Bitcoin: diferenças entre revisões

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== Ver também ==
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* [[Criptoanarquismo]]
* [[Contraeconomia]]
* [[Litecoin]]
* [[Bitcoin Cash]]
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* [[Contraeconomia]]
* [[Criptoanarquismo]]
* [[Economia da informação em rede]]
* [[Ethereum]]
* [[Ethereum]]
* [[Liberdade econômica]]
* [[Litecoin]]
* [[Sistema bancário livre]]
* [[Teoria quantitativa da moeda]]


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Revisão das 14h51min de 16 de agosto de 2017

Bitcoin
Desenvolvedor Satoshi Nakamoto
Lançamento 4 de fevereiro de 2009 (15 anos)
Versão estável 0.13.1[1] (27 de outubro de 2016; há 7 anos)
Versão em teste [+/-]
Gênero(s) Moeda digital
Licença Licença MIT

Bitcoin (símbolo: Ƀ; abrev: BTC ou XBT) é uma criptomoeda descentralizada apresentada em 2008 na lista de discussão The Cryptography Mailing[2] por um programador, ou um grupo de programadores, de pseudônimo Satoshi Nakamoto;[3][4][5][6] É considerada a primeira moeda digital descentralizada.

O bitcoin permite a transação financeira sem intermediários. Transações financeiras são verificadas por nós da rede P2P e gravadas em um banco de dados distribuídos, chamado de blockchain.

O Tesouro dos Estados Unidos classificou-a como primeira moeda digital descentralizada do mundo.[carece de fontes?] A topologia peer-to-peer da rede Bitcoin, e a ausência de uma entidade administradora central torna inviável que qualquer autoridade financeira ou governamental manipule a emissão e o valor de bitcoins ou induza inflação "imprimindo" mais notas. No entanto, grandes movimentos especulativos de oferta e demanda podem fazer com que o seu valor sofra oscilação no mercado de câmbio, sendo o maior de seu tipo em termos de valor de mercado.[carece de fontes?]

Adoção

Gráfico demonstrando o número crescente de transações mensais em bitcoins, de 2009 até 2017

No mês de julho de 2015, o Brasil bateu seu recorde local de transações em bitcoins, contabilizando 10 mil bitcoins, equivalentes a 9,3 milhões de reais.[7]

Informações técnicas

Blockchain

Blockchain ("Cadeia de Blocos" em inglês) é um banco de dados distribuídos, que tem a função de livro-razão de contabilidade pública (saldos e transações de contas), onde são registradas as transações bitcoin.[8] A tecnologia blockchain permite que esses dados sejam transmitidas entre todos os participantes da rede de maneira descentralizada e transparente. Dessa maneira, não é necessário a confiança em um terceiro para que os dados de contabilidade estejam corretos e não sejam fraudados.

Cada transação do tipo "pagador X enviou Y bitcoins para o recebedor Z" é transmitida para a rede através de um software. Os mineradores verificam se a transação é válida, e caso seja, adicionam a transação ao próximo bloco da cadeia de blocos. A cada 10 minutos, um novo bloco é adicionado à cadeia de blocos por um minerador. A cadeia de blocos recebe o novo bloco contendo várias transações recentes, incluindo a transação com a informação de que o recebedor Z agora tem +Y bitcoins e o pagador X tem -Y bitcoins.

Mais especificamente, cada nó gerador da rede procura todas as transações ainda não presentes na blockchain em um bloco candidato, um arquivo que entre outros,[9] possui o hash criptográfico do bloco válido anterior que esse nó conhece. Ele então tenta produzir um hash criptográfico desse bloco com certas características únicas, um esforço que requer um enorme poder computacional e quantidade previsível de repetidas tentativas e erros. Quando um nó encontra tal solução criptográfica, ele anuncia o resultado para o resto da rede, validando a transação. Pares que recebem novos blocos resolvidos validam-nos antes de aceitá-los, adicionando-os ao blockchain.

Eventualmente, a blockchain conterá a história de toda a transação e propriedade criptográfica de todas as bitcoins desde o endereço criador até o último endereço atual. As informações registradas na blockchain são imutáveis; e para reduzir o espaço de armazenagem, são usadas Árvores de Merkle.[10] Portanto, se um usuário tenta reusar moedas já gastas ("gasto duplo"), a rede irá rejeitar a transação.

Transações

A transferência de bitcoins na rede bitcoin se dá através de transações entre o endereço remetente e o destinatário. Em geral, esses endereços pertencem a pessoas diferentes, mas é possível que um usuário crie um endereço destinatário para si, realizando uma auto transferência de bitcoins. Também é possível que uma transação envolva vários destinatários.

Basicamente, o processo envolve três partes: recebimento do endereço destinatário, criação da transação, e transmissão da transação.

Inicialmente, o usuário que irá fazer o pagamento precisa saber o endereço destinatário. O usuário que receberá o pagamento pode informá-lo através de texto, ou através de um código de barras do tipo QR, que será escaneado pelo dispositivo do usuário pagador.

O programa de carteira do usuário pagador irá criar a transação. Para criar uma transação, o usuário precisa apenas informar a quantia de bitcoins que quer enviar e qual o endereço bitcoin de destino.

Para transmitir a transação à rede bitcoin, o usuário precisa apenas conectar-se à internet. Não é possível cancelar ou reverter uma transação após ela ter sido enviada pela rede. Para ter os bitcoins associados ao seu endereço próprio, o destinatário não precisa estar online no momento da transação e não precisa confirmá-la.

Carteiras

Software da carteira Bitcoin Core sendo executado no Windows 7

Uma carteira bitcoin armazena as informações que são necessárias para se fazer transações com bitcoin. Embora as carteiras frequentemente sejam descritas como um lugar para guardar, carregar ou armazenar bitcoins,[11][12] uma melhor maneira de se descrever uma carteira de bitcoins seria a de "armazenar as credenciais digitais que permitem que você use os seus fundos bitcoin".[12]

Como a tecnologia Bitcoin usa criptografia de chave pública, na qual duas chaves criptográficas, uma pública e uma privada, são geradas,[13] a melhor analogia para uma carteira seria a de um chaveiro, ou seja, uma coleção das chaves privadas secretas (e seus respectivos endereços bitcoin).

