 |ultimo=Liddle |primeiro=David G. |ultimo2=Connor |primeiro2=Douglas J. |series=Sports Medicine |paginas=487–505 |lingua=en |doi=10.1016/j.pop.2013.02.009 |issn=0095-4543}}</ref><ref name=":1">{{Citar periódico |url=https://doi.org/10.1016/j.csm.2011.03.007 |título=Attention-Deficit Hyperactivity Disorder and the Athlete: New Advances and Understanding |data=2011-07 |acessodata=2023-06-12 |periódico=Clinics in Sports Medicine |número=3 |ultimo=Parr |primeiro=Jesse W. |paginas=591–610 |doi=10.1016/j.csm.2011.03.007 |issn=0278-5919}}</ref><ref name=":2">{{Citar periódico |url=https://doi.org/10.1007/s40279-013-0030-4 |título=Neurophysiological Determinants of Theoretical Concepts and Mechanisms Involved in Pacing |data=2013-05-01 |acessodata=2023-06-12 |periódico=Sports Medicine |número=5 |ultimo=Roelands |primeiro=Bart |ultimo2=de Koning |primeiro2=Jos |paginas=301–311 |lingua=en |doi=10.1007/s40279-013-0030-4 |issn=1179-2035 |ultimo3=Foster |primeiro3=Carl |ultimo4=Hettinga |primeiro4=Floor |ultimo5=Meeusen |primeiro5=Romain}}</ref> A anfetamina melhora a resistência e o tempo de reação principalmente por meio da inibição da recaptação e liberação de '''dopamina''' no [[sistema nervoso]] central. A anfetamina e outras [[Dopaminérgica|drogas dopaminérgicas]] também aumentam a produção de energia em níveis fixos de esforço percebido, substituindo um "interruptor de segurança", permitindo que o limite de temperatura central '''aumente''' para acessar uma capacidade de reserva que normalmente está fora dos limites.<ref name=":0" /><ref name=":2" /><ref name=":1" /> Em doses terapêuticas, os efeitos adversos da anfetamina não impedem o desempenho atlético;<ref>{{Citar periódico |url=https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0095454313000249 |título=Nutritional Supplements and Ergogenic Aids |data=2013-06-01 |acessodata=2023-06-12 |periódico=Primary Care: Clinics in Office Practice |número=2 |ultimo=Liddle |primeiro=David G. |ultimo2=Connor |primeiro2=Douglas J. |series=Sports Medicine |paginas=487–505 |lingua=en |doi=10.1016/j.pop.2013.02.009 |issn=0095-4543}}</ref><ref>{{Citar periódico |url=https://doi.org/10.1016/j.csm.2011.03.007 |título=Attention-Deficit Hyperactivity Disorder and the Athlete: New Advances and Understanding |data=2011-07 |acessodata=2023-06-12 |periódico=Clinics in Sports Medicine |número=3 |ultimo=Parr |primeiro=Jesse W. |paginas=591–610 |doi=10.1016/j.csm.2011.03.007 |issn=0278-5919}}</ref>no entanto, em doses muito mais altas, a anfetamina pode induzir efeitos que prejudicam gravemente o desempenho, como degradação muscular rápida e temperatura corporal elevada.<ref>{{Citar web|url=https://dailymed.nlm.nih.gov/dailymed/drugInfo.cfm?setid=aff45863-ffe1-4d4f-8acf-c7081512a6c0|titulo=DailyMed - ADDERALL XR- dextroamphetamine sulfate, dextroamphetamine saccharate, amphetamine sulfate and amphetamine aspartate capsule, extended release|acessodata=2023-06-12|website=dailymed.nlm.nih.gov}}</ref><ref>{{Citar periódico |url=https://doi.org/10.1016/j.csm.2011.03.007 |título=Attention-Deficit Hyperactivity Disorder and the Athlete: New Advances and Understanding |data=2011-07 |acessodata=2023-06-12 |periódico=Clinics in Sports Medicine |número=3 |ultimo=Parr |primeiro=Jesse W. |paginas=591–610 |doi=10.1016/j.csm.2011.03.007 |issn=0278-5919}}</ref>

