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* Alterações temporais, espaciais, visuais, táteis, gustativas, olfativas e auditivas.
* Alterações temporais, espaciais, visuais, táteis, gustativas, olfativas e auditivas.


bola
=== Farmacocinética ===
Os efeitos do LSD normalmente duram de oito a doze horas<ref name="tihkal">[[Alexander Shulgin|Shulgin, Alex]] and [[Ann Shulgin]]. [http://www.erowid.org/library/books_online/tihkal/tihkal26.shtml "LSD"], in ''[[TiHKAL]]'' (Berkeley: Transform Press, 1997). ISBN 0-963-00969-9.</ref> -- Já foi relatado que: "distúrbios intermitentes podem ocasionalmente persistir por diversos dias."<ref name="problem-child" /> Ao contrário dos registros anteriores e da crença comum, os efeitos do LSD não duram mais do que os níveis de concentração da droga no sangue. Aghajanian e Bing<ref>{{Citar periódico | autor = Aghajanian, George K. and Bing, Oscar H. L. | url = http://www.maps.org/w3pb/new/1964/1964_aghajanian_2224_1.pdf | titulo = Persistence of lysergic acid diethylamide in the plasma of human subjects | jornal = Clin. Pharmacol. Ther. | volume = 5 | ano = 1964 | paginas = 611–4 | id = PMID 14209776}}</ref> encontraram uma [[meia-vida de eliminação]] para o LSD de 175 minutos, ao passo que, mais recentemente, Papac e Foltz<ref>{{Citar periódico | autor = Papac DI, Foltz RL | titulo = Measurement of lysergic acid diethylamide (LSD) in human plasma by gas chromatography/negative ion chemical ionization mass spectrometry | jornal = J Anal Toxicol | ano = 1990 | paginas = 189-90 | volume = 14 | numero = 3 | id = PMID 2374410}}</ref>
disseram que 1&nbsp;µg/kg de LSD oral dado a um voluntário homem tinha uma meia vida de eliminação plasmática aparentemente de 5,1 horas, com um pico de concentração no plasma de 1,9&nbsp;ng/mL três horas após a dose ser tomada. Além disso, Aghajanian e Bing encontraram que as concentrações sanguíneas de LSD se relacionavam com as dificuldades dos voluntários em responder problemas aritméticos simples.

Estima-se que a indução de um estado extremamente alterado de consciência por meio do LSD seja similar (mas indubitavelmente mais forte) a uma hipnose potencializada ou a um sonho lúcido, causando impacto psicológico tão grande que mesmo após a substância ter sido completamente eliminada do corpo, leva-se horas para retornar a consciência a um nível de normalidade que o experimentador admita para si.
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Some reports indicate that although administration of [[chlorpromazine]] (Thorazine) or similar [[typical antipsychotic]] tranquilizers will not end an LSD trip, it will either lessen the intensity or immobilize and numb the patient, a side effect of the medication.<ref>{{Citar periódico | autor = Gilberti, F. and Gregoretti, L. L. | url = http://www.maps.org/w3pb/new/1955/1955_giberti_3993_1.pdf | titulo = Prime esperienze di antaonismo psicofarmacologico | jornal = Sistema Nervoso | volume = 4 | ano = 1955 | paginas = 301–309}}</ref> While it also may not end an LSD trip, the best chemical treatment for a "bad trip" is an [[anxiolytic]] agent such as [[diazepam]] (Valium) or another [[benzodiazepine]]. Some have suggested that administration of [[niacin]] (nicotinic acid, [[vitamin B3]]) could be useful to end the LSD user's experience of a "bad trip".<ref>{{Citar periódico | autor = Agnew N, and Hoffer A. L. | url = http://www.erowid.org/references/refs_view.php?A = ShowRefTopFrame&ID = 3983&DocPartID = 3561 | titulo = Nicotinic acid modified lysergic acid diethylamide psychosis | jornal = J. Ment. Sci. | volume = 101 | ano = 1955 | paginas = 12 | }}</ref> The nicotinic acid in [[niacin]] as opposed to [[nicotinamide]], will produce a full body heat rash, due to widening of peripheral blood vessels. The effect is somewhat akin to a [[poison ivy]] rash. Although it is not clear to what extent the effects of LSD are reduced by this intervention, the physical effect of an itchy skin rash may itself tend to distract the user from feelings of anxiety. Indeed, nicotinic acid was experienced as a stressor by all tested persons. The rash itself is temporary and disappears within a few hours. It is questionable if this method could be effective for people having serious adverse psychological reactions.

