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Caso Marcos Kitano: diferenças entre revisões

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'''Caso Marcos Kitano''' ou '''caso Yoki''' se refere ao [[homicídio]] do empresário [[brasil]]eiro Marcos Kitano Matsunaga, que ocorreu em [[20 de maio]] de [[2012]], quando o então [[CEO]] da empresa alimentícia [[Yoki]] tinha 42 anos de idade. O crime foi cometido por sua esposa, Elize Kitano Matsunaga, quando tinha 38 anos, que confessou tê-lo assassinado com um tiro na cabeça de pistola .380 e esquartejado o seu corpo.<ref>{{citar web|url=http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/filha-do-casal-matsunaga-ficara-sob-a-guarda-da-tia-de-elize |título=Filha do casal Matsunaga ficará sob a guarda da tia de Elize |autor=Valmar Hupsel Filho |data=8 de junho de 2012 |publicado=Veja |acessodata=8 de junho de 2012}}</ref> A motivação do crime teria sido, segundo ela, a descoberta de uma relação extraconjugal de seu marido. Segundo Elize, somente ela teria sido responsável pelo crime, descartando a participação de outra pessoa. O caso está atualmente em julgamento, a mulher será indiciada por homicídio qualificado, previsto no Art. 121 do [[Código Penal (Brasil)|Código Penal brasileiro]].<ref>{{citar web|url=http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/viuva-confessa-ter-matado-e-esquartejado-executivo-da-yoki |título=Viúva confessa ter matado e esquartejado executivo da Yoki |autor=Valmar Hupsel Filho |data=6 de junho de 2012 |publicado=Veja |acessodata=8 de junho de 2012}}</ref>
'''Caso Marcos Kitano''' ou '''caso Yoki''' se refere ao [[homicídio]] do empresário [[brasil]]eiro Marcos Kitano Matsunaga, que ocorreu em [[20 de maio]] de [[2012]], quando o então [[CEO]] da empresa alimentícia [[Yoki]] tinha 42 anos de idade. O crime foi cometido por sua esposa, Elize Kitano Matsunaga, quando tinha 38 anos, que confessou tê-lo assassinado com um tiro na cabeça de pistola .380 e esquartejado o seu corpo.<ref>{{citar web|url=http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/filha-do-casal-matsunaga-ficara-sob-a-guarda-da-tia-de-elize |título=Filha do casal Matsunaga ficará sob a guarda da tia de Elize |autor=Valmar Hupsel Filho |data=8 de junho de 2012 |publicado=Veja |acessodata=8 de junho de 2012}}</ref>

