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Frederico Guilherme von Hoonholtz: diferenças entre revisões

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Como militar, participou da [[Guerra da Cisplatina]], com o 27.º Batalhão de Caçadores, sendo parte do [[Estado-Maior]] do [[exército brasileiro|Exército]], juntamente a seu sogro, o Dr. Peter Alt.<ref>PORTO, Aurélio. O Trabalho alemão no Rio Grande do Sul, Graf, Santa Terezinha, Porto Alegre, 1934, p.99.</ref> Foi ferido por lança e sofreu inúmeras queimaduras no incêndio do campo da [[batalha do Passo do Rosário]], em [[20 de fevereiro]] de [[1827]].<ref>[http://www.ahimtb.org.br/sgabriel.htm BENTO, Cláudio Moreira. ''São Gabriel - A Atenas e Esparta Gaúchas, parágrafo 17]</ref> Alcançou a patente de capitão do Exército Brasileiro.<ref> TEFFÉ, Tetrá de. Barão de Teffé, militar e cientista - Biografia do Almirante Antônio Luís von Hoonholtz. Centro de Documentação Geral da Marinha, Rio de Janeiro, 1977. Página 61.</ref>
Como militar, participou da [[Guerra da Cisplatina]], com o 27.º Batalhão de Caçadores, sendo parte do [[Estado-Maior]] do [[exército brasileiro|Exército]], juntamente a seu sogro, o Dr. Peter Alt.<ref>PORTO, Aurélio. O Trabalho alemão no Rio Grande do Sul, Graf, Santa Terezinha, Porto Alegre, 1934, p.99.</ref> Foi ferido por lança e sofreu inúmeras queimaduras no incêndio do campo da [[batalha do Passo do Rosário]], em [[20 de fevereiro]] de [[1827]].<ref>[http://www.ahimtb.org.br/sgabriel.htm BENTO, Cláudio Moreira. ''São Gabriel - A Atenas e Esparta Gaúchas, parágrafo 17]</ref> Alcançou a patente de capitão do Exército Brasileiro.<ref> TEFFÉ, Tetrá de. Barão de Teffé, militar e cientista - Biografia do Almirante Antônio Luís von Hoonholtz. Centro de Documentação Geral da Marinha, Rio de Janeiro, 1977. Página 61.</ref>