LSD affects a large number of the [[G protein coupled receptor|G protein coupled]] [[receptor (biochemistry)|receptors]], including all [[dopamine receptor]] subtypes, all [[Adrenergic receptor|adrenoreceptor]] subtypes as well as many others. LSD binds to most [[5-HT receptor|serotonin receptor]] subtypes except for 5-HT<sub>3</sub> and 5-HT<sub>4</sub>. However, most of these receptors are affected at too low affinity to be activated by the brain concentration of approximate 10–20&nbsp;nM.<ref name="nichols">{{Citar periódico | autor = Nichols, David E. | titulo = Hallucinogens | jornal = Pharmacology & Therapeutics | ano = 2004 | paginas = 131-81 | volume = 101 | numero = 2 | url = http://www.erowid.org/references/refs_view.php?A = ShowDoc1&ID = 6318 | id = PMID 14761703}}</ref> Recreational doses of LSD can affect 5-HT<sub>1A</sub>, [[5-HT2A receptor|5-HT<sub>2A</sub>]], 5-HT<sub>2C</sub>, 5-HT<sub>5A</sub>, 5-HT<sub>5B</sub>, and 5-HT<sub>6</sub> receptors. The hallucinogenic effects of LSD are attributed to its strong partial agonist effects at 5-HT<sub>2A</sub> receptors as specific 5-HT<sub>2A</sub> [[agonist]] drugs are hallucinogenic and largely 5-HT<sub>2A</sub> specific [[antagonist]]s block the hallucinogenic activity of LSD.<ref name="nichols" /> Exactly how this produces the drug's effects is unknown, but it is thought that it works by increasing [[glutamate]] release and hence excitation in the [[Cerebral cortex|cortex]], specifically in layers IV and V.<ref>BilZ0r. [http://www.erowid.org/psychoactives/pharmacology/pharmacology_article2.shtml "The Neuropharmacology of Hallucinogens: a technical overview"]. [[Erowid]], v3.1 (August 2005).</ref> In the later stages, LSD might act through [[DARPP-32]] - related pathways that are likely the same for multiple drugs including cocaine, amphetamine, nicotine, caffeine, PCP, ethanol and morphine.<ref>{{Citar periódico | autor = Svenningsson P. , Nairn A. C., Greengard P. | titulo = DARPP-32 Mediates the Actions of Multiple Drugs of Abuse. | jornal = AAPS Journal | ano = 2005 | volume = 07 | numero = 02 | paginas = E353-E360 | doi = 10.1208/aapsj070235 | url = http://www.aapsj.org/view.asp?art = aapsj070235}}</ref> A particularly compelling look at the actions of LSD was performed by Barry Jacobs recording from electrodes implanted into cat [[Raphe nuclei]].<ref>{{Citar periódico | autor = Jacobs B. L., Heym J., Rasmussen K. | titulo = Raphe neurons: firing rate correlates with size of drug response | jornal = European Journal of Pharmacology | ano = 1983 | volume = 90 | numero = 2-3 | paginas = 275-8 | id = PMID 6873185}}</ref> Behaviorally relevant doses of LSD result in a complete blockade of action potential activity in the dorsal raphe, effectively shutting off the principal endogenous source of serotonin to the telencephalon.
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=== Físicos ===
=== Físicos ===

Revisão das 18h09min de 14 de setembro de 2011

Estrutura química de LSD
Nome IUPAC (sistemática)
(6aR,9R)-N,N-Dietil-7-metil-4,6,6a,7,8,9-
hexahidroindolo-[4,3-fg]quinolina-9-carboxamida
Identificadores
CAS 50-37-3
ATC ?
PubChem 5761
Informação química
Fórmula molecular C20H25N3O 
Massa molar 323,43 g/mol
SMILES O=[C@@](N(CC)CC)[C@H]
1CN(C)[C@](C2=C1)([H])
CC3=CNC4=C3C2=CC=C4
Sinónimos LSD, LSD-25, lisérgido, dietilamida do ácido d-lisérgico
Dados físicos
Ponto de fusão 80 °C
Farmacocinética
Biodisponibilidade ?
Metabolismo hepático
Meia-vida 3 horas
Excreção renal
Considerações terapêuticas
Administração Oral, Intravenosa, Transdermal
DL50 ?

LSD é o acrônimo de Lysergsäurediethylamid, palavra alemã para a dietilamida do ácido lisérgico, que é uma das mais potentes substâncias alucinógenas conhecidas.

