Clélia Bernardes
Clélia Bernardes | |
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13.ª Primeira-dama do Brasil | |
Período | 15 de novembro de 1922 até 15 de novembro de 1926 |
Presidente | Artur Bernardes |
Antecessor(a) | Mary Pessoa |
Sucessor(a) | Sophia Pereira de Sousa |
20.ª Primeira-dama de Minas Gerais | |
Período | 7 de setembro de 1918 até 7 de setembro de 1922 |
Governador | Artur Bernardes |
Antecessor(a) | Francisca Ribeiro |
Sucessor(a) | Araci Soares de Moura |
Dados pessoais | |
Nome completo | Clélia Vaz de Melo Bernardes |
Nascimento | 4 de fevereiro de 1876 Viçosa, Minas Gerais |
Morte | 10 de junho de 1972 (96 anos) Rio de Janeiro, Rio de Janeiro |
Nacionalidade | Brasileira |
Cônjuge | Artur Bernardes (c. 1903; v. 1955) |
Filhos(as) | 8 |
Clélia Vaz de Mello Bernardes (Viçosa, 4 de fevereiro de 1876 — Rio de Janeiro, 10 de junho de 1972) foi a esposa do 12.º presidente do Brasil Artur Bernardes e a primeira-dama do país de 1922 a 1926.[1] Entre 1918 e 1922 foi primeira-dama de Minas Gerais. É a ex-primeira-dama brasileira mais longeva, tendo falecido aos 96 anos.[2]
Biografia
[editar | editar código-fonte]Família
[editar | editar código-fonte]Filha de Carlos Vaz de Mello (1842–1904), senador por Minas Gerais durante o Império Brasileiro,[3] e de Maria Augusta de Andrade Vaz de Mello,[4] é a segunda dos dezesseis irmãos Carlos, Sylvio, Cyro, Sebastião, Washington, ministro do Superior Tribunal Militar, Alice, Felipe, Fernando, Gragina, Lívia, Maria Augusta, Maria do Carmo, Mario, Sophia e Sylvia. Nasceu em uma das famílias mais tradicionais de Vila Viçosa, zona da mata de Minas Gerais.
Casamento e filhos
[editar | editar código-fonte]Após um período de dez anos entre namoro e noivado, o casamento com o jovem advogado Artur Bernardes estava marcado para o dia 24 de junho de 1903. Mas, seu pai, tendo que assumir uma vaga no Senado, viajou até a capital federal para fazê-lo. Assim, sem delongas, a data foi remarcada e casaram-se no dia 15 de julho de 1903.[5] Eles tiveram oito filhos:[6]
- Clélia, nascida em 15 de abril de 1904 e falecida em data desconhecida;
- Artur Filho, nascido em 16 de setembro de 1906 e falecido em 21 de julho de 1981;
- Maria da Conceição, nascida em 1907 e falecida em 15 de janeiro de 1980;
- Dhalia, nascida em 1908 e falecida em data desconhecida;
- Rita, nascida em 17 de agosto de 1909 e falecida em 31 de outubro de 1964;
- Sylvia, nascida em 2 de março de 1911 e falecida em 25 de outubro de 1912;
- Geraldo, nascido em 1913 e falecido em 2 de abril de 1969;
- Maria de Pompéia, nascida em 25 de março de 1922 e falecida em 3 de maio de 2015;
Primeira-dama do Brasil
[editar | editar código-fonte]A sua vida mudou quando seu marido resolveu entrar na política. Desde sua passagem pelo Palácio da Liberdade, como primeira-dama do estado de Minas Gerais — tendo recebido personalidades como os reis da Bélgica Alberto I e Elisabeth em 1920 —,[7][8] até o Palácio do Catete, como primeira-dama do Brasil.[5]
Pós-presidência e exílio
[editar | editar código-fonte]Seu marido foi um revolucionário constitucionalista de 1932. Após dois anos da era Vargas já instituída, foi preso por ser considerado um conspirador e exilado. Clélia, acompanhou o marido, desde o embarque no Forte Duque de Caxias até o navio que os encaminharia até Portugal. Nesse tempo, com a partida do navio rumo a Europa, estourou um conflito no cais do Forte com tiros, e um dos atingidos foi seu filho Artur Bernardes Filho.[9]
Últimos anos
[editar | editar código-fonte]Clélia Bernardes ficou viúva em março de 1955, e viveu em seu apartamento no Leme até o fim de sua vida.[5] Faleceu em sua residência na Guanabara, vítima de um colapso, em 10 de junho de 1972, aos 96 anos.[10] Foi sepultada no Cemitério São João Batista, no mausoléu da família Bernardes.[11]
Homenagem
[editar | editar código-fonte]- Hoje um dos bairros da cidade de Viçosa leva seu nome como homenagem.[12]
Ver também
[editar | editar código-fonte]Referências
- ↑ Guedes, Ciça; Melo, Murilo Fiuza de (28 de novembro de 2019). Todas as mulheres dos presidentes: A história pouco conhecida das primeiras-damas do Brasil desde o início da República. [S.l.]: Editora Máquina de Livros
- ↑ Minas, Estado de; Minas, Estado de (9 de fevereiro de 2020). «Livro conta a história das primeiras-damas do Brasil». Estado de Minas. Consultado em 8 de janeiro de 2023
- ↑ Foguel, Israel. Brasil: República Federativa. [S.l.]: Clube de Autores (managed)
- ↑ Abreu, Alzira Alves de. Dicionário histórico-biográfico da Primeira República (1889-1930). [S.l.]: Editora FGV
- ↑ a b c http://memoria.bn.br/docreader/004120/58682?pesq=Clelia%20Bernardes
- ↑ «Viçosa - Artur da Silva Bernardes». Consultado em 21 de janeiro de 2009. Arquivado do original em 5 de dezembro de 2008
- ↑ «A visita do rei Albert I e da rainha Elisabeth da Bélgica em Belo Horizonte em 1920». Patrimônio belga no Brasil. 27 de novembro de 2014. Consultado em 28 de agosto de 2020
- ↑ «SENAC Minas Gerais - DescubraMinas». www.descubraminas.com.br. Consultado em 28 de agosto de 2020
- ↑ http://memoria.bn.br/docreader/004120/58683?pesq=Clelia%20Bernardes
- ↑ Missa de 7.º Dia, Avisos Religiosos. Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, 16 de junho de 1972, 1.º Caderno, p. 24
- ↑ UFV Informa, n° 8 - "Universidade de Luto" - 22 de junho de 1972
- ↑ «Clélia Bernardes». Clélia Bernardes. Consultado em 19 de julho de 2020
Ligações externas
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Precedido por Mary Pessoa |
13.ª Primeira-dama do Brasil 1922 — 1926 |
Sucedido por Sophia Pereira de Sousa |
Precedido por Francisca Ribeiro |
12.ª Primeira-dama de Minas Gerais 1918 — 1922 |
Sucedido por Araci Soares de Moura |