Usuário(a):Cignenoire/Testes/Antonin Artaud

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Cignenoire/Testes/Antonin Artaud
Cignenoire/Testes/Antonin Artaud
Nome completo Antoine Marie Joseph Artaud
Nascimento 4 de setembro de 1896
Marselha, França
Morte 4 de março de 1948 (51 anos)
Paris, França
Nacionalidade francês
Ocupação EncenadorPoetaDramaturgoAtor
Movimento literário Surrealismo
Magnum opus Le théâtre et son double

Antoine Marie Joseph Artaud, conhecido como Antonin Artaud (Marselha, 4 de setembro de 1896Paris em 4 de março de 1948) foi um poeta, ator, escritor, dramaturgo, roteirista e diretor de teatro francês de aspirações anarquistas. Ligado fortemente ao surrealismo, foi expulso do movimento por ser contrário à filiação ao partido comunista. Sua obra O Teatro e seu Duplo é um dos principais escritos sobre a arte do teatro no século XX, referência de grandes diretores como Peter Brook, Jerzy Grotowski e Eugenio Barba. Seus restos mortais se encontram no Cimetiere de Marseille, França.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Em 1937, Antonin Artaud, devido a um incidente, é tido como louco. Internado em vários manicômios franceses, cujos tratamentos são hoje duvidosos, ele é transferido após seis anos para o hospital psiquiátrico de Rodez, onde permanece ainda por três anos.

Em Rodez, Artaud estabelece com o Dr. Ferdière, médico-responsável do manicômio, uma intensa correspondência. Uma relação ambígua se estabelece entre os dois: o médico reconhece o valor do poeta e o incentiva a retomar a atividade literária; mas, julgando a poesia e o comportamento de seu paciente muito delirante, ele o submete a tratamentos de eletrochoque que lhe prejudicam a memória, o corpo e o pensamento. Existe aqui um afrontamento entre dois mundos: o da medicina e razão social e o do poeta cuja razão ultrapassa a lógica normal do “homem saudável”.

As cartas escritas de Rodez são para Artaud um recurso para não perder a lucidez. Elas revelam um homem em terrível estado de sofrimento, falando de sua dor, através de uma escritura mais íntima e mais espontânea. São os diálogos de um desesperado com seu médico e através dele com toda a sociedade: “Não quero que ninguém ignore meus gritos de dor e quero que eles sejam ouvidos”.


Obra[editar | editar código-fonte]

Para Artaud, o teatro é o lugar privilegiado de uma germinação de formas que refazem o ato criador, formas capazes de dirigir ou derivar forças. Nascido numa família de descendência grega[1] evidenciou na sua escrita e criação a influência da sua educação, baseando-se em mitos da antiguidade clássica atualizados e capazes de retratar a realidade do seu tempo.

Em 1935 Artaud conclui o "Teatro e seu Duplo" (Le Théâtre et son Double), um dos livros mais influentes do teatro desse século. Nessa obra ele expõe o grito, a respiração e o corpo do homem como lugar primordial do ato teatral; denuncia o teatro digestivo e rejeita a supremacia da palavra. Esse era o Teatro da Crueldade de Artaud, onde não haveria nenhuma distância entre ator e plateia, todos seriam atores e todos fariam parte do processo, ao mesmo tempo.

Em Rodez, além de suas cartas (lettres au docteur Ferdière), ele elabora uma prática vocal, apurada dia a dia, associada a manifestações mágicas. A voz bate, cava, espeta, treme, e a palavra toma uma dimensão material, ela é gesto e ato.

Artaud volta a Paris em 1946, onde dois anos depois é encontrado morto em seu quarto no hospício do bairro de Ivry-sur-Seine. Neste período, além de uma importante produção literária ele desenha, prepara conferências e realiza a emissão radiofônica "Para acabar com o juízo de Deus" (Pour en finir avec le jugement de dieu), em que sua vontade expressiva se alia a um formalismo cuidadoso.

Se nos anos 30 o teatro para Artaud é “o lugar onde se refaz a vida”, depois de Rodez ele é essencialmente o lugar onde se refaz o corpo. O “corpo sem órgãos” é o nome deste corpo refeito e reorganizado que uma vez libertado de seus automatismos se abre para “dançar pelo inverso”.

“A questão que se coloca é a de permitir que o teatro reencontre sua verdadeira linguagem, linguagem espacial, linguagem de gestos, de atitudes, de expressões e de mímica, linguagem de gritos e onomatopeias, linguagem sonora, em que todos os elementos objetivos se transformam em sinais, sejam visuais, sejam sonoros, mas que terão tanta importância intelectual e de significados sensíveis quanto a linguagem de palavras.

