João Taylor: diferenças entre revisões
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== Biografia == |
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Era oficial da marinha inglesa quando por ocasião da proclamação da [[Independência do Brasil]], se achava no porto do Rio de Janeiro. Tendo sido organizada a esquadra nacional, ele preferiu ser admitido ao posto de capitão-de-fragata. Quando seu pai soube dessa liberação, indignado, deserdou-o, enviando apenas um [[xelim]], "''para comprar uma corda e com ela se enforcar''". |
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Filho de Natanael e Catarina Taylor, João (John) Taylor nasceu em [[Greenwich]], atual [[grande Londres]], em 22 de Novembro de 1796. Foi brilhante oficial da marinha britânica e um dos mais bravos servidores do Brasil até os últimos dias de sua carreira. Em homenagem a sua memória existe a Rua Taylor, entre os bairros da [[Lapa (bairro do Rio de Janeiro)|Lapa]] e da [[Glória (bairro do Rio de Janeiro)|Glória]], no [[Rio de Janeiro (cidade)|Rio de Janeiro]], e também a [[Rua Luiza Taylor Silva]], no bairro [[Mauá]] de [[São Caetano do Sul]]. |
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Capitão da fragata ''Niterói'', era capitão de mar e guerra da Marinha imperial, comandante de divisão nacional e imperial surta em Pernambuco, encarregado de combater os rebeldes da [[Confederação do Equador]]. |
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Durante o bloqueio a [[Recife]], escreveu uma carta ou proclamação em [[1º de abril]] de [[1824]] aos habitantes de [[Pernambuco]] reproduzida na obra «''Frei Joaquim do Amor Divino Caneca''», Coleção Formadores do Brasil, página 416. Tinha ordens de fazer empossar na presidência da província [[Francisco Pais Barreto]] e prender [[Manuel de Carvalho Pais de Andrade]]. |
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Em 1805, na [[Batalha de Trafalgar]], serviu no [[navio-almirante]] ''[[HMS Victory]]'', sob comando de [[Horatio Nelson]].<ref>{{citar web|url=https://www.institutodoceara.org.br/revista/Rev-apresentacao/RevPorAno/1997/1997-ApropositodaIndependencia.pdf|título=A propósito da Independência|autor=[[Dário Moreira de Castro Alves]]|data=1997|publicado=[[Instituto do Ceará]]|acessodata=10 de junho de 2022|arquivourl=|arquivodata=|urlmorta=}}</ref> Era oficial da marinha inglesa quando por ocasião da proclamação da [[Independência do Brasil]], se achava no [[porto do Rio de Janeiro]]. |
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⚫ | Por questões políticas demitiu-se do serviço da Armada, sendo mais tarde reintegrado ao posto de capitão-de-mar-e-guerra e graduado em chefe de divisão em [[1º de dezembro]] de [[1825]]. Posteriormente foi ajudante de ordens e encarregado do quartel-general da Marinha e depois comandante dos navios |
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Foi brilhante oficial da marinha britânica e um dos mais bravos servidores do Brasil até os últimos dias de sua carreira. |
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Tendo sido organizada a esquadra nacional, [[Desertor|desertou]] da [[Marinha Real Britânica]],<ref>{{citar web|url=https://www.historia.uff.br/academico/media/aluno/896/projeto/Dissert-nelio-galsky.pdf|título=Mercenários ou libertários.|autor=Nélio Galsky|data=2006|publicado=[[UFF]]|acessodata=10 de junho de 2022|arquivourl=|arquivodata=|urlmorta=}}</ref> sendo admitido ao posto de [[capitão-de-fragata]] na [[Armada Imperial Brasileira]]. Quando seu pai soube dessa deserção, indignado, deserdou-o, enviando apenas um [[xelim]], "''para comprar uma corda e com ela se enforcar''". |
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Em homenagem a sua memória existe a Rua Taylor, entre os bairros da Lapa e da Glória, no [[Rio de Janeiro (cidade)|Rio de Janeiro]], e também a [[Rua Luiza Taylor Silva]], no bairro [[Mauá]] de [[São Caetano do Sul]]. |
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Como [[capitão de mar e guerra]] da Armada Brasileira, comandou a [[fragata]] [[Niterói (fragata)|''Niterói'']]. Em Julho de 1823, a [[Armada Portuguesa]], retirando-se para [[Portugal]], foi perseguida pela Armada Brasileira e depois, somente pela ''Niterói''.<ref name="Museu do Mar (Santos)">{{citar web|url=https://museudomar.com.br/2016/09/07/a-epopeia-da-fragata-nictheroy/|título=A epopeia da Fragata ‘Nictheroy’|autor=|data=|publicado=[[Museu do Mar (Santos)]]|acessodata=10 de junho de 2022|arquivourl=|arquivodata=|urlmorta=}}</ref> Nesta ação solitária, a ''Niterói'' perseguiu a esquadra portuguesa através do [[Atol das Rocas]], [[Cabo Verde]], [[Açores]], chegando ao [[estuário do Tejo]] próximo a [[Lisboa]],<ref name="Museu do Mar (Santos)"/> surpreendendo os portugueses.