Liane G. Benning
Liane G. Benning | |
---|---|
Nascimento | novembro de 1963 (60 anos) Alemanha |
Cidadania | Alemanha |
Alma mater | |
Ocupação | professora universitária |
Prêmios |
|
Empregador(a) | Universidade de Leeds, Universidade Livre de Berlim, Helmholtz Centre Potsdam GFZ German Research Centre for Geosciences |
Página oficial | |
https://www.gfz-potsdam.de/en/section/interface-geochemistry/overview/ | |
Liane G. Benning (Alemanha, novembro de 1963) é uma professora alemã de geoquímica no Centro Alemão de Pesquisa em Geociências - GFZ e na Universidade de Leeds, pesquisadora na área de nucleação, crescimento e cristalização de fases minerais. Ela investigou a biodiversidade em ambientes extremos e desenvolveu técnicas de imagem de alta resolução.
Em 2016, a ex-presidente da Sociedade Europeia de Geoquímica (do inglês: European Geochemical Societ) foi consagrada com a Medalha Bigsby.
Biografia[editar | editar código-fonte]
Infância e educação[editar | editar código-fonte]
Benning estudou geologia e petrologia na Universidade de Quiel, completando o bacharelado em 1987.[1] Então mudou-se para a Escola Politécnica Federal de Lausana (do francês: École Polytechnique Fédérale de Lausanne) para estudar pós-graduação, concluindo em 1995 o doutorado em geoquímica.[2] Ela foi supervisionada por Hu Barnes e Terry Seward, e trabalhando com ofiolitos. Em 1996, Ela ingressou na Universidade Estadual da Pensilvânia como pesquisadora de pós-doutorado.[2] Ela realizou uma bolsa de estudos internacional da Fundação Nacional de Ciências da Suíça (do inglês: Swiss National Science Foundation).[3]
Pesquisa e carreira[editar | editar código-fonte]
Em 1999, Benning mudou-se para a Universidade de Leeds como bolsista de pesquisa da Royal Society University,[3] onde estudou a adaptação de seres em ambientes extremamente frios.[4] Assim projetou e testou um aparelho que procura vida nesses ambientes, como por exemplo na superfície de Marte.[5] Ela analisou os micróbios encontrados nas amostras coletadas no Ártico para obter informações genéticas.[4] Em 2000, tornou-se professora, desde então tem investigado vários desafios ambientais fundamentais.[2] Esteve envolvida com o desenvolvimento de técnicas síncrotron, estabelecendo os mecanismos de interações minerais in situ.[6][7][8] Trabalhou na nucleação de sulfuretos de ferro, que regulam o ferro geoquímico e o enxofre no ambiente.[9][10]
Em 2014, foi nomeada como chefe de Geoquímica de Interface no Centro Alemão de Pesquisa em Geociências - GFZ.[11] Faz parte do Projeto REMACA da Fundação Polar (grupo que exploram a atividade microbiana e de carbono na Antártica Oriental).[12]
Benning estudou o manto de gelo da Groenlândia, investigando como o albedo varia devido às interações de micróbios e partículas.[13][14]
Liderou um projeto do Conselho de Pesquisa em Meio Ambiente (do inglês: Natural Environment Research Council) para entender como as partículas escuras (pretas) e os processos microbianos (bloom) afetam o derretimento das placas de gelo e,[15][16][17] a sucessão de micróbios do gelo aos solos com vegetação.[18] Embora se assumisse que o baixo albedo nas geleiras, que é tipicamente atribuído à fuligem ou poeira, é na verdade devido a populações microbianas;[19] identificou que as áreas mais escuras na superfície do manto de gelo abrigam o maior número de microrganismos.[13][20][21] A pesquisa combina análise geoquímica com modelos computacionais, permitindo a modelagem do crescimento de populações microbianas em resposta à temperatura do solo e à luz solar.[22] Também procura investigar o crescimento e disseminação de microorganismos em um clima mais quente.[13]
Em abril de 2016, uniu-se a Universidade Livre de Berlim e a Universidade de Potsdam.[23][24][25] Em Postdam, ela lidera o projeto Mecanismo de Imagem e Análise Espectral (do inglês: Imaging and Spectral Analysis Facility).[26]
Faz parte do conselho editorial da revista Cartas de Perspectivas Geoquímicas (do inglês: Geochemical Perspectives Letters), da Associação Européia de Geoquímica (do inglês: European Association of Geochemistry.[27] Também é membro da Academia da Europa e esteve envolvida com o Instituto de Astrobiologia da NASA.[28][29]
