Embaixada dos Estados Unidos em Londres

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Embaixada dos Estados Unidos
em Londres
Estados Unidos
Estados Unidos
Reino Unido
Reino Unido
Sede da Embaixada dos Estados Unidos em Londres.
Sede da Embaixada dos Estados Unidos em Londres.
Localização
Endereço 33 Nine Elms, Londres
Responsável
Embaixador Woody Johnson
No cargo desde 2017
Washington • Lista de embaixadores • Página oficial

A Embaixada dos Estados Unidos em Londres é a missão diplomática dos Estados Unidos da América no Reino Unido,[1] sendo a maior embaixada do país na Europa Ocidental e agência porta-voz das relações anglo-estadunidenses.[2]

A nova embaixada, situada no distrito de Nine Elms, foi aberta ao público em 13 de dezembro de 2017 e formalmente inaugurada em 16 de janeiro de 2018.[3][4] De 1960 a 2018, a missão diplomática esteve sediada no London Chancery Building, em Westminster.[5]

História[editar | editar código-fonte]

Winston Churchill e John Gilbert Winant na entrada da embaixada, em 9 de maio de 1945.

A delegação estadunidense em Londres foi organizada primeiramente na Cidade de Westminster, mudando-se em seguida para Piccadilly e finalmente para Westminster. Em 1938, a embaixada foi movida para a histórica Macdonald House, em Mayfair, que também sediava a Alta Comissão para o Canadá. Durante este período, a região de Grosvenor Square passou a abrigar diversos escritórios de interesses dos Estados Unidos, incluindo o quartel-general de Dwight D. Eisenhower e a sede continental da Marinha norte-americana. Após a Segunda Guerra Mundial, o Duque de Westminster doou terras para a construção de um memorial ao presidente Franklin D. Roosevelt.

O Chancery Building foi projetada pelo arquiteto modernista finlandês-americano Eero Saarinen e construída no fim da década de 1950, sendo inaugurada em 1960.[6] O edifício possui nove andares, três dos quais encontram-se no subterrâneo. O topo da fachada principal é coroado por uma águia americana em bronze de Theodore Roszak, medindo 11 metros de uma asa à outra.[7][8] Em outubro de 2009, o prédio foi tombado como Listed building de segundo grau por conta de sua significância histórica e arquitetônica.[9][10]

Protestos[editar | editar código-fonte]

Em março de 1968, uma multidão de 10 mil pessoas protestou na Trafalgar Square contra o envolvimento estadunidense na Guerra do Vietnã. Em seguida, o grupo marchou até a embaixada em Grosvenor Square. A Polícia Metropolitana tentou isolar parte da praça próxima à embaixada e houve atos de violência após a multidão invadir a área demarcada.[11] Cerca de 200 manifestantes foram presos e 50 pessoas encaminhadas para hospitais da cidade, incluindo 25 policiais feridos. Durante um protesto em outubro do mesmo ano, um grupo de 6 mil manifestantes retornou à embaixada, mas foram impedidos de alcançar o prédio por forças policiais.[12]

Questões de segurança[editar | editar código-fonte]

O Chancery Building, sede da embaixada de 1968 a 2018.

A partir da década de 1980, após sucessivos ataques a embaixadas estadunidenses ao redor do mundo, o governo demonstrou preocupação com a segurança da missão diplomática em Londres. Contudo, somente após os Ataques de 11 de Setembro, o sistema de segurança foi ampliado. Desde então, a Governor Square conta com uma equipe massiva de segurança que inclui bloqueio a trânsito de veículos e cabines policiais.

Monumento a Dwight D. Eisenhower em frente ao Chancery Building. Ao fundo, a Águia Americana, de Theodore Roszak.