O seu trabalho ainda inclui ensaios e roteiros de cinema, pintura e literatura, diversas peças de teatro, inclusive uma ópera, notas e manifestos polêmicos sobre teatro, ensaios sobre o ritual do cacto mexicano peyote entre os índios Tarahumara (Les Tarahumaras), aparições como ator em dois grandes filmes e outros menores.

Artaud escreveu: "Não se trata de assassinar o público com preocupações cósmicas transcendentes. O fato de existirem chaves profundas do pensamento e da ação, segundo as quais todo espetáculo é lido, é coisa que não diz respeito ao espectador em geral, que não se interessa por isso. Mas, de todo o modo, é preciso que essas chaves estejam aí, e isso nos diz respeito" (Teatro e seu duplo, 1935).

Considerava-se um poeta, mas não no sentido usual, pois ele acreditava que alguém se definia como poeta ou não na própria vida, não precisando escrever um poema sequer. Apesar de haver escrito poemas no início da carreira, segundo ele, poemas simbolistas, queimou-os todos, e assim não temos ideia de como seriam tais poemas. No entanto, textos posteriores como "Para acabar com o julgamento de Deus" (1948), metafóricos e repletos de experimentação linguística, podem muito bem se enquadrar na categoria de poesia em prosa.

Encontra-se colaboração literária da sua autoria na revista portuguesa revista Pirâmide [2] (1959-1960).


La obra de Artaud es violenta, agresiva "cruel", si utilizamos el término que para él mismo marca el rigor tremendo con que piensa efectuar la deconstrucción de la vida en la escena de su Teatro de la crueldad. Dice "rechazar violentamente los refugios de la miseria humana" que para Artaud son la fe y el arte, que él mismo encarna. Los años de reclusión le llevan a desarrollar un profundo odio por el mundo de la psiquiatría. Para él, los médicos que afirman "curarle" son solo seres que envidian su genialidad y la califican de locura. Son, nos dice en Van Gogh, el suicidado de la sociedad, quienes llevaron al pintor holandés al suicidio.

Os Tarahumaras[editar | editar código-fonte]

{ Nos revela un mundo en que un hombre agobiado, no tanto por la locura que padece como por el tratamiento psiquiátrico, encuentra a sus iguales. En él encuentra efigies vivientes y grabadas por la naturaleza en la montaña, símbolos de la santidad que Artaud confiere a tal tierra. Para el autor francés, los Tarahumaras son una "Raza-Principio" cuya cultura considera superior a la del hombre de Occidente. Tal es su influencia que propone como primera representación del Teatro de la crueldad, el título de La conquista de México (La conquête du Méxique), que contaría, en su escenografía que funde al público con el espectáculo, la historia de una opresión, la historia del hombre blanco y del carácter pútrido del que está dotado, en obras como la ya citada El teatro y su doble.

Y es ese mismo hombre blanco al que había maldecido en su Héliogabale ou l'anarchiste couronné. La influencia no solo de esa Raza-Principio mexicana, sino también del mundo de Oriente al que fue introducido por el teatro balinés (y del cual vemos influencias muy evidentes en su teatro de crueldad).

Heliogábalo ou o anarquista coroado[editar | editar código-fonte]

Obra marcada tanto por una investigación rigurosa en extremo, como por la violencia lírica propia del poeta maldito. Artaud presenta aquí una poetización de la historia del emperador romano Sextus Varius Avitus Bassiansus, apodado El-Gabal o Heliogábalo.

La crueldad de su manifiesto teatral se ve prefigurada en la postura anarquista que Artaud descubre en la sexualidad transgénero del emperador Heliogábalo y la reacción que lleva a su brutal asesinato: "la gratuidad de una vida dramática, la sangre, la poesía hecha realidad." Además de hacer despliegue de un ejercicio intelectual intenso para desentrañar el misterio (y último drama humano) en torno a la dualidad de lo femenino y lo masculino, así como los componentes sexuales presentes en los ritos sagrados y la religión.

O teatro e a peste[editar | editar código-fonte]

La analogía entre el teatro y la peste, en el prólogo de El teatro y su doble, se refleja igualmente en la novela histórica. La gratuidad que trae la peste, cuando vemos a los burgueses robando como simples ladrones, matando, huyendo, corriendo angustiados, es la misma que provocan los ritos del dios sol que el joven emperador de Roma prodiga entre lujos y lujuria extremos.

