Frank Miller

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Frank Miller

Miller, na Comic-con de 2008
Nascimento 27 de janeiro de 1957 (67 anos) Olney, Maryland,  Estados Unidos
Área(s) de atuação
Escritor
Desenhista
Diretor
Roteirista
Ator
Trabalhos de destaque The Dark Knight Returns
Batman: Year One
Sin City
Daredevil: Born Again
Elektra
Os 300 de Esparta
Ronin
RoboCop vs Terminator
Eu, Wolverine

Frank Miller (Olney, Maryland, 27 de janeiro de 1957[1]), é um autor e desenhista de histórias em quadrinhos norte-americano. Em suas obras, utiliza linguagem sombria com desenhos marcados por alto-contraste que faz lembrar os filmes noir. O trabalho provavelmente mais conhecido de Miller, dentro e fora da indústria de quadrinhos, é "The Dark Knight Returns", um conto sombrio de Batman situado em um futuro próximo. Mostrava Batman como um vigilante violento e de certo modo sem escrúpulos, fugindo do campo cômico da série de TV dos anos 60 estrelada por Adam West no papel do super-herói. Nesse trabalho também redefiniu o perfil psicológico de alguns vilões clássicos: Coringa e Duas-Caras, e acabou para sempre com a amizade cordial com o Super-Homem, mostrando-o como um personagem reacionário e distante. Tem como amigo uma espécie de hippie alucinado (Arqueiro Verde) mas sua principal aliada é uma menina que assume Robin (Jason Todd já havia morrido na história mas não na cronologia normal. No entanto, a trama de Miller também decretou o fim do personagem, morto sem piedade pelo Coringa em Batman: A Death in the Family depois de uma enquete realizada junto aos leitores). Seguiu-se a continuação Batman: The Dark Knight Strikes Again (2001, br: O cavaleiro das trevas 2).[2][3]

Vida

Miller nasceu em Olney, Maryland[4], e cresceu em Montpelier (Vermont), Vermont[4], é o quinto de sete filhos de uma enfermeira e de um carpinteiro/eletricista[5]. Sua família era católica irlandesa[6].

Carreira

Miller cresceu como um fã de quadrinhos, com uma carta que ele escreveu para a Marvel Comics sendo publicado em Tigresa #3 (abril de 1973)[7]. Sua primeira obra publicada foi na Gold Key Comics da Western Publishing, tendo recomendação de artista de quadrinhos Neal Adams, a quem um principiante Miller, depois de se mudar para Nova York, teve amostras apresentadas e recebeu muita crítica e aulas informais ocasionais[8]. Embora não apareçam os créditos, ele está provisoriamente creditado em "Royal Feast", uma história de três páginas dos quadrinhos de The Twilight Zone #84 (junho de 1978) baseados na série de mesmo nome[9], e também em "Endless Cloud", uma história de cinco páginas na edição seguinte (julho de 1978) da mesma revista[10]. Até o momento da última, Miller tinha seu primeiro crédito confirmado na história de seis páginas "Deliver Me From D-Day" de Wyatt Gwyon, colorida por Danny Bulanadi, em Weird War Tales #64 (junho de 1978)[11].

O ex-editor-chefe da Marvel Jim Shooter lembrou de Miller indo para a DC Comics, depois de ter rompido com "um pequeno trabalho de Western Publishing, eu acho[12]. Assim encorajado, ele foi para a DC, e depois de ser atacado por Joe Orlando, entrou para ver o diretor de arte Vinnie Colletta, que reconheceu seu talento e lhe chamou para fazer uma história de uma página em um quadrinho de guerra. O Grand Comics Database não lista este trabalho; pode ter havido uma história de uma página da DC, ou pode ter se referido á história de duas páginas, do escritor Roger McKenzie, "Slowly, painfully, you dig your way from the cold, choking debris...", em Weird War Tales #68 (outubro de 1978)[13]. Outro trabalho incipiente na DC incluiu a história de seis páginas "The Greatest Story Never Told", do escritor Paul Kupperberg, e a história de cinco páginas "The Edge of History", escrita por Elliot S! Maggin em Soldado Desconhecido #219 (setembro de 1978). Seu primeiro trabalho para a Marvel Comics foi desenhando a história de 17 páginas "The Master Assassin of Mars, Part 3" em John Carter, Warlord of Mars #18 (novembro de 1978)[14].

