Cronofilia

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Cronofilia é um termo que foi utilizado por John Money para descrever uma forma de parafilia em que um indivíduo experimenta atração sexual limitada a indivíduos de faixas etárias específicas.[1][2] O termo não foi amplamente adotado por sexólogos, que usam termos que se referem à faixa etária específica em questão.[3] Um precursor histórico discutível foi o conceito de "fetichismo de idade" de Richard von Krafft-Ebing.[4]

Categorias[editar | editar código-fonte]

Atração por menores de idade[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Minor-attracted person
  • Pedohebefilia refere-se a uma expansão e reclassificação de pedofilia e hebefilia em subgrupos, proposta durante o desenvolvimento do DSM-5.[5] Refere-se mais amplamente às atrações sexuais. De acordo com as revisões propostas, as pessoas disfuncionais como resultado disso seriam diagnosticadas com transtorno pedohebefílico. As pessoas seriam divididas em tipos com base na ideia de serem atraídas por um, outro ou ambos os subgrupos. A revisão proposta não foi ratificada para inclusão na versão final publicada do DSM-5.
    • Infantofilia (às vezes chamada de nepiofilia) é um subtipo de pedofilia que descreve uma preferência sexual por crianças menores de 5 anos (incluindo bebês e recém-nascidos).[6]
    • Pedofilia é um distúrbio psicológico no qual um adulto ou adolescente mais velho experimenta uma preferência sexual por crianças pré-púberes.[7][8] De acordo com a quinta edição do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5), a pedofilia é uma parafilia na qual uma pessoa tem impulsos sexuais intensos por crianças e experimenta impulsos sexuais recorrentes e fantasias sobre crianças. O transtorno pedofílico é ainda definido como um transtorno psicológico no qual uma pessoa atende aos critérios de pedofilia acima e também age de acordo com esses impulsos ou então experimenta sofrimento ou dificuldade interpessoal como consequência.[9][10] O diagnóstico pode ser feito de acordo com os critérios do DSM ou do ICD para pessoas com 16 anos ou mais.[11] Nem todos os pedófilos cometem abuso sexual infantil e nem todos os molestadores de crianças são pedófilos.[12]

Atração por adolescentes[editar | editar código-fonte]

Atração por maiores de idade[editar | editar código-fonte]

