Cristóvão Colombo: diferenças entre revisões
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'''Cristóvão Colon''' ([[Cuba (Portugal)|Cuba]], [[Portugal]] embora que a maioria dos historiadores aceita como local de nascimento a cidade de [[Gênova]], [[Itália]]. No entanto algumas teorias dizem que Colon seria [[Portugal|português]], outras ainda dão-no como natural da Catalunha, da Galiza, da Córsega e de outros mais lugares.{{carece de fontes|data=Dezembro de 2008}}</ref>, c. [[1437]]/[[1448]] — [[Valladolid]], [[20 de Maio]] de [[1506]]) foi um [[navegador]] e [[explorador]] [[Portugal|português]], responsável por liderar a [[frota]] que alcançou a [[América]] em [[12 de Outubro]] de [[1492]], sob as ordens dos [[Reis Católicos]] de [[Espanha]]. Empreendeu a sua viagem através do [[Oceano Atlântico]] com o objectivo de atingir a [[Índia]], tendo na realidade descoberto as ilhas das [[Caraíbas]] ([[Antilhas]]) e, mais tarde, a costa do [[Golfo do México]] na [[América Central]]. |
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Embora existam graves controvérsias quanto à sua origem, a teoria mais aceite desde [[1892]] é a [[República de Gênova|genovesa]]<ref>[http://www.britannica.com/eb/article-25448/Christopher-Columbus Encyclopedia Britannica] (em inglês) - acesso a 12-02-2007</ref>, com base em certos testemunhos que assim o referem desde o final do [[século XV]]. |
Embora existam graves controvérsias quanto à sua origem, a teoria mais aceite desde [[1892]] é a [[República de Gênova|genovesa]]<ref>[http://www.britannica.com/eb/article-25448/Christopher-Columbus Encyclopedia Britannica] (em inglês) - acesso a 12-02-2007</ref>, com base em certos testemunhos que assim o referem desde o final do [[século XV]]. |
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No entanto, o primeiro testemunho sobre a sua origem foi nos dado por duas vezes em 1486 no livro de contas de Pedro Diaz de Toledo quando este se referia a |
No entanto, o primeiro testemunho sobre a sua origem foi nos dado por duas vezes em 1486 no livro de contas de Pedro Diaz de Toledo quando este se referia a Colon por "''El Portugues''". |
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Alguns autores referem-no também milanês, dado haver disputas fronteiriças entre os Estados de [[Milão]] e Génova à época de seu nascimento. |
Alguns autores referem-no também milanês, dado haver disputas fronteiriças entre os Estados de [[Milão]] e Génova à época de seu nascimento. |
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Actualmente, alguns autores levantam hipóteses tão distintas quanto ele ter nascido em [[Portugal]]<ref>Mais propriamente em [[Cuba (Portugal)|Cuba]], no [[Alentejo]], como sustentado por [[José Rodrigues dos Santos]] em "''[[O Codex 632]]''".</ref>, na [[Catalunha]], no [[País Basco]], na [[Galiza]], na [[Córsega]], na [[França]] e até mesmo na [[Grécia]], atribuindo-lhe, entre esses, alguns ainda, ascendência [[judeu|judaica]]. |
Actualmente, alguns autores levantam hipóteses tão distintas quanto ele ter nascido em [[Portugal]]<ref>Mais propriamente em [[Cuba (Portugal)|Cuba]], no [[Alentejo]], como sustentado por [[José Rodrigues dos Santos]] em "''[[O Codex 632]]''".</ref>, na [[Catalunha]], no [[País Basco]], na [[Galiza]], na [[Córsega]], na [[França]] e até mesmo na [[Grécia]], atribuindo-lhe, entre esses, alguns ainda, ascendência [[judeu|judaica]]. |
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Segundo a teoria mais aceite, |