'''Muito Relevante'''
Edição anterior desta página é afirmativa (inclusiva quadro ao lado, que não editamos) quanto a Elize ser a autora do homicídio e a única a levar a cabo o esquartejamento "extremamente preciso", conforme a polícia, de Marcos. Embora as fontes apontada pelo(s) editor(es) que me precedeu(ram) clame que Elize confessou, '''todas''' as informações acima, embora contidas na mídia brasileira, são '''fortemente duvidosas,''' tendo em vista que:
1. A narrativa que as mídas citadas acima apresenta omite dados publicados por tais mesmos veículos anteriormente (apenas dias antes). Além de omissões, os dados contidos nas primeiras reportagens sobre o caso colidem com a versão que passou a atribuir o crime à mulher do executivo.
Assim é que:
1.1 '''Quando, afinal, Marcos foi visto pela última vez?'''
O jornal O Estado de S.Paulo, do dia 05.06.2012, caderno Metrópole, diz que, segundo as investigações policiais até então, a '''última vez''' em que Marcos Kitano Matsunaga foi visto, com base em '''imagens de câmeras''', foi no '''dia 20, domingo, deixando''' o prédio onde residia. Esse dado, entre muitos outros que apontaremos mais adiante, foi simplesmente desconsiderado a partir do momento que o diretor do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), '''Jorge Carrasco''', assumiu para si a investigação do caso, que estava a cargo de outras seções da polícia (aparentemente delegacias).
'''Jorge Carrasco produz o monstro Elize em dois dias, irregularmente'''
Todas as fontes passíveis de consulta geral corroboram que Carrasco, num ritmo vertiginoso, produziu a versão de crime passional e, em '''dois''' dias - assistido por um alarido midiático extremado que chegou a apresentá-lo como herói e à frente de perícias no apartamento do casal vitimado adentrando a madrugada -, fez com que todo o país (Brasil) ficasse convencido do que esta página relatou antes dessa edição: Elize matou, esquartejou, desovou, fez tudo sozinha.
'''1.2 Jornal corre para mostrar a versão de Carrasco e se contradiz'''
A guinada na condução do caso foi tão brusca que o outro jornal principal, a Folha de S.Paulo, também no dia 05, em seu caderno Cotidiano, oferece duas informações totalmente conflitantes: no texto, a Folha ecoa o Estado de S.Paulo quanto à última vez em que Marcos foi visto (dia 20); em quadro cronológico, encontrado ao lado do texto, diz que em '''19''' de maio (e não 20) Marcos foi visto pela última vez, entrando no prédio de sua residência (em vez de deixando-o).
'''1.3 Corria em sigilo e policiais que faziam, ou fariam, a segurança de Marcos eram os suspeitos'''
Ainda mais digno de nota é o dado daquelas fontes, mesmo dia 05, que informam que nada havia sido divulgado desde dia 22.05, dia em que o desaparecimento de Marcos teria sido registrado na polícia por seu irmão, porque, segundo os próprios investigadores, os trabalhos estavam sob sigilo devido a policiais militares (PMs) estarem envolvidos, na condição de segurança pessoal de Marcos. A guinada que Carrasco, do DHPP, deu ao caso simplesmente resultou em se 'esquecer' essas investigações - o envolvimento dos PMs sequer voltou a ser mencionado naqueles jornais ou nas demais mídias.
1.4 "Processo de venda da Yoki se arrastava e era "conturbado"
Mais uma informação que acabaria relegada a 'irrelevante' pelo DHPP (Carrasco) foi a de que, segundo o Estado de S.Paulo, dia 05.06(Metrópole), a Yoki, desde o ano passado(2011), passava por processo de venda conturbado, e que o presidente e o vice-presidente se desentendiam. Ainda segundo essa fonte, as duas filhas do fundador '''não''' teriam interesse na administração, acrescentando que, em decorrência, o presidente da empresa era o pai de Marcos, e o vice-presidente, o marido da tia (irmã da mãe de Marcos).
Esses senhores, fique claro, não são herdeiros do fundador da Yoki (Yoshizo Kitano, falecido). As herdeiras são as filhas dele, mãe e tia de Marcos. Marcos, o único neto que foi apontado como executivo da Yoki (o irmão Mauro não é apresentado como tal), exercia o cargo de diretor na Yoki. Não há como negar que todos os altos executivos citados antes tinham participação acionária na Yoki. Com a venda, Mauro também teria direitos, como herdeiro. Todos os respectivos cônjuges, naturalmente, usufruíriam da venda da empresa.
'''1.5 Foi Marcos desaparecer (sem ser dado como morto ainda) e a Yoki ser vendida'''
Retomando, as investigações conduzidas antes da intervenção de Carrasco apontam que Marcos desapareceu dia 20.05; logo, em 24.05, a venda da Yoki para a gigantesca General Mills (dona, entre outras, da marca Hagen Daasz) foi concretizada. As partes do corpo, segundo as fontes já citadas, foram encontradas dia 27.
Apesar de essa sequência de fatos inevitavelmente chamar atenção, Veja (periódico citado na edição anterior desta página), na edição que foi para as bancas no dia 09, volume datado de 13.06, reporta que Marcos não tinha nenhuma influência na administração da Yoki e que, por isso, a asociação entre os acontecimentos deve ser desprezada.
Nessa matéria, de capa, Veja faz por ter exacerbada sua fama de tendenciosa; chega a relatar detalhes da crise conjugal que seus redatores não tiveram como obter, como estes: o marido não conversava; chegava em casa, fazia sexo, virava para o lado e dormia.
Elize não relatou isso aos autores dessa matéria, já que '''está isolada na prisão.''' Nem mesmo alguém da sua família a viu até hoje, conforme, entre outras, matéria no site noticias.r7.com "Elize invadiu email de Matsunaga para tentar enganar família, '''diz polícia'''", publicada ontem, 10.06.
'''As Irregularidades dos Procedimentos comandados por Jorge Carrasco'''
Diante das demais características '''irregulares do processo conduzido por Carrasco''', deve-se ressaltar o "diz polícia", no título acima. Tudo o que passou a valer como "solução do caso" foi pronunciado por Jorge Carrasco ou algum subordinado seu. Nada, demonstraremos, pode ser tomado como fidedigno.
Assim, embora haja diversas outras inconsistências na versão de Carrasco, que ele fez por prevalecer, o que acabamos de afirmar requer que as deixemos, por ora, de lado para apontarmos as irregulares dos procedimentos a cargo de Jorge Carrasco. Se essa afirmação faz todas as sobrancelhas se erguerem, tantas também foram as sobrancelhas que se levantaram diante da precipitada e - demonstraremos plenamente aqui - infundada condenação de Elize. Sim, ela já está condenada; vejamos por quê.
'''Objetivo, atingido, de Carrasco era tornar "desnecessárias" provas materiais'''
Equivocada foi também a edição desta página que deu a entender que ela, Elize, terá um julgamento em que se demonstrará tecnicamente a versão de Carrasco. Como apurou a Folha de S.Paulo, Elize será levada a júri popular, sendo que a "'autoria do crime está definida. O Júri vai discutir a motivação", afirma Podval", citação que extraímos da matéria "Clamor popular impede júri técnico, dizem especialistas", publicada na versão impressa daquela fonte em 07.06. Podval é o criminalista ouvido pelo jornal.
Jorge Carrasco atinge seu objetivo que produzir o "clamor popular" com o bombardeio midiático que começou no meio da tarde do dia 06, quando O Estado de S.Paulo versão online afirma que Elize confessou tudo exatamente conforme antecipado por Carrasco em suas "suposições" que, assim, ficam todas imediatamente confirmadas. Já no dia seguinte, 07, feriado religioso no Brasil, não encontramos ninguém que lançasse dúvidas sobre a validade da confissão, o que reflete a falta de qualidade da educação no Brasil. As pessoas do povo que abordamos a respeito do caso, firmemente tomaram o anúncio de que Elize confessara como inquestionavelmente a verdade. A autoria estava definida; nada mais de técnico seria cobrado de Carrasco, porque, conforme já demonstramos, o caso atingira a repercussão que torna o questionamento da autoria 'insuportável' pelo povo.

