Edinho (futebolista nascido em 1970)

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Edinho
Informações pessoais
Nome completo Edson Cholbi Nascimento
Data de nasc. 27 de agosto de 1970 (53 anos)
Local de nasc. Santos, São Paulo, Brasil
Nacionalidade brasileiro
Altura 1,78 m
destro
Apelido Edinho
Informações profissionais
Clube atual Sem clube
Posição ex-Goleiro
Função Treinador
Clubes profissionais
Anos Clubes Jogos (golos)
1990–1991
1991–1992
1992–1993
1994–1998
1998–1999
Santos
Portuguesa Santista
São Caetano
Santos
Ponte Preta
006 000(0)
004 000(0)
001 000(0)
0071 000(0)
0033 000(0)
Times/clubes que treinou
2015
2016
2017
2020
2021
2021–2022
2023
Mogi Mirim
Água Santa
Tricordiano
Santos (sub-23)
Santos (auxiliar sub-23)
Londrina (sub-19)
Londrina
4

2
Última atualização: 25 de fevereiro de 2023

Edson Cholbi Nascimento, mais conhecido como Edinho Nascimento ou simplesmente Edinho (Santos, 27 de agosto de 1970)[1], é um treinador e ex-futebolista brasileiro que atuava como goleiro.

Ele é filho de Edson Arantes do Nascimento, o Pelé.[2]

Carreira[editar | editar código-fonte]

Jogador[editar | editar código-fonte]

Viveu nos Estados Unidos desde os quatro anos e acostumou-se a viajar ao Brasil apenas para passar férias.[3] Foi jogador de futebol, atuando como goleiro. Seu pai, conhecido mundialmente como atacante e artilheiro, ressentia-se publicamente da escolha do filho. Edinho era considerado por parte da mídia um goleiro apenas mediano.[4] Contra si havia o fato de ter começado tarde no esporte, já que passara sua infância e juventude nos Estados Unidos[5][6].

A primeira partida no Santos foi no dia 27 de fevereiro de 1991 na vitória por 1 a 0 diante da Francana em partida amistosa no estádio José Lancha Filho.[1]

Após um período como reserva na Portuguesa Santista, voltou ao Santos no início de 1994.[7] Sua estreia como profissional foi no dia 6 de fevereiro de 1994, num jogo contra o Santo André que o Santos perdeu por 1 a 0.

Apesar disso, foi vice-campeão brasileiro de 1995 pelo Santos jogando toda a temporada como titular; Edinho somente viria a perder o posto de goleiro titular em 1997, quando o clube contratou o veterano Zetti. Edinho jogou pelo Santos 195 partidas em períodos intercalados de 1991 a 1998 nos anos de 1992/93 apenas fez parte do elenco, não jogando nenhuma partida na equipe principal.[1]

Também atuou na Portuguesa Santista, em 1992, no São Caetano, em 1993, e na Ponte Preta, em 1998. Anunciou o fim da carreira em junho de 1999, aos 28 anos.[8]

Fora dos campos[editar | editar código-fonte]

Em abril de 2015, foi anunciado como novo treinador do Mogi Mirim, estreando nessa função, pois antes atuou como assistente do Santos.[9] Edinho estreou como treinador no dia 8 de maio de 2015 comandando o clube. O jogo que marcou sua estreia foi contra o Criciúma, no interior paulista, e terminou com vitória por 2 a 1 para os catarinenses. Foi demitido no mesmo mês, depois de quatro jogos, após duas derrotas e dois empates.[10]

Em maio de 2016, foi apresentado como treinador do Água Santa[4], com contrato até o fim da Série A2 do Paulistão de 2017.[11] Em setembro de 2016, após seis meses a frente do Água Santa, e com um aproveitamento de 64%, teve o contrato rescindido com o clube. Os motivos, segundo Edinho, foram algumas divergências na filosofia de trabalho.[12]

Em outubro de 2016, assumiu como técnico do Clube Atlético Tricordiano, clube da cidade Natal de Pelé, em Três Corações, tendo sua passagem pelo time por apenas dois jogos, do qual, teve duas derrotas e saiu em acordo entre a diretoria e Edinho.[13]

Trabalhou ainda na comissão técnica do Santos entre 2007 e 2015 e depois entre 2020 e 2021.[14] No final do ano de 2020, foi anunciado como treinador da equipe sub-23 do Santos, que disputava o Brasileirão de Aspirantes.[4] Edinho ficou no cargo até 12 de junho de 2021, quando acabou demitido pelo Peixe.[4]

Foi contratado pelo Londrina em outubro de 2021[14] e comandou o sub-20 na Copa São Paulo, no Paranaense e na Copa do Brasil da categoria.[15]

