Betelgeuse
Betelgeuse | |
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Dados observacionais (J200) | |
Constelação | Orion |
Asc. reta | 05h 55m 10,29s |
Declinação | +07° 24′ 25,3″ |
Magnitude aparente | +0,45 (+0,3 a +0,6 (+1,3) |
Características | |
Tipo espectral | M1-2 Ia-Iab |
Cor (U-B) | +1,850 |
Cor (B-V) | 2,32 |
Variabilidade | SR c (semirregular) |
Astrometria | |
Velocidade radial | +21,0 |
Mov. próprio (AR) | 27,33 |
Mov. próprio (DEC) | 10,86 |
Paralaxe | 7,63 ± 1,64 |
Distância | 427 ± 92 anos-luz 131 pc |
Magnitude absoluta | -5,3 a -5,0 |
Detalhes | |
Massa | 20 M☉ |
Raio | 550-920 R☉ |
Luminosidade | 4.520-14.968 L☉ |
Temperatura | 3 600 K |
Idade | 6 × 106 anos |
Outras denominações | |
Alpha Orionis, 58 Ori, HR 2061, BD+7°1055, HD 39801, SAO 113271, FK5 224, HIP 27989 | |
Alpha Orionis (α Orionis) conhecida como Betelgeuse é uma estrela de brilho variável sendo a 10ª ou 12ª estrela mais brilhante das que podem ser vistas da terra. É também a segunda estrela mais brilhante na constelação de Orion. Apesar de ter a designação α ("alpha") na Classificação de Bayer, ela não é mais brilhante que Rigel (β Orionis).
Betelgeuse é na verdade mais brilhante do que Rigel no comprimento de onda infravermelho, mas não nos comprimentos de onda visíveis.
Características
Betelgeuse é uma estrela supergigante vermelha, e uma das maiores estrelas conhecidas, sendo de grande interesse para a astronomia. O diâmetro angular de Betelgeuse foi medido pela primeira vez em 1920-1921 por Michelson e Pease, sendo uma das cinco primeiras a serem medidas usando um interferómetro no telescópio de 100 polegadas do Monte Wilson. O seu diâmetro varia entre 550 e 920 vezes o do Sol.[1] No diâmetro máximo, a estrela seria maior que a órbita de Saturno se colocada no lugar do Sol. Apesar de ser apenas 14 vezes mais massiva que o Sol, é cerca de algumas centenas de milhões de vezes maior em volume, como uma bola de futebol comparada a um grande estádio de futebol. A sua proximidade à Terra e o seu enorme tamanho fazem dela a estrela com o terceiro maior diâmetro angular vista da Terra [1], menor apenas que o Sol e R Doradus. É uma das 12 estrelas em que os telescópios atuais podem visualizar o seu disco real.
Supernova
Os astrónomos prevêem que Betelgeuse pode passar por uma supernova tipo II. No entanto, as opiniões estão divididas quanto ao momento em que isto deve ocorrer. Alguns sugerem que a variabilidade actual como um sinal de que já está na fase de queima de carbono do seu ciclo de vida, e deve sofrer uma explosão supernova aproximadamente nos próximos mil anos. Cépticos discordam com esse ponto de vista e afirmam que a estrela deve sobreviver muito mais tempo.
Há consenso de que tal supernova seria um evento astronómico espectacular, mas não seria uma ameaça para a vida na Terra, dada a enorme distância a que se encontra. Mas a estrela vai tornar-se pelo menos 10000 vezes mais brilhante, o que significa um brilho equivalente ao de uma Lua crescente. Entretanto alguns crêem que ela pode chegar ao brilho de uma Lua cheia (mv = -12.5). Esse fenómeno deve durar por alguns meses, parecendo uma pequena Lua cheia com a cor de uma lâmpada incandescente à noite e facilmente visível durante o dia. Após esse período a estrela vai apagar-se gradualmente até que após alguns meses ou anos desapareça complectamente e Orion perca o ombro direito.
Etimologia de "Betelgeuse"
O nome é uma contração do árabe يد الجوزا yad al-jawzā, ou "a mão do (guerreiro, homem) do centro". Jauza, o do centro, inicialmente se referia a Gémeos entre os Árabes, mas a algum momento decidiram referir-se a Orion por este nome. Durante a Idade Média o primeiro caracter do nome , y (ﻴ, com dois pontos sob ele), foi erroneamente traduzido para o Latim como um b (ﺒ, com um ponto apenas), e Yad al-Jauza tornou-se Bedalgeuze. Então, durante o Renascimento, alguém tentou derivar o nome árabe deste nome corrompido, e decidiu que ele foi escrito originalmente como Bait al-Jauza. Esta pessoa imaginativa então declarou que Bait seria "braço" em Árabe, para surpresa dos árabes em todo o mundo. O linguista sem nome da Renascença então "corrigiu" a grafia para Betelgeuse e o termo moderno nasceu. Para que Betelgeuse tivesse o sentido do "braço do centro", o original deveria ser ابط Ibţ (al-Jauza).
Outros nomes:
- Al Dhira (o braço)
- Al Mankib (o Ombro)
- Al Yad al Yamma (a Mão direita)
- Ardra (Hindi)
- Bahu (sânscrito)
- Bed Elgueze
- Beit Algueze
- Besn (Persa) (o braço)
- Beteigeuze
- Beteiguex
- Betelgeuze (Bet El-geuze),
- Betelgeza (Esloveno)
- Betelguex
- Ied Algeuze (A mão de Orion)
- Yedelgeuse
- 平家星 Heikeboshi (Japan)(Bintang klan Heike)[2][3],
Referências
- ↑ «Betelgeuse». Stellar-Databse (em inglês). Consultado em 18 de Dezembro de 2015
- ↑ "en:Daijirin" p.2327 ISBN:4385139024
- ↑ en:Hōei Nojiri"Shin seiza jyunrei"p.19 ISBN: 9784122041288
Ligações externas
- «Imagens de manchas quentes na superfície de Betelgeuse». tomadas em comprimentos de onda do visível e do infravermelho usando interferômetros de alta resolução baseados na Terra.
- Astronomia no Zênite
- O Universo na Internet