Ryanair
Ryanair | |
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IATA | FR |
ICAO | RYR |
Indicativo de chamada | RYANAIR |
Fundada em | 1985 (39 anos) |
Principais centros de operações |
Aeroporto de Dublin |
Outros centros de operações |
Lista de Bases
|
Destinos | 191 |
Slogan | Low Fares Made Simple |
Pessoas importantes | Michael O'Leary (CEO) Michael Cawley (Chefe Executivo) |
Sítio oficial | www.ryanair.pt |
A Ryanair (ISEQ: RY4B, LSE: RYA, NASDAQ: RYAAY) é uma companhia aérea de baixo custo irlandesa com base em Dublin, República da Irlanda. No entanto, desenvolve a maioria das suas operações a partir do Reino Unido, nomeadamente a partir da sua principal base (hub), Aeroporto de Londres Stansted. É actualmente uma das maiores companhias aéreas da Europa no setor low cost.
Perfil
A empresa enquadra-se numa estratégia de no frills,[1] ou seja, uma estratégia de baixo preço associada a um serviço standard de qualidade reduzida em que os serviços extra são pagos pelo consumidor, já que a companhia apenas assegura o transporte aéreo. O seu segmento alvo é muito específico e sensível ao preço, sendo que podemos considerar este o modelo puro das companhias aéreas low cost. É uma das companhias que mais polémicas gerou nos últimos anos. Atualmente opera 362 rotas em 22 países. Tornou-se a primeira companhia aérea estrangeira a estabelecer uma base em Portugal, no Aeroporto Francisco Sá Carneiro, na cidade do Porto. Tendo posteriormente também inaugurado bases no Aeroporto de Faro no Algarve e no Aeroporto de Lisboa.[2]
História
A empresa foi criada em 1985 por Christy Ryan, Tony Ryan e Liam Lonergan, empresários irlandeses. A ideia inicial era oferecer voos de baixo custo do Reino Unido para a Irlanda, em favor da grande comunidade irlandesa no Reino Unido. A empresa iniciou serviços em 1986 com rotas entre os dois países.
Até 1991 a empresa cresceu, no entanto enfrentava grandes perdas financeiras, até que em 1991 foi contratado Michael O’Leary (atual presidente da companhia) com a tarefa de rentabilizar a empresa, seguindo o modelo da Southwest Airlines norte-americana, a primeira grande companhia aérea baixo-custo no mundo. A empresa começou assim em 1995 a seguir o modelo da sua congénere norte-americana baseando-se na prática de preços baixos e a alta frequência dos voos numa frota de modelo único, o Boeing 737. A partir desta altura, a empresa cresceu rapidamente, voando para aeroportos secundários que servem grandes cidades, e competindo com companhias aéreas de bandeira, que naquela altura aplicavam tarifas elevadas. O processo de liberalização do espaço aéreo europeu permitiu assim que a companhia irlandesa se tornasse a primeira companhia aérea low cost europeia, transportando até à data mais de dois milhões de passageiros.
Nos últimos anos, a empresa expandiu-se por toda a Europa, abrindo novas bases em todo o continente e novos destinos com tarifas muito reduzidas. Entrou também em competição direta com a sua rival britânica Easyjet, nomeadamente através de campanhas publicitárias ferozes e comparativas. Uma das mais polémicas foi em 2004, quando anunciou que iria oferecer por cada milhão de libras de prejuízos da Easyjet, um milhão de passagens aéreas gratuitas para toda a sua rede (o passageiro apenas paga as taxas de aeroporto). Outra estratégia de expansão foi a megaencomenda ao fabricante de aviões norte-americano Boeing, de mais de 160 aviões Boeing 737. A história recente da Ryanair é marcada por altos e baixos: Por um lado, a empresa continua a expandir rapidamente através da abertura de novas bases e rotas e através da aquisição de mais aviões. Por outro lado tem sido alvo de fortes críticas, principalmente devido à "falta" de apoio aos passageiros em caso de situações extremas: Em caso de cancelamentos ou atrasos de voos, a companhia raramente se responsabiliza pela reserva e obriga os passageiros a pagar um novo bilhete. Pelo facto de voar para aeroportos secundários, dando lhe o nome de cidades conhecidas (exemplos: Frankfurt Hahn, Paris Beauvais (aeroportos que ficam a mais 100 km das respetivas cidades) , muitas vezes o transporte do aeroporto para a cidade destino final do passageiro acaba por custar tanto ou mais ao passageiro do que a própria passagem aérea.