Segundo a teoria mais aceite, Colon teria sido um tecelão de [[seda]] genovês, um homem simples da plebe<ref>[http://www.britannica.com/eb/article-9109621/Christopher-Columbus Encyclopedia Britannica. Christopher Columbus].</ref>. Apesar dessa origem simples, Colon teria bons conhecimentos de várias línguas (como o [[latim]] e o [[hebraico]]), de [[matemática]], de [[cosmografia]], de [[geometria]], além de conhecer todos os instrumentos de marinha e navegação, a ponto de ter sido considerado por alguns como o mais instruído homem do mar em toda a [[Espanha]]<ref>Entretanto, tendo falhado no objectivo a que se propôs, a abertura de um caminho marítimo pelo Ocidente até à [[Índia]], a sua reputação em [[Reino de Castela|Castela]] sofreu bastante, sendo desacreditado por esse facto, uma vez comprovado pelos seus contemporâneos.</ref>. |
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Alguns historiadores têm procurado demonstrar que o navegador mentia propositadamente a Castela para ajudar Portugal e que tinha a ajuda de [[Américo Vespúcio]] nessa missão<ref name ="Misterio">[http://www.colombo.bz/ O Mistério Colombo Revelado, Ésquilo: Lisboa, 2006.]</ref>. |
Alguns historiadores têm procurado demonstrar que o navegador mentia propositadamente a Castela para ajudar Portugal e que tinha a ajuda de [[Américo Vespúcio]] nessa missão<ref name ="Misterio">[http://www.colombo.bz/ O Mistério Colombo Revelado, Ésquilo: Lisboa, 2006.]</ref>. |
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== Casamento e descendência == |
== Casamento e descendência == |
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[[Ficheiro:Casa do colombo.JPG|thumb|A casa em que se pensa que Colon possa ter residido, na ilha do [[Porto Santo]], na [[Região Autónoma da Madeira|Madeira]].]] |
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Em [[1479]] |
Em [[1479]] Colon desposou [[Filipa Moniz]], residente no mosteiro feminino de Santos-o-Velho da [[Ordem de Santiago]]<ref>[http://www.colombo.bz/images/filipa2.jpg Pergaminho do Mosteiro de Santos o Velho, que atesta a presença de uma Filipa Moniz nesse convento]</ref> desde a morte do pai, [[Bartolomeu Perestrelo]], cavaleiro da casa do [[Infante D. Henrique]]<ref>''Livro das Ilhas'', p. 97v, guardado na [[Torre do Tombo]]</ref>, de ascendência presumivelmente italiana, de [[Placência]], e um dos povoadores e primeiro [[capitão do donatário]] da ilha do [[Porto Santo]]. |
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Da união nasceu um filho em [[c.]] [[1474]]-[[1480|80]], [[Diogo |
Da união nasceu um filho em [[c.]] [[1474]]-[[1480|80]], [[Diogo Colon]], nomeado pela Coroa Espanhola como 2º Almirante e Vice-rei das Índias. |
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A partir de [[1485]] |
A partir de [[1485]] Colon reside em [[Castela]]. Chegando a [[Córdova (Espanha)|Córdova]] com a corte, teve um caso amoroso, no Inverno de 1487-1488 com uma moça humilde por nome [[Beatriz Enríquez]] da qual nasceu, a [[15 de agosto]] de [[1488]], [[Fernando Colombo]]. A esta moça deixa Colon, no seu testamento, a renda anual de 10.000 [[maravedi]]s, presumivelmente como compensação pelos danos causados à sua honra <ref>[http://www.cervantesvirtual.com/servlet/SirveObras/hist/08145030989769506317857/p0000001.htm#I_0_ "Datos nuevos referentes a Beatriz Enríquez de Arana y los Aranas de Córdoba...", por Rafael Ramírez de Arellano, na Biblioteca Virtual Miguel Cervantes (2006) {{es}}</ref>. |
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== O projecto de |
== O projecto de Colon == |