<ref name="ALESP">{{citar web|url=https://www.al.sp.gov.br/noticia/?id=354589|título=Almirante Tamandaré - Patrono da Marinha do Brasil|autor= Antônio Sérgio Ribeiro|data=12 de dezembro de 2013|publicado=[[Assembleia Legislativa de São Paulo]]|acessodata=10 de junho de 2022|arquivourl=|arquivodata=|urlmorta=}}</ref> Durante tal ação, que durou quase um ano,<ref name="ALESP"/> Taylor capturou 19 navios portugueses (4 no retorno ao Brasil).<ref name="Museu do Mar (Santos)"/> Após o retorno, em conversa com o imperador [[Pedro I do Brasil|Pedro I]], teceu elogios a seu [[grumete]] [[Joaquim Marques Lisboa]], futuro Marquês de Tamandaré e Patrono da Marinha do Brasil.<ref name="Museu do Mar (Santos)"/> Foi comandante de divisão nacional e imperial surta em [[Pernambuco]], encarregado de combater os rebeldes da [[Confederação do Equador]]. |
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Durante o [[bloqueio (militar)|bloqueio]] a [[Recife]], escreveu uma carta ou proclamação em [[1º de abril]] de [[1824]] aos habitantes de Pernambuco, reproduzida na página 416 da obra «''Frei Joaquim do Amor Divino Caneca''»,<ref>{{citar livro|autor=Joaquim do Amor Divino Caneca, Evaldo Cabral de Mello|título=Frei Joaquim do Amor Divino Caneca|editora=[[Editora 34]]|ano=2001|páginas=643|id=ISBN 9788573262131}} Consultado em 10 de junho de 2022</ref> Coleção Formadores do Brasil. Tinha ordens de fazer empossar na presidência da província [[Francisco Pais Barreto]] e prender [[Manuel de Carvalho Pais de Andrade]]. Naquele mesmo ano, [[Naturalização|naturalizou-se]] [[Brasileiros|brasileiro]].<ref>{{citar web|url=https://www.naval.com.br/ngb/N/N005/N005-1CO.htm|título=Almirante John Taylor|autor=|data=|publicado=Naval.com.br|acessodata=10 de junho de 2022|arquivourl=|arquivodata=|urlmorta=}}</ref> |
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⚫ | Por questões políticas demitiu-se do serviço da Armada, sendo mais tarde reintegrado ao posto de capitão-de-mar-e-guerra e graduado em chefe de divisão em [[1º de dezembro]] de [[1825]]. Posteriormente foi [[ajudante de ordens]] e encarregado do quartel-general da Marinha e depois comandante dos navios desarmados surtos no porto do Rio de Janeiro. Promovido a chefe de esquadra em [[14 de março]] e a [[vice-almirante]] por [[decreto]] imperial de [[7 de dezembro]] de [[1851]]. Era condecorado com várias medalhas militares. |
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[[Imagem:Fragata Nictheroy.jpg|thumb|400px|esquerda|Fragata ''Niterói'' da Marinha Imperial, perseguindo os navios portugueses que se retiram da [[Bahia]] ([[aquarela]] do vice-almirante [[Trajano Augusto de Carvalho]]).<ref>{{citar web|url=https://www.naval.com.br/blog/2021/12/13/13-de-dezembro-dia-do-marinheiro-8/|título=13 de dezembro – Dia do Marinheiro|autor=Alexandre Galante|data=13 de dezembro de 2021|publicado=Naval.com.br|acessodata=10 de junho de 2022|arquivourl=|arquivodata=|urlmorta=}}</ref>]] |
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== Ver também == |
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* [[História militar do Brasil]] |
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* [[Lista de rebeliões do período regencial brasileiro]] |
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* [[Marinha do Brasil]] |
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* Jornal do Brasil - Galeria Nacional: Vultos proeminentes da historia brasileira - 4º fascículo - Rio de Janeiro - 1932 - pág. 367 |
* Jornal do Brasil - Galeria Nacional: Vultos proeminentes da historia brasileira - 4º fascículo - Rio de Janeiro - 1932 - pág. 367 |
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{{Portal3|Guerra|Náutico|Biografias|Brasil|Reino Unido}} |
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[[Categoria:Brasileiros de ascendência inglesa]] |
[[Categoria:Brasileiros de ascendência inglesa]] |
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Edição atual tal como às 16h25min de 10 de junho de 2022
João Taylor | |
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Vice-Almirante John Taylor já idoso. | |
Nascimento | 22 de novembro de 1796 Greenwich, Grã-Bretanha |
Morte | 26 de novembro de 1855 (79 anos) Rio de Janeiro, Brasil |
Progenitores | Mãe: Catarina Taylor Pai: Natanael Taylor |
Cônjuge | ? |
Filho(a)(s) | ? |
Serviço militar | |
País | Grã-Bretanha Reino Unido Brasil |
Serviço | Marinha Imperial do Brasil Marinha Real Britânica |
Anos de serviço | 1820s–1840s |
Patente | Vice-Almirante |
Conflitos | Guerras Napoleônicas Independência do Brasil Confederação do Equador |
Condecorações | Ordem Imperial do Cruzeiro; Medalhas da Constança e a da Independência. |
João Taylor (Greenwich, 22 de novembro de 1796 — Rio de Janeiro, 26 de novembro de 1855) foi um militar, oficial das marinhas inglesas e brasileiras.
