Beija-flor-de-fronte-violeta

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(Thalurania glaucopis)
Fotografia do beija-flor Thalurania glaucopis visitando a bromélia Aechmea multiflora.
Fotografia do beija-flor Thalurania glaucopis visitando a bromélia Aechmea multiflora.
Estado de conservação
Espécie pouco preocupante
Pouco preocupante (IUCN 3.1)
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Aves
Ordem: Apodiformes
Família: Trochilidae
Género: Thalurania
Espécie: T. glaucopis
Nome binomial
Thalurania glaucopis
(Gmelin, 1788)[1]
Fotografia da fêmea do beija-flor Thalurania glaucopis em São Luiz do Paraitinga, São Paulo, região sudeste do Brasil.
Distribuição geográfica
Mapa com a distribuição geográfica do beija-flor-de-fronte-violeta (Thalurania glaucopis).
Mapa com a distribuição geográfica do beija-flor-de-fronte-violeta (Thalurania glaucopis).
Sinónimos
Trochilus glaucopis Gmelin, 1788[1]

O beija-flor-de-fronte-violeta[2][3], também conhecido por beija-flor-de-testa-roxa[4], beija-flor-glauco, beija-flor-verde, beija-flor-tesoura-de-cabeça-violeta[5], picaflor-corona-azul[1] ou tesoura-de-fronte-violeta (Thalurania glaucopis; nomeado, em inglês, violet-capped woodnymph)[5][6], é uma espécie de ave da família Trochilidae. Foi classificado por Johann Friedrich Gmelin em 1788[4], com a denominação de Trochilus glaucopis, e descrito na obra Systema Naturae (1, pt.; pág. 497).[1] Seu nome científico significa "pássaro cinza azulado, filho do azul celeste".[3]

Descrição[editar | editar código-fonte]

Este beija-flor apresenta dimorfismo sexual. O macho é um pouco maior[1], entre 10 a 11 centímetros, possuindo as penas iridescentes de sua fronte azul-arroxeadas e restante do corpo de coloração predominante esverdeada e com retrizes azuis-escuras e alongadas.[4] A plumagem embaixo da cauda, que forma o crisso, é branca e seu bico é negro.[1]

A fêmea é menor (9 centímetros)[4] e não apresenta a fronte azul-arroxeada, sendo verde-iridescente dorsalmente e com as partes inferiores brancas sujas, retrizes laterais com pontas brancas, fronte e lado inferior às vezes lavados de uma cor similar à da canela.[1][2][4]

Nidificação e comportamento nupcial[editar | editar código-fonte]

Fêmeas constroem seus ninhos, que lembram a parte superior de cálices e são feitos de materiais macios, como paina de Malvaceae, Bromeliaceae, Poaceae etc., ou de Typha, e revestidos principalmente com líquens, teias de aranha ou material vegetal de Cyatheaceae; colocados em forquilhas de árvores e arbustos. Antes, durante as cerimônias pré-cópula, o macho executa ao redor da fêmea, pousada, voos semicirculares enquanto exibe o vértice e peito.[1][2][3]

Habitat, distribuição e alimentação[editar | editar código-fonte]

Thalurania glaucopis é encontrado em habitat de florestas tropicais pluviais de sub-bosques, bordas de Mata Atlântica e capoeiras, incluindo jardins em ambientes antrópicos, menos numeroso em regiões com maior estiagem e menos vegetação, mais distantes do litoral, até altitudes de 850 metros. A sua distribuição geográfica vai do sul da região nordeste do Brasil, na Bahia e em Sergipe, passando pelos estados brasileiros da região Sudeste (incluindo Minas Gerais, indo para o Mato Grosso do Sul, na região Centro-Oeste, onde é incomum) e região Sul, até o Paraguai, Uruguai e norte da Argentina. Sua alimentação é constituída, além do néctar das flores, por pequenos artrópodes, caçando insetos e pequenas aranhas, capturados em seu voo. É uma ave territorialista e defende seu espaço e o seu alimento de outras espécies, como o besourinho-de-bico-vermelho.[1][2][3][4][6][7][8]

Conservação[editar | editar código-fonte]

De acordo com a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), esta é uma espécie pouco preocupante, avaliada como de menor importância em seu perigo de extinção (ou em seu estado de conservação), pois tem uma ampla distribuição geográfica que a torna menos suscetível ao impacto humano (extensão da ocorrência com 20.000 quilômetros quadrados).[6]

Referências

  1. a b c d e f g h i RUSCHI, Augusto (1986). Aves do Brasil, volume V. Beija-flores. Rio de Janeiro: Editora Expressão e Cultura. p. 293-294. 452 páginas 
  2. a b c d SICK, Helmut (1997). Ornitologia Brasileira 2ª ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. p. 460-461. 912 páginas 
  3. a b c d «Beija-flor-de-fronte-violeta». WikiAves. 1 páginas. Consultado em 19 de maio de 2019 
  4. a b c d e f RIDGELY, Robert S.; GWYNNE, John A.; TUDOR, Guy; ARGEL, Martha (2015). Aves do Brasil. Mata Atlântica do Sudeste 1ª ed. São Paulo: Editora Horizonte. p. 180-181. 418 páginas 
  5. a b ANDRADE, Gabriel Augusto de (1985). Nomes Populares das Aves do Brasil. Belo Horizonte: Editerra Editorial. p. 45. 258 páginas 
  6. a b c IUCN (2019). «Violet-capped Woodnymph: Thalurania glaucopis» (em inglês). IUCN Red List of Threatened Species. 1 páginas. Consultado em 19 de maio de 2019 
  7. GWYNNE, John A.; RIDGELY, Robert S.; TUDOR, Guy; ARGEL, Martha (2010). Aves do Brasil. Pantanal & Cerrado 1ª ed. São Paulo: Editora Horizonte. p. 150-151. 322 páginas 
  8. Porto, Ananda (2 de abril de 2018). «Beija-flor-de-fronte-violeta tem fama de "briguento" por defender território». Terra da Gente, G1. 1 páginas. Consultado em 19 de maio de 2019 
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