Mimosa hostilis: diferenças entre revisões
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* ''Acacia jurema'' <small>Mart.</small> |
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* ''Acacia tenuiflora'' <small>Willd.</small> |
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* ''Mimosa cabrera'' <small>[[H. Karst.]]</small> |
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* ''Mimosa hostilis'' <small>([[C. Mart.]]) [[George Bentham|Benth.]]</small> |
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* ''Mimosa limana'' <small>[[Carlos Toledo Rizzini|Rizzini]]</small> |
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'''''Mimosa |
'''''Mimosa tenuiflora''''', sin. '''''Mimosa hostilis''''', também conhecida como '''jurema- preta'''<ref>{{Citar web |autor=FERREIRA, Karla Cecília de Sousa |numero-autores=et al |titulo=Diversidade, estrutura e dispersão de espécies arbóreas e arbustivas em área de caatinga no município de Malta, PB. |ano=2013 |url=http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/xmlui/bitstream/handle/riufcg/14015/KARLA%20CEC%c3%8dLIA%20DE%20SOUSA%20FERREIRA%20-%20DISSERTA%c3%87%c3%83O%20PPGCF%202013.pdf?sequence=1&isAllowed=y |acessodata=10-12-2020 |página=44 }}</ref> , '''Calumbi''' (Brasil), '''Tepezcohuite''' (México), ''' carbonal''', '''cabrera''', '''jurema''','''binho de jurema''', é uma árvore perene ou arbusto pertencente à família Fabaceae, da ordem das Fabales típica da caatinga, ocorrendo praticamente em quase toda região nordeste do [[Brasil]] ([[Paraíba]], [[Rio Grande do Norte]], [[Ceará]], [[Pernambuco]], [[Bahia]]) e encontrada no [[México]] [[El Salvador]], [[Honduras]]<ref name= domínio>{{citar web|url=http://www.plantas-medicinales.es/tepezcohuite-la-planta-curativa-de-la-piel/|título= Tepezcohuite|autor=?|acessodata=15 de agosto de 2017}}</ref> como também em [[Panamá]], [[Colômbia]] e [[Venezuela]].<ref>{{Citar web|título = Mimosa hostilis - ILDIS LegumeWeb|URL = http://www.ildis.org/LegumeWeb?version~10.01&LegumeWeb&tno~12408&genus~Mimosa&species~hostilis|obra = www.ildis.org|acessadoem = 2015-07-15}}</ref> <ref name="Rätsch"/> É mais frequentemente encontrado em altitudes mais baixas, mas pode ser encontrado em altitudes de até 1000 m.<ref name= "Rätsch"/> |
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==Descrição== |
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Os ramos semelhantes a [[samambaias]] têm [[Folhas|folhas]] semelhantes a ''Mimosa'', possui folhas pequenas alternas, compostas e bipinadas com vários pares de pinas opostas, crescendo até 5 cm de comprimento. Cada folha composta contém 15–33 pares de folíolos verdes brilhantes com 5–6 mm de comprimento. A árvore em si cresce até 8 m de altura<ref name="Rätsch"/> e pode atingir 4–5 m de altura em menos de 5 anos. As [[flores]] brancas e perfumadas ocorrem em pontas frouxamente cilíndricas com 4–8 cm de comprimento. No [[Hemisfério Sul]] ela floresce principalmente de setembro a janeiro, o fruto amadurece de fevereiro a abril. No [[Hemisfério Norte]] floresce e produz frutos de novembro a junho ou julho.<ref>{{cite journal |author=Camargo-Ricalde SL |title=[Descrição, distribuição, anatomia, composição química e usos da Mimosa tenuiflora (Fabaceae-Mimosoideae) no México] |idioma=es|journal=Rev. Biol. Tropa. |volume=48 |issue=4 |pages=939–54 |date=dezembro de 2000 |pmid=11487939}}</ref> A [[fruta]] é quebradiça e tem em média 2,5–5 cm de comprimento. Cada vagem contém 4–6 sementes ovais, planas, marrom-claras e 3–4 mm de diâmetro. Existem cerca de 145 sementes/1g.<ref>{{cite web |url=http://www.b-and-t-world-seeds.com/72975. html |title=Mimosa hostilis (Jurema Preta) em Perfil |publisher=b-and-t-world-seeds.com |access-date=2008-05-04}}</ref> Possui espinhos e apresenta bastante resistência às secas com grande capacidade de rebrota durante todo o ano, bem adaptada para um clima seco. |
