Caxambu
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Município do Brasil | |||
Centro de Caxambu | |||
Símbolos | |||
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Hino | |||
Lema | Medicina entre flores | ||
Gentílico | caxambuense | ||
Localização | |||
Localização de Caxambu em Minas Gerais | |||
Localização de Caxambu no Brasil | |||
Mapa de Caxambu | |||
Coordenadas | |||
País | Brasil | ||
Unidade federativa | Minas Gerais | ||
Municípios limítrofes | Baependi, Pouso Alto, Soledade de Minas, Conceição do Rio Verde. | ||
Distância até a capital | 384 km | ||
História | |||
Fundação | 16 de setembro de 1901 (122 anos) | ||
Administração | |||
Prefeito(a) | Ojandir Ubirajara Belini (PP, 2013 – 2016) | ||
Características geográficas | |||
Área total [1] | 100,203 km² | ||
População total (Censo IBGE/2010[2]) | 21 719 hab. | ||
Densidade | 216,7 hab./km² | ||
Clima | tropical de altitude (Cwb) | ||
Altitude | 895 m | ||
Fuso horário | Hora de Brasília (UTC−3) | ||
Indicadores | |||
IDH (PNUD/2010[3]) | 0,743 — alto | ||
PIB (IBGE/2008[4]) | R$ 142 767,507 mil | ||
PIB per capita (IBGE/2008[4]) | R$ 6 636,03 |
Caxambu é um município do Estado de Minas Gerais, no Brasil. De acordo com o censo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística em 2010, sua população é de 21 719 habitantes.[2] Localizada na região do Sul de Minas, é uma das principais cidades do Circuito das Águas de Minas Gerais e conhecida como importante estância hidromineral.
Topônimo
A palavra "Caxambu" tem etimologia discutida. Existem várias interpretações:
- teve origem do termo catã-mbu, que, no dialeto tupi dos antigos habitantes cataguases que habitavam a região, significa "água que borbulha" ou "bolhas a ferver".[carece de fontes]
- tem origem no termo tupi kaxabu, que significa "mandacaru";[5]
- tem origem no termo de origem africana "caxambu", que designa:
Clima
Com altitude de 895 metros, tem clima tropical de altitude, com média anual de dezessete graus centígrados e a média do verão ser de 21 graus centígrados. Confirma-se, assim, seu status na classificação para clima tropical, segundo a escala internacional de Köppen, como Cwb ("C" para média das temperaturas dos três meses mais frios do ano ser superior a três graus Celsius negativos e inferior a 18 graus Celsius no mês mais frio, "w" para invernos secos e "b" para temperatura média do mês mais quente ser inferior ou igual a 22 graus centígrados).
Gráfico climático para Caxambu, Minas Gerais | |||||||||||
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J | F | M | A | M | J | J | A | S | O | N | D |
259
27
16
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237
27
16
|
174
27
15
|
62
25
13
|
39
23
10
|
23
22
7
|
14
22
6
|
7.5
23
8
|
57
25
11
|
131
25
13
|
220
26
14
|
276
26
16
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Temperaturas em °C • Precipitações em mm Fonte: Somar Meteorologia |
História
Toda a atual região do sul do estado de Minas Gerais era território habitado pelos índios puris até a chegada dos primeiros europeus à região, a partir do século XVI.[carece de fontes]
Em 1674, o Bandeirante Lourenço Castanho Taques, seguindo a trilha de Jacques Félix, vindo de Pinheiro ao Rio Verde, avistou o Morro de Caxambum, habitado na época pelos índios cataguases. Em 1711, era conhecida como Cachambu. No ano de 1714, Caxambu era uma paragem conhecida como Cachumbu, sítio onde morava Alferes Alberto Pires Ribeiro. Neste período "As Minas Gerais" pertenciam a capitania de São Paulo e foram divididas em três Comarcas, sendo Caxambu pertencente à Comarca do Rio das Mortes (São João del-Rei). Quando assim fizeram, a divisa entre a Comarca do Rio das Mortes e da Vila de Santo Antônio de Guaratinguetá foi colocada no alto do Morro de Cachumbu (do livro "Datas e Fatos da Terra do Rio Verde", do historiador Benefredo de Sousa). Com a criação da Capitania Independente de Minas Gerais, em 2 de dezembro de 1720, era natural que permanecessem os mesmos limites, cabendo, à Capitania de São Paulo, toda a área das bacias dos rios Grande, Verde e Sapucaí. Afirma o historiador Hilton Federici, em seu livro "Histórias do Cruzeiro", que "furtivamente, os membros da Câmara de São João del-Rei fizeram mudar a posição do marco, levando-o para o alto da Serra da Mantiqueira".
Em 1814, conta-se que existiam apenas duas fazendas no povoado: a das Palmeiras e a Caxambu. Dizem que foi nesta época que descobriram a existência das fontes. Caxambu é famosa por suas ligações com a Família Imperial Brasileira, quando a própria Princesa Isabel e seu esposo Conde d'Eu, em 1868, vieram atraídos pela fama das águas. A princesa buscava a cura de sua infertilidade. Através das águas ferruginosas da fonte, hoje denominada Princesa Isabel e Conde d'Eu, a princesa curou-se de sua anemia e engravidou. Assim, ela mandou erguer, na cidade, a Igreja de Santa Isabel da Hungria, em agradecimento por ter sido curada. Em 1875, a cidade tornou-se Distrito de Baependi e a qualidade de suas águas foi reconhecida, tendo a sua exploração sido concedida pelo governo de Minas Gerais a empresas particulares.
Em 16 de setembro de 1901, foi criada a vila de Caxambu. E, finalmente, em 18 de setembro de 1915, foi elevada à categoria de cidade, abrangendo, até o ano de 1938, a área da atual cidade de Soledade de Minas. Em Caxambu, também estiveram outras figuras brasileiras importantes, como Rui Barbosa, que, admirado com a beleza do local, escreveu o poema Medicina entre Flores.
Atrações turísticas
Caxambu situa-se nas montanhas do sul de Minas Gerais, na região da Serra da Mantiqueira. A pequena cidade concentra o maior complexo hidromineral do mundo, com doze fontes de água mineral com propriedades diferentes, a maioria delas concentradas no Parque das Águas Doutor Lisandro Carneiro Guimarães, tombado pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais.
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Vista do alto do Teleférico
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Teleférico de Caxambu
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Centro de Caxambu visto do morro do Teleférico
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Parque das Águas de Caxambu
A cidade é servida pelo Aeroporto Fernando Levenhagem de Mello.
Referências
- ↑ IBGE (10 out. 2002). «Área territorial oficial». Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Consultado em 5 dez. 2010
- ↑ a b «Censo Populacional 2010». Censo Populacional 2010. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 29 de novembro de 2010. Consultado em 11 de dezembro de 2010
- ↑ «Ranking IDHM Municípios 2010». Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2013. Consultado em 15 de junho de 2015
- ↑ a b «Produto Interno Bruto dos Municípios 2004-2008». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 11 dez. 2010
- ↑ NAVARRO, E. A. Dicionário de tupia antigo: a língua indígena clássica do Brasil. São Paulo. Global. 2013. p. 556.
- ↑ FERREIRA, A. B. H. Novo dicionário da língua portuguesa. 2ª edição. Rio de Janeiro. Nova Fronteira. 1986. p. 375.
- ↑ CUNHA, A. G. Dicionário etimológico Nova Fronteira da língua portuguesa. Rio de Janeiro. Nova Fronteira. p. 168.
Ligações externas
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