Liane G. Benning

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Liane G. Benning
Nascimento novembro de 1963 (60 anos)
Alemanha
Cidadania Alemanha
Alma mater
Ocupação professora universitária
Prêmios
Empregador(a) Universidade de Leeds, Universidade Livre de Berlim, Helmholtz Centre Potsdam GFZ German Research Centre for Geosciences
Página oficial
https://www.gfz-potsdam.de/en/section/interface-geochemistry/overview/

Liane G. Benning (Alemanha, novembro de 1963) é uma professora alemã de geoquímica no Centro Alemão de Pesquisa em Geociências - GFZ e na Universidade de Leeds, pesquisadora na área de nucleação, crescimento e cristalização de fases minerais. Ela investigou a biodiversidade em ambientes extremos e desenvolveu técnicas de imagem de alta resolução.

Em 2016, a ex-presidente da Sociedade Europeia de Geoquímica (do inglês: European Geochemical Societ) foi consagrada com a Medalha Bigsby.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Infância e educação[editar | editar código-fonte]

Benning estudou geologia e petrologia na Universidade de Quiel, completando o bacharelado em 1987.[1] Então mudou-se para a Escola Politécnica Federal de Lausana (do francês: École Polytechnique Fédérale de Lausanne) para estudar pós-graduação, concluindo em 1995 o doutorado em geoquímica.[2] Ela foi supervisionada por Hu Barnes e Terry Seward, e trabalhando com ofiolitos. Em 1996, Ela ingressou na Universidade Estadual da Pensilvânia como pesquisadora de pós-doutorado.[2] Ela realizou uma bolsa de estudos internacional da Fundação Nacional de Ciências da Suíça (do inglês: Swiss National Science Foundation).[3]

Pesquisa e carreira[editar | editar código-fonte]

Em 1999, Benning mudou-se para a Universidade de Leeds como bolsista de pesquisa da Royal Society University,[3] onde estudou a adaptação de seres em ambientes extremamente frios.[4] Assim projetou e testou um aparelho que procura vida nesses ambientes, como por exemplo na superfície de Marte.[5] Ela analisou os micróbios encontrados nas amostras coletadas no Ártico para obter informações genéticas.[4] Em 2000, tornou-se professora, desde então tem investigado vários desafios ambientais fundamentais.[2] Esteve envolvida com o desenvolvimento de técnicas síncrotron, estabelecendo os mecanismos de interações minerais in situ.[6][7][8] Trabalhou na nucleação de sulfuretos de ferro, que regulam o ferro geoquímico e o enxofre no ambiente.[9][10]

Em 2014, foi nomeada como chefe de Geoquímica de Interface no Centro Alemão de Pesquisa em Geociências - GFZ.[11] Faz parte do Projeto REMACA da Fundação Polar (grupo que exploram a atividade microbiana e de carbono na Antártica Oriental).[12]

Benning estudou o manto de gelo da Groenlândia, investigando como o albedo varia devido às interações de micróbios e partículas.[13][14]

Liderou um projeto do Conselho de Pesquisa em Meio Ambiente (do inglês: Natural Environment Research Council) para entender como as partículas escuras (pretas) e os processos microbianos (bloom) afetam o derretimento das placas de gelo e,[15][16][17] a sucessão de micróbios do gelo aos solos com vegetação.[18] Embora se assumisse que o baixo albedo nas geleiras, que é tipicamente atribuído à fuligem ou poeira, é na verdade devido a populações microbianas;[19] identificou que as áreas mais escuras na superfície do manto de gelo abrigam o maior número de microrganismos.[13][20][21] A pesquisa combina análise geoquímica com modelos computacionais, permitindo a modelagem do crescimento de populações microbianas em resposta à temperatura do solo e à luz solar.[22] Também procura investigar o crescimento e disseminação de microorganismos em um clima mais quente.[13]

Em abril de 2016, uniu-se a Universidade Livre de Berlim e a Universidade de Potsdam.[23][24][25] Em Postdam, ela lidera o projeto Mecanismo de Imagem e Análise Espectral (do inglês: Imaging and Spectral Analysis Facility).[26]