===== Depressão =====
Alguns ensaios clínicos que usaram lisdexanfetamina como [[terapia adjuvante|terapia complementar]] com um [[Inibidor seletivo de recaptação de serotonina|inibidor seletivo da recaptação da serotonina]] (ISRS) ou [[Inibidor de recaptação de serotonina|inibidor da recaptação da serotonina-norepinefrina]] (IRSN) para tratamento- [[Depressão resistente a tratamento|depressão resistente]] indicou que isso '''não''' é mais eficaz do que o uso de um ISRS ou IRSN isoladamente.<ref>{{Citar periódico |url=https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0006295215001562 |título=Emerging mechanisms and treatments for depression beyond SSRIs and SNRIs |data=2015-05-15 |acessodata=2023-06-12 |periódico=Biochemical Pharmacology |número=2 |ultimo=Dale |primeiro=Elena |ultimo2=Bang-Andersen |primeiro2=Benny |paginas=81–97 |lingua=en |doi=10.1016/j.bcp.2015.03.011 |issn=0006-2952 |ultimo3=Sánchez |primeiro3=Connie}}</ref> Outros estudos indicaram que os [[Estimulante|psicoestimulantes]] '''potencializaram''' os antidepressivos e foram prescritos de forma insuficiente para '''depressão resistente''' ao tratamento. Nesses estudos, os pacientes apresentaram '''melhora''' significativa na '''energia''', '''humor''' e '''atividade psicomotora'''.<ref>{{Citar periódico |url=https://www.tandfonline.com/doi/full/10.31887/DCNS.1999.1.3/gstotz |título=Psychostimulants in the therapy of treatment-resistant depression Review of the literature and findings from a retrospective study in 65 depressed patients |data=1999-12-31 |acessodata=2023-06-12 |periódico=Dialogues in Clinical Neuroscience |número=3 |ultimo=Stotz |primeiro=Gabriele |ultimo2=Woggon |primeiro2=Brigitte |paginas=165–174 |lingua=en |doi=10.31887/DCNS.1999.1.3/gstotz |issn=1958-5969 |pmid=22034135 |ultimo3=Angst |primeiro3=Jules}}</ref> As diretrizes clínicas aconselham '''cautela no uso''' de estimulantes para depressão.<ref name="pmid34986373" />

Em fevereiro de [[2014]], a Shire anunciou que dois [[ensaios clínicos]] em estágio avançado descobriram que o Venvanse '''não''' era um tratamento '''eficaz''' para a depressão, e o desenvolvimento para essa indicação foi interrompido.<ref>http://uk.reuters.com/article/shire-vyvanse-idUKL2N0LB28F20140207</ref><ref name="AdisInsight"> {{Cite web|url=https://adisinsight.springer.com/drugs/800020876|title=Lisdexanfetamina - Shionogi/Takeda |website=Adisinsight.springer.com|access-date=12 de março de 2022|quote=O desenvolvimento clínico é em andamento nos EUA, para transtornos de humor em crianças e adolescentes para transtorno de compulsão alimentar e TDAH.}}</ref> Uma [[meta-análise]] de 2018 de [[Estudo clínico randomizado controlado|estudo clínico randomizado]] de lisdexanfetamina para potencialização dos efeitos de '''antidepressivos''' em pessoas com [[transtorno depressivo maior]] (o primeiro a ser conduzido) descobriu que a lisdexanfetamina '''não''' foi significativamente melhor do que o [[placebo]] na melhora dos escores da "Escala de Avaliação de Depressão de Montgomery–Åsberg", [[resultado clínico]], ou taxa de remissão.<ref name="pmid29028590">Giacobbe P, Rakita U, Lam R, Milev R, Kennedy SH, McIntyre RS (January 2018). "Efficacy and tolerability of lisdexamfetamine as an antidepressant augmentation strategy: A meta-analysis of randomized controlled trials". ''Journal of Affective Disorders''. '''226''': 294–300.https://doi.org/10.1016%2Fj.jad.2017.09.041</ref> No entanto, houve indicação de um '''pequeno''' efeito na '''melhora''' dos sintomas depressivos.<ref name="pmid29028590" /> A lisdexanfetamina se saiu bem na meta-análise.<ref name="pmid29028590" /> A quantidade de evidências foi limitada, com apenas '''quatro''' ensaios incluídos.<ref name="pmid29028590" /> Em uma [[metanálise]] subsequente em 2022 , a lisdexanfetamina foi significativamente eficaz como um '''complemento''' '''antidepressivo''' para a depressão resistente ao tratamento.<ref name="pmid34986373">{{cite journal |title=Estratégias de aumento para depressão maior resistente ao tratamento: uma revisão sistemática e meta-análise de rede |data=abril de 2022 |jornal=Jornal de Distúrbios Afetivos |páginas=385–400 |doi=10.1016/j.jad.2021.12.134 |pmc=9328668 |pmid=34986373 |volume=302 |questão= |s2cid=245657964}}</ref>