Na Marvel, Miller começou como substituto regular e artista de capas, trabalhando em uma variedade de títulos. Um desses trabalhos foi desenhar Peter Parker em The Spectacular Spider-Man #27-28 (fevereiro-março de 1979), nas quais haviam participação especial do Demolidor[15]. Na época, as vendas do título Demolidor eram pobres, mas Miller viu o potencial em "um protagonista cego em um meio a um mundo puramente visual", lembrou em 2000[16] . Miller conversou com Jo Duffy (sua mentora, a quem ele chamava de seu "anjo da guarda" na Marvel) e ela passou seu interesse em trabalhar nos títulos regulares do Demolidor para editor-chefe Jim Shooter. Shooter concordou e fez de Miller o novo desenhista do título. Como Miller lembrou em 2008:

Demolidor e início dos Anos 80

Miller na Comic-Con de 1982.

Na Demolidor #158 (maio de 1979), ocorre a estreia de Miller, foi em um final de uma história em curso escrita por Roger McKenzie e colorida por Klaus Janson[17]. Após dessa edição, Miller se tornou uma das estrelas em ascensão da Marvel.

No entanto, as vendas do Demolidor não melhoraram, a administração da Marvel continuaram a discutir o cancelamento, e o próprio Miller quase desistiu da série, pois ele não gostava dos roteiros de McKenzie. A sorte de Miller mudou com a chegada de Denny O'Neil como editor. Percebendo a infelicidade de Miller com a série e impressionado com uma história que ele tinha escrito, O'Neil demitiu McKenzie para que Miller pudesse tentar escrever ele mesmo a série[18]. Miller e O'Neil manteriam uma relação de trabalho amigável em toda a sua estadia na série[19]. Na edição #168 (janeiro de 1981), Miller assumiu as funções de escritor e desenhista. As vendas subiram tão rapidamente que a Marvel, mais uma vez começou a publicar o Demolidor mensalmente em vez de bimestralmente depois de apenas três edições com Miller como escritor.

Na edição #168 ocorreu a primeira aparição completa da ninja mercenária Elektra — que se tornou uma personagem popular e ganharia uma adaptação cinematográfica em 2005 — embora sua primeira aparição era de quatro meses antes, na capa da The Comics Journal #58 desenhada por Miller[20]. Depois ele escreveu e desenhou uma história solo da Elektra na Bizarre Adventures #28 (outubro de 1981). Ele acrescentou um aspecto de artes marciais nas habilidades de luta do Demolidor, e introduziu personagens inéditos que tinham desempenhado um importante papel na juventude do personagem: Stick, líder do clã ninja Chaste, que tinha sido sensei de Murdock após ter ficado cego[21] e um clã rival chamado Hand[22].

Incapaz de lidar com o roteiro e arte de Demolidor no novo calendário mensal, Miller começou confiando cada vez mais em Janson para a arte, mandando-o usar traços mais leves começando com a edição #173[23]. Na edição #185, Miller tinha praticamente abandonado o seu papel como artista do Demolidor, entregando para Jansen apenas rascunhos, o que lhe permitiu concentrar-se no roteiro[23].

O trabalho de Miller em Demolidor foi caracterizado por temas e histórias mais sombrias. O ápice foi na edição #181 (abril de 1982) na qual o Mercenário mata Elektra[24] , e, posteriormente, o Demolidor tenta matá-lo. A última edição de Miller foi a #191 (fevereiro de 1983), a esta altura ele tinha transformado um personagem B em um dos mais populares da Marvel.

Além disso, Miller desenhou uma história curta natalina para Batman, "Wanted: Santa Claus – Dead or Alive", escrita por Dennis O'Neil para a DC Special Series #27 (Primavera de 1980)[25]. Esta foi a sua primeira experiência profissional com um personagem que, como o Demolidor, iria se tornar intimamente associado. Na Marvel, O'Neil e Miller colaboraram em duas edições de The Amazing Spider-Man Annual. A Annual de 1980 tinha a participação do Doutor Estranho[26], enquanto a de 1981 tinha participação do Justiceiro.

Como desenhista e co-escritor, Miller, juntamente com o escritor Chris Claremont, produziu a minissérie Wolverine #1-4 (setembro-dezembro 1982), colorida por Josef Rubinstein e não tendo ligação com as edições de X-Men[27] . Miller usou esta minissérie para expandir o personagem Wolverine. A série foi um sucesso de crítica e cimentou ainda mais o lugar de Miller como uma estrela da indústria de quadrinhos.[28]

Seu primeiro título como criador foi a minissérie de seis edições da DC Comics Ronin (1983-1984). Em 1985, a DC anunciou Miller como um dos homenageados na publicação Fifty Who Made DC Great em homenagem ao 50° aniversário da empresa[29].