O LSD, ou mais precisamente LSD25, é um composto cristalino, que ocorre naturalmente como resultado das reações metabólicas do fungo Claviceps purpurea, relacionado especialmente com os alcalóides produzidos por esta cravagem. Foi sintetizado pela primeira vez em 1938 e, em 1943, o químico suíço Albert Hofmann, enquanto trabalhava na Sandoz, acidentalmente descobriu os seus efeitos, de que se tornou entusiasta até sua morte aos 102 anos. Causa alterações sensorias de variação inesgotável e imprevisível, um dado facilmente verificável em relatos da literatura médica de sua fase de testes iniciais adiante. Hoffman, também responsável por isolar diversos outros princípios ativos de medicamentos até hoje amplamente utilizados, sempre condenou o uso irresponsável e/ou ignorante dessa substância por indivíduos despreparados, que erroneamente crêem tratar-se de uma droga meramente prazerosa ou recreativa. Em seu livro LSD, My Problem Child, o químico explorou importantes questões sociais que levaram a droga à completa ilegalidade na maioria dos países, inclusive para pesquisas científicas e clínicas, conjecturando que talvez essa vetação não ocorresse tão bruscamente, caso pessoas predispostas a desordens psiquiátricas, entre as demais em que a droga pudesse desencadear efeitos adversos, não fossem facilmente expostas ao composto. Timothy Leary foi o grande disseminador do uso irrestrito e consequentemente descomedido da droga, por muitos também considerado o grande responsável pelo banimento da mesma.

A dietilamida do ácido lisérgico é sintetizada a partir da cravagem de um fungo do centeio (Claviceps purpurea). Extremamente diluída, apresenta-se comumente em barras, cápsulas, tiras de gelatina, líquidos, micropontos ou folhas de papel secante (como selos ou autocolantes), sendo que uma dose média é de 50 a 75 microgramas. Visto ser baixíssima a dose ativa, em microgramas, ou seja, frações milésimas de um miligrama, sua toxidade é irrisória; nem um potente veneno faz mal ao corpo nessa concentração microscópica - álcool e tabaco são, literalmente, milhares de vezes mais nocivos ao corpo em geral e ao cérebro em particular. Em contrapartida, caso a experiência individual não seja boa, os efeitos psicológicos durante e após o uso do LSD podem ser devastadores (pânico, desencadeamento de psicose, estresse pós traumatico, síndrome serotoninérgica entre outros). É consumido por via oral, absorção sub-lingual, injetada ou inalada. A substância age sobre os sistemas neurotransmissores serotononérgicos e dopaminérgicos. Ademais, inibe a atividade dos neurônios do rafe (importantes em nível visual e sensorial), no entanto há hiperatividade e alteração de todos os sentidos. Hoje é menos utilizada clinicamente, posto haver dificuldade em conseguir permissão dos governos, mas já foi extensivamente usada e pesquisada em décadas passadas. Há pesquisas quanto a sua administração em pacientes terminais de câncer em alguns países desenvolvidos - acredita-se que a substância pode ajudá-los a lidar com a idéia do óbito e também funcionar como potente analgésico. Aldous Huxley fez uso de LSD pouco antes de morrer, possuía câncer na língua.

A droga foi muito visada em pesquisas; psiquiatras e demais estudiosos do tema a testaram em si mesmos para melhor entender desordens severas por que pacientes eram acometidos, pois segundo teorias e dadas experiências era possível simular a esquizofrenia sob seu efeito, entre outras condições semelhantes. Após certa experimentação e maior divulgação na comunidade científica, tornou-se prática frequente seu uso clínico em sessões de psicoterapia, pois acreditava-se que o subconsciente tornava-se intensamente acessível por meio do LSD, ajudando o paciente a chegar a uma nova percepção acerca das questões que envolvem seu universo psico-afetivo. Stanislav Grof, psiquiatra tcheco, ganhou renome mundial com o pioneirismo desta prática nos Estados Unidos, mas teve de abandoná-la oficialmente e procurar alternativas após a ilegalidade do LSD.

Atribui-se imenso auxílio na descoberta da estrutura do DNA, que rendeu o prêmio nobel a Francis Crick, à mente brilhante do cientista sob o LSD. Similarmente ao modo como a molécula de benzeno foi descoberta no século XIX em um sonho por Friedrich August Kekule von Stradonitz, Crick visualizou a dupla hélice do DNA pela primeira vez, em meados do século XX, sob a influência essencialmente onírica do LSD, como consta em sua autobiografia. Outra mente inventiva famosa que considera a experiência com LSD como uma das mais importantes de sua vida é Steve Jobs, CEO e co-fundador da Apple Inc.

A dietilamida do ácido lisérgico atingiu o apogeu de sua popularidade na década de 1960, estando seu consumo constantemente associado ao movimento psicodélico, que abrange imenso número de artistas; estão entre nomes famosos Jim Morrison, Emerson Lake and Palmer, Pink Floyd, King Crimson, Jethro Tull, David Bowie, Tom Zé, Beatles etc. Seu uso associa-se também a um dos pensadores e artistas de grande peso do século XX, Aldous Huxley, este situado na produção cultural erudita, autor das famosas obras "As Portas da Percepção", "Admirável Mundo Novo" e "A Ilha". Especula-se que Salvador Dalí tenha feito uso da substância, visto ser bastante próximo ao vulgo "guru do LSD" Timothy Leary (apresentou-o à sua futura esposa, Nena Thurman, mãe da atriz Uma Thurman). Nos anos dourados, o LSD, em seu auge, também teve sua proibição.