Em Abril de 2007, a empresa anunciou a sua intenção de criar uma nova companhia de baixo custo, especializada em voos de longo curso, utilizando o mesmo modelo de baixo custo, mas utilizando um novo nome e uma nova marca. Esta nova empresa irá voar, tal como a Ryanair, para aeroportos secundários. Os modelos de aviões a operar para esta nova companhia seriam Boeing 787 ou Airbus A350 XWB. Ainda não está definidas as datas de início de operações. Em Agosto de 2007, a empresa introduziu um novo sistema de cobrança de uma taxa a passageiros que efetuam o check-in no aeroporto e que registam malas de porão. Com essa ação, a empresa pretende popularizar as viagens sem bagagem e o check-in pela Internet (gratuito), e reduzindo custos de emissão de cartões de embarque e pessoal. Em Outubro de 2007, a Ryanair iniciou uma nova fase de substituição de aeronaves, os primeiros Boeing 737-800 que adquiriu no ano de 1998. Os primeiros aviões foram vendidos à companhia brasileira Varig.
As tarifas baixas e a frequência de voos, continuam a levar a um grande aumento de procura por parte dos europeus, e na escolha pela Ryanair para as suas viagens, tornando a Ryanair num dos maiores sucessos da história da aviação civil europeia. Em Março de 2010, a Air France confirma que apresentou queixa contra a Ryanair, na Comissão Europeia, acusando-a de receber ajudas públicas, em cerca de € 11 por passageiro.[3]
Presença em Portugal
A primeira rota portuguesa da Ryanair era um voo semanal entre Dublin e Faro em 2002. Em 2006, a empresa expandiu a partir de Faro e atualmente voa diariamente a partir daquele aeroporto para 31 aeroportos, entre eles Madrid, Frankfurt (Hahn), Bruxelas (Charleroi), Dublin e Shannon.
Em 2005, a companhia inaugurou o seu primeiro serviço para o Porto a partir de Londres (Stansted) com dois voos diários.
Em Julho de 2009, a Ryanair anunciou a inauguração da sua 33.ª base no aeroporto do Porto, com 2 aviões baseados e 4 novas rotas. Desta forma, a companhia aérea voava para 16 destinos no total a partir daquele aeroporto e sustenta 1500 postos de trabalho. Hoje, a base do Porto tem quatro aviões e 36 destinos, voando do Aeroporto Francisco Sá de Carneiro para Dublin, Liverpool, Stansted, Lübeck, Bremen, Dortmund, Hahn, Weeze, Baden-Baden, Nuremberg, Memmingen, Bergamo, Bolonha, Roma, Eindhoven, Maastricht, Bruxelas, Charleroi, Lille, Beauvais, Vatry (Disneyland), Estrasburgo, Tours, Dole, La Rochelle, Bordéus, Marselha, Carcassone, Clermont-Ferrand, Saint Etienne, Barcelona, Palma de Maiorca, Valência, Madrid, Tenerife sul, Gran Canaria, Faro.
Em Dezembro de 2009, a Ryanair anunciou a inauguração da sua 39ª base no aeroporto de Faro, com 6 aviões baseados e 16 novas rotas. O número de rotas servidas à partida da capital algarvia ascendeu, assim, a 31. Com a inauguração da base em março de 2010, foi anunciado uma 7º aeronave para Faro, a ser operada apenas nos meses de Verão, mantendo-se durante o resto do ano as referidas 6 aeronaves. Inaugurou também uma base em Lisboa, de onde iniciou voos entre Lisboa e Porto.