Miller esteve envolvido em alguns projetos não publicados no início de 1980. Uma propaganda apareceu sobre o Doutor Estranho apareceu nas capas de todas as edições da Marvel em fevereiro de 1981, estava escrito: "Se ligue nas novas aventuras do feiticeiro supremo da Terra - misticamente conjurada por Roger Stern e Frank Miller". A única contribuição de Miller para a série seria a capa de Doutor Estranho #46 (Abril de 1981). Outros compromissos o impediram de trabalhar na série[30]. Miller e Steve Gerber fizeram uma proposta para renovar os três maiores personagens da DC:. Superman, Batman e Mulher Maravilha, sob uma linha chamada "Metropolis" e quadrinhos intitulados "Man of Steel" ou "The Man of Steel", "Dark Knight" e "Amazon"[31] . No entanto, esta proposta não foi aceita.

O Cavaleiro das Trevas e final dos Anos 80

Batman: The Dark Knight Returns #1 (Fev. 1986). Arte por Miller.

Em 1986, a DC Comics lançou Batman: The Dark Knight Returns, uma minissérie de quatro edições escrita e desenhada por Miller em um formato chamado "formato de prestígio", com lombada quadrada, ao invés de grampeados no formato canoa; em papel resistente, em vez de papel de jornal, e com cartolina, em vez de capas em papel brilhante. Ela foi arte-finalizada por Klaus Janson e colorida por Lynn Varley.

A história conta como Batman se aposentou após a morte do segundo Robin (Jason Todd), e aos 55 anos retorna para combater o crime em um futuro sombrio e violento. Miller criou um resistente e corajoso Batman, referindo-se a ele como "O Cavaleiro das Trevas", com base em gibis dos Anos 70 que o chamavam "Darknight Detective". Embora o apelido de "Cavaleiro das Trevas" para o Batman remonta a 1940[32]. Lançado no mesmo ano que a minissérie Watchmen de Alan Moore e Dave Gibbons, ele apresentou uma nova forma de contar histórias mais orientadas para adultos com os mesmos personagens que liam quando crianças[33]. The Dark Knight Returns influenciou a indústria de quadrinhos anunciando uma nova onda de personagens e cenário mais obscuros.

Nessa época, Miller tinha retornado como escritor do Demolidor. Depois de sua história independente "Badlands", escrita por John Buscema, na edição de #219 (Junho de 1985), ele co-escreveu a edição #226 (janeiro de 1986), com o início escrito por Dennis O'Neil. Então, com o artista David Mazzucchelli, ele elaborou um arco que, como The Dark Knight Returns, redefiniu e revigorou seu personagem principal. "Daredevil: Born Again", foi publicada nas edições #227-233 (Fevereiro-agosto de 1986)[34]. O herói foi narrado com um fundo católico, mostrando a destruição e renascimento de sua identidade da vida real, o advogado de Manhattan Matt Murdock, nas mãos de seu inimigo Wilson Fisk, também conhecido como o Rei do Crime. Depois de completar o arco "Born Again", Frank Miller começou a produzir uma história de duas partes com o artista Walt Simonson, mas nunca foi concluída e permanece inédita[35].