Terminologia

O número 25 (LSD-25) representa a 25ª síntese da ergotamina que resultou no LSD. Antes do LSD, Albert Hofmann sintetizou outras 24 substâncias a partir da ergotamina, a fim de encontrar a que continha os efeitos de indução de parto e redução de sua hemorragia desejados na pesquisa realizada.

O LSD também é apelidado como ácido, doce, cones, microponto, gota, fiote, quadrado, papel,macrobiótico, kblos, porongos, bike, filete, selo, trips, allone, passaporte, audiovisual, farpa e berma quadrada ou quadriculada.

Recebe também alguns codenomes dos desenhos impressos nas cartelas dos selos (Blotter's) contendo: Estrela, Popeye, Mickey Mouse, Chapeleiro Maluco, Copas, Mestre Yoda, Shiva, Hofmann Cinquentenário, Bike 100 Anos, Bike 2000 , Bike 2008 , Bike 2009, Bike 2010 , Bunnys, Hofmann, Olho de Shiva , Alice , Gato Félix, Rolling Stones, Pato Donald, Fat Freddy Cat, California Sunshine, Panoramix 100, Panoramix 500, Panoramix 1000, Bart Simpson, Che Guevara, Daffy Duck, Hofmann 2000, Alex Grey, Black mushroom, Girassois, Beatles ou Yellow Submarine, Fredy Cat, Polpa de tomate, Computadores, Alice no País das Maravilhas, Fantasma, Internet Explorer, Medusa, Smile, Ganesh, entre outros.

Alguns recebem a terminologia "Double Face", como "Bike 100 anos Double Face" , "Hofmann Double Face" ou "Panoramix Double Face". Os traficantes alegam que o double face é um selo que teve aplicado em ambos os lados a substância LSD, o que porventura o tornaria mais potente.

Origens e história

Albert Hofmann, o "pai" do LSD.

O LSD foi descoberto em 7 de abril de 1938 pelo químico suiço Dr. Albert Hofmann nos Laboratórios Sandoz em Basel, Suíça, como parte de um grande programa de pesquisa em busca de derivados da ergolina que impedissem o sangramento excessivo após o parto. A descoberta dos efeitos do LSD aconteceu quando Hofmann, após manuseio contínuo do produto de uma das substâncias isoladas (a pequena quantidade de LSD absorvida pelo contato com a pele é, supostamente, o suficiente para produzir seus efeitos) viu-se obrigado a interromper o trabalho que estava realizando naquele instante devido aos sintomas alucinatórios pelos quais estava passando.

Suas propriedades psicodélicas permaneceram desconhecidas até 5 anos depois, quando Hofmann, dizendo sentir um "pressentimento peculiar", voltou a trabalhar com a substância química. Ele atribuiu a descoberta dos efeitos psicoativos do composto a uma absorção acidental de uma pequena porção em sua pele em 16 de abril, que o levou a testar em si próprio uma dose maior (250 µg) em 19 de abril.[1] Dr. Hofmann chamou um médico, que não encontrou nenhum sintoma físico anormal, exceto suas pupilas dilatadas acentuadamente. Depois de passar várias horas apavorado achando que havia sido possuído por um demônio, que sua vizinha era uma bruxa e que seus móveis estavam o ameaçando, Dr. Hofmann temia tornar-se completamente insano. Depois, testou a substância novamente, em doses muito mais baixas, passando por experiências mais amenas mas ainda assim surpreendentes, e percebeu que havia utilizado uma dosagem altíssima em seu auto-experimento inicial. Maravilhado e intrigado com os efeitos do LSD, cunhou a droga como importante substância psiquiátrica experimental e lançou-a à comunidade científica.

Timothy Leary, ex-professor em Harvard, após descobrir a droga, tornou-se um incentivador do seu uso massivo para fins terapêuticos, espirituais e recreativos, sendo preso nos Estados Unidos em 1972 e solto em seguida

.

Até 1966, o LSD e a psilocibina eram fornecidos pelos Laboratórios Sandoz gratuitamente para cientistas interessados sob a marca chamada "Delysid".[1] O uso destes compostos por psiquiatras para obterem um entendimento subjetivo melhor de como era a experiência de um esquizofrênico foi uma prática aceita. Muitos usos clínicos foram conduzidos com o LSD para psicoterapia psicodélica, geralmente com resultados muito positivos. O LSD foi inicialmente utilizado como recurso psicoterapêutico e para tratamento de alcoolismo e disfunções sexuais e obteve grandes êxitos.

Com o movimento psicodélico na Inglaterra na década de 1960, passou a tomar conta das noites londrinas e do cenário musical inglês. O consumo do LSD difundiu-se nos meios universitários norte-americanos, hippies, grupos de música pop, ambientes literários, etc.