Frota
A Ryanair diz que opera a mais nova, verde e silenciosa frota de aviões na Europa.[4][5] Em Abril de 2015, a idade média da frota da Ryanair é de 6,4 anos.[6]
A frota da Ryanair atingiu as 200 aeronaves, pela primeira vez a 5 de Setembro de 2009.[4][7] A companhia está a expandir-se rapidamente e vai operar uma frota de 292 aeronaves até 2012, com opções para mais 10 aeronaves para serem entregues durante esse tempo.[4] Todas as aeronaves da frota da Ryanair foram adaptadas com winglets para melhorar o desempenho e as entregas mais recentes vieram já com elas instaladas como padrão.[8]
Avião | Entregues | Pedidos | Opções | Passageiros (Económica) |
---|---|---|---|---|
Boeing 737-700 | 1 | 0 | 0 | |
Boeing 737-800 | 324 | 14 | 0 | 189 |
Futuras compras
Em Outubro de 2009, a Ryanair confirmou que estava em negociações com a Boeing e a Airbus sobre um pedido, que poderia incluir até 200 aeronaves. Mesmo tendo a Ryanair um acordo com a Boeing até a esta altura, Michael O'Leary disse que poderia comprar aviões à Airbus se esta, oferecer um negócio melhor. As aeronaves desta encomenda iriam começar a ser entregues em 2012, logo que a encomenda actual expirasse.[10]
Em novembro de 2009, a Ryanair anunciou que as negociações com a Boeing tinham procedido mal e que estava a pensar parar as negociações, colocando agora as 200 aeronaves para serem entregues entre 2013 e 2016, e simplesmente devolver o dinheiro aos accionistas. Além disso, se as negociações não foram concluídas até o final de 2009, a Ryanair vai iniciar uma série de adiamentos e cancelamentos nas encomendas existentes e "acabar" a sua relação com a Boeing.[11]
Em dezembro de 2009, a Ryanair anunciou que as negociações com a Boeing tinham falhado. A Ryanair planeia agora ter mais 112 aviões até 2012 e mais nenhum depois disso. Os planos atuais permitem que sejam entregues 48 aeronaves em 2010, 37 em 2011 e 27 em 2012. A Ryanair confirmou que chegou a um acordo em relação ao preço, mas não conseguiu chegar a um acordo em relação às condições, visto que a Ryanair queria levar adiante certas condições do seu contrato anterior. A Ryanair agora planeia devolver o dinheiro aos acionistas depois de 2012, e afirma que não tem planos para reabrir as negociações com a Boeing ou com qualquer outra construtora.[12]
Em março de 2013, A Ryanair encomendou à Boeing 175 Boeing 737. A Ryanair alargará a frota a mais de 400 aviões, o que permitira um crescimento anual do tráfego de perto de 5%. As 175 aeronaves deverão ser entregues até 2018, destinado-se 75 a renovação da frota.
Frota Antiga
A Ryanair operou os seguintes tipos de aeronaves:
Aviões | Introduzidos | Retirados |
---|---|---|
Embraer EMB 110 Bandeirante | 1985 | 1989 |
Hawker Siddeley HS 748 | 1986 | 1989 |
BAC One-Eleven | 1987 | 1994 |
ATR 42 | 1989 | 1991 |
Boeing 737-200 | 1994 | 2005 |
Boeing 737-800 | 1999 |
Ligações externas
Referências
- ↑ http://www.economist.com/blogs/economist-explains/2013/10/economist-explains-13
- ↑ http://www.ryanair.com/pt/cidades/
- ↑ [1]
- ↑ a b c Ryanair.com
- ↑ Ryanair.com
- ↑ Ryanair fleet age
- ↑ Ryanair.com
- ↑ Aviation Partners Boeing – Ryanair places largest single order in APB’s history announcing that they will purchase 225 shipsets of 737-400 blended winglets.
- ↑ Erro de citação: Etiqueta
<ref>
inválida; não foi fornecido texto para as refs de nomeRyanair Fleet – IAA Database
- ↑ Reuters.com
- ↑ Ryanair.com
- ↑ «News : Ryanair Confirms Boeing Negotiations Have Terminated…». Ryanair.com. 6 de novembro de 2006. Consultado em 16 de maio de 2010