Bexiga

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Bexiga urinária

1. Aparelho urinário humano: 2. Rim, 3. Pelve renal, 4. Ureter, 5. Bexiga urinária, 6. Uretra. (Lado esquerdo com a secção do plano frontal) 7. Glândula suprarrenal
Vasos: 8. Artéria renal and veia, 9. Veia cava inferior, 10. Aorta abdominal, 11. Artéria ilíaca comum and veia
Com transparência: 12. Fígado, 13. Intestino grosso, 14. Pelve

Bexiga urinária
Detalhes
Sistema Aparelho urinário
Vascularização Artéria vesical superior
Artéria vesical inferior
Artéria umbilical
Artéria vaginal
Drenagem venosa Plexo venoso vesical
Inervação Plexo nervoso vesical
Drenagem linfática linfonodos ilíacos externos
linfonodos ilíacos internos
Precursor seio urogenital
Identificadores
Latim vesica urinaria
Gray pág.1227
MeSH Bladder
Dorlands/Elsevier Urinary bladder

Bexiga é o órgão humano no qual é armazenada a urina, que é produzida pelos rins. É uma víscera oca caracterizada por sua distensibilidade. À bexiga segue-se a uretra, o ducto que exterioriza a urina produzida pelo organismo .

Nos crustáceos e teleósteos, trata-se de uma expansão do canal do rim. Nos tetrápodes apresenta-se como um divertículo ventral da parte posterior do tubo digestivo (cloaca), o qual, no embrião dos amniotas conduz à alantóide.

A bexiga é um órgão ausente nas aves adultas e em quase todos os répteis.

A bexiga humana é dividida anatomicamente em: ápice (anterior), corpo, fundo (posterior) e colo. Sua túnica muscular é composta por músculo liso, possuindo fibras musculares entrelaçadas em todas as direções, originando o músculo detrusor. A túnica mucosa da maior parte da bexiga vazia é pregueada, mas estas pregas desaparecem quando a bexiga está cheia. A área da túnica mucosa que reveste a face interna da base da bexiga é chamada de trígono da bexiga.

O sistema nervoso autônomo parassimpático é o responsável pela contração da musculatura da bexiga, resultando na vontade de urinar.

A capacidade média da bexiga de um adulto é de 700 a 800 ml.

Embriologia

Nos humanos, todo o epitélio da bexiga deriva da parte vesical do seio urogenital, assim como a maior parte da bexiga. A exceção é feita à região do trígono da bexiga, que tem seu tecido conjuntivo originado do túbulos mesonéfricos.

Histologia

Secção da parede da bexiga
Secção da parede da bexiga

A bexiga é formada por 3 camadas de tecidos, conforme descrito abaixo:[1] [2] [3]

1. Camada mucosa: é a mais interna, recobre todo o interior do órgão. Formada por tecido epitelial de transição. Quando a bexiga está vazia, a mucosa apresenta aspecto enrugado. Ao contrário, quando a bexiga está cheia, a mucosa apresenta aspecto liso, sem pregas. A mucosa da região do trígono está firmemente aderida à camada muscular subjacente, por isso, mesmo quando a bexiga está vazia, a mucosa da região do trígono apresenta aspecto liso. As células epiteliais apoiam-se sobre uma membrana basal, e logo abaixo desta, exite uma camada de tecido conjuntivo chamada lâmina própria ou córion ou submucosa. Na lâmina própria encontra-se vasos sanguíneos menos calibrosos na superfície, próximo ao epitélio, e vasos mais calibrosos nas regiões mais profundas.

2. Camada muscular: Também conhecida como músculo detrusor, é formada por fibras de músculo liso dispostas em três camadas. A camada interna e a externa possuem fibras musculares com orientação longitudinal, enquanto que a camada intermediária possui orientação circular. Na região do trígono a camada muscular da bexiga é uma continuação da camada muscular do ureter.

3. Camada adventícia e serosa: Recobrem a porção externa do órgão. A parte superior da bexiga é coberta pelo peritôneo (camada serosa), enquanto que o restante da bexiga é coberta por tecido conjuntivo da região pélvica (camada adventícia).

Ver também

Referências

  1. Di Fiore, M.S.H, ed. (1995). Atlas de Histologia 7 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. 150 páginas. ISBN 85-226-0170-4 
  2. Kelly, C. R.; Landman, J, ed. (2012). The Netter collection of medical illustrations - urinary system (em inglês). 5 2 ed. Philadelphia: Elsevier Saunders. pp. plate 1–7. ISBN 978-1-4377-2238-3 
  3. Schmitz, P.G, ed. (2011). Renal - an integrated approach to disease 1 ed. [S.l.]: McGraw-Hill Interamericana Editores. pp. 11–28. ISBN 978-0-07-178498-6  |nome1= sem |sobrenome1= em Authors list (ajuda)