Existem vários tipos de carteiras, que geralmente são dividas nos subgrupos:

  • Carteira física: Utiliza algum tipo de armazenamento físico das chaves privadas.
    • Carteira de hardware: É um tipo de carteira física que usa algum dispositivo eletrônico para o armazenamento das chaves criptográficas.
  • Software de carteira: Um aplicativo de computador, smartphone ou tablet que é usado para fazer transações e guardas as chaves.
  • Serviço de carteira: Um serviço de internet que armazena as chaves para o usuário.
  • Carteira offline: Qualquer tipo de carteira que nunca se conecta à internet.

Carteiras de software podem conter todas as transações gravadas na blockchain (125 GB em Julho de 2017[14] ou apenas um subconjunto.

Pares de chaves

O site bitaddress.org permite a geração de um ou mais pares de chaves criptográficas: o endereço bitcoin (à esquerda) e a sua chave privada (à direita), que são exibidos em texto e em código QR

As carteiras bitcoin utilizam criptografia de chave pública, na qual duas chaves criptográficas, uma pública e uma privada, são geradas.[13] A chave privada é responsável pelo acesso dos fundos da carteira, enquanto que a chave pública pode ser espalhada para receber fundos.

Ao fazer transações nos aplicativos de carteira usados no dia-a-dia, o usuário precisa apenas informar o endereço destinatário, pois o endereço remetente e sua chave privada já estão armazenados no dispositivo do usuário.

Posse

Cadeia simplificada de posse. Na realidade, uma transação pode ter mais de um input e mais de um output.

A posse de bitcoins implica que um usuário tem a habilidade de gastar os bitcoins associados a um endereço específico. Para fazer isso, o comprador deve assinar digitalmente a transação usando a chave privada correspondente ao seu endereço. Não é possível assinar uma transação (e gastar bitcoins) sem que se conheça anteriormente a chave privada do endereço. A rede verifica a assinatura usando uma chave pública.Se a chave privada for perdida, a rede bitcoin não irá reconhecer nenhuma outra evidência de posse; e as bitcoins vinculadas ao endereço tornar-se-ão inutilizáveis, ou seja, serão efetivamente perdidas.[15]

Implementação de referência

O primeiro software de carteira se chama Bitcoin Core e foi lançado em 2009 por Satoshi Nakamoto, o inventor do Bitcoin. Ele é um programa de código-aberto, e originalmente se chamava bitcoind.[16] Às vezes chamado de "cliente Satoshi", ele também é conhecido como o cliente de referência (de implementação) pois serve para definir o protocolo bitcoin e atua como um padrão para outras implementações.[17] Na versão 0.5, o cliente deixou de usar o toolkit de interface de usuário wxWidgets e passou a usar o software Qt, e o novo pacote passou a ser conhecido como Bitcoin-Qt.[17] Após o lançamento da versão 0.9, o Bitcoin-Qt mudou de nome e passou a ser chamado de Bitcoin Core.[18]

Unidades

A unidade de conta do sistema Bitcoin é o "bitcoin". Os símbolos usados para representar o bitcoin são BTC, XBT e .[19]:1 Pequenas quantidades de bitcoin usadas como unidades alternativas são o milibitcoin (mBTC), microbitcoin (µBTC) e satoshi. Nomeado em homenagem ao criador do bitcoin, um satoshi é a menor quantidade do sistema, representando 0,00000001 bitcoin, um centésimo de milionésimo de um bitcoin. Um milibitcoin equivale a 0,001 bitcoin, que é um milésimo de bitcoin.[20] Um microbitcoin equivale a 0,000001 bitcoin, que é um milionésimo de bitcoin. Um microbitcoin às vezes é chamado também de um bit.

Em 7 de outubro de 2014, a Fundação Bitcoin divulgou um plano para inscrever o bitcoin para um código de moedas ISO 4217, e mencionou o BTC e XBT como os candidados principais.[21]

Oferta

Atualmente, o minerador que descobre um novo bloco recebe como recompensa bitcoins novos (recém-criados) e as taxas das transações incluídas naquele bloco.[22] Desde 28 de novembro de 2012,[23] a recompensa inclui 25 bitcoins novos (recém-criados) a cada bloco adicionado à cadeia de blocos (blockchain). Para poder resgatar sua recompensa, uma transação especial chamada de coinbase é incluída pelo minerador junto com os pagamentos que ele processou. :ch. 8 Todos os bitcoins em circulação podem ser rastreados retrogradamente até as suas respectivas transações coinbase. O protocolo bitcoin especifica que a recompensa a cada bloco adicionado será diminuída pela metade a cada quatro anos, em média. Em vista disso, estima-se que no ano de 2140, quando o limite arbitrário de 21 milhões de bitcoins produzidos será atingido, a recompensa será removida completamente e, a partir de então, os mineradores receberão apenas as taxas das transações do bloco como recompensa pelo seu trabalho.[24]

Mineração (geração de bitcoins)

A rede Bitcoin cria e distribui um novo lote de bitcoins aproximadamente 6 vezes por hora aleatoriamente entre participantes que estão rodando o programa de mineração de moedas. Qualquer participante tem chance de ganhar um lote enquanto roda o programa de mineração. O ato de gerar bitcoins é comumente chamado de "minerar" (como em "minerar ouro"[25]). A probabilidade de um certo minerador ganhar um lote depende do poder de processamento computacional com que ele contribui para a rede bitcoin em relação ao poder de processamento de todos os outros combinados.[26] A quantia de bitcoins geradas por lote nunca passa de 50 BTC, e esse valor está programado no protocolo bitcoin para encolher com o passar do tempo, de modo que o total de bitcoins criadas nunca passará de 21 milhões de BTC.[27] Com a redução desse prêmio, espera-se que a motivação para se rodar nó gerador (computador executando um programa de mineração) mudará para o recebimento de taxas de transação.