'''Ponto por ponto, como Carrasco construiu a primeira esquartejadora - e livrou os PMs'''
A edição anterior desta página prossegue, abaixo, aventando a motivação do crime. Cabe apresentar, antes disso, uma cronologia dos atos liberados por Carrasco, que culminaram na vergonhosa - porque infame, difamatória - "certeza nacional" sobre a autoria do crime.
Tudo o abaixo são informações extraídas das versões impressas de O Estado de S.Paulo, Folha de S.Paulo e O Globo, do dia 05 a 10. Repetimos, nada saiu antes do dia cinco.
A comparação de todas as matérias atinentes revelam contundentemente que o DHPP de Carrasco foi construindo, estabalhoadamente, a versão que hoje os jornais reportam como cabal. No que tange à autoria dos crimes, não se lê mais "diz a polícia", ou "diz Carrasco", mas "Elize matou, arrastou, esquartejou, limpou o sangue, ensacou, pôs em malas e desovou - tudo sozinha e em tempo inferior a média. E confessou". Não mais é lembrado que Elize, antes de ser presa por Carrasco, negou.
1. No primeiro dia em que o caso parou nos jornais (05.6), a polícia declara haver imagens gravadas mostrando que, no dia 20 (não dia 19), Marcos entrou em prédio em local não confirmado, sendo que Elize entrou pouco depois. Depois, ela saiu segurando sacos.
Tendo em vista a versão que prevaleceu, esse relato indica que a polícia, tantos dias depois do registro do desaparecimento (dia 22), cogita montar um crime passional. Com a cabeça localizada, bem como outras partes, no dia 27, foi reconhecida a identidade do esquartejado pela família (entenda-se, não por Elize).