Embora a lisdexanfetamina tenha mostrado eficácia '''limitada''' no tratamento da depressão em [[Ensaio clínico|ensaios clínicos]], a '''segunda''' '''fase''' de um [[estudo clínico]] descobriu que a '''adição''' de lisdexanfetamina a um antidepressivo '''melhorou''' a disfunção executiva em pessoas com transtorno depressivo maior leve, mas disfunção executiva persistente.<ref name="PanGrovuMcIntyre2019"><nowiki>{{citar livro | title = Medicina Translacional no Desenvolvimento de Medicamentos para o SNC | vauthors = Pan Z, Grovu RC, McIntyre RS | capítulo = Estratégias de Medicina Translacional no Desenvolvimento de Medicamentos para Transtornos do Humor | série = Manual de Neurociência Comportamental | data = 2019 | volume</nowiki>


== Aprovação ==
==Aprovação==
A lisdexamfetamina foi aprovada para uso médico nos Estados Unidos em 2007.<ref name="AHFS2019" /> Em 2018, era o 82º medicamento mais prescrito nos Estados Unidos, com mais de 10 milhões de prescrições.<ref>{{Citar web|url=https://clincalc.com/DrugStats/Top300Drugs.aspx|titulo=The Top 300 of 2021|acessodata=18 de fevereiro de 2021|website=ClinCalc}}</ref><ref>{{Citar web|url=https://clincalc.com/DrugStats/Drugs/LisdexamfetamineDimesylate|titulo=Lisdexamfetamine Dimesylate - Drug Usage Statistics|acessodata=18 de fevereiro de 2021|website=ClinCalc}}</ref> É uma substância controlada de Programação II no Reino Unido e uma substância controlada de Programação II nos Estados Unidos.<ref name="BNF76" /><ref name="DEA2017">{{Citar livro|url=https://www.dea.gov/sites/default/files/2018-06/drug_of_abuse.pdf|título=Drugs of Abuse|data=2017|editora=Drug Enforcement Administration • U.S. Department of Justice|acessodata=16 de abril de 2019}}</ref>{{Referências}}
A lisdexamfetamina foi aprovada para uso médico nos Estados Unidos em 2007. Em 2018, era o 82º medicamento mais prescrito nos Estados Unidos, com mais de 10 milhões de prescrições.<nowiki><ref></nowiki>{{Citar web|url=https://clincalc.com/DrugStats/Top300Drugs.aspx|titulo=The Top 300 of 2021|acessodata=18 de fevereiro de 2021|website=ClinCalc}}</ref><ref>{{Citar web|url=https://clincalc.com/DrugStats/Drugs/LisdexamfetamineDimesylate|titulo=Lisdexamfetamine Dimesylate - Drug Usage Statistics|acessodata=18 de fevereiro de 2021|website=ClinCalc}}</ref> É uma substância controlada de Programação II no Reino Unido e uma substância controlada de Programação II nos Estados Unidos.<ref name="BNF76" /><ref name="DEA2017">{{Citar livro|url=https://www.dea.gov/sites/default/files/2018-06/drug_of_abuse.pdf|título=Drugs of Abuse|data=2017|editora=Drug Enforcement Administration • U.S. Department of Justice|acessodata=16 de abril de 2019}}</ref>{{Referências}}





Revisão das 01h35min de 15 de junho de 2023

Estrutura química de Lisdexanfetamina
Lisdexanfetamina
Aviso médico
Nome IUPAC (sistemática)
(2S)-2,6-Diamino-N-[(1S)-1-methyl-2-phenylethyl]hexanamide
Identificadores
CAS 608137-32-2
ATC N06BA12
PubChem 11597698
DrugBank DB01255
Informação química
Fórmula molecular C15H25N3O 
Massa molar 263.385 g·mol−1
Farmacocinética
Biodisponibilidade 96.4%[1]
Metabolismo Inicialmente hidrólise nos glóbulos vermelhos.
Posteriormente equivalente à dextroanfetamina.
Meia-vida ≤1 h (Lisdexanfetamina)[2]
10-12 h (Dextroanfetamina)[2]
Excreção Renal (2%)[2]
Considerações terapêuticas
Administração Oral
DL50 ?