Todos os nós mineradores da rede competem para ser o primeiro a achar uma solução para um problema criptográfico envolvendo seu bloco candidato na block chain, um problema que requer poder computacional e repetidas tentativas e erros para ser resolvido. Quando um nó encontra tal solução criptográfica, ele anuncia aos demais nós na rede e reivindica um novo prêmio em bitcoins. Pares ao receber um bloco recém resolvido validam-no antes de aceitá-lo e incluí-lo na cadeia de blocos block chain. Os nós usam suas CPUs com o cliente padrão, e clientes de terceiros são capazes também de utilizar GPUs.[27][28][29] Mineradores também podem se juntar em grupos de mineração (conhecidos como "pools" em inglês) e minerar coletivamente.[30]

Para que a rede gere um bloco novo a cada 10 minutos em média, cada nó separadamente reajusta o nível de dificuldade do criptodesafio a cada duas semanas em resposta a mudanças no poder de processamento coletivo da rede.[carece de fontes?]

Atualmente, a mineração de bitcoins é uma área altamente competitiva, com hardware especializado vendido no mercado. Com a crescente dificuldade dos desafios criptográficos, tornou-se economicamente inviável utilizar CPUs para a mineração (pois a energia elétrica consumida custa mais que a recompensa em bitcoins gerada), e futuramente também as GPUs tornar-se-ão completamente obsoletas para esse propósito. Por este motivo, vários mineradores passaram a utilizar também circuitos integrados de aplicação específica (ASIC) para a mineração de bitcoins. Algumas empresas comercializam sistemas ASIC prontos para a mineração, com preços entre 250 e 2500 dólares.[31]

Taxas de transação

Os usuários de bitcoins opcionalmente podem pagar uma pequena taxa em cada transação. Isso fará com que a transação seja processada com maior prioridade pelos mineradores, aumentando a probabilidade de ela ser incluída mais rapidamente na block chain.[32]Os mineradores tem a capacidade de escolher quais transações eles irão processar, e geralmente priorizam aquelas que pagam as maiores taxas. As taxas são baseadas no tamanho de armazenamento da transação gerada, que por sua vez depende do número de inputs usados para criar a transação, e não no valor que está sendo transmitido. Além disso, transações com inputs não-gastos mais antigos também recebem prioridade.[33]

As taxas de transação são um dos incentivos para que os mineradores executem "nós" mineradores, especialmente quando a dificuldade de gerar moedas crescer ou o tamanho da recompensa por resolver um bloco diminuir com o tempo. "Nós" mineradores coletam as taxas de transação associadas a todas as transações incluídas em seu bloco candidato.[27]

Fungibilidade

Fungibilidade é o atributo pertencente aos bens móveis que podem ser substituídos por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade.

As carteiras e demais softwares administram os bitcoins de maneira equivalente, estabelecendo um nível básico de fungibilidade.

No entanto, pesquisadores já demonstraram que, como o histórico de cada bitcoin é registrado e disponível publicamente no registro da block chain, alguns usuários recusam-se a aceitar bitcoins oriundos de transações controversas (por exemplos, oriundos de roubos) o que poderia ser prejudicial para a fungibilidade do bitcoin.[34] Projetos como a Zerocoin e Dark Wallet buscam resolver essas questões de privacidade e fungibilidade.[35][36]

Economia

Bitcoin é uma das primeiras implementações do conceito chamado criptomoeda descentralizada, descrito originalmente em 1998 por Wei Dai na lista de discussões Cypherpunk.[37] Embora tenha apenas formato digital, um bitcoin não deixa de ser considerada um ativo, no sentido econômico do termo.

A economia de Bitcoin ainda é pequena comparada ao sistema financeiro tradicional e o software oficial ainda está no estágio beta. Entretanto serviços e bens reais como músicas, eletrônicos, imóveis, veículos e serviços de hotéis, restaurantes e desenvolvimento de software, em diversas partes do mundo já estão sendo negociadas. Bitcoins são aceitas tanto para serviços online quanto para bens tangíveis[38] Atualmente muitas organizações e associações aceitam doações em bitcoins; entre os muitos podemos citar a Electronic Frontier Foundation, Free Software Foundation, Wikimedia Foundation, Mozilla Foundation, Internet Archive, Freenet, The Pirate Bay, WikiLeaks e Singularity Institute.[39][40] As multinacionais Microsoft, Dell, Time Inc., Dish Network, Virgin Galactic e Reddit, entre outros, aceitam pagamentos em bitcoin. Paypal anunciou em setembro de 2014 que pretende aceitá-las. Muitos negociantes fazem câmbio entre moedas normais (incluindo Dólares americanos, Euros, Rublos russos, Yens japoneses entre outras) e bitcoins através de sites de câmbio.[41][42] Qualquer usuário pode verificar diretamente o blockchain e observar as transações quase em tempo real; existem vários websites que facilitam esse monitoramento.[43][44] Mas como os endereços dizem nada sobre seus donos não seria fácil identificar quem mandou e quem recebeu as moedas.

Compra e Venda

Bitcoins podem ser comprados e vendidos tanto online como offline. Os usuários de serviços de câmbio online realizam lances de compra e venda. O uso de um serviço de câmbio online implica certo risco, posto que tais serviços estão sujeitos a ir à falência, ou serem hackeados, levando consigo os bitcoins de clientes que estiverem sob sua custódia, e existem registros da ocorrência de ambas as situações.

Existem terminais de auto-atendimento para saque de bitcoins (ATM), que permitem a troca de reais em espécie por bitcoins e vice-versa. O serviço mais popular que fornece a localização mundial de ATMs é disponibilidado pela Coindesk.

Uma evolução muito esperada pela comunidade é o advento do câmbio descentralizado trustless, ou seja, que não requer confiança entre as partes transacionando. Há duas iniciativas em estágio avançado de desenvolvimento, mas ainda não disponíveis:

  • bitsquare.io: software livre que possibilita câmbio P2P com a presença de um árbitro mediador com reputação conhecida.
  • Coinffeine: startup que promete câmbio P2P sem necessidade de árbitro, mediante depósito em garantia maior que o valor das parcelas em que o câmbio é dividido.

Diferenças monetárias

Número total de bitcoins existentes ao longo do tempo.

