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Elke Maravilha: diferenças entre revisões

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Revisão das 06h12min de 16 de abril de 2016

Elke Maravilha
Elke Maravilha
Elke em 2014, no 25º Prêmio da Música Brasileira
Nome completo Elke Giorgievna Grunnupp
(Элке Георгевна Груннупп)
Nascimento 22 de fevereiro de 1945 (79 anos)
São Petersburgo, Rússia
Nacionalidade Alemanha alemã
Rússia russa (despatriada)
Brasil brasileira (cassada)
Ocupação atriz

Elke Maravilha, nome artístico de Elke Georgievna Grunnupp (em russo: Элке Георгевна Груннупп; nascida em Leningrado, 22 de fevereiro de 1945), é uma manequim, modelo e atriz brasileira nascida na Rússia, de onde emigrou ainda na infância.

Foi expoente do Movimento de Arte Pornô[1].

Biografia

Filha de um russo e de uma alemã, Elke nasceu na antiga Leningrado, hoje São Petersburgo. Segundo suas informações, seus pais teriam sido perseguidos por Josef Stalin e quando Elke tinha seis anos de idade, eles resolveram imigrar para o Brasil, um país visto como promissor e bom acolhedor de estrangeiros, onde havia muitas colônias de imigrantes. O casal junto com seus três filhos, instalaram-se em Itabira, no interior de Minas Gerais, em um sítio, onde Elke e seus dois irmãos, passaram toda a sua infância, convivendo com todo tipo de animais rurais, realmente vivendo como uma camponesa. O casal não quis se mudar para uma colônia pois queria viver realmente como brasileiros e aprender os hábitos do país, tanto que Elke se surpreendeu ao conhecer pessoas de diversas etnias e orientações sexuais, um misto de pessoas que não havia em seu país, na época. Quando Elke se tornou adolescente, a família se mudou para um sítio em Jaguaraçu, outra cidade do interior mineiro, onde Elke continuou a conviver na vida rural, com trabalhos do campo. Lá nasceram seus dois outros irmãos. Muito inteligente, na adolescência já falava, segundo ela mesma afirma, nove idiomas: russo, o português, o alemão, o italiano, o espanhol, o francês, o inglês, o grego e latim. Alguns desses idiomas foram aprendidos em casa, por causa de sua raízes germânicas, e outros aprendeu em cursos, que seus pais pagaram com dificuldade. Querendo sua independência, já possuindo um bom currículo por conta dos idiomas que falava, saiu de casa aos 20 anos para morar sozinha no Rio de Janeiro, onde pagava seu aluguel trabalhando como secretária bilíngue em escritório. Por sempre gostar de estudar, Elke fez faculdade de letras, e se formou em professora, tradutora e intérprete de línguas estrangeiras. Para pagar seu aluguel e sua faculdade, Elke trabalhou como bancária, secretária trilíngue e bibliotecária. Foi também a mais jovem professora de francês da Aliança Francesa e de inglês na União Cultural Brasil – Estados Unidos.[2]

Elke foi presa no Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, em fins de 1971, depois de rasgar, aos gritos de "covardes, como ousam, vocês já o assassinaram!", cartazes com a fotografia de Stuart Angel Jones, filho de sua amiga Zuzu Angel, já então morto depois de torturas na Base Aérea do Galeão.[3] Só foi solta depois de seis dias após a intervenção de amigos da classe artística. Anos depois, requisitou a cidadania alemã, a única que possui atualmente.[4]

Carreira

Chamando atenção por ser bastante alta e loira natural, não pensava em seguir carreira artística, já que dava aulas de língua estrangeira há alguns anos, e gostava do que fazia. Apesar disto, foi convencida por muitas pessoas, pois era considerada de uma beleza exótica para os padrões do Brasil. Aceitou os convites que vieram e começou a sua carreira de modelo e manequim aos 24 anos de idade, com Guilherme Guimarães, tendo trabalhado para grandes estilistas, considerada como inovadora nas passarelas. Muito famosa no mundo da moda, parou de dar aulas e conquistou muito sucesso. Fez cursos de cinema e teatro, e chegou a trabalhar na televisão: Seu desempenho como a dona de um bordel na minissérie Memórias de um Gigolô foi tão arrebatador que foi convidada a ser madrinha da Associação das Prostitutas do Rio de Janeiro.[5]

Nos desfiles conheceu a estilista Zuzu Angel e ficaram amigas. No filme Zuzu Angel que estreou em 2006, Elke foi interpretada por Luana Piovani.[6] Ela ainda aparece em participação especial cantando num cabaré a música alemã 'Lili Marlene', da cantora e atriz Marlene Dietrich. O filme aborda a amizade de Elke com Zuzu, e conta o episódio de sua rápida prisão por desacato durante o regime militar brasileiro, fato que fez Elke perder sua nacionalidade brasileira. Elke Maravilha tornou-se popular na TV brasileira nos anos 70 e 80, aparecendo como jurada de programas de calouros cantores do Chacrinha e de Silvio Santos. Nesses programas sempre usava perucas e roupas chamativas e buscava passar mensagens positivas para os espectadores.