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[[File:Mimosa-tenuiflora-stem-Jurema.jpg|thumb|right|Small ''Mimosa tenuiflora'' stem and roots]] |
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A casca da árvore varia de marrom escuro a cinza. Ele se divide longitudinalmente e o interior é marrom avermelhado. |
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A madeira da árvore é marrom avermelhada escura com centro amarelo. É muito denso, durável e forte, tendo uma densidade de cerca de 1,11 g/cm.<ref name="kew.org">{{cite web |url= http://www.kew.org/scihort/tropamerica/fuelwoodprojects.htm |title=Kew: Projeto Fuelwood do Nordeste do Brasil - atividades e progresso |publisher=kew.org |access-date=2008-05-05 |url-status =morto |archive-url=https://web.archive.org/web/20120921230401/http://www.kew.org/science/tropamerica/fuelwoodprojects.htm |archive-date=2012-09-21 }} </ref> |
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''Mimosa tenuiflora'' se dá muito bem após um incêndio florestal ou outro grande distúrbio ecológico.<ref name="Bakke-2007">{{cite journal |author1=Ivonete Alves Bakke |author2=Olaf Andreas Bakke |author3=Alberício Pereira Andrade |autor4=Ignácio Hernan Salcedo |date=Mar 2007 |title=Produto forrageiro e qualidade de um povoamento de jurema-preta denso, espinhoso e sem espinhos |journal=Pesquisa Agropecuária Brasileira |volume=42 |issue=3 |pages=341 –347 |doi=10.1590/S0100-204X2007000300006 |issn=0100-204X |
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|doi-access=free }}</ref> É uma prolífica [[espécie pioneira|planta pioneira]].<ref name="Bakke-2007"/> Deixa cair suas folhas no chão, formando continuamente uma fina camada de cobertura morta e eventualmente [[húmus]]. Junto com sua capacidade de fixar nitrogênio, a árvore condiciona o solo, preparando-o para o surgimento de outras espécies de plantas. |
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Segundo classificação apresentada no Erowid<ref>Erowid Plants - Mimosa in: [http://www.erowid.org/plants/mimosa/ The vaults of Erowid]</ref>, a jurema-preta corresponde à ''Mimosa tenuiflora''. Para Menezes<ref>Menezes, Inácio. Flora da Bahia. Br, Brasiliana, 1949</ref>, corresponde à ''Mimosa nigra'' ou ''Acacia jurema M.,'' segundo ele semelhante à [[Mimosa verrucosa|jurema-branca]] esgalhada e armada. Na descrição de [[Carl Friedrich Philipp von Martius|Von Martius]] (1794–1868), no livro ''Flora brasiliensis'' (1840-1906)<ref>Martius, Carl Friedrich Philipp von [http://florabrasiliensis.cria.org.br/ Flora brasiliensis on line] </ref>, a ''Mimosa hostilis'' pertence à familia Leguminosae (Fabaceae); subfamilia Mimoseae; tribo Eumimoseae (Mimosa L.), sect. Habbasia e ser. Leptostachyae. |
Segundo classificação apresentada no Erowid<ref>Erowid Plants - Mimosa in: [http://www.erowid.org/plants/mimosa/ The vaults of Erowid]</ref>, a jurema-preta corresponde à ''Mimosa tenuiflora''. Para Menezes<ref>Menezes, Inácio. Flora da Bahia. Br, Brasiliana, 1949</ref>, corresponde à ''Mimosa nigra'' ou ''Acacia jurema M.,'' segundo ele semelhante à [[Mimosa verrucosa|jurema-branca]] esgalhada e armada. Na descrição de [[Carl Friedrich Philipp von Martius|Von Martius]] (1794–1868), no livro ''Flora brasiliensis'' (1840-1906)<ref>Martius, Carl Friedrich Philipp von [http://florabrasiliensis.cria.org.br/ Flora brasiliensis on line] </ref>, a ''Mimosa hostilis'' pertence à familia Leguminosae (Fabaceae); subfamilia Mimoseae; tribo Eumimoseae (Mimosa L.), sect. Habbasia e ser. Leptostachyae. |