Recentemente verificou-se um aumento do consumo de LSD, com a cultura de festas de música eletrônica chamadas raves.

Estima-se que ainda ocorra muito o uso nos meios artístico, intelectual e terapêutico.

Regulamentação e pesquisa

Os serviços de inteligência da Guerra Fria estavam muito interessados nas possibilidades de utilizar o LSD em interrogatórios e em controle de mente, e também para uma engenharia social de larga escala. A CIA conduziu diversas pesquisas sobre o LSD, das quais a maioria foi destruída. O LSD foi a área central de pesquisa do Projeto MKULTRA, um codenome para o projeto da CIA de controle de mentes. As pesquisas deste projeto tiveram início em 1953 e continuaram até 1972.[2] Alguns testes também foram conduzidos pelo Laboratório Biomédico do Exército dos Estados Unidos. Voluntários tomaram LSD e então passaram por uma bateria de testes para investigar os efeitos da droga nos soldados. Baseado nos registros públicos disponíveis, o projeto parece ter concluído que a droga era de pouco uso prático para o controle de mente, levando o projeto a desistir do seu uso. Os projetos da CIA e do exército norte-americano se tornaram muito controversos quando eles vieram ao conhecimento da população nos anos 1970s, já que os voluntários dos testes não eram normalmente informados sobre a natureza dos experimentos, ou mesmo se eles eram testados nos experimentos. Muitas pessoas testadas desenvolveram doença mental severa e até cometeram suicídio após os experimentos. A maioria dos registros do projeto MKULTRA foi destruída em 1973.

O governo britânico também se interessou em testar o LSD; em 1953 e 1954, com os cientistas trabalhando para procurar uma "droga da verdade". Os voluntários dos testes não eram informados de que estavam consumindo LSD, e foi informado a eles que estavam fazendo pesquisas para outras doenças. Um voluntário, na época com 19 anos, relatou ver "paredes derretendo, e rachaduras aparecendo nos rostos das pessoas, olhos que corriam nas bochechas, entre outras figuras". Depois de manter os testes em segredo por muitos anos, o governo britânico aceitou em 2006 pagar aos voluntários uma compensação financeira. Assim como a CIA, os britânicos decidiram que o LSD não era uma droga útil para propósitos de controle de mente.[3]

O LSD se tornou primeiramente recreacional em um pequeno grupo de profissionais de saúde que estudavam a mente, como psiquiatras e psicólogos, durantes os anos 1950s.

Diversos profissionais da saúde se envolveram em pesquisas sobre o LSD, mais notavelmente os professores de Harvard Dr. Timothy Leary e Richard Alpert, se convenceram do potencial do LSD como uma ferramenta para o crescimento espiritual. Em 1961, o Dr. Timothy Leary recebeu uma quantia de dinheiro da Universidade de Harvard para estudar os efeitos do LSD em voluntários. 3.500 doses foram dadas para mais de 400 pessoas. Daqueles testados, 90% disseram que eles gostariam de repetir a experiência, 83% disseram ter aprendido alguma coisa ou ter tido uma "iluminação" (insight), e 62% disseram que o LSD mudou suas vidas para melhor.

A droga foi proibida nos Estados Unidos em 1967, com as pesquisas terapêuticas científicas assim como pesquisas individuais também se tornando cada vez mais difíceis de se realizar. Muitos outros países, sob pressão dos Estados Unidos, rapidamente seguiram a restrição. Desde 1967, o uso recreacional e terapêutico do LSD tem continuado em muitos países, suportado por um mercado negro e uma demanda popular pela droga. Experimentos de pesquisa acadêmica legalizados ainda são conduzidos esporadicamente, mas nem sempre envolvem seres humanos. Apesar de sua proibição, a cultura hippie continuou a promover o uso regular de LSD, a da música eletrônica o aumentou muito, e renomados promovedores da cultura erudita e da científica ainda o cultuam com certo vigor.

De acordo com Leigh Henderson e William Glass, dois pesquisadores associados ao Instituto Nacional das Drogas de Abuso dos Estados Unidos que fizeram uma pesquisa na literatura médica em 1994, o uso do LSD é relativamente incomum quando comparado com o abuso da bebida alcóolica, cocaína e drogas de prescrição.[4] Henderson e Glass concluíram que os usuários de LSD típicos usam a substância em épocas infrequentes, abandonando o uso dois a quatro anos após. No geral, o LSD pareceu ter menos consequências adversas na saúde, das quais as bad trips foram as mais relatadas (e, os pesquisadores concluíram, uma das principais razões pelas quais os jovens param de usar a droga).[5]

Dosagem

Comparação do tamanho de um papel de LSD ao de um fósforo.