A lisdexamfetamina (LDX) é um medicamento derivado da anfetamina, estimulante do sistema nervoso central (SNC) e psicoestimulante, utilizada principalmente no tratamento do transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH).[3] É usado principalmente para tratar o transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) em pessoas com mais de cinco anos de idade, bem como o transtorno de compulsão alimentar moderada a grave em adultos.[4] Lisdexamfetamina é administrada por via oral.[4][5] No Reino Unido, é geralmente menos preferido do que o metilfenidato.[6] Seus efeitos geralmente começam dentro de 2 horas e duram até 14 horas.

A incorporação do dimesilato de lisdexanfetamina ao SUS foi demandada pela Takeda Pharma Ltda. Para avaliar tal possibilidade, procedeu-se à análise de evidências científicas sobre itens como eficácia, segurança, custo-efetividade e impacto orçamentário da substância mencionada, para o tratamento de pacientes adultos com Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH)[1].

As cápsulas estão disponíveis em doses de 30, 50 e 70 mg, A dose inicial e recomendada de Venvanse é de 30 mg uma vez por dia pela manhã. A dose pode ser aumentada até o máximo recomendado de 70 mg uma vez por dia pela manhã, conforme orientado pelo médico.[7]

[4]É vendida sob os nomes comerciais: Venvanse, Elvanse, Juneve, Vyvanse entre outros.

Química

Trata-se de um pró-fármaco da dextroanfetamina.[8][9] A sua estrutura química consiste na conjugação da dextroanfetamina com o aminoácido essencial L-Lisina.

Após a absorção na corrente sanguínea, a lisdexanfetamina é completamente convertida pelos glóbulos vermelhos em dextroanfetamina e no aminoácido L-lisina por hidrólise via enzimas aminopeptidases indeterminadas[10][11][12] Após a administração oral, a anfetamina aparece na urina em 3 horas. Cerca de 90% da anfetamina ingerida é eliminada 3 dias após a última dose oral.[13]

Existem muitos nomes possíveis para lisdexanfetamina com base em nomenclatura IUPAC, mas geralmente é nomeado como N-[(2S)-1-fenil-2-propanil] -L-lysinamide ou (2S)-2,6-diamino-N-[(1S)-1 -metil-2-feniletil]hexanamida.[14] A reação de condensação ocorre com perda de água:

(S)-PhCH2CH(CH3)NH2   +   (S)-HOOCCH(NH2)CH2CH2CH2CH2NH2   →   (S,S)-PhCH2CH(CH3)NHC(O)CH(NH2)CH2CH2CH 2CH2NH2   +   H2O

O grupo funcional amina é vulnerável à oxidação no ar e, portanto, os produtos farmacêuticos que os contêm são geralmente formulados como sais onde este resto que tem foi protonado. Isso aumenta a estabilidade, a solubilidade em água e, ao converter um composto molecular em um composto iônico, aumenta o ponto de fusão e, assim, garante um produto sólido.[15] No caso da lisdexanfetamina, isso é obtido pela reação com dois equivalentes de ácido metanossulfônico para produzir o sal dimesilato, um solúvel em água (792 mg mL−1) em pó de cor branca a esbranquiçada.