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== Uso medicinal == |
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Usada pelos índios [[xucurus-cariris]] em conjunto com a jurema-branca (''[[Piptadenia stipulacea]]''). É utilizada tradicionalmente para fins medicinais e religiosos. Sua casca é usada para fins medicinais e a casca de sua raiz é a parte da planta usada nas cerimônias religiosas pois possui grande quantidade de substâncias psicoativas da classe das [[triptamina]]s, como o [[Dimetiltriptamina|DMT]].<ref>{{Citar web|ultimo=Leite|primeiro=Marcelo|url=https://chacruna.net/resurrection-jurema-3/|titulo=The Resurrection of Jurema (3)|data=2022-08-30|acessodata=2022-12-20|website=Chacruna|lingua=en-US}}</ref> |
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== Ver também == |
== Ver também == |
Revisão das 03h41min de 9 de setembro de 2023
Mimosa hostilis Benth | |||||||||||||||
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Estado de conservação | |||||||||||||||
Pouco preocupante (IUCN 3.1) [1] | |||||||||||||||
Classificação científica | |||||||||||||||
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Nome binomial | |||||||||||||||
Mimosa hostilis Benth. | |||||||||||||||
Distribuição geográfica | |||||||||||||||
Distribuição da Mimosa tenuiflora
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Sinónimos | |||||||||||||||
Mimosa tenuiflora, sin. Mimosa hostilis, também conhecida como jurema- preta[2] , Calumbi (Brasil), Tepezcohuite (México), carbonal, cabrera, jurema,binho de jurema, é uma árvore perene ou arbusto pertencente à família Fabaceae, da ordem das Fabales típica da caatinga, ocorrendo praticamente em quase toda região nordeste do Brasil (Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Pernambuco, Bahia) e encontrada no México El Salvador, Honduras[3] como também em Panamá, Colômbia e Venezuela.[4] [5] É mais frequentemente encontrado em altitudes mais baixas, mas pode ser encontrado em altitudes de até 1000 m.[5]
Descrição
Os ramos semelhantes a samambaias têm folhas semelhantes a Mimosa, possui folhas pequenas alternas, compostas e bipinadas com vários pares de pinas opostas, crescendo até 5 cm de comprimento. Cada folha composta contém 15–33 pares de folíolos verdes brilhantes com 5–6 mm de comprimento. A árvore em si cresce até 8 m de altura[5] e pode atingir 4–5 m de altura em menos de 5 anos. As flores brancas e perfumadas ocorrem em pontas frouxamente cilíndricas com 4–8 cm de comprimento. No Hemisfério Sul ela floresce principalmente de setembro a janeiro, o fruto amadurece de fevereiro a abril. No Hemisfério Norte floresce e produz frutos de novembro a junho ou julho.[6] A fruta é quebradiça e tem em média 2,5–5 cm de comprimento. Cada vagem contém 4–6 sementes ovais, planas, marrom-claras e 3–4 mm de diâmetro. Existem cerca de 145 sementes/1g.[7] Possui espinhos e apresenta bastante resistência às secas com grande capacidade de rebrota durante todo o ano, bem adaptada para um clima seco.
A casca da árvore varia de marrom escuro a cinza. Ele se divide longitudinalmente e o interior é marrom avermelhado.