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[[Portugal]], à época, buscava uma passagem marítima para o Oriente, que lhe permitisse comerciar directamente com a [[Índia]], de onde eram redistribuídas as [[especiarias]] oriundas das [[ilhas Molucas]], a par de outros produtos de luxo. Via nesse projeto uma resposta [[cristianismo|cristã]] à hegemonia turco-egípcia, [[islão|muçulmana]], sobre a rota terrestre abastecedora da [[Europa]], particularmente das cidades de [[Gênova]] e de [[Veneza]]. |
[[Portugal]], à época, buscava uma passagem marítima para o Oriente, que lhe permitisse comerciar directamente com a [[Índia]], de onde eram redistribuídas as [[especiarias]] oriundas das [[ilhas Molucas]], a par de outros produtos de luxo. Via nesse projeto uma resposta [[cristianismo|cristã]] à hegemonia turco-egípcia, [[islão|muçulmana]], sobre a rota terrestre abastecedora da [[Europa]], particularmente das cidades de [[Gênova]] e de [[Veneza]]. |
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[[Ficheiro:Christopher Columbus Face.jpg|thumb|<center>Provável retrato de Colon em pormenor de "Virgen de los Navegantes" pintado por [[Alejo Fernández]] entre 1500 e 1536, atualmente na "Sala de los Almirantes", no [[Reales Alcázares de Sevilla]]<br />(foto por [[Manuel da Silva Rosa]])</center>]] |
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Como alternativa a esse projeto, Colon concebeu atingir as Índias navegando para o Ocidente, contornando o planeta. As suas ideias básicas eram: |
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Durante a sua estadia em Portugal, |
Durante a sua estadia em Portugal, Colon correspondeu-se com [[Paolo del Pozzo Toscanelli]]. Nessa correspondência passou intencionalmente a Toscanelli uma estimativa (incorreta) de que a distância era mais curta que a aceite pela Junta de Matemática de [[João II de Portugal|D. João II]]. Este órgão aceitava a afirmação de [[Ptolomeu]] de que a massa de terras (a [[Eurásia]] e a [[África]]) ocupava 180 graus da esfera terrestre, com 180 graus de mar. De facto só ocupa cerca de 120 graus. Colon teria usado os cálculos de [[Pierre d'Ailly]], acreditando que a massa ocupada por terras era de 225 graus, deixando 135 graus de mar e atribuindo um comprimento menor ao grau de [[longitude]] terrestre; estes factos, em conjunto com o globo de [[Martin Behaim]], teriam tido a virtude de convencer os castelhanos, no Concelho de Salamanca onde apresentou o seu projeto a um grupo de religiosos e leigos, a patrocinar a sua expedição. A circunferência verdadeira da [[Terra]] é de aproximadamente quarenta mil [[quilómetros]]. Colon teria afirmado que era de trinta mil e seiscentos quilómetros, estimando assim que a distância ao [[Japão]] era de cerca de quatro mil quatrocentos e quarenta e quatro quilómetros. |
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Colon conseguiu finalmente fazer aprovar o projecto da sua viagem junto dos [[Reis Católicos]], após a conquista de [[Granada]], com a ajuda do confessor da rainha [[Isabel de Castela]]. Os termos da sua contratação tornavam-no [[almirante]] dos mares da Índia a descobrir e governador e vice-rei das terras do Oriente a que se propunha chegar, em competição com os portugueses que exploravam a [[Rota do Cabo]]. |
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== As quatro viagens ao Novo Mundo == |
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[[Ficheiro:Christopher Columbus4.jpg|thumb|Ilustração do desembarque de Colombo em [[São Salvador (Bahamas)|São Salvador]] nas [[Bahamas]].]] |