PhCH2CH(CH3)NHC(O)CH(NH2)CH2CH2CH2CH2NH2   +   2 CH3SO3H   →   [PhCH2CH(CH3)NHC(O)CH(NH+
3
)CH2CH2CH2CH2NH+
3
]
[CH3SO
3
]2

A lisdexanfetamina por si só é inativa, ou seja, trata-se de um pró-fármaco que é convertido em dextroanfetamina, de forma limitada e gradual, devido ao processo enzimático necessário para a remoção da porção de L-Lisina. Esse metabolismo reduz seu uso restabelecido, permitindo a eficácia do fármaco durante um período mais longo.[16][17]

Efeitos colaterais

Os efeitos colaterais comuns da lisdexanfetamina incluem palpitações, elevação da pressão arterial, alterações do desejo sexual,perda de apetite, ansiedade, diarreia, dificuldade para dormir, irritabilidade e náusea.[4][18] Os efeitos colaterais raros, mas graves, incluem Alergias, mania, psicose e morte cardíaca súbita em pessoas com problemas cardíacos subjacentes.[4] É considerada uma substância com alto potencial para abuso pela DEA (quando a dosagem é excedida).[4][5]Pode levar à síndrome da serotonina se usado com certos outros medicamentos.[4] Seu uso durante a gravidez pode resultar em danos ao bebê e o uso durante a amamentação não é recomendado pelo fabricante.[6][4][5]

A lisdexanfetamina foi desenvolvida com a intenção de criar uma versão mais duradoura e com menor risco de dependência que a dextroanfetamina (DEX) [19]

Os produtos que contêm lisdexanfetamina têm um perfil de segurança comparável aos que contêm anfetaminas.[20][21]

Usos da Lisdexanfetamina

Usos Médicos

A anfetamina é usada para tratar transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), narcolepsia (um distúrbio do sono) e obesidade, e às vezes é prescrita sem seguir as indicações homologadas para este fármaco (uso "off-label"), como os de outras anfetaminas farmacêuticas. Por seu passado indicações médicas, particularmente para depressão e dor crônica.[22]Sabe-se que a exposição prolongada a anfetaminas em doses suficientemente altas em algumas espécies animais produz desenvolvimento anormal do sistema de dopamina ou danos nos nervos,[23][24] mas em alguns casos com humanos com TDAH, as anfetaminas farmacêuticas em dosagens terapêuticas podem melhorar o desenvolvimento do cérebro e o crescimento dos nervos.[25][26] Revisões de estudos de ressonância magnética (MRI) sugerem que o tratamento de longo prazo com anfetamina diminui as anormalidades na estrutura e função cerebral encontradas em indivíduos com TDAH e melhora a função em vários partes do cérebro, como o núcleo caudado direito dos gânglios da base.[27][28]

Cápsulas Elvanse Adulto 50mg e 70mg colocadas na embalagem (Alemanha)

Revisões de pesquisas clínicas com estimulantes estabeleceram a segurança e eficácia do uso contínuo de anfetaminas em longo prazo para o tratamento do TDAH.[29][30] Aproximadamente 80% das pessoas que usam esses estimulantes percebem melhorias nos sintomas de TDAH.[31] Crianças com TDAH que usam medicamentos estimulantes geralmente têm melhores relacionamentos com colegas e familiares, têm melhor desempenho na escola , são menos distraídos e impulsivos e têm períodos de atenção mais longos.[32][33] As revisões da Cochrane[nota 1] sobre o tratamento do TDAH em crianças, adolescentes e adultos com anfetaminas farmacêuticas afirmou que estudos de curto prazo demonstraram que essas drogas diminuem a gravidade dos sintomas, mas apresentam taxas de descontinuação mais altas do que medicamentos não estimulantes devido a seus efeitos colaterais adversos.[35] Uma revisão da Cochrane sobre o tratamento do TDAH em crianças com "transtornos de tique" como síndrome de Tourette indicou que estimulantes em geral não fazem tic é pior, mas altas doses de dextroanfetamina podem exacerbar

Desempenho cognitivo

Em 2015, uma revisão sistemática e uma metanálise de alta qualidade ensaio clínico descobriram que, quando usada em doses baixas (terapêuticas), a anfetamina produz melhorias modestas, mas inequívocas, na cognição, incluindo memória de trabalho, longo prazo memória episódica, controle inibitório e alguns aspectos de atenção, em adultos saudáveis normais sabe-se que esses efeitos de aumento da cognição da anfetamina são parcialmente mediados por ativação indireta de ambos e adrenoceptor α2 no córtex pré-frontal.[36][37] Uma revisão sistemática de 2014 descobriu que baixas doses de anfetamina também melhoram a consolidação da memória, levando, por sua vez, a uma melhora da recuperação de memória. Doses terapêuticas de anfetamina também aumentam a eficiência da rede cortical, um efeito que medeia melhorias na memória de trabalho em todos os indivíduos.[38][39][40] Anfetaminas e outros estimulantes do TDAH também melhoram a motivação para realizar uma tarefa, e aumenta a excitação (vigília), por sua vez, promovendo um comportamento direcionado a objetivos.[41]