A motivação do crime teria sido, segundo ela, a descoberta de uma relação extraconjugal de seu marido. Segundo Elize, somente ela teria sido responsável pelo crime, descartando a participação de outra pessoa. O caso está atualmente em julgamento, a mulher será indiciada por homicídio qualificado, previsto no Art. 121 do [[Código Penal (Brasil)|Código Penal brasileiro]].<ref>{{citar web|url=http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/viuva-confessa-ter-matado-e-esquartejado-executivo-da-yoki |título=Viúva confessa ter matado e esquartejado executivo da Yoki |autor=Valmar Hupsel Filho |data=6 de junho de 2012 |publicado=Veja |acessodata=8 de junho de 2012}}</ref>


== O crime ==
== O crime ==

Revisão das 19h57min de 11 de junho de 2012


Caso Marcos Kitano

O CEO da Yoki desce para buscar uma pizza às 19h00min, são as últimas imagens do empresário vivo
Local do crime São Paulo
Data 20 de maio de 2012
desconhecida, entre 19h00min (dia 19) e 5h00min (dia 20) (UTC -3)
Tipo de crime homicídio e ocultação de cadáver
Arma(s) Pistola .380
Vítimas Marcos Kitano Matsunaga
Réu(s) Elize Kitano Matsunaga

Caso Marcos Kitano ou caso Yoki se refere ao homicídio do empresário brasileiro Marcos Kitano Matsunaga, que ocorreu em 20 de maio de 2012, quando o então CEO da empresa alimentícia Yoki tinha 42 anos de idade. O crime foi cometido por sua esposa, Elize Kitano Matsunaga, quando tinha 38 anos, que confessou tê-lo assassinado com um tiro na cabeça de pistola .380 e esquartejado o seu corpo.[1]