Em 29 de agosto de 2002, Kerim Chatty, um cidadão sueco de ascendência tunisiana, foi detido no Aeroporto de Estocolmo ao tentar embarcar no Voo 685 da Ryanair com destino ao Aeroporto de Londres Stansted.[13] Serviços de inteligência confirmaram que Chatty planejava sequestrar a aeronave e usá-la em atentado contra a embaixada.[14] Contudo, o Serviço Sueco de Segurança desmentiu as informações.[15]

As ameaças à segurança do local levaram o governo norte-americano a considerar uma nova sede para suas atividades diplomáticas. Alguns setores da imprensa britânica divulgaram informação de que os Estados Unidos usariam o Palácio de Kensington como sede da embaixada, o que teria sido vetado por Isabel II. A embaixada negou sumariamente as publicações e um porta-voz do Palácio de Buckingham negou qualquer negociação formal sobre o assunto.[16][17] Posteriormente, em 2007, o governo norte-americano solicitou mudar sua sede para a Chelsea Barracks, um prédio histórico pertencente ao Exército Britânico, que também foi vetado.[18]

Nova sede[editar | editar código-fonte]

Em 8 de outubro de 2008, a embaixada anunciou um acordo com o Ballymore Group para adquirir uma nova propriedade na margem sul do Rio Tâmisa, na região de Wandsworth. O local situa-se em meio ao projeto de desenvolvimento urbano denominado London Plan. O projeto proposto só poderia seguir em frente após aprovação do Congresso dos Estados Unidos e as autoridades locais. Em 2009, o Departamento de Estado anunciou um concurso entre nove empresas de arquitetura, "todas modernas e em alta" para construção da nova sede da embaixada. Em março do mesmo ano, o governo norte-americano anunciou quatro empresas como selecionadas ao projeto.

Líderes de missão[editar | editar código-fonte]

Embaixador[editar | editar código-fonte]

O atual Embaixador dos Estados Unidos no Reino Unido é Woody Johnson, confirmado pelo Senado dos Estados Unidos em 3 de agosto e empossado pelo Vice-presidente Mike Pence em 21 de agosto de 2017.[19] Johnson é o segundo embaixador a servir durante a Administração Trump, sucedendo Matthew Barzun, que havia sido empossado por Barack Obama em 2013.[20]

Quadro diplomático[editar | editar código-fonte]

Lukens foi encarregado de negócios da embaixada durante a transição entre os mandatos de Barzun e Johnson.

  • Representante Oficial em Edimburgo: Susan A. Wilson

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. «The London Diplomatic List» (PDF). Governo de Sua Majestade. 14 de dezembro de 2013 
  2. «US embassy moving to South London». BBC News. 2 de outubro de 2008 
  3. «Billion dollar US embassy opens in London». CNN. 16 de janeiro de 2018 
  4. «New US embassy finally opened to the public». Metro. 16 de janeiro de 2018 
  5. «US sale plan spoilt as its London embassy is listed». The Times. 23 de outubro de 2009 
  6. «Step inside an Eero Saarinen-designed US embassy in London». Curbed. 5 de dezembro de 2014 
  7. «Theodore Roszak, sculptor of the Eagle at London Embassy». The New York Times. 4 de setembro de 1981 
  8. «The American Embassy in London Building». US Embassy and Consulates in the United Kingdom 
  9. «United States of America Embassy, London». Historic England 
  10. Booth, Robert (25 de agosto de 2008). «US embassy plan could be stymied by listed status». The Guardian 
  11. «On This Day – 17 March – 1968: Anti-Vietnam demo turns violent». BBC News 
  12. «On This Day – 17 March – 1968: Police clash with anti-war protesters». BBC News 
  13. «Sweden 'hijacker' admits gun charges». BBC News. 7 de dezembro de 2002 
  14. «Hijack suspect had flight training in US». The Independent. 1 de setembro de 2009 
  15. «Sweden drops hijack inquiry». BBC News. 30 de outubro de 2002 
  16. «US eyed Royal Palace». BBC News. 17 de agosto de 2003 
  17. «Queen rejects US request to use Kensington Palace as embassy». The Telegraph. 17 de agosto de 2003 
  18. «US bids for Chelsea Barracks». The Times. 21 de fevereiro de 2007 
  19. «Meet Donald Trump's new ambassador». Mirror. 12 de janeiro de 2018 
  20. «Matthew Barzun: profile of the new American Ambassador to Britain». The Telegraph. 10 de julho de 2013