Em março de 2022, assumiu interinamente o time principal do Tubarão por 1 jogo, após a saída de Vinícius Eutropio e antes da chegada de Adilson Batista.[15] A partir de dezembro de 2022, assumiu o clube como técnico no Campeonato Paranaense 2023.[14][15]

Polêmicas[editar | editar código-fonte]

Após o fim de sua carreira, passou a ter problemas com a justiça. Edinho foi condenado a cumprir pena de seis anos de prisão por homicídio, devido a seu envolvimento em um racha ocorrido em Santos, no início da década de 1990, que deixou um morto. A sentença, porém, acabou sendo anulada.[16]

No dia 6 de junho de 2005, foi detido, com outras 50 pessoas, em uma operação para desmantelar uma grande quadrilha de traficantes de drogas ligada às facções criminosas Primeiro Comando da Capital (PCC) e Comando Vermelho (CV)[17], após uma investigação de oito meses sobre o tráfico de cocaína em Santos. Em maio de 2014, foi condenado a 33 anos de prisão pelo crime de lavagem de dinheiro proveniente do tráfico de droga.[18]

Edson entregou-se em 24 de fevereiro de 2017 às autoridades brasileiras para cumprir a pena de 12 anos e 10 meses de prisão, após a juiz confirmar a sentença da condenação.[19] No dia 25 de setembro de 2019, obteve o direito de progredir para o regime aberto e deixar a Penitenciária II de Tremembé.[20]

Referências

  1. a b c sfcadmin (27 de agosto de 2015). «Memória: Nascia Edinho, ex-goleiro do Peixe, filho do Rei do Futebol». Santos Futebol Clube. Consultado em 31 de maio de 2023 
  2. «Filho de Pelé, Edinho diz que gostaria de estar com o pai no hospital». UOL. 22 de dezembro de 2022. Consultado em 23 de dezembro de 2022 
  3. «A paz são duas linhas de 4: Edinho, filho de Pelé, busca a felicidade que perdeu na prisão». www.uol.com.br. Consultado em 31 de maio de 2023 
  4. a b c d «Edinho - Que fim levou?». Terceiro Tempo. Consultado em 31 de maio de 2023 
  5. Moraes, Katarina (25 de dezembro de 2022). «NOTÍCIAS DE PELÉ AGORA: familiares dos EUA e Edinho se juntam para passar o Natal no hospital». JC. Consultado em 31 de dezembro de 2022 
  6. Abril, Editora (17 de agosto de 1987). Placar Magazine. [S.l.]: Editora Abril 
  7. Abril, Editora (fevereiro de 1994). Placar Magazine. [S.l.]: Editora Abril 
  8. «Edinho abandona o futebol - Diário do Grande ABC - Notícias e informações do Grande ABC: esportes». Jornal Diário do Grande ABC. Consultado em 31 de maio de 2023 
  9. Terra. «Mogi surpreende e anuncia filho de Pelé como novo técnico». Consultado em 14 de abril de 2015 
  10. «Rivaldo anuncia demissão de Edinho do Mogi: "Futebol vive de resultados"». Globo Esporte. Globo.com. 31 de maio de 2015. Consultado em 24 de fevereiro de 2017 
  11. Lucas Strabko. «Filho de Pelé, Edinho é apresentado como técnico do Água Santa». Globo Esporte. Globo.com. Consultado em 24 de fevereiro de 2017 
  12. «Edinho não é mais técnico do Água Santa». Reporter Diario. 19 de setembro de 2016. Consultado em 24 de fevereiro de 2017 
  13. «Após 2 derrotas no Mineiro, Edinho deixa o comando do Tricordiano». Globo Esporte. Globo.com. Consultado em 24 de fevereiro de 2017 
  14. a b c «Filho de Pelé, Edinho dá novo passo e agradece chance como técnico no Londrina: "Oportunidade da vida"». ge. 19 de outubro de 2022. Consultado em 31 de maio de 2023 
  15. a b c «Londrina terá Edinho, filho de Pelé, como técnico no Campeonato Paranaense 2023». ge. 18 de outubro de 2022. Consultado em 31 de maio de 2023 
  16. «Tribunal do Júri absolve Edinho da acusação de homicídio». Consultor Jurídico. 15 de julho de 2005. Consultado em 24 de fevereiro de 2017 
  17. Edinho, filho de Pelé, é libertado após seis meses de prisão
  18. «Justiça ordena prisão de Edinho, mas reduz pena por lavagem de dinheiro». Uol. 24 de fevereiro de 2017. Consultado em 24 de fevereiro de 2017 
  19. «Filho de Pelé entrega-se para cumprir pena de quase 13 anos de prisão». DN. 25 de fevereiro de 2017. Consultado em 25 de fevereiro de 2017 
  20. «Filho de Pelé, Edinho consegue regime aberto e vai deixar prisão». ISTOÉ Independente. 26 de setembro de 2019. Consultado em 17 de dezembro de 2019 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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