Muito Relevante Edição anterior desta página é afirmativa (inclusiva quadro ao lado, que não editamos) quanto a Elize ser a autora do homicídio e a única a levar a cabo o esquartejamento "extremamente preciso", conforme a polícia, de Marcos. Embora as fontes apontada pelo(s) editor(es) que me precedeu(ram) clame que Elize confessou, todas as informações acima, embora contidas na mídia brasileira, são fortemente duvidosas, tendo em vista que: 1. A narrativa que as mídas citadas acima apresenta omite dados publicados por tais mesmos veículos anteriormente (apenas dias antes). Além de omissões, os dados contidos nas primeiras reportagens sobre o caso colidem com a versão que passou a atribuir o crime à mulher do executivo. Assim é que: 1.1 Quando, afinal, Marcos foi visto pela última vez? O jornal O Estado de S.Paulo, do dia 05.06.2012, caderno Metrópole, diz que, segundo as investigações policiais até então, a última vez em que Marcos Kitano Matsunaga foi visto, com base em imagens de câmeras, foi no dia 20, domingo, deixando o prédio onde residia. Esse dado, entre muitos outros que apontaremos mais adiante, foi simplesmente desconsiderado a partir do momento que o diretor do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Jorge Carrasco, assumiu para si a investigação do caso, que estava a cargo de outras seções da polícia (aparentemente delegacias). Jorge Carrasco produz o monstro Elize em dois dias, irregularmente Todas as fontes passíveis de consulta geral corroboram que Carrasco, num ritmo vertiginoso, produziu a versão de crime passional e, em dois dias - assistido por um alarido midiático extremado que chegou a apresentá-lo como herói e à frente de perícias no apartamento do casal vitimado adentrando a madrugada -, fez com que todo o país (Brasil) ficasse convencido do que esta página relatou antes dessa edição: Elize matou, esquartejou, desovou, fez tudo sozinha. 1.2 Jornal corre para mostrar a versão de Carrasco e se contradiz A guinada na condução do caso foi tão brusca que o outro jornal principal, a Folha de S.Paulo, também no dia 05, em seu caderno Cotidiano, oferece duas informações totalmente conflitantes: no texto, a Folha ecoa o Estado de S.Paulo quanto à última vez em que Marcos foi visto (dia 20); em quadro cronológico, encontrado ao lado do texto, diz que em 19 de maio (e não 20) Marcos foi visto pela última vez, entrando no prédio de sua residência (em vez de deixando-o). 1.3 Corria em sigilo e policiais que faziam, ou fariam, a segurança de Marcos eram os suspeitos Ainda mais digno de nota é o dado daquelas fontes, mesmo dia 05, que informam que nada havia sido divulgado desde dia 22.05, dia em que o desaparecimento de Marcos teria sido registrado na polícia por seu irmão, porque, segundo os próprios investigadores, os trabalhos estavam sob sigilo devido a policiais militares (PMs) estarem envolvidos, na condição de segurança pessoal de Marcos. A guinada que Carrasco, do DHPP, deu ao caso simplesmente resultou em se 'esquecer' essas investigações - o envolvimento dos PMs sequer voltou a ser mencionado naqueles jornais ou nas demais mídias. 1.4 "Processo de venda da Yoki se arrastava e era "conturbado" Mais uma informação que acabaria relegada a 'irrelevante' pelo DHPP (Carrasco) foi a de que, segundo o Estado de S.Paulo, dia 05.06(Metrópole), a Yoki, desde o ano passado(2011), passava por processo de venda conturbado, e que o presidente e o vice-presidente se desentendiam. Ainda segundo essa fonte, as duas filhas do fundador não teriam interesse na administração, acrescentando que, em decorrência, o presidente da empresa era o pai de Marcos, e o vice-presidente, o marido da tia (irmã da mãe de Marcos). Esses senhores, fique claro, não são herdeiros do fundador da Yoki (Yoshizo Kitano, falecido). As herdeiras são as filhas dele, mãe e tia de Marcos. Marcos, o único neto que foi apontado como executivo da Yoki (o irmão Mauro não é apresentado como tal), exercia o cargo de diretor na Yoki. Não há como negar que todos os altos executivos citados antes tinham participação acionária na Yoki. Com a venda, Mauro também teria direitos, como herdeiro. Todos os respectivos cônjuges, naturalmente, usufruíriam da venda da empresa. 1.5 Foi Marcos desaparecer (sem ser dado como morto ainda) e a Yoki ser vendida Retomando, as investigações conduzidas antes da intervenção de Carrasco apontam que Marcos desapareceu dia 20.05; logo, em 24.05, a venda da Yoki para a gigantesca General Mills (dona, entre outras, da marca Hagen Daasz) foi concretizada. As partes do corpo, segundo as fontes já citadas, foram encontradas dia 27. Apesar de essa sequência de fatos inevitavelmente chamar atenção, Veja (periódico citado na edição anterior desta página), na edição que foi para as bancas no dia 09, volume datado de 13.06, reporta que Marcos não tinha nenhuma influência na administração da Yoki e que, por isso, a asociação entre os acontecimentos deve ser desprezada. Nessa matéria, de capa, Veja faz por ter exacerbada sua fama de tendenciosa; chega a relatar detalhes da crise conjugal que seus redatores não tiveram como obter, como estes: o marido não conversava; chegava em casa, fazia sexo, virava para o lado e dormia. Elize não relatou isso aos autores dessa matéria, já que está isolada na prisão. Nem mesmo alguém da sua família a viu até hoje, conforme, entre outras, matéria no site noticias.r7.com "Elize invadiu email de Matsunaga para tentar enganar família, diz polícia", publicada ontem, 10.06. As Irregularidades dos Procedimentos comandados por Jorge Carrasco Diante das demais características irregulares do processo conduzido por Carrasco, deve-se ressaltar o "diz polícia", no título acima. Tudo o que passou a valer como "solução do caso" foi pronunciado por Jorge Carrasco ou algum subordinado seu. Nada, demonstraremos, pode ser tomado como fidedigno. Assim, embora haja diversas outras inconsistências na versão de Carrasco, que ele fez por prevalecer, o que acabamos de afirmar requer que as deixemos, por ora, de lado para apontarmos as irregulares dos procedimentos a cargo de Jorge Carrasco. Se essa afirmação faz todas as sobrancelhas se erguerem, tantas também foram as sobrancelhas que se levantaram diante da precipitada e - demonstraremos plenamente aqui - infundada condenação de Elize. Sim, ela já está condenada; vejamos por quê. Objetivo, atingido, de Carrasco era tornar "desnecessárias" provas materiais Equivocada foi também a edição desta página que deu a entender que ela, Elize, terá um julgamento em que se demonstrará tecnicamente a versão de Carrasco. Como apurou a Folha de S.Paulo, Elize será levada a júri popular, sendo que a "'autoria do crime está definida. O Júri vai discutir a motivação", afirma Podval", citação que extraímos da matéria "Clamor popular impede júri técnico, dizem especialistas", publicada na versão impressa daquela fonte em 07.06. Podval é o criminalista ouvido pelo jornal. Jorge Carrasco atinge seu objetivo que produzir o "clamor popular" com o bombardeio midiático que começou no meio da tarde do dia 06, quando O Estado de S.Paulo versão online afirma que Elize confessou tudo exatamente conforme antecipado por Carrasco em suas "suposições" que, assim, ficam todas imediatamente confirmadas. Já no dia seguinte, 07, feriado religioso no Brasil, não encontramos ninguém que lançasse dúvidas sobre a validade da confissão, o que reflete a falta de qualidade da educação no Brasil. As pessoas do povo que abordamos a respeito do caso, firmemente tomaram o anúncio de que Elize confessara como inquestionavelmente a verdade. A autoria estava definida; nada mais de técnico seria cobrado de Carrasco, porque, conforme já demonstramos, o caso atingira a repercussão que torna o questionamento da autoria 'insuportável' pelo povo.