Performance física

As anfetaminas são usada por alguns atletas por seus efeitos psicológicos e de melhoria do desempenho atlético, como aumento da resistência e do estado de alerta;[42][43] agências internacionais antidopagem.[44] Em pessoas saudáveis em doses terapêuticas orais, foi demonstrado que a anfetamina aumenta a força muscular, a aceleração, o desempenho atlético em condições anaeróbicas e a resistência (ou seja, retarda o início da fadiga), enquanto melhora o tempo de reação.[45][46][47] A anfetamina melhora a resistência e o tempo de reação principalmente por meio da inibição da recaptação e liberação de dopamina no sistema nervoso central. A anfetamina e outras drogas dopaminérgicas também aumentam a produção de energia em níveis fixos de esforço percebido, substituindo um "interruptor de segurança", permitindo que o limite de temperatura central aumente para acessar uma capacidade de reserva que normalmente está fora dos limites.[45][47][46] Em doses terapêuticas, os efeitos adversos da anfetamina não impedem o desempenho atlético;[48][49]no entanto, em doses muito mais altas, a anfetamina pode induzir efeitos que prejudicam gravemente o desempenho, como degradação muscular rápida e temperatura corporal elevada.[50][51]

Depressão

Alguns ensaios clínicos que usaram lisdexanfetamina como terapia complementar com um inibidor seletivo da recaptação da serotonina (ISRS) ou inibidor da recaptação da serotonina-norepinefrina (IRSN) para tratamento- depressão resistente indicou que isso não é mais eficaz do que o uso de um ISRS ou IRSN isoladamente.[52] Outros estudos indicaram que os psicoestimulantes potencializaram os antidepressivos e foram prescritos de forma insuficiente para depressão resistente ao tratamento. Nesses estudos, os pacientes apresentaram melhora significativa na energia, humor e atividade psicomotora.[53] As diretrizes clínicas aconselham cautela no uso de estimulantes para depressão.[54]

Em fevereiro de 2014, a Shire anunciou que dois ensaios clínicos em estágio avançado descobriram que o Venvanse não era um tratamento eficaz para a depressão, e o desenvolvimento para essa indicação foi interrompido.[55][56] Uma meta-análise de 2018 de estudo clínico randomizado de lisdexanfetamina para potencialização dos efeitos de antidepressivos em pessoas com transtorno depressivo maior (o primeiro a ser conduzido) descobriu que a lisdexanfetamina não foi significativamente melhor do que o placebo na melhora dos escores da "Escala de Avaliação de Depressão de Montgomery–Åsberg", resultado clínico, ou taxa de remissão.[57] No entanto, houve indicação de um pequeno efeito na melhora dos sintomas depressivos.[57] A lisdexanfetamina se saiu bem na meta-análise.[57] A quantidade de evidências foi limitada, com apenas quatro ensaios incluídos.[57] Em uma metanálise subsequente em 2022 , a lisdexanfetamina foi significativamente eficaz como um complemento antidepressivo para a depressão resistente ao tratamento.[54]

Embora a lisdexanfetamina tenha mostrado eficácia limitada no tratamento da depressão em ensaios clínicos, a segunda fase de um estudo clínico descobriu que a adição de lisdexanfetamina a um antidepressivo melhorou a disfunção executiva em pessoas com transtorno depressivo maior leve, mas disfunção executiva persistente.[58][59] É uma substância controlada de Programação II no Reino Unido e uma substância controlada de Programação II nos Estados Unidos.[6][60]

Referências

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  2. a b c https://www.drugbank.ca/drugs/DB01255
  3. «Novo medicamento para a PHDA (Elvanse - dimesilato de lisdexanfetamina - Avaliação da comparticipação concluída)». www.infarmed.pt. Consultado em 11 de abril de 2019 
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    Aprovação

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