Desmobilizado depois de mais de três anos de serviço militar no [[Exército Brasileiro]],<ref name=Tetra /> volta ao [[Rio de Janeiro (cidade)|Rio de Janeiro]] com a família. Em julho de [[1830]], enquanto cavalgava na [[praia do Botafogo]] em direção ao morro do Pasmado, encontra [[Pedro I do Brasil|D. Pedro I]], que também cavalgava acompanhado de dois [[Oficial (militar)|oficiais]]. O imperador saía do [[Forte da Praia Vermelha]]<ref name=Tetra /><ref>[http://www.oportal.org/article32.html]</ref> e, após algumas conversas, convida-o para visitar a [[Fazenda Imperial de Santa Cruz]]. Frederico Guilherme ficaria hospedado na Fazenda Imperial de Santa Cruz, como hóspede do imperador. Nessa visita, D. Pedro I mostra a von Hoonholtz o quarto que ocupara quando criança naquela fazenda. Nesse quarto, o imperador mostra a Frederico Guilherme as espadas e espingardas de [[folha-de-flandres]] com as quais, na infância, armava um exército de meninos [[Escravidão no Brasil|escravos]] para lutar contra um exército idêntico comandado por seu irmão, [[Miguel I de Portugal|D. Miguel]], antecipando [[Guerra Civil Portuguesa|a guerra que os dois irmãos travariam mais tarde em Portugal]].<ref>{{Citar livro|título = D. Pedro I|url = https://books.google.com/books?id=hqO9b3Bp2OkC|editora = Companhia das Letras|ano = 2011-03-31|isbn = 9788580860061|nome = Isabel|sobrenome = Lustosa}}</ref> Em seguida, D. Pedro I propõe a Frederico Guilherme que coordene a instalação de amplos [[base militar|quartéis]] para cerca de dez mil homens na região, tirando o grosso do exército do centro urbano da [[Rio de Janeiro (cidade)|Corte]], de forma que as tropas passariam a permanecer sob controles mais eficazes do imperador. Para realizar o seu projeto, von Hoonholtz muda-se para [[Itaguaí]],<ref name=Tetra /> onde se fixou com a família numa chácara localizada nos arredores do sítio da Grimaneza, considerada a região mais bonita de Itaguaí. Itaguaí era a cidade que ficava mais próxima à sede da Fazenda Imperial de Santa Cruz, que hoje corresponde ao atual bairro carioca de [[Santa Cruz (bairro do Rio de Janeiro)|Santa Cruz]]. Santa Cruz era então um termo da então [[Vila#Brasil|Vila]] de São Francisco Xavier de Itaguaí.<ref>{{citar web|url=http://www.ufjf.br/lahes/files/2010/03/c2-a27.pdf|titulo=ANAIS DO II COLÓQUIO DO LAHES: MICRO HISTÓRIA E OS CAMINHOS DA HISTÓRIA SOCIAL, no site da Universidade Federal de Juiz de Fora.|data=|acessodata=|obra=|publicado=|ultimo=|primeiro=}}</ref> Porém, o projeto, que já estava em andamento, é cancelado com a [[abdicação de Dom Pedro I]], em 1831, e seu subsequente retorno a [[Reino de Portugal|Portugal]].<ref name=Tetra /><ref> TEFFÉ, Tetrá de. Barão de Teffé, militar e cientista - Biografia do Almirante Antônio Luís von Hoonholtz. Centro de Documentação Geral da Marinha, Rio de Janeiro, 1977. Página 67.</ref>
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Frederico Guilherme era primo do [[barão von Schneeburg]], que também se mudaria para o Brasil, e que visitaria a família von Hoonholtz algumas vezes. O barão von Schneeburg, depois de uma longa estadia em terras brasileiras, posteriormente retornaria à Europa.<ref>TEFFÉ, Tetrá de. ''Barão de Teffé, militar e cientista - Biografia do Almirante Antônio Luís von Hoonholtz''. Centro de Documentação Geral da Marinha, Rio de Janeiro, 1977. A obra, edição comemorativa da marinha, foi elogiada por um importante [[Almirante]] da [[marinha do Brasil]] e cita as suas fontes em todo o corpo do texto. Página 66.</ref><ref>{{Citar web|título = Maximilian von Schneeburg - Sala Brusque Virtual|URL = http://enciclopedia.brusque.sc.gov.br/index.php/Maximilian_von_Schneeburg|obra = enciclopedia.brusque.sc.gov.br|acessadoem = 2015-10-22}}</ref>
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Revisão das 18h30min de 11 de agosto de 2016

Frederico Guilherme von Hoonholtz[1][2] (em alemão: Friedrich Wilhelm von Hoonholtz; Prússia, c. 1795 - Itaguaí, 31 de dezembro de 1837), foi um nobre, militar e engenheiro prussiano que mudou-se para o Império do Brasil.

Biografia

Estudava Engenharia na Universidade de Leipzig, quando teve que abandonar o curso para participar das Guerras Napoleônicas,[3] tendo participado das batalhas de Leipzig e Waterloo, na patente de capitão. Durante a guerra, em 1813, seu pai faleceu e o castelo da família foi destruído.[3] Terminada a guerra, retornou aos estudos de Engenharia e se graduou. Foi recrutado pelo major Schäffer para vir ao Brasil como mercenário a serviço de D. Pedro I, transferindo-se para o recém-proclamado Império do Brasil em 1824, no posto de alferes.

No navio que o transportava conheceu a jovem Johanne Cristine van Engel Alt, bisneta do almirante batavo van Engel,[4] que vinha ao Brasil acompanhada de seu meio-irmão, Henrique Alt, e de seu pai, o médico Dr. Peter Alt, recrutado como cirurgião no 27.º Batalhão de Caçadores, do Corpo de Estrangeiros, mesmo regimento no qual Frederico Guilherme von Hoonholtz estava alistado. Três meses depois de chegarem ao Rio de Janeiro, casaram-se na capela do 27.º Batalhão de Caçadores.