Ponto por ponto, como Carrasco construiu a primeira esquartejadora - e livrou os PMs A edição anterior desta página prossegue, abaixo, aventando a motivação do crime. Cabe apresentar, antes disso, uma cronologia dos atos liberados por Carrasco, que culminaram na vergonhosa - porque infame, difamatória - "certeza nacional" sobre a autoria do crime. Tudo o abaixo são informações extraídas das versões impressas de O Estado de S.Paulo, Folha de S.Paulo e O Globo, do dia 05 a 10. Repetimos, nada saiu antes do dia cinco. A comparação de todas as matérias atinentes revelam contundentemente que o DHPP de Carrasco foi construindo, estabalhoadamente, a versão que hoje os jornais reportam como cabal. No que tange à autoria dos crimes, não se lê mais "diz a polícia", ou "diz Carrasco", mas "Elize matou, arrastou, esquartejou, limpou o sangue, ensacou, pôs em malas e desovou - tudo sozinha e em tempo inferior a média. E confessou". Não mais é lembrado que Elize, antes de ser presa por Carrasco, negou. 1. No primeiro dia em que o caso parou nos jornais (05.6), a polícia declara haver imagens gravadas mostrando que, no dia 20 (não dia 19), Marcos entrou em prédio em local não confirmado, sendo que Elize entrou pouco depois. Depois, ela saiu segurando sacos. Tendo em vista a versão que prevaleceu, esse relato indica que a polícia, tantos dias depois do registro do desaparecimento (dia 22), cogita montar um crime passional. Com a cabeça localizada, bem como outras partes, no dia 27, foi reconhecida a identidade do esquartejado pela família (entenda-se, não por Elize).




A motivação do crime teria sido, segundo ela, a descoberta de uma relação extraconjugal de seu marido. Segundo Elize, somente ela teria sido responsável pelo crime, descartando a participação de outra pessoa. O caso está atualmente em julgamento, a mulher será indiciada por homicídio qualificado, previsto no Art. 121 do Código Penal brasileiro.[2]

O crime

Elize sai sozinha do prédio, às 11h32min, levando três mochilas, nelas está o corpo de Marcos Kitano