Faz parte do conselho editorial da revista Cartas de Perspectivas Geoquímicas (do inglês: Geochemical Perspectives Letters), da Associação Européia de Geoquímica (do inglês: European Association of Geochemistry.[27] Também é membro da Academia da Europa e esteve envolvida com o Instituto de Astrobiologia da NASA.[28][29]

Prêmios[editar | editar código-fonte]

A professora Liane foi laureada com os seguintes prêmios:

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. «Staff». Centro Alemão de Pesquisas em Geociências - GFZ 
  2. a b c «Curriculum Vitae». Leeds 
  3. a b «Academy of Europe: Benning Liane»  Texto "Academy of Europe" ignorado (ajuda)
  4. a b «Liane G. Benning». Organização Royal Society (em inglês) 
  5. «Headingley Cafe Scientifique: Life in extreme environments on earth, and the possibility of life on Mars» [Café Científico Headingley: A vida em ambientes extremos na terra e a possibilidade de vida em Marte]. Grupo North Leeds Life (em inglês) 
  6. a b «The Geological Society of London - 2016 Awards: Citations and Replies». Organização Geolsoc 
  7. «User Working Group - Beamlines». Diamond Light 
  8. «I05». Diamond Light 
  9. «Nucleation and growth of iron sulfides: linking theory and experiment» [Nucleação e crescimento de sulfetos de ferro: ligando teoria e experimento]. UKRI 
  10. «Audio Highlights - Science». Diamond Light 
  11. «Staff». Centro Alemão de Pesquisas em Geociências - GFZ 
  12. «REMACA: Searching for life in Antarctica». Fundação Polar 
  13. a b c «BLACK and BLOOM: variations in the albedo of the Greenland Ice Sheet as a result of interactions between microbes and particulates.». UKRI 
  14. «The diversity of ice algal communities on the Greenland Ice Sheet as revealed by oligotyping». Microbial Genomics. 4. ISSN 2057-5858. PMC 5885011Acessível livremente. PMID 29547098. doi:10.1099/mgen.0.000159 
  15. «Professor Liane G. Benning, School of Earth and Environment». Universidade de Leeds (em inglês) 
  16. «BLACK and BLOOM». Universidade de Leeds (em inglês) 
  17. «Black and Bloom». Black and Bloom (em inglês) 
  18. «Microbial succession and metabolic pathways from ice to vegetated soils in response to glacial retreat». UKRI 
  19. «June: Microbial garden». Universidade de Bristol (em inglês) 
  20. «Variations of algal communities cause darkening of a Greenland glacier». FEMS Microbiology Ecology. 89. ISSN 1574-6941. doi:10.1111/1574-6941.12351 
  21. «The microbiome of glaciers and ice sheets». npj Biofilms and Microbiomes. 3. ISSN 2055-5008. doi:10.1038/s41522-017-0019-0 
  22. «Arctic ice». Univerdade de Bristol (em inglês) 
  23. «Liane Benning». FU Berlin (em inglês) 
  24. «From our circle of friends: Newly appointed Prof. Dr. Liane G. Benning». Vimeo (em inglês) 
  25. «Members & Affiliates - People - NEXUS: Earth Surface Dynamics». Universität Potsdam 
  26. «Potsdam Imaging and Spectral Analysis (PISA) Facility». Centro Alemão de Pesquisas em Geociências - GFZ 
  27. «Geochemical Perspectives Letters». Organização Geochemical Perspectives 
  28. «Academy of Europe: Benning Liane». Academy of Europe 
  29. «NASA Astrobiology Institute». NAI NASA 
  30. «Personalia Liane G. Benning was elected as member of Leopoldina». Centro Alemão de Pesquisas em Geociências - GFZ (em inglês) 
  31. «Personalia Liane G. Benning has received the Schlumberger Award 2016». Centro Alemão de Pesquisas em Geociências - GFZ (em inglês) 
  32. «Academy of Europe: Benning Liane». AE Info 
  33. «EAG President Liane G. Benning says good-bye». Associação Européia de Geoquímica 
  34. «Professor Liane G. Benning». Universidade de Leeds (em inglês) 
  35. «President of European Association of Geochemistry Liane G. Benning says good-bye» [Presidente da Associação Européia de Geoquímica Liane G. Benning diz adeus]. Associação Européia de Geoquímica 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Ícone de esboço Este artigo sobre um(a) geólogo(a) é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.