Ao contrário das moedas normais, Bitcoin se destaca por suas propriedades tecnológicas superiores e neutralidade da rede, nenhum administrador ou programador pode controlar a emissão (causar inflação e deflação) de bitcoins devido a sua natureza descentralizada,[45][46] suavizando possíveis instabilidades financeiras causadas por políticas econômicas de bancos centrais como na crise econômica de Chipre.

Ao contrário dos bancos centrais, o sistema blockchain implementa um conjunto de regras que governam a rede Bitcoin. As regras são determinadas pela governança de código aberto. Estas regras são escritas pelos programadores em protocolos de código aberto auditável por todos, mas eles não são auto-executáveis. Para que as regras tenham validade é necessário criar um consenso social onde pelo menos 51% dos usuários (carteiras bitcoin) devem aceitar as regras, mas estas regras podem ser reescritas e alteradas a qualquer momento, se houver um consenso na comunidade de que as regras devem ser alteradas. Existe uma inflação programada no protocolo Bitcoin que ajusta a emissão de novas moedas, porém, por ser um código aberto totalmente auditável, a inflação é previsível e de conhecimento público.[25] A emissão de novas moedas bitcoins portanto não pode ser manipulada ou ofuscada para alterar o poder de compra dos usuários. No entanto, grandes movimentos especulativos de oferta e demanda podem fazer com que o seu valor sofra oscilação no mercado de câmbio.

As transações de bitcoin são processadas dentro da rede peer-to-peer sem a necessidade de um processador financeiro como intermediário entre os participantes da rede. As transações entre as criptomoedas não tem intermediário, portanto, estornos são impossíveis. A carteira bitcoin transmite transações para os nós da rede que continuam a propagação da informação sobre o pagamento pelo resto da rede. Transações corrompidas ou inválidas são rejeitadas por nós da rede. Transações são praticamente gratuitas, exceto pela pequena taxa opcional de transação que serve para dar prioridade ao processamento.[25] A conversão de moedas fiduciárias para bitcoin e vice-versa é feito em sites de câmbio bitcoin.

O número total de bitcoins gerados tende a 21 milhões com o passar do tempo. O suprimento de bitcoins cresce como uma progressão geométrica de 4 em 4 anos; metade do suprimento total vai ter sido minerada em 2013, e 3/4 terão sido mineradas em 2017. Chegando perto desse ponto o valor de bitcoins provavelmente começará sofrer deflação de preço (aumento no valor real) devido a escassez de moedas no mercado (maior demanda e menor oferta) e redução de moedas mineradas. No entanto, Bitcoins são divisíveis por pelo menos 8 casas decimais (disponibilizando um total de 2.1 x 1015 unidades), removendo limitações práticas em ajustes para baixo no preço bitcoin em um ambiente inflacionário (redução do poder de compra).[27] Ao invés de depender do incentivo de mineração para criar novas bitcoins, espera-se que nós mineradores durante esse período contarão com sua habilidade de coletar taxas de transação.[25]

Resultados

Hipóteses de falha para bitcoin incluem: vulnerabilidades ainda não descobertas no protocolo, desvalorização da moeda devido a queda da demanda, repressão por uma autoridade financeira global. Os sites de câmbio bitcoin podem sofrer repressão por um governo local. No entanto, provavelmente seria impossível "banir todas as criptomoedas em todo o mundo".[47] A descentralização, a internacionalização e o anonimato incorporadas em bitcoin parece ser uma reação aos processos contra companhias de moedas digitais centralizadas como E-gold e Liberty Dollar.[48] Num artigo investigativo o Times irlandês, Danny O'Brien relatou "Quando eu mostro essa economia bitcoin pras pessoas, elas perguntam: 'Isso é legal?' Perguntam: 'É um golpe?' Eu imagino que tem vários advogados e economistas por aí se esforçando pra tentar responder essas perguntas. Eu suspeito que a gente poderá incluir legisladores nessa lista em breve."[47] Em fevereiro de 2011, a cobertura por Slashdot e o subsequente efeito Slashdot afetaram o valor de bitcoin e a disponibilidade de alguns dos sites relacionados.[49][50]

Cronologia

2008–2009

  • Em 2008, Satoshi Nakamoto publicou um artigo científico na lista de discussão The Cryptography Mailing List[51] descrevendo o protocolo bitcoin.[25][52][53][54]
  • Em 2009, a rede bitcoin começa a funcionar com o lançamento do primeiro cliente bitcoin open source e a emissão das primeiras bitcoins.[52][55][56][57]

2010

  • O preço inicial das bitcoins foi definido por pessoas nos fóruns BitcoinTalk. As transações iniciais incluíam, por exemplo, a compra de uma pizza por 10 mil BTC.[52] O site Mt.Gox, uma espécie de mercado de câmbio de bitcoin, começa a operar.
  • No dia 6 de agosto, uma vulnerabilidade severa no protocolo do bitcoin foi descoberta. Transações não verificadas adequadamente eram incluídas no log de transações ("blockchain"). Aproveitando-se da falha, usuários podiam emitir para si mesmos quantidades ilimitadas de bitcoins, violando as restrições econômicas da moeda.[58][59]
  • No dia 15 de agosto houve o primeiro caso de usuários aproveitando-se da vulnerabilidade recém-descoberta. Mais de 184 bilhões de bitcoins foram gerados numa só transação e enviados a dois endereços distintos. Em poucas horas a vulnerabilidade foi corrigida com o lançamento de uma nova versão do protocolo; a transação adulterada, por sua vez, foi localizada e removida do log de transações. Este foi o único caso na história da bitcoin de uma grande falha de segurança exposta e utilizada para fraude.[58][59]

2011–2012

  • Em junho de 2011, Wikileaks[60] e outras organizações passam a aceitar bitcoins como forma de doação. Entre essas organizações estava inicialmente a Electronic Frontier Foundation, que pouco depois reverteu a decisão, alegando preocupações com a falta de precedentes legais da nova moeda.[61]
  • No fim de 2011, o preço da bitcoin despencou de US$ 30,00 para menos de US$ 2,00, evento que muitos consideram um "estouro de bolha". Alguns creem que a queda repentina deu-se por conta do crescente poder computacional e consequente redução de custo (de hardware e energia elétrica) para se produzir bitcoins (atividade denominada bitcoin mining).[62]
  • Em outubro de 2012, BitPay anunciou haver mais de 1000 comerciantes aceitando bitcoin como forma de pagamento.[63]
  • Em Novembro de 2012 o WordPress começou a aceitar transações com a moeda bitcoin.[64]