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Colon partiu em sua primeira viagem de [[Palos de la Frontera]] ([[Huelva (província)|Huelva]], [[Espanha]]), em [[3 de agosto]] de [[1492]], com três pequenas embarcações: a [[nau]] [[Santa Maria (nau)|Santa Maria]] e as [[caravela]]s [[Niña]] e [[Pinta (caravela)|Pinta]]. Tocou na [[Grã-Canária]] e rumou para Sudoeste; três meses depois chegou a um ilhéu das [[Bahamas]] a que deu o nome de [[São Salvador (Bahamas)|São Salvador]]. Continuando a navegar costeou [[Cuba]] (segundo os próprios cubanos <ref>[http://www.cubanow.net/global/loader.php?&secc=5&item=1405&cont=show.php]</ref> o nome é derivado da palavra [[Taíno]], "''cubanacán''", significando "um lugar central") e chegou ao [[Haiti]] a que deu o nome de [[Hispaniola]]. Convencido de ter chegado à [[Índia]] deixou lá uma pequena colônia e regressou à [[Europa]]. |
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Colon sempre atribuiu as suas viagens ao desejo de converter novos povos ao [[Cristianismo]], uma crença que se intensificou com a idade. Reivindicou ouvir vozes divinas, e procurou que se organizasse uma nova [[cruzada]] para capturar [[Jerusalém]]. Usava as vestes de franciscano, e descreveu as suas explorações ao "[[paraíso]]" como parte do plano divino de que resultaria o [[último julgamento]] e o fim do mundo. |
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Por outro lado, exigiu da Coroa castelhana dez por cento de todos os lucros nas terras novas de que viesse a tomar posse, conforme o acordo antecedente com os Reis Católicos. Como |
Por outro lado, exigiu da Coroa castelhana dez por cento de todos os lucros nas terras novas de que viesse a tomar posse, conforme o acordo antecedente com os Reis Católicos. Como Colon já não governava "as Índias", o novo monarca rejeitou estas pretensões. Os seus filhos processaram a Coroa castelhana para obter parte dos lucros do comércio com a América, mas perderam a causa cinqüenta anos mais tarde. |
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Razoavelmente rico devido ao [[ouro]] que os seus homens tinham acumulado em [[Hispaniola]] e particularmente honrado pelos seus filhos, |
Razoavelmente rico devido ao [[ouro]] que os seus homens tinham acumulado em [[Hispaniola]] e particularmente honrado pelos seus filhos, Colon faleceu em [[Valladolid]] a [[20 de Maio]] de [[1506]]. |
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[[Andres Bernaldez]], cronista dos Reis Católicos, amigo íntimo e confidente de Colon, atribui-lhe a idade de 70 anos à época do seu falecimento. Teria, assim, nascido em [[1436]]-[[1437]]. |
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== Restos mortais == |
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== Armas originais == |
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Muita controvérsia tem sido levantada em torno das [[armas]] originais que Colon teria usado antes de Junho de [[1493]]. O historiador [[Manuel da Silva Rosa]] pretende ter resolvido este enigma em [[2006]], ao encontrar uma [[Provisão Real]] com a assinatura dos [[Reis Católicos]]<ref name="Misterio" />. |
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=== Defensores da tese sobre a origem portuguesa da naturalidade de Cristóvão |
=== Defensores da tese sobre a origem portuguesa da naturalidade de Cristóvão Colon === |
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* [http://www.dightonrock.com/colombo_era_100.htm Colombo era 100% português!] (hipótese de Cristóvão Colombo ser português) |
* [http://www.dightonrock.com/colombo_era_100.htm Colombo era 100% português!] (hipótese de Cristóvão Colombo ser português) |
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* [http://amigosdacuba.no.sapo.pt/paginas/cubaframes.htm Amigos da Cuba] (hipótese de Cristóvão Colombo ser natural de [[Cuba (Portugal)|Cuba]], Alentejo, Portugal) |
* [http://amigosdacuba.no.sapo.pt/paginas/cubaframes.htm Amigos da Cuba] (hipótese de Cristóvão Colombo ser natural de [[Cuba (Portugal)|Cuba]], Alentejo, Portugal) |