Notas[editar | editar código-fonte]

En la obra de Artaud se manifiestan todos los aspectos de su personalidad. En ella se aprecian desde los intermitentes ataques de locura del autor y sus primeras terapias de psicoanálisis con el doctor Toulouse, hasta sus publicaciones en Demain, pasando por sus manías religiosas de los primeros años en los asilos de Ville-Évrard, Le Havre y Rodez, años en los cuales el artista experimentaba una profunda necesidad de adueñarse de una vez de la conciencia propia. Resuenan asimismo los gritos finales de Van Gogh, todo ello dando cuenta de una unidad de pensamiento, una filosofía que sintetiza su teoría total sobre el teatro con aquella prosa de admiración y profunda simpatía por el pre-expresionista holandés, tan propalada por Artaud en su último año de vida.

Así lo afirma Evelyne Grossman en su prólogo a las Oeuvres del autor francés (Gallimard, colección Quarto, 2004), quien habla de la obra de Artaud como ese mismo "Art total", comparándolo con la estética de las correspondencias de Charles Baudelaire, con Richard Wagner y su Gesamkunstwerk: desaparecen entonces las barreras de una sola obra, de un solo tipo de arte, de una plástica definida, tal y como en el Teatro de la Crueldad se funden en un solo espectáculo la música, los gritos, la insensatez, el teatro, la danza...

Por eso Grossman nos incita a no leer de este autor solamente las poderosas explosiones de Pour en finir avec le jugement de dieu, ni tampoco únicamente los textos teatrales: nos invita, en cambio, a leer a Artaud en su totalidad, pues él es su misma obra, que le pertenece y a la que pertenece inexorablemente. Como él mismo afirmaba allá por 1925: "...Chacune de mes oeuvres, chacun des plans de moi-même, chacune des floraisons glacières de mon âme intérieure bave sur moi."

Cada una de mis obras, cada plano de mí mismo, cada florecimiento glaciar de mi alma interior echa su baba sobre mí.

O Teatro da Crueldade[editar | editar código-fonte]

Artaud creía que el teatro debería afectar a la audiencia tanto como fuera posible, por lo que utilizaba una mezcla de formas de luz, sonido y ejecución extrañas y perturbadoras. En una producción que hizo acerca de la plaga, utilizó sonidos tan reales que provocó que algunos miembros de la audiencia vomitaran en la mitad del espectáculo.

En su libro El teatro y su doble (1938), formado por un primer y un segundo manifiesto, Artaud expresó su admiración por formas de teatro orientales, particularmente por el balinés. Admiraba el teatro Oriental debido a la fisicalidad precisa, codificada y sumamente ritualizada de la danza balinesa, y promovía lo que él llamaba "Teatro de la Crueldad". Para él no era exclusivo de la crueldad el sadismo o el causar dolor, sino que con la misma frecuencia se refería a una violenta determinación física para destrozar la falsa realidad. Artaud consideraba que el texto había sido un tirano del significado, y abogaba en cambio por el teatro hecho de un lenguaje único, un punto medio entre los pensamientos y los gestos. Artaud describía lo espiritual en términos físicos, y creía que toda expresión es expresión física en el espacio.

El Teatro de la Crueldad ha sido creado para restablecer en el teatro una concepción de la vida apasionada y convulsiva, y es en este sentido de rigor violento y condensación extrema de elementos escénicos que debe entenderse la crueldad en la cual están basados. Esta crueldad, que será sangrienta en el momento que sea necesario, pero no de manera sistemática, puede ser identificada con una especie de pureza moral severa que no teme pagar a la vida el precio que sea necesario.
Antonin Artaud, The Theatre of Cruelty, in The Theory of the Modern Stage (ed. Eric Bentley), Penguin, 1968, p.66

Evidentemente, los varios usos que daba Artaud al término crueldad deben ser examinados para comprender plenamente sus ideas. Lee Jamieson identificó cuatro formas. En primer lugar, lo ocupa metafóricamente para describir la esencia de la existencia humana. Artaud creía que el teatro debe reflejar su visión nihilista del universo, formando una inesperada conexión entre su propio pensamiento y el de Friedrich Nietzsche.