2013

Fevereiro

  • O sistema de pagamentos Coinbase anunciou ter vendido mais de US$ 1 milhão em forma de bitcoins em um só mês, com a cotação do bitcoin acima de US$ 22,00.[65]
  • O Internet Archive anunciou que passaria a aceitar bitcoins como forma de doação; além disso, passaria também a oferecer aos seus funcionários a chance de optar por receber parte de seus salários em bitcoins.[66]

Março

  • O log de transações ("blockchain") temporariamente dividiu-se em dois logs independentes governados por regras distintas. O site de câmbio de bitcoins Mt.Gox deixou de aceitar novos depósitos de bitcoins brevemente. Cotações de bitcoin caíram 23% para cerca de US$ 37,00,[67][68] retornando ao patamar anterior (cerca de US$ 48,00) após algumas horas.[69]
  • Nos Estados Unidos, o FinCEN criou regulamentos para "moedas virtuais" tais como o bitcoin, enquadrando os mineradores de bitcoins do país numa categoria financeira específica ("Money Service Businesses", algo como "Negócios Financeiros") que pode estar sujeita a obrigações legais específicas do governo.[70][71][72]
  • OKcupid começou a aceitar transações com a moeda bitcoin.[73]

Abril

  • Clientes dos sites de pagamentos BitInstant e Mt.Gox sofreram com atrasos devido ao aumento de procura por bitcoins, com consequente aumento das cotações do mesmo.[74]
  • No dia 10, a cotação do bitcoin despencou de US$ 266 para US$ 105. Seis horas após a queda, a moeda recuperou parte de seu valor, ficando cotada a US$ 160.[75]

Agosto

  • O Departamento de Finanças da Alemanha autorizou a utilização da moeda em transações financeiras privadas. Caso as empresas queiram utilizar o Bitcoin, deverão solicitar permissão da Autoridade de Supervisão Financeira Federal. O Bitcoin não será classificado como uma moeda real no país, mas sim como uma unidade de conta.

Novembro

  • Recorde. Em 17 de Novembro de 2013 a cotação do Bitcoin ultrapassou US$1216,7313.[76] A valorização do Bitcoin ocorre devido à movimentação do mercado chinês no BTC China, que hoje ocupa o primeiro lugar entre os sites de câmbio Bitcoin, ocupando o lugar que era do MTGox. O volume de compra de Bitcoin já é o maior de todos os tempos, mas não é de surpreender, já que a China possui cerca de 1,351 bilhão de habitantes (2012).

2014

Satoshi Nakamoto

Satoshi Nakamoto é o pseudônimo da pessoa ou grupo que criou o protocolo original do bitcoin, em 2008, e lançou a rede bitcoin, em 2009. Além do próprio bitcoin, nenhuma outra referência a essa identidade foi encontrada. Seu envolvimento no protocolo original parece ter se encerrado em meados de 2010.[52] Antes de seu "desaparecimento", Nakamoto mantinha-se ativo tanto postando informações técnicas no fórum BitcoinTalk quanto modificando a rede bitcoin. Ele foi o responsável por criar a maior parte do protocolo, raramente aceitando contribuições de terceiros.[52]

Em Abril de 2011, Satoshi informou a um colaborador do bitcoin que teria "partido para novas coisas".[77]

Identidade

Vários jornais, como o The New Yorker e o Fast Company tentaram encontrar a verdadeira identidade de Satoshi Nakamoto. A investigação do Fast Company insinuou haver uma ligação entre uma patente de criptografia requisitada por Neal King, Vladimir Oksman e Charles Bry no dia 15 de agosto de 2008 e o registro do domínio bitcoin.org, feito 72 horas depois. O pedido de patente (#20100042841) continha tecnologia similar à do bitcoin. Ao menos uma frase idêntica foi encontrada tanto no pedido de patente quanto no documento descrevendo o bitcoin. Os três homens envolvidos na petição de patente negaram explicitamente serem Satoshi Nakamoto.[78][79]

A Bifurcação de março de 2013

No dia 12 de março de 2013, um servidor bitcoin (também chamado de "minerador") rodando a versão mais recente do protocolo criou um registro grande demais no log de transação (também chamado "blockchain"), incompatível com versões anteriores do protocolo devido ao seu tamanho. Isso criou uma divisão no log de transações. Alguns usuários utilizavam a versão mais recente do protocolo, compatível com registros mais longos, enquanto outros usuários ainda utilizavam versões mais antigas do protocolo, não utilizando o log novo, grande demais. Essa bifurcação resultou na formação de dois logs diferentes sem um consenso de qual o log definitivo, o que permitiu que um mesmo valor de bitcoins, representado em dois logs distintos, fosse utilizado duas vezes. O site Mt.Gox temporariamente deixou de aceitar novos depósitos de bitcoins.[80] A cotação do bitcoin caiu 23% para US$ 37 no Mt.Gox, retornando à cotação anterior de US$ 48 após algum tempo.[67][68]

Desenvolvedores do bitcoin.org tentaram solucionar a divisão recomendando aos usuários que voltassem a usar uma versão anterior do protocolo, que utilizava a versão mais antiga do tronco comum de logs. Os fundos dos usuários, em grande parte, mantiveram-se inalterados e um consenso foi estabelecido em torno desta decisão. [81]

Regulação do FinCEN

Status legal em 2014

No dia 18 de Março de 2013, o Financial Crimes Enforcement Network (FinCEN), um órgão do governo americano, emitiu um relatório sobre moedas virtuais centralizadas e distribuídas e seu status legal. O relatório classificou moedas digitais e outras formas de pagamentos, inclusive o bitcoin, como "moedas virtuais" por estas não estarem sob autoridade de nenhum governo específico. O FinCEN eximiu os usuários americanos de bitcoin de quaisquer obrigações legais referentes à moeda, por considerar que o bitcoin não é regulado pelo FinCEN. No entanto, o órgão determinou que quaisquer partes que emitam moedas virtuais - o que inclui os "mineradores" de bitcoins - devem obeceder à legislação específica caso vendam sua moeda virtual em troca da moeda nacional.[70]