Como militar, participou da Guerra da Cisplatina, com o 27.º Batalhão de Caçadores, sendo parte do Estado-Maior do Exército, juntamente a seu sogro, o Dr. Peter Alt.[5] Foi ferido por lança e sofreu inúmeras queimaduras no incêndio do campo da batalha do Passo do Rosário, em 20 de fevereiro de 1827.[6] Alcançou a patente de capitão do Exército Brasileiro.[7]

Desmobilizado depois de mais de três anos de serviço militar no Exército Brasileiro,[3] volta ao Rio de Janeiro com a família. Em julho de 1830, enquanto cavalgava na praia do Botafogo em direção ao morro do Pasmado, encontra D. Pedro I, que também cavalgava acompanhado de dois oficiais. O imperador saía do Forte da Praia Vermelha[3][8] e, após algumas conversas, convida-o para visitar a Fazenda Imperial de Santa Cruz. Frederico Guilherme ficaria hospedado na Fazenda Imperial de Santa Cruz, como hóspede do imperador. Nessa visita, D. Pedro I mostra a von Hoonholtz o quarto que ocupara quando criança naquela fazenda. Nesse quarto, o imperador mostra a Frederico Guilherme as espadas e espingardas de folha-de-flandres com as quais, na infância, armava um exército de meninos escravos para lutar contra um exército idêntico comandado por seu irmão, D. Miguel, antecipando a guerra que os dois irmãos travariam mais tarde em Portugal.[9] Em seguida, D. Pedro I propõe a Frederico Guilherme que coordene a instalação de amplos quartéis para cerca de dez mil homens na região, tirando o grosso do exército do centro urbano da Corte, de forma que as tropas passariam a permanecer sob controles mais eficazes do imperador. Para realizar o seu projeto, von Hoonholtz muda-se para Itaguaí,[3] onde se fixou com a família numa chácara localizada nos arredores do sítio da Grimaneza, considerada a região mais bonita de Itaguaí. Itaguaí era a cidade que ficava mais próxima à sede da Fazenda Imperial de Santa Cruz, que hoje corresponde ao atual e imenso bairro carioca de Santa Cruz. Santa Cruz era então um termo da então Vila de São Francisco Xavier de Itaguaí.[10] Porém, o projeto, que já estava em andamento, é cancelado com a abdicação de Dom Pedro I, em 1831, e seu subsequente retorno a Portugal.[3][11]

Frederico Guilherme era primo do barão von Schneeburg, que também se mudaria para o Brasil, e que visitaria a família von Hoonholtz algumas vezes. O barão von Schneeburg, depois de uma longa estadia em terras brasileiras, posteriormente retornaria à Europa.[12][13]

Frederico Guilherme von Hoonholtz se dedica então ao comércio de café e transporte de mercadorias,[3] construindo juntamente com o coronel engenheiro Antônio Vicente Danemberg o primeiro porto marítimo de Itaguaí e um canal de escoamento de produtos primários e mercadorias. Em 1837, retorna de uma viagem de negócios ao Rio de Janeiro com febre forte, falecendo poucos dias depois.[3][14]

Após sua morte, a dragagem do canal de Itaguaí é concedida a um concorrente, o comendador Francisco José Cardoso, o que leva a família von Hoonholtz a se desfazer de suas propriedades e mudar-se, novamente, para o Rio. D. Joana Cristina passa então a residir com os seus cinco filhos numa chácara urbana, chamada Chácara do Mirante, no então aristocrático bairro carioca da Gamboa.[15][16][17]

A condessa D. Joana Cristina posteriormente se mudaria para Paris, França, junto a seu filho, barão de Tefé, a nora, baronesa Maria Luísa Dodsworth von Hoonholtz, e os netos que eram filhos do barão, residindo à Avenue Kleber, no refinado 16.º arrondissement. D. Joana Cristina viria a falecer na capital francesa, em 15 de novembro de 1889, dia em que foi proclamada a república no Brasil.[18]

Descendência

O casal von Hoonholtz teve os seguintes filhos:

Título nobiliárquico

Em algumas obras brasileiras Frederico Guilherme von Hoonholtz é citado como conde,[27][28][29][30][31] na maioria das vezes sem muitas explicações com relação à origem do título; outras obras brasileiras não mencionam o título.[32][33][34][35][36][37][38][39][40][41][42][43][44] No livro Barão de Teffé, militar e cientista, biografia do Almirante Antônio Luís von Hoonholtz,[45] a obra brasileira mais completa sobre Friedrich Wilhelm von Hoonholtz pois dedica um capítulo inteiro ao biografado, não há menção ao título nobiliárquico, mas ao fato de Frederico Guilherme pertencer à uma família nobre, que fazia parte da aristocracia prussiana e da Ordem dos Cavaleiros Teutônicos. O livro Barão de Teffé, militar e cientista, biografia do Almirante Antônio Luís von Hoonholtz, publicado no Rio de Janeiro, em 1977, pelo Serviço de Documentação Geral da Marinha, foi escrito por Tetrá de Teffé, esposa de Álvaro de Teffé von Hoonholtz, filho do barão de Tefé.