Biografia[editar | editar código-fonte]
Filho de Natanael e Catarina Taylor, João (John) Taylor nasceu em Greenwich, atual grande Londres, em 22 de Novembro de 1796. Foi brilhante oficial da marinha britânica e um dos mais bravos servidores do Brasil até os últimos dias de sua carreira. Em homenagem a sua memória existe a Rua Taylor, entre os bairros da Lapa e da Glória, no Rio de Janeiro, e também a Rua Luiza Taylor Silva, no bairro Mauá de São Caetano do Sul.
Marinha[editar | editar código-fonte]
Marinha Real Britânica[editar | editar código-fonte]
Em 1805, na Batalha de Trafalgar, serviu no navio-almirante HMS Victory, sob comando de Horatio Nelson.[1] Era oficial da marinha inglesa quando por ocasião da proclamação da Independência do Brasil, se achava no porto do Rio de Janeiro.
Armada Imperial Brasileira[editar | editar código-fonte]
Tendo sido organizada a esquadra nacional, desertou da Marinha Real Britânica,[2] sendo admitido ao posto de capitão-de-fragata na Armada Imperial Brasileira. Quando seu pai soube dessa deserção, indignado, deserdou-o, enviando apenas um xelim, "para comprar uma corda e com ela se enforcar".
Sob o comando de Lord Cochrane, tomou parte na Guerra da Independência do Brasil.
Como capitão de mar e guerra da Armada Brasileira, comandou a fragata Niterói. Em Julho de 1823, a Armada Portuguesa, retirando-se para Portugal, foi perseguida pela Armada Brasileira e depois, somente pela Niterói.[3] Nesta ação solitária, a Niterói perseguiu a esquadra portuguesa através do Atol das Rocas, Cabo Verde, Açores, chegando ao estuário do Tejo próximo a Lisboa,[3] surpreendendo os portugueses.[4] Durante tal ação, que durou quase um ano,[4] Taylor capturou 19 navios portugueses (4 no retorno ao Brasil).[3] Após o retorno, em conversa com o imperador Pedro I, teceu elogios a seu grumete Joaquim Marques Lisboa, futuro Marquês de Tamandaré e Patrono da Marinha do Brasil.[3] Foi comandante de divisão nacional e imperial surta em Pernambuco, encarregado de combater os rebeldes da Confederação do Equador.
Durante o bloqueio a Recife, escreveu uma carta ou proclamação em 1º de abril de 1824 aos habitantes de Pernambuco, reproduzida na página 416 da obra «Frei Joaquim do Amor Divino Caneca»,[5] Coleção Formadores do Brasil. Tinha ordens de fazer empossar na presidência da província Francisco Pais Barreto e prender Manuel de Carvalho Pais de Andrade. Naquele mesmo ano, naturalizou-se brasileiro.[6]
Por questões políticas demitiu-se do serviço da Armada, sendo mais tarde reintegrado ao posto de capitão-de-mar-e-guerra e graduado em chefe de divisão em 1º de dezembro de 1825. Posteriormente foi ajudante de ordens e encarregado do quartel-general da Marinha e depois comandante dos navios desarmados surtos no porto do Rio de Janeiro. Promovido a chefe de esquadra em 14 de março e a vice-almirante por decreto imperial de 7 de dezembro de 1851. Era condecorado com várias medalhas militares.
Ver também[editar | editar código-fonte]
Referências
- ↑ Dário Moreira de Castro Alves (1997). «A propósito da Independência» (PDF). Instituto do Ceará. Consultado em 10 de junho de 2022
- ↑ Nélio Galsky (2006). «Mercenários ou libertários.» (PDF). UFF. Consultado em 10 de junho de 2022
- ↑ a b c d «A epopeia da Fragata 'Nictheroy'». Museu do Mar (Santos). Consultado em 10 de junho de 2022
- ↑ a b Antônio Sérgio Ribeiro (12 de dezembro de 2013). «Almirante Tamandaré - Patrono da Marinha do Brasil». Assembleia Legislativa de São Paulo. Consultado em 10 de junho de 2022
- ↑ Joaquim do Amor Divino Caneca, Evaldo Cabral de Mello (2001). Frei Joaquim do Amor Divino Caneca. [S.l.]: Editora 34. 643 páginas. ISBN 9788573262131 Consultado em 10 de junho de 2022
- ↑ «Almirante John Taylor». Naval.com.br. Consultado em 10 de junho de 2022
- ↑ Alexandre Galante (13 de dezembro de 2021). «13 de dezembro – Dia do Marinheiro». Naval.com.br. Consultado em 10 de junho de 2022
Bibliografia[editar | editar código-fonte]
- Jornal do Brasil - Galeria Nacional: Vultos proeminentes da historia brasileira - 4º fascículo - Rio de Janeiro - 1932 - pág. 367