La definición de Nietzsche sobre la crueldad forma la del propio Artaud, declarando que todo arte encarna e intensifica las brutalidades subyacentes de la vida para recrear la emoción de la experiencia... Aunque Artaud no cita formalmente a Nietzsche, [sus escritos] contienen una autoridad persuasiva familiar, una exuberante fraseología similar, y motivos en extremo...
Lee Jamieson, Antonin Artaud: From Theory to Practice, Greenwich Exchange, 2007, p.21-22

En segundo lugar, Artaud construía el uso de la palabra (según Jamieson), en una forma de disciplina. Aunque Artaud necesitaba el "rechazo de formas e incitar al caos" (Jamieson, p22), él además promovía una disciplina estricta y un método de rigor para el espectáculo.

Filosofia[editar | editar código-fonte]

La imaginación, para Artaud, es la realidad; sueños, pensamientos e ideas delirantes no son menos reales que lo de "fuera" del mundo. Realidad parece ser un acuerdo, el mismo acuerdo que la audiencia acepta cuando va a un teatro para ver una obra, que por un tiempo pretende que lo que están viendo es real.

Influência[editar | editar código-fonte]

Para comprender su concepción del teatro y la caracterización de su modelo de actuación es necesario referirse a las influencias estéticas e ideológicas de Artaud. Heredero del dadaísmo, forma parte posteriormente del movimiento surrealista. De estas visiones antiburguesas de la vida y el arte se impregna la totalidad de su propuesta. Diagnosticó la enfermedad de la sociedad y la necesidad de su curación, a partir de una experiencia teatral de características rituales.

Arte y vida se identifican a través de la ruptura de las convenciones tradicionales. El inconsciente y su verdad pura, sin los condicionantes mentirosos de la razón, se imponen. Antiarte y antirrazón. Automatismos que permiten que la verdad del inconsciente aflore a la luz. Yuxtaposición de sueño y realidad, rechazo de la palabra, culto del yo. Este es el ambiente cultural de Artaud.

Es fuertemente influenciado por el teatro balinés que resumía para él las diferencias entre la cultura oriental y la occidental: la primera, mística; la segunda, realista; una confiaba en los gestos y en los símbolos; la otra, en el diálogo y en las palabras. El Teatro de Bali utilizaba la escena para el ritual y la trascendencia; el teatro occidental, para la ética y la moralidad.

Admiró profundamente la actitud de los actores balineses, entregados a un teatro que pretende trascender la realidad, entrar en contacto con la vida interior, arrancar las máscaras para alcanzar el inconsciente. Los personajes representaban estados metafísicos, la acción se presentaba en fragmentos simultáneos y múltiples; se eliminaba la comunicación verbal, reemplazándosela por sonidos y ademanes que, juntamente con varias configuraciones físicas, formaban imágenes jeroglíficas.

En 1973 el músico argentino Luis Alberto Spinetta lanzó un álbum con el nombre del poeta: Artaud, aunque se trate más de un homenaje ya que carece conexión con la obra del escritor. La banda inglesa Bauhaus incluye un tema llamado Antonin Artaud en su álbum del año 1983, «Burning from the inside».

El grupo venezolano Zapato 3, en su álbum «Ecos punzantes del ayer» (1999), incluye el tema "Antonin Artaud", "Soy metafísica violenta / Soy surrealista apocalíptico / Soy la encarnación de Napoleón / y estoy condenado a un manicomio / Esperando en la tarde la dosis que calma el miedo / Soy distorsión intelectual / Soy verborrea visceral / Estoy negado y encerrado".

Fragmentos[editar | editar código-fonte]

O umbigo dos limbos[editar | editar código-fonte]

Una sensación de quemadura ácida en los miembros, músculos retorcidos e incendiados, el sentimiento de ser un vidrio frágil, un miedo, una retracción ante el movimiento y el ruido. Un inconsciente desarreglo al andar, en los gestos,gesto simple, una fatiga sorprendente y central, una suerte de fatiga aspirante. Los movimientos a rehacer, una suerte de fatiga mortal, de fatiga espiritual en la más simple tensión muscular, el gesto de tomar, de prenderse inconscientemente a cualquier cosa, sostenida por una voluntad aplicada. Una fatiga de estar cargando el cuerpo, un sentimiento de increíble fragilidad, que se transforma en rompiente dolor (...)
Antonin Artaud, L'ombilic des limbes, 1925

O pesa-nervos[editar | editar código-fonte]

Bajo esta costra de hueso y piel, que es mi cabeza, hay una constancia de angustias, no como un punto moral, como los razonamientos de una naturaleza imbécilmente puntillosa, o habitada por un germen de inquietudes dirigidas a su altura, sino como una decantación. en el interior, como la desposesión de mi sustancia vital, como la pérdida física y esencial de un sentido.
Antonin Artaud, Le Pèse-Nerfs, 1927