O LSD é, por massa, um dos princípios ativos mais potentes já descobertos. As dosagens de LSD são medidas em microgramas (µg), a parte milionésima de um grama (1µg = 0.000001g). Em comparação, as doses de quase todas as drogas, sejam recreacionais ou medicinais, são medidas em miligramas (1 mg = 0.001g). Hofmann determinou que uma dose ativa de mescalina, aproximadamente 0,2 a 0,5 g, tem efeitos comparáveis a 100 µg ou menos de LSD; em outras palavras, o LSD é entre cinco ou dez mil vezes mais ativo que a mescalina.[1]

Enquanto uma dose típica única de LSD pode estar entre 100 e 500 microgramas — uma quantidade aproximadamente igual a um décimo da massa de um grão de areia — seus efeitos mínimos já podem ser sentidos com pequenas quantidades como 20 microgramas.[6]

De acordo com Stoll, o nível de dose que irá produzir um efeito alucinógeno em humanos é considerado ser 20 a 30 µg, com os efeitos da droga se tornando marcadamente mais evidentes com dosagens mais altas.[6][7] De acordo com um "review" de Glass e Henderson, os produtos oriundos do mercado negro de LSD, em geral, não sofrem adulterações, embora algumas vezes sejam contaminados por produtos derivados da fabricação. As doses típicas nos anos 1960s variavam de 200 a 1000 µg, enquanto as amostras encontradas nas ruas dos anos 1970s continham 30 a 300 µg. Na metade dos anos 1980s, a média tinha reduzido para 100 a 125 µg, abaixando ainda mais nos anos 1990s para 20–80 µg. (Glass e Henderson concluíram que doses menores geralmente produziam menos bad trips.)[5] Dosagens por alguns usuários podem ser tão altas como 1.200 µg (1,2 mg), mesmo que uma dose tão alta possa gerar reações físicas e psicológicas desagradáveis. No entanto, a fisiologia humana não desenvolve tolerância a longo prazo ao LSD e, geralmente, apenas usuários desavisados consomem quantias próximas a 1 mg em uma única dose.

Supõe-se que a dose letal (LD50) do LSD varie de 200 µg/kg a mais de 1 mg/kg de massa corporal humana, embora a maioria das fontes relatem que não há casos conhecidos de humanos com uma overdose dessa quantia. Outras fontes relatam uma única suspeita de overdose fatal de LSD, no ano de 1974 em Kentucky, na qual houve indicativos que ~1/3 de um grama (320 mg ou 320.000 µg) tinham sido injetadas intravenosamente, ou seja, mais de 3.000 vezes a dose típica de uso oral (cerca de 100 µg tinham sido injetadas).[8] No entanto, a verdadeira causa dessa morte foi dada como inconclusiva e não existem registros quanto a qualquer outro óbito ligado à interação fisiológica do LSD com o organismo humano. Por outro lado, suicídios não são incomuns; é consenso entre os estudiosos que a droga possa agravar condições psiquiátricas severas ou desencadeá-las em pessoas predispostas, a ponto de o indivíduo findar a própria vida.

Mostrou-se que existe uma tolerância cruzada entre o LSD, mescalina e psilocibina.

A tolerância ao LSD é temporária, desaparece depois de alguns dias de abstenção do uso. Não é possível readministrar a substância logo após o término de seu principal efeito, que não vigora durante o período de tolerância.

Overdose

Inexistem estudos que comprovem a existência de overdose por LSD, mesmo doses maciças são toleradas devido ao mecanismo de ação da droga, que se dá pelo bloqueio dos receptores pré-sinápticos da dopamina (D1 e D2 principalmente), aumentando a concentração de dopamina na fenda sináptica. Por consequência, inexiste dose letal para a droga em sua forma pura, implicando que aumentos na dosagem não levam a aumentos no efeito tóxico, a partir de uma dosagem limite, sendo que o excesso é eliminado pelo organismo da forma usual (desintoxicação hepática e eliminação pela urina dos metabólitos solúveis).

Efeitos

Representação em 3D da molécula de LSD.

Os efeitos variam conforme a psiqué do sujeito, considerando sobretudo seu estado psicológico momentâneo e o contexto físico em que se insere (ambiente), podendo ser agradáveis ou muito desagradáveis. A maioria dos estudos apontam que "impurezas" na substância não são importantes, por serem inativas, e nas doses tradicionais (minúsculas) não há espaço para outros psicoativos. O LSD pode provocar ilusões, alucinações (auditivas e visuais), grande sensibilidade sensorial (cores mais brilhantes, percepção de sons imperceptíveis), sinestesias, experiências místicas, flashbacks, paranóia, alteração da noção temporal e espacial, confusão, pensamento desordenado, despersonalização, perda do controle emocional, sentimento de bem-estar, experiências de êxtase, euforia alternada com angústia, pânico, ansiedade, dificuldade de concentração, perturbações da memória, psicose por “má viagem” (bad trip). Poderão ainda ocorrer náuseas, dilatação das pupilas, aumento da pressão arterial e do ritmo cardíaco, debilidade motora, sonolência, aumento da temperatura corporal durante a atividade da droga. Esses efeitos são atribuídos à alteração temporária do sistema nervoso central e não à ação da substância sobre a massa corpórea como um todo.