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* [http://colombo.do.sapo.pt "Colombo era (mesmo) Português? Investigação sobre a hipótese de Cristóvão Colombo ser português, as suas relações com Portugal, Espanha e Itália"] |
* [http://colombo.do.sapo.pt "Colombo era (mesmo) Português? Investigação sobre a hipótese de Cristóvão Colombo ser português, as suas relações com Portugal, Espanha e Itália"] |
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=== Críticas a teses sobre as origens de Cristóvão |
=== Críticas a teses sobre as origens de Cristóvão Colon === |
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*"Proyecto Colón". Declarações de: Consuelo Varela, Marcial Castro, José A. Lorente, Miguel Botella e Gabriel Delgado (YouTube - ADN COLON)[http://www.proyectoadncolon.com/] |
*"Proyecto Colón". Declarações de: Consuelo Varela, Marcial Castro, José A. Lorente, Miguel Botella e Gabriel Delgado (YouTube - ADN COLON)[http://www.proyectoadncolon.com/] |
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*[http://ph-colombina.blogspot.com/ Pseudo-História Colombina] |
*[http://ph-colombina.blogspot.com/ Pseudo-História Colombina] |
Revisão das 23h22min de 4 de setembro de 2009
Cristóvão Colon (Cuba, Portugal embora que a maioria dos historiadores aceita como local de nascimento a cidade de Gênova, Itália. No entanto algumas teorias dizem que Colon seria português, outras ainda dão-no como natural da Catalunha, da Galiza, da Córsega e de outros mais lugares.[carece de fontes]</ref>, c. 1437/1448 — Valladolid, 20 de Maio de 1506) foi um navegador e explorador português, responsável por liderar a frota que alcançou a América em 12 de Outubro de 1492, sob as ordens dos Reis Católicos de Espanha. Empreendeu a sua viagem através do Oceano Atlântico com o objectivo de atingir a Índia, tendo na realidade descoberto as ilhas das Caraíbas (Antilhas) e, mais tarde, a costa do Golfo do México na América Central.
Origem e controvérsias
português | Cristóvão Colon |
---|---|
alemão | Christoph Kolumbus |
castelhano | Cristóbal Colón |
francês | Christophe Colomb |
galego | Cristovo Colón |
inglês | Christopher Columbus |
italiano | Cristoforo Colombo |
latim | Christoforus Colon |
romeno | Cristofor Columb |
Embora existam graves controvérsias quanto à sua origem, a teoria mais aceite desde 1892 é a genovesa[1], com base em certos testemunhos que assim o referem desde o final do século XV.
No entanto, o primeiro testemunho sobre a sua origem foi nos dado por duas vezes em 1486 no livro de contas de Pedro Diaz de Toledo quando este se referia a Colon por "El Portugues". Alguns autores referem-no também milanês, dado haver disputas fronteiriças entre os Estados de Milão e Génova à época de seu nascimento.
Actualmente, alguns autores levantam hipóteses tão distintas quanto ele ter nascido em Portugal[2], na Catalunha, no País Basco, na Galiza, na Córsega, na França e até mesmo na Grécia, atribuindo-lhe, entre esses, alguns ainda, ascendência judaica.
Segundo a teoria mais aceite, Colon teria sido um tecelão de seda genovês, um homem simples da plebe[3]. Apesar dessa origem simples, Colon teria bons conhecimentos de várias línguas (como o latim e o hebraico), de matemática, de cosmografia, de geometria, além de conhecer todos os instrumentos de marinha e navegação, a ponto de ter sido considerado por alguns como o mais instruído homem do mar em toda a Espanha[4].
Alguns historiadores têm procurado demonstrar que o navegador mentia propositadamente a Castela para ajudar Portugal e que tinha a ajuda de Américo Vespúcio nessa missão[5].