Após prestar depoimento de aproximadamente oito horas de Elize, a polícia especializada em homicídios fez a reconstituição do crime no dia 6 de junho de 2012. Elize foi levada até o edifício em que o crime ocorreu e onde ela morava com a filha e o marido, onde auxiliou os periotos a refazer as ações que tivera na noite de 20 de maio. As imagens de câmeras de segurança existentes no edifício ajudaram a polícia a desvendar o crime. O casal chegou ao prédio no sábado dia 19 às 18h30min acompanhado da filha do casal, então com um ano de idade, e da babá. A babá é dispensada instantes depois. Uma hora depois, por volta das 19h30min, o CEO da Yoki desce até o térreo para busca uma pizza, ele aparece nas imagens falando ao celular. Segundo a polícia, Marcos Kitano estava falando com o seu pai. Essas são as últimas imagens do empresário vivo. No outro dia, domingo 20, às 5h00min, outra babá chega ao prédio. Elize desce por volta das 11h30min levando três mochilas, segundo Eliza, ali estaria o corpo do marido esquartejado. A mulher do executivo volta cerca de 12 horas depois, dessa vez, sem as mochilas.[3][4] Análises no apartamente mostraram que Marcos Kitano foi morto com um tiro na cabeça de uma pistola .380 e que seu corpo foi arrastado, dentro do apartamento, po 15 metros. Trinta armas foram apreendidas no apartamento, segundo Elize, a utilizada no crime fora dada como presente a ela pelo marido. Ela o esquartejou utilizando uma faca de 30cm no quarto da empregada cerca de 12 horas depois do homicídio, o que explica a falta de sangue.

Durante o trajeto para abandonar o corpo, a mulher foi parada pela Polícia Rodoviária Federal por estar com a documentação irregular. O corpo de Marcos se encontrava dentro das mochilas, que estavam no porta-malas do carro e não foram revistadas pelos agentes. Elize se encontrava na região de Capão Bonito, São Paulo, quando foi multada, ela seguia em direção ao Paraná, porém, mudou de trajetória voltando em direção a São Paulo.[5] O corpo de Kitano foi encontrado dentro de sacos plásticos em Cotia, na Grande São Paulo. Com informações da operadora de celular de Elize, foi possível saber que ela esteve no mesmo lugar horas antes, fazendo um percurso de 40km para abandonar o corpo.[4]

Filha do casal

Quando do ocorrido, a filha do casal Matsunaga tinha um ano de idade. Provisoriamente, a criança ficou sob a tutela da tia de Elize.[6] Segundo as duas famílias, uma disputa judicial pela guarda da filha, órfã de pai e com a mãe detida, está descartada. A família de Elize disse por meio de seu advogado, que não pretende pedir a guarda da criança. O representante da família do executivo, Matsunaga, também disse considerar desnecessária a disputa. Segundo as duas famílias, houve concordância de que a criança estaria bem assistida com a tia de Elize.[7]

Ver também

Referências

  1. Valmar Hupsel Filho (8 de junho de 2012). «Filha do casal Matsunaga ficará sob a guarda da tia de Elize». Veja. Consultado em 8 de junho de 2012 
  2. Valmar Hupsel Filho (6 de junho de 2012). «Viúva confessa ter matado e esquartejado executivo da Yoki». Veja. Consultado em 8 de junho de 2012 
  3. Valmar Hupsel Filho (7 de junho de 2012). «Câmeras de segurança desvendam episódio, diz Polícia». Veja. Consultado em 8 de junho de 2012 
  4. a b G1 (9 de junho de 2012). «Polícia vai pedir que Elize Matsunaga fique presa até o julgamento». G1. Consultado em 9 de junho de 2012 
  5. André Caramante (8 de junho de 2012). «Elize foi parada pela polícia quando transportava o corpo do marido». Folha de S. Paulo. Consultado em 9 de junho de 2012 
  6. Valmar Hupsel Filho (8 de junho de 2012). «Filha do casal Matsunaga ficará sob a guarda da tia de Elize». Veja. Consultado em 9 de junho de 2012 
  7. Thais Arbex (8 de junho de 2012). «Família de Elize não planeja pedir guarda da filha do casal». Veja. Consultado em 9 de junho de 2012 

Ligações externas