Na mesma obra, Barão de Teffé, militar e cientista, biografia do Almirante Antônio Luís von Hoonholtz, é mencionado que nos documentos compulsados durante a pesquisa, por vezes o sobrenome de Frederico Guilherme é mencionado como von Hohnhorst, e não von Hoonholtz.[46] Frederico Guilherme é mencionado com o mesmo sobrenome - von Hohnhorst - pelo seu companheiro de viagem as terras brasileiras, Carl Schlichthorst.

Von Hohnhorst é uma antiga família nobre alemã do Principado de Luneburgo (1269-1705), região da Baixa Saxônia. Luneburgo seria anexado em 1705, ao Eleitorado de Brunsvique-Luneburgo, mais conhecido como Eleitorado de Hanôver. O Eleitorado de Hanôver seria sucedido pelo Reino de Hanôver, em 1814, como consequência do Congresso de Viena. O Reino de Hanôver viria a fazer parte da Confederação Germânica, criada em 1815, também no Congresso de Viena. No atual estado alemão da Baixa Saxônia, há uma cidade de nome Hohnhorst. A família von Hohnhorst remonta ao século XIII, pertencendo assim a chamada Uradel - termo alemão usado para designar a antiga nobreza, isto é, as tradicionais famílias de cavaleiros feudais que têm a sua linhagem traçada desde pelo menos o século XIV ou antes disso. O membros da Uradel tinham determinados privilégios durante o período monárquico alemão e austríaco. A família von Hohnhorst também faz parte da nobreza não titulada. Os membros da Uradel que não são titulados, são endereçados e chamados como senhor (em alemão: Herr ) e senhora (em alemão: Frau ).[47][48][49][50] Sendo a família von Hohnhorst dona até hoje de duas propriedades históricas familiares, o Nordgut e o Südgut, ambas casas senhoriais (em alemão: rittergut ), localizadas no distrito de Hohnhorst, da cidade de Eldingen, na Baixa Saxônia. Durante o período monárquico alemão e austríaco, um rittergut tinha determinados privilégios jurídicos, tais como a isenção fiscal.[51]

Bibliografia

  • TEFFÉ, Tetrá de. Barão de Teffé, militar e cientista, Biografia do Almirante Antônio Luís von Hoonholtz, Centro de Documentação Geral da Marinha, Rio de Janeiro, 1977.
  • BENTO, Cláudio Moreira. Estrangeiros e descendentes na História Militar do Rio Grande do Sul (1635-1870).
  • ROSA, Gilson Justino da. Imigrantes Alemães, 1824-1853.
  • XAVIER, Carlos Feliciano. Elogio geográfico-histórico do Almirante Barão de Teffé.
  • TEFFÉ, Antônio Luís von Hoonholtz, Barão de. Memórias do Almirante Barão de Teffé (Livro datado de junho de 1865, poucos dias depois da batalha naval do Riachuelo, e escrito como carta íntima a seu irmão Frederico José von Hoonholtz, residente no Rio de Janeiro).
  • BITTENCOURT, Agnello. Dicionário Amazonense de Biografias.
  • PALHA, Américo. Soldados de Marinheiros do Brasil.