Van Gogh o suicidado pela sociedade[editar | editar código-fonte]

On peut parler de la bonne santé mentale de van Gogh qui, dans toute sa vie, ne s’est fait cuire qu’une main et n’a pas fait plus, pour le reste, que de se trancher une fois l’oreille gauche, dans un monde où on mange chaque jour du vagin à la sauce verte ou du sexe de nouveau-né flagellé et mis en rage, tel que cueilli à sa sortie du sexe maternel. Se puede hablar de la buena salud mental de van Gogh quien, en toda su vida, no hizo sino hacerse cocer una mano y no hizo más, de resto, que tajarse una vez la oreja izquierda, en un mundo en el que se come cada día coñete cocido en salsa verde o sexo de recién nacido, flagelado y enrabiado, tal como fue recogido al salir del sexo materno.
Antonin Artaud, Van Gogh le suicidé de la société, 1947

Para acabar com o Julgamento de Deus[editar | editar código-fonte]

Para acabar con el juicio de dios o Para acabar de una vez por todas con el juicio de dios

Là où ça sent la merde ça sent l’être. L’homme aurait très bien pu ne pas chier, ne pas ouvrir la poche anale, mais il a choisi de chier comme il aurait choisi de vivre au lieu de consentir à vivre mort. C’est que pour ne pas faire caca, il lui aurait fallu consentir à ne pas être, mais il n’a pas pu se résoudre à perdre l’être, c’est-à-dire à mourir vivant. Il y a dans l’être quelque chose de particulièrement tentant pour l’homme et ce quelque chose est justement LE CACA. (ici rugissements.) Donde huele a mierda huele a ser. El hombre bien habría podido no defecar, no abrir nunca el bolsillo anal, pero escogió cagar como habría podido escoger la vida en lugar de consentir en vivir muerto. Puesto que para no defecar, habría tenido que consentir en no ser, pero no pudo resolverse a perder el ser, es decir a morir en vida. Hay en el ser algo particularmente tentador para el hombre y ese algo es justamente LA MIERDA. (aquí rugidos.)
Antonin Artaud, Pour en finir avec le jugement de dieu, 1947

Os Tarahumaras[editar | editar código-fonte]

Ce que c’est que le Moi, je n’en sais rien. La conscience ? une répulsion épouvantable de l’Innomé, du mal tramé, car le JE vient quand le cœur l’a noué enfin, élu, tiré hors de ceci et pour cela, à travers l’éternelle supputation de l’horrible, dont tous les non-moi, démons, assaillent ce qui sera mon être, cet être que je ne cesse pas devant mes yeux de voir faillir tant que Dieu à mon cœur n’a passé la clef. De lo que es el Yo, yo no sé nada. ¿La consciencia? una repulsión espantable de lo innominado, del mal urdido, pues el YO viene cuando el corazón lo ha añudado por fin, lo ha elegido, lo ha halado fuera de esto, para aquello, a través de la eterna supuración de lo horrible, cuyos no-yo, demonios todos, asaltan lo que será mi ser, el ser que no ceso de ver cómo decae ante mis ojos, mientras Dios no haya pasado la llave por mi corazón.
Antonin Artaud


Ver também[editar | editar código-fonte]

Publicações[editar | editar código-fonte]