Ações consecutivas do LSD

  • Latência, de 30 minutos a 3 horas
  • Frio ou calor, dor de cabeça ou completa analgesia, agitação ou relaxamento, insônia e, necessariamente, dilatação da pupila.
  • Sensações de extrema alegria e felicidade, ou de muito medo e angústia.
  • Alterações temporais, espaciais, visuais, táteis, gustativas, olfativas e auditivas.

bola

Físicos

A dilatação das pupilas é uma das reações físicas ao LSD.

As reações físicas ao LSD são marcadamente temporárias, extremamente variáveis e podem incluir o seguinte: contrações uterinas, hipotermia ou hipertermia, níveis elevados de glicemia, piloereção (na pele), aumento da frequência cardíaca, mandíbula presa, transpiração, pupilas dilatadas, produção de muco, insônia, parestesia, euforia, hiperreflexia, tremores e sinestesia. Os usuários de LSD relatam hipoestesia, fraqueza.[9] Todos os efeitos físicos são passageiros e em vista da sua variabilidade, estima-se que alguns dependam da experiência psicológica pela qual passa o indivíduo, ou seja, que são psicossomáticos.

Espirituais

O LSD é considerado um enteógeno porque ele pode catalisar experiências espirituais intensas nas quais os usuários se sentem como se estivessem em contato com uma ordem cósmica ou espiritual maior. Alguns demonstraram alteração da percepção de como sua mente trabalha, e alguns experienciam mudanças de longa duração em suas perspectivas de vida. Alguns usuários consideram o LSD um sacramento religioso, uma ferramenta poderosa para terem acesso ao que é divino. Outros, em uma abordagem mais científica ou filosófica, tem uma percepção parecida, mas menos religiosa, afirmando que o amplo condicionamento social que incide sobre o nosso sistema neurológico é quebrado temporariamente e "As Portas da Percepção" são abertas, conferindo ao indivíduo imenso poder sobre si mesmo para que possa atingir um auto-conhecimento mais pleno. Entre os argumentos mais céticos para fundamentar essa idéia, encontra-se o fato de que um maior volume do cérebro entra em atividade durante o efeito do LSD. Alguns livros compararam o estado dos efeitos do LSD com o estado do Bodhi, a iluminação, despertar do budismo e da filosofia oriental. Há também autores ocidentais, como Aldous Huxley, que abordam o assunto de maneira mais diversificada, essencialmente atingindo conclusões similares.

  • Geralmente todos os sentidos ficam aguçados, mas não necessariamente chega-se a passar mal.

Essas experiências sob a influência do LSD foram observadas e documentadas por pesquisadores como Timothy Leary e Stanislav Grof. Obtiveram-se evidências de que os alucinógenos podem induzir estados místicos religiosos em seus usuários (pelo menos nas pessoas que têm predisposição ou crença espiritual) e insights intelectuais em muitos dos usuários céticos.

Flashbacks

Existe uma possibilidade de flashbacks, um fenômeno psicológico no qual o indivíduo experienta um episódio de alguns dos efeitos subjetivos do LSD muito tempo depois de a droga ter sido consumida - algumas vezes semanas, meses ou até mesmo anos após. Os flashbacks podem incorporar tanto aspectos positivos quanto negativos das "trips" do LSD. Esta síndrome é chamada pela psiquiatria de "Transtorno Perceptual Persistente por Alucinógenos"..

Psicose

Existem alguns casos de LSD induzindo quadros de psicose em pessoas que aparentavam estar saudáveis antes de consumirem a droga. Este assunto foi muito estudado por uma publicação de 1984 feita por Rick Strassman.[10] Na maioria dos casos, a reação parecida com a psicose é de curta duração, mas em outros casos ela pode ser crônica. É difícil determinar se o LSD induz estas reações ou se ele meramente desencadeia condições latentes que poderiam se manifestar por si próprias após um certo tempo. Diversos estudos tentaram estimar a prevalência de psicoses prolongadas induzidas por LSD, chegando a números de cerca de 4 em 1.000 indivíduos (0,8 em 1.000 voluntários e 1,8 em 1.000 pacientes psicoterápicos em Cohen 1960;[11] 9 em 1.000 pacientes psicoterápicos em Melleson 1971[12]).

Química

Os quatro possíveis isômeros do LSD. Destes, somente o LSD é psicoativo.

O LSD é um derivado da ergolina. Ele é geralmente produzido a partir da reação da dietilamina com uma forma ativa de ácido lisérgico.

Estabilidade

Produção

Material de produção de LSD apreendido nos Estados Unidos.