Casamento e descendência
Em 1479 Colon desposou Filipa Moniz, residente no mosteiro feminino de Santos-o-Velho da Ordem de Santiago[6] desde a morte do pai, Bartolomeu Perestrelo, cavaleiro da casa do Infante D. Henrique[7], de ascendência presumivelmente italiana, de Placência, e um dos povoadores e primeiro capitão do donatário da ilha do Porto Santo.
Da união nasceu um filho em c. 1474-80, Diogo Colon, nomeado pela Coroa Espanhola como 2º Almirante e Vice-rei das Índias.
A partir de 1485 Colon reside em Castela. Chegando a Córdova com a corte, teve um caso amoroso, no Inverno de 1487-1488 com uma moça humilde por nome Beatriz Enríquez da qual nasceu, a 15 de agosto de 1488, Fernando Colombo. A esta moça deixa Colon, no seu testamento, a renda anual de 10.000 maravedis, presumivelmente como compensação pelos danos causados à sua honra [8].
O projecto de Colon
Portugal, à época, buscava uma passagem marítima para o Oriente, que lhe permitisse comerciar directamente com a Índia, de onde eram redistribuídas as especiarias oriundas das ilhas Molucas, a par de outros produtos de luxo. Via nesse projeto uma resposta cristã à hegemonia turco-egípcia, muçulmana, sobre a rota terrestre abastecedora da Europa, particularmente das cidades de Gênova e de Veneza.
Como alternativa a esse projeto, Colon concebeu atingir as Índias navegando para o Ocidente, contornando o planeta. As suas ideias básicas eram:
- a esfericidade da Terra; e que
- os mares eram formados por uma única massa.
Durante a sua estadia em Portugal, Colon correspondeu-se com Paolo del Pozzo Toscanelli. Nessa correspondência passou intencionalmente a Toscanelli uma estimativa (incorreta) de que a distância era mais curta que a aceite pela Junta de Matemática de D. João II. Este órgão aceitava a afirmação de Ptolomeu de que a massa de terras (a Eurásia e a África) ocupava 180 graus da esfera terrestre, com 180 graus de mar. De facto só ocupa cerca de 120 graus. Colon teria usado os cálculos de Pierre d'Ailly, acreditando que a massa ocupada por terras era de 225 graus, deixando 135 graus de mar e atribuindo um comprimento menor ao grau de longitude terrestre; estes factos, em conjunto com o globo de Martin Behaim, teriam tido a virtude de convencer os castelhanos, no Concelho de Salamanca onde apresentou o seu projeto a um grupo de religiosos e leigos, a patrocinar a sua expedição. A circunferência verdadeira da Terra é de aproximadamente quarenta mil quilómetros. Colon teria afirmado que era de trinta mil e seiscentos quilómetros, estimando assim que a distância ao Japão era de cerca de quatro mil quatrocentos e quarenta e quatro quilómetros.
Colon conseguiu finalmente fazer aprovar o projecto da sua viagem junto dos Reis Católicos, após a conquista de Granada, com a ajuda do confessor da rainha Isabel de Castela. Os termos da sua contratação tornavam-no almirante dos mares da Índia a descobrir e governador e vice-rei das terras do Oriente a que se propunha chegar, em competição com os portugueses que exploravam a Rota do Cabo.
As quatro viagens ao Novo Mundo
Colon partiu em sua primeira viagem de Palos de la Frontera (Huelva, Espanha), em 3 de agosto de 1492, com três pequenas embarcações: a nau Santa Maria e as caravelas Niña e Pinta. Tocou na Grã-Canária e rumou para Sudoeste; três meses depois chegou a um ilhéu das Bahamas a que deu o nome de São Salvador. Continuando a navegar costeou Cuba (segundo os próprios cubanos [9] o nome é derivado da palavra Taíno, "cubanacán", significando "um lugar central") e chegou ao Haiti a que deu o nome de Hispaniola. Convencido de ter chegado à Índia deixou lá uma pequena colônia e regressou à Europa.