Notas

  1. Na obra Barão de Teffé, militar e cientista, biografia do Almirante Antônio Luís von Hoonholtz, é mencionado que nos documentos compulsados durante a pesquisa, por vezes o sobrenome de Frederico Guilherme era mencionado como von Hohnhorst, e não von Hoonholtz. Frederico Guilherme é mencionado com o mesmo sobrenome - von Hohnhorst - pelo seu companheiro de viagem as terras brasileiras, Carl Schlichthorst. Von Hohnhorst é uma antiga família nobre alemã da Baixa Saxônia, remontando ao século XIII. No atual estado alemão da Baixa Saxônia, há um cidade de nome Hohnhorst.
  2. Para mais detalhes sobre o título nobiliárquico de conde, visite a seção específica: Título nobiliárquico
  3. a b c d e f g h i j k l m TEFFÉ, Tetrá de. Barão de Teffé, militar e cientista - Biografia do Almirante Antônio Luís von Hoonholtz. Centro de Documentação Geral da Marinha, Rio de Janeiro, 1977.
  4. Na obra Barão de Teffé, militar e cientista, Biografia do Almirante Antônio Luís von Hoonholtz, páginas 39 e 40.
  5. PORTO, Aurélio. O Trabalho alemão no Rio Grande do Sul, Graf, Santa Terezinha, Porto Alegre, 1934, p.99.
  6. BENTO, Cláudio Moreira. São Gabriel - A Atenas e Esparta Gaúchas, parágrafo 17
  7. TEFFÉ, Tetrá de. Barão de Teffé, militar e cientista - Biografia do Almirante Antônio Luís von Hoonholtz. Centro de Documentação Geral da Marinha, Rio de Janeiro, 1977. Página 61.
  8. [1]
  9. Lustosa, Isabel (2011-03-31). D. Pedro I. [S.l.]: Companhia das Letras. ISBN 9788580860061  Verifique data em: |ano= (ajuda)
  10. «ANAIS DO II COLÓQUIO DO LAHES: MICRO HISTÓRIA E OS CAMINHOS DA HISTÓRIA SOCIAL, no site da Universidade Federal de Juiz de Fora.» (PDF) 
  11. TEFFÉ, Tetrá de. Barão de Teffé, militar e cientista - Biografia do Almirante Antônio Luís von Hoonholtz. Centro de Documentação Geral da Marinha, Rio de Janeiro, 1977. Página 67.
  12. TEFFÉ, Tetrá de. Barão de Teffé, militar e cientista - Biografia do Almirante Antônio Luís von Hoonholtz. Centro de Documentação Geral da Marinha, Rio de Janeiro, 1977. A obra, edição comemorativa da marinha, foi elogiada por um importante Almirante da marinha do Brasil e cita as suas fontes em todo o corpo do texto. Página 66.
  13. «Maximilian von Schneeburg - Sala Brusque Virtual». enciclopedia.brusque.sc.gov.br. Consultado em 22 de outubro de 2015 
  14. «Revista 10 anos de Jornal Atual». calameo.com. Consultado em 22 de outubro de 2015 
  15. TEFFÉ, Tetrá de. Barão de Teffé, militar e cientista - Biografia do Almirante Antônio Luís von Hoonholtz. Centro de Documentação Geral da Marinha, Rio de Janeiro, 1977. Página 77 e outras.
  16. «"Nobre, negociante, político: o comendador Francisco José Cardoso", por Gustavo Alves Cardoso Moreira. Página 10» (PDF) 
  17. «Revista 10 anos de Jornal Atual». calameo.com. Consultado em 22 de outubro de 2015 
  18. Na obra Barão de Teffé, militar e cientista, Biografia do Almirante Antônio Luís von Hoonholtz, páginas 390 e 412.
  19. Imigrantes alemães, 1824-1853.
  20. [2]
  21. Segundo Tetra de Tefé teria nascido na Barra de Rio Grande, no navio que trouxe o casal e o batalhão de estrangeiros e teria se formado posteriormente na Academia Imperial de Belas Artes.
  22. Tese "PROLETÁRIOS DAS SECAS: ARRANJOS E DESARRANJOS NAS FRONTEIRAS DO TRABALHO (1877-1919)", de Tyrone Apollo Cândido. Tese submetida à banca de avaliação do Programa de Pós-Graduação em História Social da Universidade Federal do Ceará, em 2014, como requisito parcial para a obtenção do título de Doutor em História Social. Páginas 44 e 48.  
  23. Obra Barão de Teffé, militar e cientista, Biografia do Almirante Antônio Luís von Hoonholtz, pág. 240.
  24. «Deputado quer restituir mandatos de parlamentares cassados pelo regime militar». Consultado em 24 de novembro de 2015 
  25. «Site Navios Brasileiros» 