  • A perda de si: Cartas de Antonin Artaud (org. Ana Kiffer). RJ: Rocco, 2017
  • Linguagem e Vida. SP: Perspectiva, 2011
  • Eu, Antonin Artaud. Porto: Assírio Alvim, 2007
  • O Teatro e seu Duplo. SP: Martins Editora, 2006
  • Van Gogh, o suicidado da sociedade. Porto: Assírio Alvim, 2004
  • Os tarahumaras. Lisboa: Relógio D’Água, 2000
  • Heliogabalo ou o Anarquista Coroado. Porto: Assírio Alvim, 1991
  • Escritos de Antonin Artaud (org. Claudio Willer). Porto Alegre: L&PM, 1986 
Francês
  • « Tric Trac du Ciel », Paris, Simon, s.d., 1923
  • « L'Ombilic des limbes », Gallimard, NRF, Paris, 1925
  • « Le Pèse-nerfs », Leibovitz, Paris, 1925
  • « L'Art et la mort », Denoël, Paris, 1929
  • « Le Moine, de Lewis », Paris, 1931
  • « Héliogabale ou l'anarchiste couronné », Denoël & Steele, Paris, 1934
  • « Les Nouvelles révélations de l'être », Denoël, Paris, 1937
  • « Le Théâtre et son double », Gallimard, Paris, 1938
  • « D'un voyage au pays des Tarahumaras », Édiçaõ da revista Fontaine, Paris, 1945
  • « Van Gogh le suicidé de la société », K, Paris, 1947
  • « Artaud le Mômo », Bordas, Paris, 1947
  • « Ci-Gît précédé de La culture indienne », K, Paris, 1947
  • « Pour en finir avec le jugement de Dieu », K, Paris, 1948
  • « Les Cenci », in « Œuvres complètes », Gallimard, La Pléiade, 1964
  • Van Gogh, le suicidé de la société, programa de rádio, INA, André Dimanche Editeur, 1995.
  • « 50 dessins pour assassiner la magie », Gallimard, Paris, 2004
  • « Artaud Œuvres », coleção "Quarto", Gallimard, Paris, 2004
  • « Cahier d'Ivry, janeiro 1948 », fac-simile, Gallimard, Paris, 2006

As obras completas de Artaud, em francês, tem 28 tomos, editados pela Gallimard.

Documentos sonoros[editar | editar código-fonte]

Documentos audiovisuais[editar | editar código-fonte]

(em francês)

Livros sobre Artaud[editar | editar código-fonte]

  • Arantes, Urias. Artaud - Teatro e Cultura. SP: UNICAMP, 1988
  • Felicio, Vera. A Procura da Lucidez em Artaud. SP: Perspectiva, 1996
  • Quillici, Cassiano Sydow. "Antonin Artaud: Teatro e Ritual". SP: Annablume, 2004
  • Virmaux, Alain. Artaud e o Teatro. SP: Perspectiva, 2000
  • Méredieu, Florence de. Eis Antonin Artaud. SP: Perspectiva, 2011.
  • KIFFER, Ana. Antonin Artaud. RJ: EDUERJ, 2016.
  • (dissertação de mestrado) SCHEFFLER, Ismael. Características do sagrado nas propostas teatrais de Antonin Artaud e Jerzy Grotowski, UDESC, 2004.
Francês
  • Bonneton, André. Le naufrage prophétique d'Antonin Artaud, Lefebvre Editeur, Paris 1961.
  • Cazier, Jean-Philippe. "Antonin Artaud" in Aux sources de la pensée de Gilles Deleuze, Editions Sils Maria/Vrin, 2005.
  • Denys, Raphaël. Le testament d'Artaud, Gallimard, 2005.
  • Grossman, Evelyne. Artaud, l’aliéné authentique, Farrago / Léo Scheer, Tours, 2003.
  • Mèredieu, Florence de. "C'était Antonin Artaud", Biographie. Fayard, 2006.
  • Nicaise, Christian. Antonin Artaud: Les Livres, L'Instant perpétuel, Rouen, 2003. ISBN 2-905598-79-4
  • Nin, Anaïs, « "Je suis le plus malade des surréalistes" - Nouvelle où Antonin Artaud apparaît sous les traits du personnage Pierre », dans La Cloche de verre.
  • Prevel, Jacques. En compagnie d'Antonin Artaud, suivi de Poèmes. Flammarion, 1994.

Filmografia[editar | editar código-fonte]

sobre Artaud
  • Antonin Artaud - Réalisateur: Labarthe André S. - Prod.: A.M.I.P. / France 3 - Marque: DOC & Co. (disponible en médiathèque. Documentaire qui présente le « théâtre cruel de la vie d'Antonin et célèbre le poète, révolutionnaire de l'art et de la vie. »)
  • En compagnie d'Antonin Artaud (1993) - Réalisateur: Gérard Mordillat.


Referências

  1. «Antonin Artaud - Assírio Alvim». Porto Editora. Consultado em 25 de abril de 2019 
  2. Daniel Pires (1999). «Ficha histórica: Pirâmide : antologia (1959-1960)» (PDF). Dicionário da Imprensa Periódica Literária Portuguesa do Século XX (1941-1974) | Lisboa, Grifo, 1999 | Vol.II, 1º Tomo | pp. 46. Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 20 de março de 2015 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Wikiquote
Wikiquote
O Wikiquote possui citações de ou sobre: Antonin Artaud

(em castelhano)

(em francês)

(em inglês)


O Commons possui uma categoria com imagens e outros ficheiros sobre Cignenoire/Testes/Antonin Artaud