Como uma dose ativa de LSD é incrivelmente pequena, um grande número de doses pode ser sintetizado a partir de uma pequena quantidade de matéria-prima. Com cinco quilogramas do sal tartrato de ergotamina, por exemplo, pode-se fabricar aproximadamente um quilograma de LSD puro e cristalino. Cinco quilogramas de LSD — 25 kg de tartrato de ergotamina — são capazes de gerar 100 milhões de doses típicas. Como as massas envolvidas são tão pequenas, o tráfico ilícito de LSD é muito mais fácil que o de outras drogas ilegais como cocaína ou maconha, em iguais quantidades de doses. No entanto, é menos visado para uso recreativo e a demanda clandestina é muito menor.[13]

A fabricação de LSD requer equipamentos de laboratório e experiência na área da química orgânica. Leva-se dois ou três dias para produzir 30 a 100 gramas do composto puro. Acredita-se que o LSD geralmente não é produzido em grandes quantidades, mas em diversas séries de pequenos lotes. Esta técnica minimiza a perda de precursores químicos no caso de um passo de síntese não funcionar como esperado.[13]

Formas de LSD

Riscos

O LSD não causa dependência física, mas pode causar dependência psicológica, sendo considerada uma droga pesada por alguns autores.[14]Outros autores descrevem a que a droga não causa dependência física ou psíquica.[15]

Existem também casos de "bad trip" (viagem ruim) quando se toma a droga e o efeito é de medo, paranóia e pavor (sensações ruins), o que ocorre devido à própria pessoa que ingeriu o LSD, pois já se encontrava em um estado psicológico instável. A substância apenas catalisa as emoções presentes no indivíduo, sejam positivas ou negativas, não as causa.[15]

Para reduzir a possibilidade de uma "bad trip", é necessário estar em um estado emocional estável e positivo, bem como em um lugar indubitavelmente agradável e seguro, com um número reduzido de pessoas, sendo que todas devem inspirar confiança ao experimentador, assim diminuem os riscos de quaisquer desconfianças evoluirem para paranóias/psicoses. Em inglês, essas precauções foram tradicionalmente cunhadas como "Set and Setting": Mindset - estado mental do indivíduo, Setting - todos os elementos do ambiente físico ao seu redor. Havendo dúvidas quanto à qualidade do ambiente ou do atual estado de espírito, aconselha-se evitar o uso da droga.

Referências

  1. a b c Hofmann, Albert. LSD—My Problem Child (McGraw-Hill, 1980). ISBN 0-07-029325-2. Available online here or here; Página acessada em 1 de fevereiro de 2007.
  2. ACHRE Report, chapter 3: "Supreme Court Dissents Invoke the Nuremberg Code: CIA and DOD Human Subjects Research Scandals".
  3. Rob Evans, "MI6 pays out over secret LSD mind control tests". The Guardian 24 February 2006.
  4. Goldsmith, Neal M. (1995). «A Review of "LSD : Still With Us After All These Years"». Newsletter of the Multidisciplinary Association for Psychedelic Studies. 6 (1)  Parâmetro desconhecido |accessdata= ignorado (|acessodata=) sugerido (ajuda)
  5. a b Henderson, Leigh A.; Glass, William J. (1994). LSD: Still with Us after All These Years. [S.l.: s.n.] ISBN 978-0787943790  Texto " Jossey-Bass Inc., San Francisco " ignorado (ajuda)
  6. a b Greiner T, Burch NR, Edelberg R (1958). «Psychopathology and psychophysiology of minimal LSD-25 dosage; a preliminary dosage-response spectrum». AMA Arch Neurol Psychiatry. 79 (2): 208–10. PMID 13497365 
  7. Stoll, W.A. (1947). Ein neues, in sehr kleinen Mengen wirsames Phantastikum. Schweiz. Arch. Neur. 60,483.
  8. «LSD Vault: Dosage». Erowid. 6 de julho de 2006. Consultado em 31 de janeiro de 2007 
  9. Schiff PL (2006). «Ergot and its alkaloids». American journal of pharmaceutical education. 70 (5). 98 páginas. PMID 17149427 
  10. Strassman RJ (1984). «Adverse reactions to psychedelic drugs. A review of the literature». J Nerv Ment Dis. 172 (10): 577-95. PMID 6384428 
  11. Cohen, Sidney (1960). «Lysergic Acid Diethylamide: Side Effects and Complications» (PDF). Journal of Nervous and Mental Disease. 130 (1): 30–40. PMID 13811003 
  12. Malleson, Nicholas (1971). «Acute Adverse Reactions to LSD in Clinical and Experimental Use in the United Kingdom» (PDF). Brit. J. Psychiat. 118 (543): 229–30. PMID 4995932 
  13. a b "LSD in the US – Manufacture", DEA Publications.
  14. Nova Lei Antidrogas Comentada
  15. a b Toxicología clínica

Ligações externas

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