A madeira da árvore é marrom avermelhada escura com centro amarelo. É muito denso, durável e forte, tendo uma densidade de cerca de 1,11 g/cm.[8]
Mimosa tenuiflora se dá muito bem após um incêndio florestal ou outro grande distúrbio ecológico.[9] É uma prolífica planta pioneira.[9] Deixa cair suas folhas no chão, formando continuamente uma fina camada de cobertura morta e eventualmente húmus. Junto com sua capacidade de fixar nitrogênio, a árvore condiciona o solo, preparando-o para o surgimento de outras espécies de plantas.
Segundo classificação apresentada no Erowid[10], a jurema-preta corresponde à Mimosa tenuiflora. Para Menezes[11], corresponde à Mimosa nigra ou Acacia jurema M., segundo ele semelhante à jurema-branca esgalhada e armada. Na descrição de Von Martius (1794–1868), no livro Flora brasiliensis (1840-1906)[12], a Mimosa hostilis pertence à familia Leguminosae (Fabaceae); subfamilia Mimoseae; tribo Eumimoseae (Mimosa L.), sect. Habbasia e ser. Leptostachyae.
Uso medicinal
Usada pelos índios xucurus-cariris em conjunto com a jurema-branca (Piptadenia stipulacea). É utilizada tradicionalmente para fins medicinais e religiosos. Sua casca é usada para fins medicinais e a casca de sua raiz é a parte da planta usada nas cerimônias religiosas pois possui grande quantidade de substâncias psicoativas da classe das triptaminas, como o DMT.[13]
Ver também
- Jurema sagrada
- Jurema (árvore)
- Jurema (bebida)
- Jurema-comum (Acacia jurema, Mart)
- Jurema-branca (Mimosa verrucosa, Hub)
- Jurema-embira (Mimosa ophthalmocentra)
- Jurema-angico (Acacia cebil)
Referências
- ↑ «Mimosa hostilis». Lista Vermelha da IUCN de espécies ameaçadas da UICN 2024 (em inglês). ISSN 2307-8235
- ↑ FERREIRA, Karla Cecília de Sousa; et al. (2013). «Diversidade, estrutura e dispersão de espécies arbóreas e arbustivas em área de caatinga no município de Malta, PB.» (PDF). p. 44. Consultado em 10 de dezembro de 2020
- ↑ ?. «Tepezcohuite». Consultado em 15 de agosto de 2017
- ↑ «Mimosa hostilis - ILDIS LegumeWeb». www.ildis.org. Consultado em 15 de julho de 2015
- ↑ a b c Erro de citação: Etiqueta
<ref>
inválida; não foi fornecido texto para as refs de nomeRätsch
- ↑ Camargo-Ricalde SL (dezembro de 2000). «[Descrição, distribuição, anatomia, composição química e usos da Mimosa tenuiflora (Fabaceae-Mimosoideae) no México]». Rev. Biol. Tropa. (em espanhol). 48 (4): 939–54. PMID 11487939
- ↑ html «Mimosa hostilis (Jurema Preta) em Perfil» Verifique valor
|url=
(ajuda). b-and-t-world-seeds.com. Consultado em 4 de maio de 2008 - ↑ «Kew: Projeto Fuelwood do Nordeste do Brasil - atividades e progresso». kew.org. Consultado em 5 de maio de 2008. Cópia arquivada em 21 de setembro de 2012
- ↑ a b Ivonete Alves Bakke; Olaf Andreas Bakke; Alberício Pereira Andrade; Ignácio Hernan Salcedo (Mar 2007). «Produto forrageiro e qualidade de um povoamento de jurema-preta denso, espinhoso e sem espinhos». Pesquisa Agropecuária Brasileira. 42 (3): 341 –347. ISSN 0100-204X. doi:10.1590/S0100-204X2007000300006
- ↑ Erowid Plants - Mimosa in: The vaults of Erowid
- ↑ Menezes, Inácio. Flora da Bahia. Br, Brasiliana, 1949
- ↑ Martius, Carl Friedrich Philipp von Flora brasiliensis on line
- ↑ Leite, Marcelo (30 de agosto de 2022). «The Resurrection of Jurema (3)». Chacruna (em inglês). Consultado em 20 de dezembro de 2022