Referências

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  2. (em português) Omelete Crítica sobre O Cavaleiro das Trevas 2
  3. (em português) Universo HQ O Cavaleiro das Trevas 2
  4. a b Webster, Andy (July 20, 2008). «Artist-Director Seeks the Spirit of 'The Spirit'». The New York Times  Verifique data em: |data= (ajuda)
  5. Lovece, Frank (December 22, 2008). «Spirit guide: Frank Miller adapts Will Eisner's cult comic». Film Journal International. Cópia arquivada em April 5, 2013  Verifique data em: |arquivodata=, |data= (ajuda)
  6. Applebaum, Stephen (December 22, 2008). «Frank Miller interview: It's no sin». The Scotsman. Consultado em 01 de outubro de 2015. Cópia arquivada em October 15, 2012  Verifique data em: |acessodata=, |arquivodata=, |data= (ajuda)
  7. The Cat #3 at the Grand Comics Database.
  8. Miller, Frank (July 21, 2010). «Neal Adams». Frank Miller (official site). Consultado em 14 de março de 2014  Verifique data em: |data= (ajuda)
  9. "Royal Feast", The Twilight Zone #84 (June 1978) no Grand Comics Database.
  10. "Deliver Me From D-Day", Weird War Tales #64 (June 1978) na Grand Comics Database
  11. "Deliver Me From D-Day", Weird War Tales #64 (June 1978) na Grand Comics Database
  12. «Interview with Jim Shooter». ManWithoutFear.com. July 1998. Cópia arquivada em July 7, 2010  Verifique data em: |arquivodata=, |data= (ajuda)
  13. Weird War Tales #68 (Oct. 1978) no Grand Comics Database
  14. Frank Miller at the Grand Comics Database. NOTE: Um artista de tirinhas de jornal também chamado Frank Miller fez sucesso na década de 1940. Ele morreu em 3 de dezembro de 1949.
  15. Saffel, Steve (2007). «A Not-So-Spectacular Experiment». Spider-Man the Icon: The Life and Times of a Pop Culture Phenomenon. [S.l.]: Titan Books. p. 73. ISBN 978-1-84576-324-4. Frank Miller foi desenhista assistente da The Spectacular Spider-Man #27, de fevereiro de 1979, escrita por Bill Mantlo 
  16. Miller, Frank and Klaus Janson. Daredevil: Volume 1. Marvel, 2004.
  17. Sanderson, Peter; Gilbert, Laura, ed. (2008). «1970s». Marvel Chronicle A Year by Year History. [S.l.]: Dorling Kindersley. p. 189. ISBN 978-0756641238. Foi nessa edição que ocorreu a saída do artista de longa data Gene Colan 
  18. «Interview with Dennis O'Neil». ManWithoutFear.com. February 1998. Consultado em May 10, 2013. Cópia arquivada em March 21, 2013  Verifique data em: |acessodata=, |arquivodata=, |data= (ajuda)
  19. Kraft, David Anthony; Salicup, Jim (April 1983). «Frank Miller's Ronin». Comics Interview (2). Fictioneer Books. pp. 7–21  Verifique data em: |data= (ajuda)
  20. DeFalco, Tom "1980s" in Gilbert (2008), p. 201: "Matt Murdock's college sweetheart first appeared in this issue [#168] by writer/artist Frank Miller."
  21. DeFalco "1980s" in Gilbert (2008), p. 202: "Possibly modeled after Nantembo, a Zen master who reputedly disciplined his students by striking them with his nantin staff, Stick first appeared in this issue [#176] by Frank Miller."
  22. DeFalco "1980s" in Gilbert (2008), p. 202: The Hand was a league of ninja assassins who employed dark magic...Introduced in Daredevil #174 by writer/artist Frank Miller, this group of deadly warriors had been hired by the Kingpin of Crime to exterminate Matt Murdock."
  23. a b Cordier, Philippe (April 2007). «Seeing Red: Dissecting Daredevil's Defining Years». TwoMorrows Publishing. Back Issue! (21): 33–60  Verifique data em: |data= (ajuda)
  24. DeFalco "1980s" in Gilbert (2008), p. 207: "Frank Miller did the unthinkable when he killed off the popular Elektra in Daredevil #181."
  25. Manning, Matthew K.; Dougall, Alastair, ed. (2014). «1980s». Batman: A Visual History. [S.l.]: Dorling Kindersley. p. 136. ISBN 978-1465424563 
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  28. Goldstein, Hilary (May 19, 2006). «Wolverine TPB Review He's the best at what he does and so is Frank Miller.». IGN. Consultado em 04 de janeiro de 2016. Cópia arquivada em April 11, 2013  Verifique data em: |acessodata=, |arquivodata=, |data= (ajuda)
  29. {{{2}}}
        Argumento : {{{3}}}
  30. Cronin, Brian (April 12, 2007). «Comic Book Urban Legends Revealed #98». Comic Book Resources. Consultado em 04 de janeiro de 2016. Cópia arquivada em July 4, 2013  Verifique data em: |acessodata=, |arquivodata=, |data= (ajuda)
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  32. Nobleman, Marc Tyler (2012). Bill the Boy Wonder: The Secret Co-Creator of Batman. [S.l.]: Charlesbridge Publishing. p. Back Matter. ISBN 978-1-58089-289-6 
  33. Manning, Matthew K.; Dolan, Hannah, ed. (2010). «1980s». DC Comics Year By Year A Visual Chronicle. [S.l.]: Dorling Kindersley. p. 219. ISBN 978-0-7566-6742-9 
  34. DeFalco "1980s" in Gilbert (2008), p. 226"
  35. Mithra, Kuljit (August 1997). «Interview With Walt Simonson». ManWithoutFear.com. Consultado em 04 de janeiro de 2016. Cópia arquivada em March 13, 2013  Verifique data em: |acessodata=, |arquivodata=, |data= (ajuda)

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