Vida pessoal

Sua vida pessoal sempre fora muito conturbada. Morou em diversos países e teve oito casamentos,[7] com homens de diversas nacionalidades. Fez três abortos, fruto de seus três primeiros casamentos[7], pois jamais quis ser mãe, e sempre achou que com seu jeito rebelde de ser, jamais poderia educar uma criança de forma digna. Conta em entrevistas que tomava pílula anticoncepcional, mas fora enganada por alguns desses maridos, que queriam ser pais, e em vez de tomar a pílula certa, Elke tomava a pílula de farinha. Após descobrir isto, começou a usar DIU. Elke também conta que fora usuária de todos os tipos de drogas ilícitas, além de todos os tipos de bebida alcoólica, e que hoje em dia não usa mais drogas, somente fuma cigarro e bebe somente destilados, mas com moderação. Diz que não tem preferência por nenhum tipo de homem, e sim tem pressa de namorar. Hoje em dia mora com seu irmão e com seu oitavo ex-marido, tendo eles se tornado amigos. Conta que não quer mais se casar e só namora de vez em quando.[2]

Televisão

Novelas, Seriados e Programas
Ano Título Papel Notas
1973 A Volta de Beto Rockfeller Sofia
1979 Milagre - O Poder da Fé Ela mesma
1986 Memórias de um Gigolô Madame Yara
1998 Pecado Capital Ela mesma Participação Especial
2004 Big Brother Brasil 4 Jurada
Celebridade Ela mesma Participação Especial
Da Cor do Pecado Jurada Participação Especial
2007 Luz do Sol Urânia Szakaly
2009 Caminho das Índias Ela mesma Participação Especial
2012 Morando Sozinho Dona Violeta
2013 As Canalhas Cacala
2013 Destino: Rio de Janeiro Tia Selesniova
2015 Fantástico Ela mesma

Cinema

Longas, Documentários & Curtas
Ano Título Papel
1970 Salário Mínimo Modelo
1971 O Barão Otelo no Barato dos Bilhões Secretária
1972 Os Machões
Quando o Carnaval Chegar Atriz Francesa
1973 O Rei do Baralho
1974 Gente que Transa Esmeralda
1976 Xica da Silva Hortência
1977 Tenda dos Milagres
A Força do Xangô
Pastores da Noite
1978 Elke Maravilha Contra o Homem Atômico Elke Maravilha
1979 A Noiva da Cidade Daniela[8]
O Milagre
1981 Pixote, a Lei do Mais Fraco Débora
1987 No Rio vale tudo
Romance Amiga de Antônio César
Tanga: Deu no New York Times
1988 Wiezien Rio Frank
1999 Xuxa Requebra Iara Macedo "Macedão"
2006 Zuzu Angel Lieselotte
2007 Elke Ela Mesma
Elke no país das Maravilhas Ela Mesma
2010 A Suprema Felicidade Avó de Paulo
A Maravilha de ser Elke Ela Mesma
2011 Fca Carla[9] Lúcia
2013 Mato sem Cachorro Dona Noara
Meu Passado Me Condena Mirtes
2015 A Lenda do Gato Preto Angelina
Super Oldboy Senhora

Teatro

  • Elke – do Sagrado ao Profano
  • Viva o Cordão Encarnado
  • O Castelo das Sete Torres
  • Rio de Cabo a Rabo
  • Eu Gosto de Mamãe
  • Carlota Joaquina
  • A Rainha Morta
  • O Homem e o Cavalo
  • Orfeu da Conceição
  • O Lobo da Madrugada
  • Carlota Joaquina

Referências

  1. Amanda, Fernanda; Henaro, Sol. “Overgoze,” in: Vv.Aa., Iva Baschi - Pornoarter (Madrid: Museo Reina Sofia, 2012), pp. 199-203.
  2. a b Laís Rissato. «Elke Maravilha: "Estou com a validade vencida"». Quem. Globo.com. Consultado em 3 de janeiro de 2015 
  3. Tosta, Wilson. «Procura-se um morto». O Estado de S. Paulo. Consultado em 12 de maio de 2013 
  4. «Debaixo da peruca loira». O Povo. Consultado em 28 de dezembro de 2011 
  5. «Elke Maravilha». Museu da Televisão Brasileira. Consultado em 3 de janeiro de 2015 
  6. Silvana Arantes (30 de julho de 2006). «"Resolvi enlouquecer no Dops", lembra Elke». Folha de S. Paulo. UOL. Consultado em 3 de janeiro de 2015 
  7. a b Márcia Montojos. «Elke Maravilha Silvio Santos é a pior pessoa do mundo». ISTOÉ Gente. Terra Networks. Consultado em 3 de janeiro de 2015 
  8. Cinemateca Brasileira, A Noiva da Cidade [em linha]
  9. «Elke Maravilha no Ceará». Diário do Nordeste 

Ligações externas

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