Arrhoges occidentalis

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Como ler uma infocaixa de taxonomiaArrhoges occidentalis
Ilustração de Arrhoges occidentalis (Beck, 1836), única espécie norte-americana de Aporrhaidae e única do gênero Arrhoges Gabb, 1868 (táxon monotípico).[1][2] Sua distribuição chega ao Canadá.[3] Imagem retirada de The American Naturalist Vol. 3, No. 5 (1869).
Ilustração de Arrhoges occidentalis (Beck, 1836), única espécie norte-americana de Aporrhaidae e única do gênero Arrhoges Gabb, 1868 (táxon monotípico).[1][2] Sua distribuição chega ao Canadá.[3] Imagem retirada de The American Naturalist Vol. 3, No. 5 (1869).
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Mollusca
Classe: Gastropoda
Subclasse: Caenogastropoda
Ordem: Littorinimorpha
Superfamília: Stromboidea
Família: Aporrhaidae
Género: Arrhoges
Gabb, 1868[1]
Espécie: A. occidentalis
Nome binomial
Arrhoges occidentalis
(Beck, 1836)[1]
Sinónimos
Aporrhais occidentalis (Beck, 1836)[1]

Arrhoges occidentalis (nomeada, em inglês, American pelican's-foot[3][4] ou American pelicanfoot[5]; na tradução para o português, "-de-pelicano-americano"; no século XX denominada Aporrhais occidentalis)[3][4][5] é uma espécie de molusco gastrópode marinho do noroeste do Atlântico, pertencente à família Aporrhaidae, na ordem Littorinimorpha. Foi classificada por Henrik Henriksen Beck, em 1836, e seu gênero, Arrhoges[1] (outrora um subgênero)[6], foi proposto em 1868 e contém apenas a sua espécie (táxon monotípico).[1] É nativa de profundidades que vão da zona nerítica aos quase 2.000 metros[5], entre as costas do oceano Ártico canadense (no Labrador e golfo de São Lourenço) até a Carolina do Norte, nos Estados Unidos.[1][3][7][8]

Descrição da concha e animal[editar | editar código-fonte]

Concha dotada de constituição bastante espessada e sólida, chegando entre 7[5] a 7.5 centímetros de comprimento[2]; de espiral alta, turricular e cônica, com voltas arredondadas e suturas (junção entre as voltas) muito impressas. O seu lábio externo é espessado, formando uma grande expansão alar, mais ou menos desenvolvida e característica, com sua projeção direcionada à espiral. Sua escultura consiste de um conjunto de costelas axiais fortes, bem espaçadas e geralmente curvas; também com um ornamento em espiral de sulcos finos e profundamente incisos, especialmente marcados na volta corporal. A coloração é amarelo-esbranquiçada, marrom-sujo ou acinzentada; interior e columela brancos e brilhosos. Opérculo muito pequeno, córneo e elipsoidal, com bordas lisas. Corpo do animal muito semelhante aos Strombidae, incluindo um longo e estreito, com um lobo anterior menor e um grande lobo posterior, que carrega seu opérculo e lhe permite se deslocar aos saltos. Os olhos não são encontrados na ponta de pedúnculos (como em Strombidae), mas estão na base de seus tentáculos. A cavidade do manto contém apenas uma brânquia, o osfrádio (órgão olfativo) e, nos machos, o órgão copulatório. A rádula é taeniglossa.[4][5][9]

Habitat e hábitos[editar | editar código-fonte]

Arrhoges occidentalis tem como habitat os bentos de areia e lama[8], até os quase 2.000 metros[5]; porém suas conchas podem ser levadas à zona entremarés após uma tempestade. Pesquisas em Nova Hampshire constataram tratar-se de uma espécie fossorial, que se enterra no substrato em meses de Inverno, sem se alimentar, retornando para comer algas e diatomáceas no mês de Fevereiro.[8]

Referências

  1. a b c d e f g «Arrhoges occidentalis» (em inglês). World Register of Marine Species. 1 páginas. Consultado em 26 de fevereiro de 2019 
  2. a b FERRARIO, Marco (1992). Guia del Coleccionista de Conchas (em espanhol). Barcelona, Espanha: Editorial de Vecchi. p. 85. 220 páginas. ISBN 84-315-1972-X 
  3. a b c d ABBOTT, R. Tucker; DANCE, S. Peter (1982). Compendium of Seashells. A color Guide to More than 4.200 of the World's Marine Shells (em inglês). New York: E. P. Dutton. p. 75. 412 páginas. ISBN 0-525-93269-0 
  4. a b c WYE, Kenneth R. (1989). The Mitchell Beazley Pocket Guide to Shells of the World (em inglês). London: Mitchell Beazley Publishers. p. 56. 192 páginas. ISBN 0-85533-738-9 
  5. a b c d e f «Aporrhais occidentalis Beck, 1836 American pelicanfoot» (em inglês). SeaLifeBase. 1 páginas. Consultado em 26 de fevereiro de 2019 
  6. LINDNER, Gert (1983). Moluscos y Caracoles de los Mares del Mundo (em espanhol). Barcelona, Espanha: Omega. p. 51. 256 páginas. ISBN 84-282-0308-3 
  7. «Arrhoges occidentalis (distribution)» (em inglês). World Register of Marine Species. 1 páginas. Consultado em 26 de fevereiro de 2019 
  8. a b c SEPT, J. Duane (2016). Atlantic Seashore Field Guide. Florida to Canada (em inglês). Mechanicsburg, Pensilvania: Stackpole Books - Google Books. 336 páginas. ISBN 9780811714211. Consultado em 26 de fevereiro de 2019 
  9. «Arrhoges occidentalis» (em inglês). www.shellauction.net. 1 páginas. Consultado em 26 de fevereiro de 2019 
Ícone de esboço Este artigo sobre moluscos, integrado no Projeto Invertebrados é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.