Além disso, o FinCEN declarou ter autoridade regulatória sobre organizações que usem bitcoins como um meio de pagamento ou câmbio.[71][72]

O corolário da decisão do FinCEN é a quebra de anonimidade do bitcoin. Por exemplo, em casos de atividade suspeita, os grandes sites de troca de bitcoin seriam obrigados a informar às autoridades dados sobre as negociações investigadas, da mesma maneira que instituições financeiras tradicionais têm de fazer.[82][83]

Cotações em 2013

Taxa de câmbio em dólar dos EUA

A cotação em dólar de um bitcoin cresceu uma ordem de grandeza, passando de cerca de US$ 13/BTC em 1 de Janeiro para US$ 1000/BTC em 27 de Novembro, apenas 10 meses depois. Especula-se que eventos globais como a crise financeira europeia - em particular a crise financeira do Chipre, além de declarações positivas do FinCEN dando maior respaldo legal à moeda, tenham motivado o recrudescimento da cotação.[84][85][86][87]

O valor de mercado do bitcoin - ou seja, a somatória de todas as moedas em circulação - atingiu a marca de 1 bilhão de dólares. Comentaristas do mercado financeiros suspeitam que os preços do bitcoin estejam passando por uma bolha econômica.[88][89][90] No dia 10 de abril de 2013, a moeda bitcoin caiu, em seis horas, de um preço de U$ 266,00 para U$ 105,00, retornando ao valor de U$ 160,00 dentro de seis horas.[75]

Críticas

Críticas ao Bitcoin são uma constante desde o início de sua adoção, e o embasamento para as mesmas varia entre episódios reais, projeções de mercado e falhas de design. Entre os críticos de Bitcoin encontram-se ex-usuários, tecnólogos, economistas e políticos.

Tecnologia

Segurança

Embora muitos considerem o Bitcoin uma moeda segura por causa de sua encriptação ponta-a-ponta, os riscos aos quais os usuários estão expostos fora da rede são o foco do problema. Uma vez que o acesso aos fundos de uma conta dependem unicamente da posse de uma chave secreta, os fundos de carteiras online podem ser hackeados,[91][92] e os fundos de carteiras offline compartilham as mesmas inseguranças de dinheiro em espécie e obrigações ao portador (títulos de crédito).[92]

Em fevereiro de 2014, a empresa de câmbio Mt. Gox iniciou uma ação de falência na justiça japonesa 4 dias após seu site ficar offline por uma crise interna originada do roubo de mais de meio milhão de bitcoins dos seus clientes devido a uma falha de segurança.

Além da possibilidade de roubo, os fundos podem simplesmente ser perdidos e se tornarem órfãos na ocasião em que o detentor da chave secreta perca sua posse (corrupção de memória, destruição ou extravio de chave física).[93] Nesse caso, não haveria meios de reaver posse da chave e, por consequência, dos fundos.

Irreversibilidade

A natureza irreversível das transações em Bitcoin geram desconfiança e aumentam o seu fator de insegurança. Embora a velocidade da confirmação de uma transação sem taxação seja um ponto positivo, uma vez que os fundos transferidos para uma chave pública serão posse confirmada do detentor de sua chave secreta equivalente na próxima atualização da blockchain, no caso onde o pagador não recebe o bem pelo qual ele pagou, a transação não pode ser desfeita e o pagador é prejudicado.[93]

Outro caso em que a irreversibilidade é indesejável é no caso em que os valores da transação, como a quantidade de bitcoins e as chaves públicas envolvidas, estejam incorretos. Nesse caso, a quantidade de Bitcoins transferida pode ser superior à desejada, ou bitcoins podem ser transferidas para os fundos da chave pública (destinatário) incorreta.

Soluções propostas são os serviços de garantias desenvolvidos na plataforma Bitcoin, mas o envolvimento de terceiras partes diminui a segurança ponta-a-ponta, e também é alvo de críticas.

Escalabilidade

O funcionamento da rede Bitcoin depende da ocorrência de um número bastante limitado de ações que diz respeito à criação de novos nós, fabricação de transações, mineração de moedas, prova de trabalho e estabelecimento de consenso. Porém, é uma visão crescente a de que a rede Bitcoin como originalmente implementada não é escalável.

Na criação de novos nós, a cópia da blockchain, base de dados sempre crescente, é a principal etapa. Porém o crescimento da mesma tem superado o crescimento das taxas de transferência de dados e capacidade de armazenamento. Para frear esse crescimento, os blocos da mesma tiveram seu tamanho máximo limitado, o que também limita o número de transações por período (10 minutos).[92] Embora isso não represente o fim imediato do Bitcoin, micropagamentos e transações isentas estão sendo cada vez menos processadas, eventualmente expirando.

O debate entre o aumento ou manutenção do tamanho máximo do bloco de transações por período tem dividido a comunidade envolvida no projeto e gerado controvérsia.[94] Aqueles que defendem o aumento, alegam que a manutenção está prejudicando a confiabilidade das transações feitas na rede, e os que defendem a manutenção, alegam que o aumento diminuiria o número de mineradores, gerando centralização da rede, além de não resolver o problema de escalabilidade do tamanho da blockchain. Os grupos que defendem cada um dos lados criaram versões concorrentes conhecidas como Bitcoin Core e Bitcoin Classic.

Centralização

Um das principais diretivas do projeto Bitcoin é a descentralização. Porém críticas sobre determinados aspectos do Bitcoin dizem respeito a elementos de centralização no mesmo. Ainda que a arquitetura da rede maximize a descentralização nos nós, a necessidade de prova de trabalho garante uma influência maior aos nós com maior poder de processamento específico na etapa de mineração. Aliado ao uso em larga escala de ASICs pela nova geração de mineradores, apenas um seleto grupo de indivíduos controla a criação de novos blocos da Blockchain. Com o possível aumento do tamanho máximo do bloco proposto pela versão Bitcoin Core, essa centralização se tornaria ainda maior.[94]

Outra forma de centralização que é alvo de críticas ao projeto Bitcoin é o processo de tomada de decisões de design. Embora o processo para sugerir novas modificações a serem feitas no código seja aberto a qualquer um que queira contribuir, a escolha das medidas a serem adotadas é feito por um pequeno grupo de programadores,[94] os quais não foram eleitos para tal função, nem são o(s) criador(es).

