Ibiapina

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
 Nota: Se procura o padre católico brasileiro, veja José Antônio Maria Ibiapina.
Ibiapina
  Município do Brasil  
Igreja Matriz de Ibiapina
Igreja Matriz de Ibiapina
Igreja Matriz de Ibiapina
Símbolos
Bandeira de Ibiapina
Bandeira
Brasão de armas de Ibiapina
Brasão de armas
Hino
Gentílico ibiapinense
Localização
Localização de Ibiapina no Ceará
Localização de Ibiapina no Ceará
Localização de Ibiapina no Ceará
Ibiapina está localizado em: Brasil
Ibiapina
Localização de Ibiapina no Brasil
Mapa
Mapa de Ibiapina
Coordenadas 3° 55' 22" S 40° 53' 20" O
País Brasil
Unidade federativa Ceará
Municípios limítrofes Ubajara, São Benedito, Mucambo, Graça e estado do Piauí
Distância até a capital 360 km
História
Fundação 1878
Administração
Prefeito(a) Marta Ângela Sobreira Vanderlei (PMDB, 2013 – 2016)
Características geográficas
Área total [1] 414,902 km²
População total (IBGE/2014[2]) 24 555 hab.
Densidade 59,2 hab./km²
Clima Tropical Subúmido, Tropical de altitude e Tropical Semiárido Brando
Altitude 878,42 m
Fuso horário Hora de Brasília (UTC−3)
Indicadores
IDH (PNUD/2000 [3]) 0,646 médio
PIB (IBGE/2008[4]) R$ 132 135,599 mil
PIB per capita (IBGE/2008[4]) R$ 5 514,61

Ibiapina é um município do estado do Ceará, no Brasil. Localiza-se na Serra da Ibiapaba. Sua população estimada em 2014 era de 24.555 habitantes.

Etimologia

O topônimo "Ibiapina" vem do tupi e significa "terra pelada", através da junção dos termos yby ("terra") e apin ("rapado, pelado")[5].

Sua denominação original era São Pedro, depois São Pedro da Baepina ou Baiapina, São Pedro de Ibiapina e, desde 1938, Ibiapina.

História

Antes da chegada dos colonizadores portugueses, no século XVII, o atual território de Ibiapina era habitado por nações indígenas Tupis (Tabajara, Tupinambá) e tapuias (cararijus).[6][7] Existiam mais de setenta aldeias indígenas na região, sendo conhecidos os chefes tabajaras Irapuã ("Mel Redondo") e seu irmão, Jurupariaçu ("Demônio Grande").[8] É uma das regiões do Ceará no qual os indígenas já tinha contatos e negociavam com os franceses estabelecidos em São Luis do Maranhão antes da chegada dos portugueses.

Os portugueses chegaram a partir de 1603, com a expedição de Pero Coelho de Souza e tinham, como intuito, encontrar um caminho por terra para poder expulsar os franceses do Maranhão. Nessa expedição, também veio o jovem Martim Soares Moreno. Pero Coelho e suas tropas guerrearam com os nativos, vencendo-os e fechando um acordo de paz com os mesmos, porém, quando este e suas tropas avançaram na direção do Piauí, foram derrotados pelos indígenas e franceses.[8]

Em 1607, os padres Francisco Pinto e Luís Figueira chegaram à região, encontrando as aldeias dispersas, em conflito e amedrontadas com relação aos portugueses. Estes ficaram quatro meses na região e, depois do assassinato do padre Francisco Pinto, o padre Luiz Figueira fugiu da região.[8]

Em 1656, vieram os Jesuítas do Maranhão com a catequização ao longo da Grande Serra. Nesse período, formou-se o aldeamento a que se denominou Baepina.

Até 1741, pertenceu à Capitania do Piauí, quando, então, passou à jurisdição do Ceará. Até hoje, existe um litígio entre os dois estados sobre as divisas territoriais.[9]

Geografia

Clima

Tropical úmido com pluviometria média de 1684 mm [10] com chuvas concentradas de janeiro a junho.[11] O clima na região é ameno, diminuindo a temperatura entre junho-julho.

