Katalin Karikó

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Katalin Karikó Medalha Nobel
Katalin Karikó
Nascimento 17 de janeiro de 1955 (69 anos)
Szolnok, Hungria
Residência Filadélfia, Abington Township
Cidadania Hungria, Estados Unidos
Filho(a)(s) Susan Francia
Alma mater
  • Móricz Zsigmond Gimnázium és Közgazdasági Szakközépiskola
  • Universidade de Szeged
  • Universidade de Szeged
Ocupação investigadora, bioquímica, professora universitária
Prêmios
Empregador(a) Universidade da Pensilvânia, BioNTech, Biological Research Centre, Universidade Temple, Uniformed Services University of the Health Sciences
Página oficial
https://www.pennmedicine.org/providers/profile/katalin-kariko

Katalin Karikó (Szolnok, 17 de janeiro de 1955) é uma bioquímica húngara especializada em mecanismos mediados por RNA. Sua pesquisa tem sido o desenvolvimento de mRNA transcrito com vitro para terapias com proteínas.[1][2][3][4] Ela é desde 2013 vice-presidente sênior da BioNTech RNA Pharmaceuticals.[5] Em 2023, Karinkó foi premiada com o prêmio Nobel de Fisiologia ou Medicina com Drew Weissman.[6][7]

Em 1985 ela se muda com o marido e a sua filha de dois anos para os Estados Unidos, onde daria prosseguimentos aos seus estudos sobre mRNA na Temple University, em Filadélfia.[5] Quatro anos depois, Karikó sai da Universidade Temple após problemas com seu chefe e passar a fazer suas pesquisas na Universidade da Pensilvânia.[5]

Em 1990, Karikó foi rebaixada do cargo que ocupava na Universidade.[5] Nessa época passou por várias dificuldades, além dos problemas acadêmicos devido à falta de resultados nas suas pesquisas sobre mRNA, descobriu um câncer e seu marido teve problemas com o visto.[5] Apesar disso prosseguiu num cargo inferior na Universidade as suas pesquisas.[5] Em 1997 o pesquisador Drew Weissman chega à Universidade da Pensilvânia. Weissman tinha trabalhado na equipe do imunologista Anthony Fauci.[8]No início dos anos 2000, enquanto tentavam solucionar os problemas de uma fotocopiadora na Universidade, se conheceram e passaram a realizar as pesquisas em conjunto.[5][8] A parceria daria seu resultado mais promissor em 2005, quando eles publicaram um artigo em revista científica mostrando como a técnica desenvolvida por Karikó poderia ser aplicada sem causar reações imunológicas exageradas.[9]

O trabalho de Karikó inclui a pesquisa científica da ativação imunológica mediada por RNA, resultando na co-descoberta das modificações nucleósidas que suprimem a imunogenicidade do RNA, o que é visto como permitindo o uso terapêutico do mRNA.[3] Ela detém patentes concedidas nos Estados Unidos para aplicação de RNA não imunogênico, nucleósido modificado por nucleósidos. Ela co-fundou e foi CEO do RNARx de 2006-2013. Karikó é a mãe de Susan Francia, duas vezes medalhista olímpica de ouro.[10]

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Referências

  1. Leah Asmelash; AJ Willinghan (17 de dezembro de 2020), «She was demoted, doubted and rejected. Now, her work is the basis of the Covid-19 vaccine», CNN, CNN (em inglês), Wikidata Q104219966 
  2. Natalia Pasternak (2 de dezembro de 2020), Artigo: Vacina de RNA da Pfizer e Katalin Karikó fazem história, escreve Natalia Pasternak, O Globo, Wikidata Q104233969 
  3. a b «The story of mRNA: From a loose idea to a tool that may help curb Covid», Stat (em inglês), 10 de novembro de 2020, Wikidata Q104223724 
  4. «Na base do sucesso das vacinas da covid-19 está uma cientista que não desistiu do ARNm». Público. 21 de dezembro de 2020. Consultado em 28 de dezembro de 2020 
  5. a b c d e f g «How mRNA went from a scientific backwater to a pandemic crusher». Wired. 2 de dezembro de 2020. Consultado em 28 de dezembro de 2020 
  6. «Nobel de Medicina 2023 vai para Katalin Karikó e Drew Weussnab por pesquisas que permitiram criação de vacinas contra Covid». G1. 2 de outubro de 2023. Consultado em 2 de outubro de 2023 
  7. Pollard, Niklas; Burger, Ludwig (2 de outubro de 2023). «Hungarian and US scientists win medicine Nobel for COVID-19 vaccine discoveries». Reuters (em inglês). Consultado em 2 de outubro de 2023 
  8. a b «A mãe da vacina contra a covid-19: "No segundo semestre, poderemos provavelmente voltar à vida normal"». El País. 27 de dezembro de 2020. Consultado em 2 de janeiro de 2021 
  9. Drew Weissman, Katalin Karikó. «Suppression of RNA Recognition by Toll-like Receptors: The Impact of Nucleoside Modification and the Evolutionary Origin of RNA». cell.com/immunity. Immunity: 165-175. Consultado em 2 de janeiro de 2021 
  10. Julia Kollewe (21 de novembro de 2020), Covid vaccine technology pioneer: 'I never doubted it would work' (em inglês), The Guardian, Wikidata Q104243108, Hungarian-born biochemist Katalin Karikó, with her husband and daughter, Susan Francia, at London 2012 Olympics. 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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Precedido por
Svante Pääbo
Nobel de Fisiologia ou Medicina
2023
com Drew Weissman
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