Economia

Instabilidade

Economistas conservadores têm desaconselhado a aplicação de fundos em Bitcoin como forma de investimento por causa de sua instabilidade. Embora crescimento instável possa ser regulado pela geração de interesse no investimento em bitcoins, um episódio de rápida desvalorização poderia significar a total ou parcial perda de valor da criptomoeda causada por um episódio de panic selling. As consequências disso seriam milhares de investidores da criptomoeda perderem seus investimentos da noite para o dia, ainda que sem perder a posse de seus bitcoins.[95]

Entre aqueles que levantaram essa questão está o ex-presidente da Reserva Federal dos Estados Unidos, Ben Bernake, que acusou a criptomoeda de ser altamente volátil.[96]

Em 2013, foi registrado um crescimento de 80 vezes no valor em libras de 1 bitcoin entre o início do ano e seu mês de novembro. Porém em abril de 2014 o seu valor foi registrado abaixo da metade do máximo registrado 5 meses antes.[91]

Outro motivo que faz com que a instabilidade do Bitcoin gere desconfiança é que ser uma forma estável de armazenar valor é uma de duas funções que uma moeda precisa desempenhar para que ela seja bem sucedida, sendo a outra função a de servir como um meio de troca.

Modelo Econômico

Embora o modelo de soma total fixa tenha sido um dos principais motivos para muitos terem elogiado e adotado o Bitcoin, vendo nele o exemplo oposto do que é feito por alguns governos (com a impressão de moeda e consequente inflação), essa decisão de design acabou significando uma diminuição na circulação da moeda, uma vez que muitos daqueles que a adotaram o fizeram na esperança de poder lucrar com o aumento de seu valor.[91] Além disso, quando a criação de bitcoins cessar, sempre que uma chave secreta for perdida, ou alguém se utilizar da blockchain para fazer uma marca temporal, a soma total de bitcoins não-orfãs diminuirá, diminuindo essa soma na prática.

Utilização

As diferentes maneiras nas quais você pode utilizar bitcoins ainda são limitadas, se comparadas ao dólar ou real.[92] Isso vem do fato de que é necessário um nível mais alto de conhecimento técnico para que uma pessoa possa receber pagamentos no formato da criptomoeda.

Uma vez que o número de clientes adeptos da moeda é pequeno para as grandes empresas, as mesmas tem mantido sua desconfiança com a aceitação da criptomoeda como forma de pagamento. Por falta de consolidação, Bitcoin tem encontrado dificuldades em ser amplamente utilizado no pagamento de serviços ou bens.[93] Uma possível consequência disso é a redução da criptomoeda a uma moeda intermediária, ou a um possível investimento, na prática. Se for esse o caso, existe uma tendência de desvalorização.

Especulação

A escolha de um teto para o número total de bitcoins também é criticada pelo incentivo à especulação. Aqueles que adotaram a moeda precocemente fizeram parte de histórias de enriquecimento e serviram de exemplo para aqueles interessados em obter bitcoins à espera de valorização.[91] Além disso, a moeda é deflacionária (devido à “orfanização” de bitcoins), e tem uma tendência permanente de crescimento.

Por outro lado, a existência desse mercado especulativo forte representa um risco indesejado àqueles dispostos a adotar a moeda como meio de pagamento, uma vez que ela se tornou extremamente instável e pode sofrer grandes variações de valor entre uma transação e outra.[93] Esse fato atrapalha a consolidação do Bitcoin como moeda, uma vez que quanto menos interesse houve em utilizá-la como meio de pagamento, menos pessoas e empresas se arriscarão a aceitá-la como meio de pagamento.

Político

O surgimento do Bitcoin iniciou um debate sobre a necessidade e a possibilidade de regulação de valores e transações. Embora algumas figuras políticas tenham demonstrado entusiasmo com a criptomoeda, outros defendem a necessidade de legislação regulatória, que pode focar nas transações a ocorrerem na rede, ou na criação de fundos de garantias de crédito para investidores da criptomoeda.

Regulamentação

A anonimidade (proposital) das transações que ocorrem na rede Bitcoin possibilita que a moeda seja utilizada como forma de pagamento em transações ilegais, como apostas e tráfico de drogas.[92] Embora seja fácil o rastreio das chaves públicas a qual uma determinada quantia pertenceu desde a sua criação, o mesmo não se pode dizer da tarefa de associar tais chaves à identidade dos portadores dessas carteiras. Essa característica impossibilita a taxação de um grande número de transações por parte dos governos dos diferentes países pelos quais esse valor pode ter viajado.

A necessidade de regulação não é defendida somente por legisladores, porém, mas também por aqueles que vêem na falta de regulação um motivo para não adotarem Bitcoin como uma moeda, uma vez que não existe nenhum órgão que ofereça garantia de valor mínimo àqueles dispostos a investir na moeda. Diferentemente do ouro, que tem como valor mínimo o de matéria-bruta para a produção de jóias, e do dólar, que tem o valor mínimo garantido pelo governo americano, o Bitcoin não possui garantias de valor.[95][93] E um órgão regulador que cumprisse a função de garantidor de crédito é cogitado como a solução para esse problema.

Não-Regulamentação

A arquitetura descentralizada do Bitcoin é uma escolha de design proposital com o objetivo de impossibilitar a regulação interna de seus mecanismos por um indivíduo ou instituição específica. Essa consequência foi atrativa para aqueles que viam com antipatia os episódios em que o governo de um país emitia cédulas e cedia crédito a grandes empresas com o propósito de evitar que as mesmas falissem, em detrimento do valor das reservas e salários da classe trabalhadora. Porém, a pressão feita pelas instituições governamentais pela existência de fiscalização e taxação podem diminuir o valor atrelado às bitcoins existentes.[92] Entretanto, isso não é uma possibilidade por limitações tecnológicas em mudar a estrutura da rede, atualmente.