  • Teleiofilia (do grego téleios, "bem crescido") é a preferência sexual por adultos.[15] Cunhado por Ray Blanchard em 2000.[16] Às vezes tida como normofilia, embora nem todo teleiófilo seja normofílico.[17]
    • Mesofilia (derivado do grego "mesos", "intermediário) é atração por adultos de meia idade, geralmente entre 45 e 60 anos. Inventado por Michael Seto em 2016.[18]
  • Gerontofilia é preferência sexual ou fetiche por idosos.[19]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. Money, John (1986). Lovemaps: clinical concepts of sexual/erotic health and pathology, paraphilia, and gender transposition of childhood, adolescence, and maturity. [S.l.: s.n.] pp. 70, 260. ISBN 978-0-8290-1589-8 
  2. Money, John (1990). Gay, Straight, and In-Between: The Sexology of Erotic Orientation. [S.l.: s.n.] pp. 137, 183. ISBN 978-0-19-505407-1 
  3. Janssen, D.F. (2017). «John Money's 'Chronophilia': Untimely Sex between Philias and Phylisms». Sexual Offender Treatment. 12 (1). ISSN 1862-2941 
  4. Janssen, D.F. (2015). «"Chronophilia": Entries of Erotic Age Preference into Descriptive Psychopathology». Medical History. 59 (4): 575–598. ISSN 0025-7273. PMC 4595948Acessível livremente. PMID 26352305. doi:10.1017/mdh.2015.47 
  5. DSM-5 U 03 Arquivado em 2011-11-13 no Wayback Machine
  6. Greenberg DM, Bradford J, Curry S (1995). «Infantophilia--a new subcategory of pedophilia?: a preliminary study». Bull Am Acad Psychiatry Law. 23 (1): 63–71. PMID 7599373 .
  7. World Health Organization, International Statistical Classification of Diseases and Related Health Problems: ICD-10 Section F65.4: Pedophilia (online access via ICD-10 site map table of contents)
  8. Blanchard (s2cid=220359453), R.; Kolla, N. J.; Cantor, J. M.; Klassen, P. E.; Dickey, R.; Kuban, M. E.; Blak, T. (2007). «IQ, handedness, and pedophilia in adult male patients stratified by referral source». Sexual Abuse: A Journal of Research and Treatment. 19 (3): 285–309. PMID 17634757. doi:10.1177/107906320701900307 
  9. American Psychiatric Association, Highlights of Changes from DSM-IV-TR to DSM-5 Arquivado em 2013-10-19 no Wayback Machine Paraphilic disorders (page 18)
  10. American Psychiatric Association (Junho de 2000). Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders DSM-IV TR (Text Revision). 1. Arlington, VA, USA: American Psychiatric Publishing, Inc. p. 943. ISBN 978-0-89042-024-9. doi:10.1176/appi.books.9780890423349. Consultado em 14 de maio de 2010. Arquivado do original em 25 de outubro de 2011 
  11. «The ICD-10 Classification of Mental and Behavioral Disorders – Diagnostic criteria for research» (PDF)  (715 KB) (see F65.4, pp. 166–167)
  12. Fagan PJ, Wise TN, Schmidt CW, Berlin FS (Novembro de 2002). «Pedophilia». JAMA. 288 (19): 2458–65. PMID 12435259. doi:10.1001/jama.288.19.2458 
  13. Blanchard, R. Blanchard, R., Lykins, A. D., Wherrett, D., Kuban, M. E., Cantor, J. M., Blak, T., Dickey, R., & Klassen, P. E. (2008). Pedophilia, hebephilia, and the DSM–V. Archives of Sexual Behavior. doi:10.1007/s10508-008-9399-9.
  14. Glueck, B. C. Jr. (1955). Final report: Research project for the study and treatment of persons convicted of crimes involving sexual aberrations. June 1952 to June 1955. New York: New York State Department of Mental Hygiene.
  15. Blanchard, R. (s2cid=19755751); Barbaree, H. E.; Bogaert, A. F.; Dickey, R.; Klassen, P.; Kuban, M. E.; Zucker, KJ; et al. (2000). «Fraternal birth order and sexual orientation in pedophiles». Archives of Sexual Behavior. 29 (5): 463–478. PMID 10983250. doi:10.1023/A:1001943719964 
  16. Blanchard, R.; Barbaree, H. E. (2005). «The strength of sexual arousal as a function of the age of the sex offender: Comparisons among pedophiles, hebephiles, and teleiophiles». Sexual Abuse: A Journal of Research and Treatment. 17 (4 (s2cid=220355347)): 441–456. PMID 16341604. doi:10.1177/107906320501700407 
  17. Joyal, Christian C. (dezembro de 2015). «Defining "Normophilic" and "Paraphilic" Sexual Fantasies in a Population-Based Sample: On the Importance of Considering Subgroups». Sexual Medicine (4): 321–330. ISSN 2050-1161. PMC 4721032Acessível livremente. PMID 26797067. doi:10.1002/sm2.96. Consultado em 5 de abril de 2021 
  18. Seto,M (2016). «The Puzzle of Male Chronophilias». Archives of Sexual Behavior. 46 (1 (s2cid=1555795)): 3–22. PMID 27549306. doi:10.1007/s10508-016-0799-y 
  19. Kaul, A.; Duffy, S. (1991). «Gerontophilia: A case report». Medicine, Science and the Law. 31 (2 (s2cid=6455643)): 110–114. PMID 2062191. doi:10.1177/002580249103100204 
Ícone de esboço Este artigo sobre psicologia é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.