  26. «Catálogo "Processos da Nobreza Brasileira", no site do TJRJ.» (PDF) 
  27. Academia de História Militar Terrestre do Brasil BENTO, Cláudio Moreira. São Gabriel - A Atenas e Esparta Gaúchas, parágrafo 17, diz: Merece destaque em sua obra o trato da figura humana do Marechal Hermes e seu histórico e feliz casamento com Nair de Tefé, filha do Almirante Barão de Tefé e neta do Alferes e Conde von Hoonholtz.
  28. Site Nação Mestiça Cita Frederico Guilherme von Hoonholtz como conde.
  29. Dicionário Amazonense de Biografias por Agnello Bittencourt
  30. Soldados de Marinheiros do Brasil por Américo Palha
  31. Estrangeiros e descendentes na História Militar do Rio Grande do Sul (1635-1870), Friedrich Wilhelm von Hoonholtz é referido como conde, sem mais detalhes, citando como referência o trabalho de Frederico Villar, O almirante Luís von Hoonholtz, barão de Tefé. in: Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, Rio de Janeiro, agosto de 1942, nr. 2, p. 38.
  32. Transcrição do Archivo Nobiliárchico Brasileiro com adendas e correções Página na Wikipedia: Arquivo Nobiliárquico Brasileiro. O título não é mencionado na biografia do barão de Tefé do Archivo nobiliarchico brasileiro acessável na Digitalização do Archivo nobiliarchico brasileiro pela Universidade de Toronto
  33. BARATA, Carlos Eduardo de Almeida; BUENO, Antonio Henrique da Cunha. Dicionário de Famílias Brasileiras. 4 volumes, Rio de Janeiro, 1999.
  34. Associação Turma Barão de Tefé - formandos do Colégio Naval de 1981 e aspirantes do primeiro ano da Escola Naval de 1984.
  35. Biografia do seu filho o barão de Tefé no Senado Federal
  36. SANTOS, Presalindo de Lery. Pantheon fluminense: esboços biographicos, Typ. G. Leuzinger, 1880, 667 pp.
  37. OBERACKER, Karl Heinrich. A contribuição teuta à formação da nação brasileira, 4.a ed., Presença Edições, 1985, vol. 519pp.
  38. MENEZES, Raimundo de. Dicionário literário brasileiro, ilustrado. Edição Saraiva, 1969, vol. 5, 1499 pp.
  39. DREYFUS, Jenny. Louça da aristocracia no Brasil. Monteiro Soares Editores e Livreiros, 1982, 349 pp.
  40. PAIVA, Melquíades Pinto. Instituições de pesquisas marinhas do Brasil. IBAMA, 1996, ISBN 8573000244, 9788573000245, 463 pp.
  41. BLAKE, Augusto Victorino Alves Sacramento Blake. Diccionario bibliographico brazileiro. 7 vols, 1883.
  42. Sobre a família von Hoonholtz no Brasil, a obra Famílias Brasileiras de Origem Germânica (6 v.) (1962 e segs.) indica os descendentes de Friedrich Wilhelm von Hoonholtz e sua mulher, Johanne Cristine van Engel Alt, mas não menciona qualquer título de nobreza de nenhum dos dois.
  43. Imigrantes Alemães, 1824-1853 menciona Friedrich Wilhelm von Hoonholtz e sua esposa, Johanne Cristina van Engel Alt, mas sem qualquer título de nobreza a eles associado.
  44. Instituto Histórico e Geográfico de Santos
  45. Barão de Teffé, militar e cientista, Biografia do Almirante Antônio Luís von Hoonholtz, Biografia do barão de Tefé, editado e publicado pelo Centro de Documentação da Marinha, Rio de Janeiro, 1977, escrito pela nora do barão, Tetra de Tefé.
  46. Na obra Barão de Teffé, militar e cientista, Biografia do Almirante Antônio Luís von Hoonholtz, página 47.
  47. Siebmacher, Johann; Hildebrandt, Adolph Matthias (1869-01-01). J. Siebmacher's grosses und allgemeines Wappenbuch: Der Adel des Herzogthums Anhalt / bearb. von A.M. Hildebrandt. [S.l.]: Bauer und Raspe  Verifique data em: |ano= (ajuda)
  48. «The Sable Game - The Reich: Royalty and Nobility». www.sable.org.uk. Consultado em 30 de setembro de 2015 
  49. «Uradel and usage of "von" - Falken-Reck». Falken-Reck (em inglês). Consultado em 23 de outubro de 2015 
  50. «Antique Prints of Heraldry». www.philographikon.com. Consultado em 1 de dezembro de 2015 
  51. «Site oficial do Nordgut Hohnhorst»