Moral

Além dos problemas e críticas em relação ao projeto Bitcoin no sentido de sua capacidade como uma moeda funcional, o projeto também encontra dificuldade de aceitação por causa das possibilidades negativas que surgiram com a criação da criptomoeda.

Todas as transações na rede são registradas com a identificação de nós pelos seus pseudônimos. Um usuário mal-intencionado pode se utilizar da inexistência de registros de sua identidade na rede para fins ilícitos. O uso de bitcoins para o pagamento de transações no mercado negro (como a compra de drogas ilícitas, armas, etc.[96]) tem sido uma prática cada vez mais comum. Além disso, devido à irrastreabilidade de transações, a rede tem sido usada em esquemas de lavagem de dinheiro e sonegação de impostos.

Outra prática ilícita levantada pela Interpol é a utilização da Blockchain para espalhar conteúdo ilegal (como pornografia infantil) ou danoso (como malwares).[97]

Social

Em entrevista concedida ao portal online The Verge, Bill Gates desconsidera Bitcoin como uma opção para a população mais pobre,[98] atualmente, devido a sua volatilidade, e ao custo para a contratação de serviços de garantia que preservem os fundos do pagador, caso o mesmo cometa um erro ao fazer um pagamento.

Desafios à investigação criminal

Caixa eletrônico de bitcoins troca dinheiro real pela moeda digital.

Os relatórios emitidos pelo Banco Central Europeu (Virtual Currency Schemes – 2012), pelo Financial Crimes Enforcement Network do Departamento do Tesouro Nacional norteamericano (Application of FinCEN’s Regulation to Persons Administering, exchanging or Using Virtual Currencies – 2013) e pelo Federal Bureau of Investigation (Bitcoin Virtual Currency: Unique features Present Distinct Challenges for Deterring Illicity Activity – 2012) apresentam aspectos críticos associados à natureza conceitual e às transações envolvendo o Bitcoin.

Ao rigor das normas do Banco Central Europeu, bitcoin não é considerado moeda eletrônica por deixar de preencher alguns dos requisitos exigidos pela diretiva que orienta as transações com e-money, a Electronic Money Directive (2009/110/EC). De acordo com o documento, para ser considerada moeda eletrônica, faz-se necessário que tenha a capacidade de ser armazenada eletronicamente, ser aceita como forma de pagamento por instituições diversas da que a originou e ser emitida com base na recepção de fundos em quantidade não inferior ao valor monetário emitido. As duas condições iniciais estão satisfeitas, ao contrário da última, que conflita com a dinâmica de geração da moeda, denominada “mineração”, que mais se assemelha a uma competição matemática do que a uma operação financeira. Ao contrário dos mineradores de metais preciosos, como o ouro, que têm como desafio encontrá-los nas rochas ou no leito dos rios, os de Bitcoins tratam com dados. Toda a rede é garantida e regulada através de criptografia.[99]

Nos Estados Unidos, qualquer instituição que ofereça serviço de câmbio ou de remessa de valores ao exterior deve estar registrada como Money Services Business (MSB) junto ao Financial Crimes Enforcement Network (FinCEN) e implementar o programa de prevenção à lavagem de capitais.

No caso do bitcoin, o usuário final não é considerado MSB, não estando sujeito às regras do FinCEN. Porém, o administrador (aquele que coloca e retira bitcoins de circulação) e o exchanger (o que realiza a conversão e troca entre a moeda virtual e a oficial) devem, no âmbito das fronteiras norteamericanas, submeter-se às normas da referida instituição, comprometendo-se, inclusive, a implementar o programa anti-lavagem de capitais.[100]

O bitcoin pode se tornar um atrativo às atividades criminosas na medida em que é valorizado ante moedas oficiais e é aceito como forma de pagamento em diversas transações onlines para compra de bens (roupas, jogos, músicas) e serviços (hotéis, restaurantes), em diversas partes do mundo.[101]

Por essa razão, e com base em fontes confiáveis, o FBI classificou como alta a probabilidade de cibercriminosos se apropriarem indevidamente de bitcoins alheias constantes em carteiras individuais ou de interferirem nos serviços de validação da transação, utilizando-se de malwares ou invasões a sistemas computacionais.

O fato de não haver uma autoridade ou base de dados central, pois se trata de uma rede descentralizada e baseada em P2P, faz com que seja um grande desafio aos agentes da lei detectar atividades suspeitas, identificar usuários, obter registros das transações e, consequentemente, iniciar uma ação penal.[102]

A complexidade relativa à identificação do usuário pode ser mitigada pela possibilidade (facultativa) da publicação na block-chain do endereço IP de onde foi originada a transação, o que dependerá, também da forma como o usuário implementa sua carteira, utilizando-se ou não de recursos para tornar anônima sua posição.

A incerteza legal relacionada ao bitcoin deixa seus usuários desprotegidos, além de constituir um atrativo para criminosos, com a intenção de se apropriar indevidamente de valores (os próprios bitcoins), lavar capitais, fraudar transações.

Atividades suspeitas

  • Junho 2011: O Silk Road comercializa drogas ilícitas, aceitando pagamento unicamente através de Bitcoins;
  • Junho de 2011: O malware Infostealer.Coinbit foi considerado o primeiro destinado a furtar Bitcoins de carteiras individuais;
  • Julho de 2011: ZeroAccess botnet;
  • Outubro de 2011: Cibercriminoso oferece a venda do ZeuS botnet Trojan, aceitando pagamento em Bitcoins, Liberty Reserve ou WebMoney.[103]
  • Março de 2013: Mercado Bitcoin atacado com fatos ainda não esclarecidos bitcointalk.org
  • Fevereiro de 2014: Mt. Gox entra em colapso e suspende suas operações, suspeita-se de fraude interna e negligência, causando uma perda em 744,408 Bitcoins. Impacto afeta cotações em todo mercado de BitCoins.

Ver também

Referências

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Ligações externas

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