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Amélio da Toscana

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Amélio da Toscana
Nascimento 200
Etrúria
Morte século III
Cidadania Roma Antiga
Ocupação filósofo, escritor

Amélio da Toscana (em grego clássico: Ἀμέλιος), cujo nome de família era Gentilianus, foi um filósofo neoplatónico e escritor da segunda parte do século III. Era nativo da Toscana.[1]

Originalmente um estudante das obras de Numênio de Apameia, ele começou a assistir as lições de Plotino, no terceiro ano da estadia de Plótino na cidade de Roma,[2] não o tendo deixado até ao fim da sua vida, quando se retirou para Apameia, na Síria, o lugar nativo de Numénio.[3][4] Ele é erroneamente chamado de Apameos pela Suda.

Amélio (Amelius) não era o seu nome original; parece tê-lo escolhido para expressar desprezo para com as coisas mundanas. A palavraἀμέλεια (ameleia) signigica negligência em grego. Porfírio relatou na Vida de Plótino que Amélio preferia chamar a si próprio Amerius, trocando o L pelo R, porque, como explicava, se servia melhor o nome de Amereia (unificação) que o Ameleia (indiferença).[1] Seus trabalhos incluem registros do ensinamento de Plotino: Até 263 Amelio não escreveu exceto em uma compilação de notas das aulas de Plotino. Esta coleção cresceu ao longo do tempo - provavelmente foi estendido durante 268/269 - para cerca de uma centena de livros.[5]

Amélio lia e escrevia de maneira voraz, memorizando praticamente todos os ensinamentos de Numénio, e de acordo com Porfírio, escreveu mais de 100 volumes de dizeres e comentários. Plótino considerava Amélio um dos seus mais distintos discípulos. Foi Amélio que convenceu Porfírio sobre a verdade da doutrina de Plótino,[6] tendo-se juntado a ele nos esforços para induzir Plótino a passar as suas doutrinas para a escrita, esforços esses com sucesso.[7]

A sua principal obra foi um tratado em 40 livros argumentando contra a ideia de que Numénio fosse considerado o autor original das doutrina de Plótino.[8] Amélio é também citado por Eusébio e outros, como tendo expresso a aprovação da definição de logos do Evangelho de São João.[9][10][11][12][13][14]

Referências

  1. a b Porfírio, Vit. Plotin. 7
  2. Porfírio, Vit. Plotin. 3
  3. Porfírio, Vit. Plotin. 2.
  4. Smith, William (1867). «Amelius». In: William Smith. Dictionary of Greek and Roman Biography and Mythology. 1. Boston: Little, Brown and Company. 142 páginas 
  5. Horst Blanck (1992). Das Buch in der Antike. [S.l.]: C.H. Beck. pp. 46 – 48. ISBN 978-3-406-36686-4  (em alemão)
  6. Porfírio, Vit. Plotin. 18
  7. Porfírio, Vit. Plotin. 5
  8. Porfírio, Vit. Plotin. 16-18
  9. Eusébio, Praeparatio evangelica xi. 19
  10. Theod. Gr. affect. ii.
  11. Cyrill. c. Julian. viii.
  12. Syrian, xii. Metaphys. p. 47, a. 61, b. 69, a. 88, a.
  13. Bentley, Remarks on Free-Thinking, p. 182, &c., Lond. 1743
  14. Johann Albert Fabricius, Bibliotheca Graeca iii. p. 160