A sua segunda viagem iniciou-se em 1493, com três naus e catorze caravelas. Nela avistou as Antilhas e abordou a Martinica. Rumou depois para o norte e alcançou Porto Rico. Foi a Hispaniola onde a pequena colônia tinha sido arrasada pelos indígenas. Tendo ali deixado outro contingente de homens, navegou para o ocidente e chegou à Jamaica. Nessa viagem fundou Isabela, atual Santo Domingo, na República Dominicana, a primeira povoação européia no continente americano.
Para a terceira viagem, partiu em 1498, com seis naus, tendo chegado à ilha da Trindade depois de uma atribulada viagem. Rumando ao sul chegou a uma grande terra que pensou ser uma ilha, a que chamou de Gracia. Rumando ao norte chegou a São Domingos, cidade formada por Fr. Bartolomeu de las Casas. Ali entrou em conflito com o governador, vindo ele e o irmão a ser presos e enviados para Castela.
Na quarta viagem, saiu de Cádiz com quatro naus em 1502, propondo-se uma vez mais a chegar ao Oriente. Avistou a Jamaica e, depois de grande tempestade, chegou à Ilha de Pinos nas Honduras. Avistou depois as costas da Nicarágua, Costa Rica e Panamá. Devido ao péssimo estado das naus teve de regressar a Hispaniola, de onde voltou para Castela.
Os últimos anos de vida
Colon sempre atribuiu as suas viagens ao desejo de converter novos povos ao Cristianismo, uma crença que se intensificou com a idade. Reivindicou ouvir vozes divinas, e procurou que se organizasse uma nova cruzada para capturar Jerusalém. Usava as vestes de franciscano, e descreveu as suas explorações ao "paraíso" como parte do plano divino de que resultaria o último julgamento e o fim do mundo.
Por outro lado, exigiu da Coroa castelhana dez por cento de todos os lucros nas terras novas de que viesse a tomar posse, conforme o acordo antecedente com os Reis Católicos. Como Colon já não governava "as Índias", o novo monarca rejeitou estas pretensões. Os seus filhos processaram a Coroa castelhana para obter parte dos lucros do comércio com a América, mas perderam a causa cinqüenta anos mais tarde.
Razoavelmente rico devido ao ouro que os seus homens tinham acumulado em Hispaniola e particularmente honrado pelos seus filhos, Colon faleceu em Valladolid a 20 de Maio de 1506.
Andres Bernaldez, cronista dos Reis Católicos, amigo íntimo e confidente de Colon, atribui-lhe a idade de 70 anos à época do seu falecimento. Teria, assim, nascido em 1436-1437.
Restos mortais
Em 1509 os seus restos mortais foram transladados para a capela da ilha Cartuxa, em Sevilha.
Por desejo do seu filho, Diogo Colombo, as ossadas foram levadas para a Catedral de São Domingos, em 1542.
Em 1795 a ilha Hispaniola foi conquistada pela França, e parte dos seus restos mortais terão sido levados para Havana, em Cuba.
Em 1877, foi descoberta em São Domingos uma caixa de chumbo com a inscrição "Varón ilustre y distinguido Cristóbal Colón", contendo fragmentos de ossos. Estes restos permaneceram na Catedral de São Domingos até 1992, ano em que foram trasladados para o Farol a Colombo, um grande monumento construído pelo governo dominicano, para conservar os restos do Almirante, e onde também se supõe que repousam ainda alguns dos restos mortais de Colombo.
Em 1898, durante a Guerra Hispano-Americana, outra parte dos seus restos regressou a Sevilha.
Em 2004 foi aberto o túmulo de Sevilha onde foram encontrados duzentos gramas de ossos (cerca de 15% do total), que análises feitas por arqueólogos e cientistas do DNA mitocondrial apontam que os restos mortais pertencem ao ilustre navegador.