Prêmios[editar | editar código-fonte]
A professora Liane foi laureada com os seguintes prêmios:
- 2018: Membro eleito da Academia de Ciências Leopoldina;[30]
- 2016:
- Sociedade Mineralógica da Grã-Bretanha e Irlanda Schlumberger Award;[31]
- Geological Society of London Medalha Bigsby;[32][6]
- 2015:
- Presidente da Associação Europeia de Geoquímica;[33]
- Prêmio do mérito da pesquisa de Royal Society Wolfson 2009;[34]
- 2009: Associação Europeia de Conselho de Geoquímica.[35]
Ver também[editar | editar código-fonte]
Referências[editar | editar código-fonte]
- ↑ «Staff». Centro Alemão de Pesquisas em Geociências - GFZ
- ↑ a b c «Curriculum Vitae». Leeds
- ↑ a b «Academy of Europe: Benning Liane» Texto "Academy of Europe" ignorado (ajuda)
- ↑ a b «Liane G. Benning». Organização Royal Society (em inglês)
- ↑ «Headingley Cafe Scientifique: Life in extreme environments on earth, and the possibility of life on Mars» [Café Científico Headingley: A vida em ambientes extremos na terra e a possibilidade de vida em Marte]. Grupo North Leeds Life (em inglês)
- ↑ a b «The Geological Society of London - 2016 Awards: Citations and Replies». Organização Geolsoc
- ↑ «User Working Group - Beamlines». Diamond Light
- ↑ «I05». Diamond Light
- ↑ «Nucleation and growth of iron sulfides: linking theory and experiment» [Nucleação e crescimento de sulfetos de ferro: ligando teoria e experimento]. UKRI
- ↑ «Audio Highlights - Science». Diamond Light
- ↑ «Staff». Centro Alemão de Pesquisas em Geociências - GFZ
- ↑ «REMACA: Searching for life in Antarctica». Fundação Polar
- ↑ a b c «BLACK and BLOOM: variations in the albedo of the Greenland Ice Sheet as a result of interactions between microbes and particulates.». UKRI
- ↑ «The diversity of ice algal communities on the Greenland Ice Sheet as revealed by oligotyping». Microbial Genomics. 4. ISSN 2057-5858. PMC 5885011. PMID 29547098. doi:10.1099/mgen.0.000159
- ↑ «Professor Liane G. Benning, School of Earth and Environment». Universidade de Leeds (em inglês)
- ↑ «BLACK and BLOOM». Universidade de Leeds (em inglês)
- ↑ «Black and Bloom». Black and Bloom (em inglês)
- ↑ «Microbial succession and metabolic pathways from ice to vegetated soils in response to glacial retreat». UKRI
- ↑ «June: Microbial garden». Universidade de Bristol (em inglês)
- ↑ «Variations of algal communities cause darkening of a Greenland glacier». FEMS Microbiology Ecology. 89. ISSN 1574-6941. doi:10.1111/1574-6941.12351
- ↑ «The microbiome of glaciers and ice sheets». npj Biofilms and Microbiomes. 3. ISSN 2055-5008. doi:10.1038/s41522-017-0019-0
- ↑ «Arctic ice». Univerdade de Bristol (em inglês)
- ↑ «Liane Benning». FU Berlin (em inglês)
- ↑ «From our circle of friends: Newly appointed Prof. Dr. Liane G. Benning». Vimeo (em inglês)
- ↑ «Members & Affiliates - People - NEXUS: Earth Surface Dynamics». Universität Potsdam
- ↑ «Potsdam Imaging and Spectral Analysis (PISA) Facility». Centro Alemão de Pesquisas em Geociências - GFZ
- ↑ «Geochemical Perspectives Letters». Organização Geochemical Perspectives
- ↑ «Academy of Europe: Benning Liane». Academy of Europe
- ↑ «NASA Astrobiology Institute». NAI NASA
- ↑ «Personalia Liane G. Benning was elected as member of Leopoldina». Centro Alemão de Pesquisas em Geociências - GFZ (em inglês)
- ↑ «Personalia Liane G. Benning has received the Schlumberger Award 2016». Centro Alemão de Pesquisas em Geociências - GFZ (em inglês)
- ↑ «Academy of Europe: Benning Liane». AE Info
- ↑ «EAG President Liane G. Benning says good-bye». Associação Européia de Geoquímica
- ↑ «Professor Liane G. Benning». Universidade de Leeds (em inglês)
- ↑ «President of European Association of Geochemistry Liane G. Benning says good-bye» [Presidente da Associação Européia de Geoquímica Liane G. Benning diz adeus]. Associação Européia de Geoquímica
Ligações externas[editar | editar código-fonte]
- «Espectroscopia de absorção». na Universidade Federal do Pará - UFPa
- «Academia Leopoldina» (em alemão)
- «Sociedade Geológica de Londres» (em inglês)
- «União Universitária de Leeds» (em inglês)
- «Universidade de Potsdam» (em alemão)