Hidrografia e recursos hídricos

As principais fontes de água são os rios Pejuaba e Jaburu; os riachos Jaburu, Levagem, Olho d'Água, das Palmeiras, Pejuaba, Pituba e São Domingos.

Relevo e Solo

Localizado no centro da Serra da Ibiapaba, a principal elevação encontra-se na localidade de Mata Fresca, que fica a 970 metros acima do nível do mar.

Vegetação

A vegetação da região faz parte da flora da Serra da Ibiapaba, que possui a caatinga como predominante, a floresta atlântica, a floresta subcaducifólia amazônica e o cerrado.

A fauna possui animais como o mocó, o macaco-prego, o mico-estrela, o tamanduá-mirim, a cotia e mais de 120 espécies de aves.

Subdivisão

O município é dividido em quatro distritos: Ibiapina (sede), Alto Lindo, Betânia e Santo Antônio da Pindoba.

Economia

A economia é baseada na:

Ainda encontram-se indústrias, tais como de produtos alimentares, de bebida, de madeira, de produtos minerais não metálicos e de vestuário, calçados e artigos de tecidos de couro e peles.

Turismo

O turismo é também uma das principais fontes de renda, devido as suas atrações naturais como a Cachoeira da Ladeira, o Buraco do Zeza, a Barragem dos Granjeiros, o Balneário Brisa do Ninga, a Bica Pinguruta, a Bica de Monte Belo, a bica da bigorna no sitio Mardonio, a Cachoeira da Curimatã, a Cachoeira do Galo, a Bica do Frade, Mirantes e a Trilhas dos Aparatos.

Cultura

Imagem da cidade de Ibiapina, às 7 horas da manhã.

Os principais eventos culturais são:

  • Festa de São Sebastião (20 de janeiro)
  • Festa de São José (19 de Março)
  • Mês Mariano (maio)
  • Festa de Santo Antônio (13 de junho)
  • Festa de São Pedro - Padroeiro (29 de junho)
  • Semana da Pátria (setembro)
  • Festa de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro (15 de agosto)
  • Festa de São João (29 de Março)
  • Festa de São Francisco (4 de outubro)
  • Dia do Município (23 de novembro)
  • Festa de Santa Luzia (13 de dezembro)

Esporte

Estádio da cidade: Carvalhão.[12]

Meios de comunicação

  • Rádio Compasso 98.7 Mhz (FM) - www.radiocompassofm.com
  • Rádio Palavra (Web Rádio Gospel) - Jesus em Primeiro Lugar! - www.diariomc.com.br
  • Rádio Ibiapina (Web Rádio) - A Todo tempo, A toda hora - http://radioibiapina.tk/

Referências

  1. IBGE (10 out. 2002). «Área territorial oficial». Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Consultado em 5 dez. 2010 
  2. «Censo Populacional 2014». Censo Populacional 2014. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 29 de novembro de 2014. Consultado em 26 de agosto de 2015 
  3. «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil». Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2000. Consultado em 11 de outubro de 2008 
  4. a b «Produto Interno Bruto dos Municípios 2004-2008». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 11 dez. 2010 
  5. NAVARRO, E. A. Método Moderno de Tupi Antigo. Terceira edição. São Paulo: Global, 2005. p. 323
  6. Sebok. Lou, Atlases published in the Netherlands in the rare atlas collection. Compiled and edited by Lou Seboek. National Map Collection (Canada), Ott
  7. Aragão, R. B, Indios do Ceará e Topônimios indígenas, Fortaleza, Barraca do Escritor Cearense. 1994
  8. a b c http://www.institutodoceara.org.br/Rev-apresentacao/RevPorAno/1903/1903-RelacaodoMaranhao1608.pdf
  9. «Zona de Litígio entre Ceará e Piauí». Colégio Militar de Porto Alegre. 27 de fevereiro de 2008. Consultado em 24 de janeiro de 2009 
  10. Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos - FUNCEME.
  11. Instituto nacional de Pesquisa espacial - INPE.
  12. Foto do Estádio. Página acessada em 13/11/2013.

Ligações externas

Ver também

João Ximenes de Melo

Predefinição:Mesorregião do Noroeste Cearense