Já foi pedida autorização às autoridades da República Dominicana para analisar o túmulo de São Domingos, autorização que foi rejeitada até ao momento.
Obra
A documentação escrita deixada por Colombo encontra-se num castelhano aportuguesado, que se acredita tenha aprendido em Portugal, onde residiu durante muitos anos e onde casou. Não se lhe conhecem escritos anteriores à sua passagem para Castela. Conserva-se uma única carta para ele, do rei D. João II de Portugal, quando Colombo já vivia fora de Portugal.
Armas originais
Muita controvérsia tem sido levantada em torno das armas originais que Colon teria usado antes de Junho de 1493. O historiador Manuel da Silva Rosa pretende ter resolvido este enigma em 2006, ao encontrar uma Provisão Real com a assinatura dos Reis Católicos[5].
Notas
- ↑ Encyclopedia Britannica (em inglês) - acesso a 12-02-2007
- ↑ Mais propriamente em Cuba, no Alentejo, como sustentado por José Rodrigues dos Santos em "O Codex 632".
- ↑ Encyclopedia Britannica. Christopher Columbus.
- ↑ Entretanto, tendo falhado no objectivo a que se propôs, a abertura de um caminho marítimo pelo Ocidente até à Índia, a sua reputação em Castela sofreu bastante, sendo desacreditado por esse facto, uma vez comprovado pelos seus contemporâneos.
- ↑ a b O Mistério Colombo Revelado, Ésquilo: Lisboa, 2006.
- ↑ Pergaminho do Mosteiro de Santos o Velho, que atesta a presença de uma Filipa Moniz nesse convento
- ↑ Livro das Ilhas, p. 97v, guardado na Torre do Tombo
- ↑ [http://www.cervantesvirtual.com/servlet/SirveObras/hist/08145030989769506317857/p0000001.htm#I_0_ "Datos nuevos referentes a Beatriz Enríquez de Arana y los Aranas de Córdoba...", por Rafael Ramírez de Arellano, na Biblioteca Virtual Miguel Cervantes (2006) (em castelhano)
- ↑ [1]
- COLOMBO, Cristóvão. Diários da Descoberta da América: as quatro viagens e o testamento. Porto Alegre: L&PM, 1998. 200p. il. mapas. ISBN 85-254-0938-3
- MARQUES, Alfredo Pinheiro. Portugal e o Descobrimento Europeu da América: Cristóvão Colombo e os Portugueses. Lisboa: Imprensa Nacional - Casa da Moeda, 1992. 140p. il. mapas.
- ROSA, Manuel da Silva; STEELE, Eric James. O Mistério Colombo Revelado. Lisboa: Ésquilo Edições, 2006. 640p. il. fotos, mapas. ISBN 972-8605-86-2
Ver também
Ligações externas
Defensores da tese sobre a origem portuguesa da naturalidade de Cristóvão Colon
- Colombo era 100% português! (hipótese de Cristóvão Colombo ser português)
- Amigos da Cuba (hipótese de Cristóvão Colombo ser natural de Cuba, Alentejo, Portugal)
- Revista Militar (A Questão Cristóvão Colombo e a sua Actualidade para Portugal)
- Biografia Cristóvão Colombo MundoHistoria
- O Mistério Colombo Revelado: 15 anos de investigação científica rigorosa arrasam a versão da historiografia oficial. Colombo não era genovês, mas sim um espião português ao serviço de D. João II
- "Cristóvão Colombo era português" de Manuel Luciano da Silva
- "Colombo era (mesmo) Português? Investigação sobre a hipótese de Cristóvão Colombo ser português, as suas relações com Portugal, Espanha e Itália"
Críticas a teses sobre as origens de Cristóvão Colon
- "Proyecto Colón". Declarações de: Consuelo Varela, Marcial Castro, José A. Lorente, Miguel Botella e Gabriel Delgado (YouTube - ADN COLON)[2]
- Pseudo-História Colombina
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