Colarinho azul: diferenças entre revisões

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Um '''trabalhador de colarinho azul''' é um membro da [[classe trabalhadora]] que normalmente realiza trabalho manual. Trabalhadores de colarinho azul são diferenciados dos trabalhadores do setor de serviços e dos [[Colarinho branco|trabalhadores de colarinho branco]]s, cujos trabalhos não são considerados trabalho manual.
Um '''trabalhador de colarinho azul''' é um membro da [[classe trabalhadora]] que normalmente realiza trabalho manual. Trabalhadores de colarinho azul são diferenciados dos trabalhadores do setor de serviços e dos [[Colarinho branco|trabalhadores de colarinho branco]]s, cujos trabalhos não são considerados trabalho manual.


Esta distinção teórica encontra raízes teóricas na sociologia norte-americana, especialmente em [[C. Wright Mills]], que, inspirado em Max Weber, publicou um estudo no final da década de 1960, trazendo a diferenciação entre tais trabalhadores como evidência do fato de que o ''status'' e prestígio constituem elementos de diferenciação dos trabalhadores intelectuais, os "de colarinho branco"{{sfn|Mills|1969|pp=240-244}}, associados aos escritórios, em relação aos trabalhadores braçais, associados às fábricas. Consequentemente, os trabalhadores de colarinho branco não se reconheceriam como classe trabalhadora, dado seu ''status'' e prestígio supostamente superiores.<ref>{{Citar web |url=https://www.ipea.gov.br/code2011/chamada2011/pdf/area11/area11-artigo7.pdf |título=A ‘NOVA CLASSE MÉDIA’ VAI AO PARAÍSO? |publicado=[[IPEA]] |autor=Ludmila Costhek Abílio |data=26 de outubro de 2011 |acessodata=07 de fevereiro de 2021}}</ref>
Esta distinção teórica encontra raízes teóricas na [[sociologia]] norte-americana, especialmente em [[C. Wright Mills]], que, inspirado em Max Weber, publicou um estudo no final da década de 1960, trazendo a diferenciação entre tais trabalhadores como evidência do fato de que o ''status'' e prestígio constituem elementos de diferenciação dos trabalhadores intelectuais, os "de colarinho branco"{{sfn|Mills|1969|pp=240-244}}, associados aos escritórios, em relação aos trabalhadores braçais, associados às fábricas. Consequentemente, os trabalhadores de colarinho branco não se reconheceriam como classe trabalhadora, dado seu ''status'' e prestígio supostamente superiores.<ref>{{Citar web |url=https://www.ipea.gov.br/code2011/chamada2011/pdf/area11/area11-artigo7.pdf |título=A ‘NOVA CLASSE MÉDIA’ VAI AO PARAÍSO? |publicado=[[IPEA]] |autor=Ludmila Costhek Abílio |data=26 de outubro de 2011 |acessodata=07 de fevereiro de 2021}}</ref>


Podem ser qualificados ou não qualificados e podem estar no negócio de [[Indústria manufatureira|fabricação]], [[mineração]], [[construção]], [[Mecânico (profissional)|mecânica]], manutenção e reparação, ou instalações técnicas. O trabalhador de colarinho branco, por seu lado, executa trabalho não-manual, frequentemente em escritório; o trabalhador de indústrias de serviços executa um trabalho envolvendo interação com o cliente, de entretenimento, [[retalho]], vendas externas e semelhantes.
Podem ser qualificados ou não qualificados e podem estar no negócio de [[Indústria manufatureira|fabricação]], [[mineração]], [[construção]], [[Mecânico (profissional)|mecânica]], manutenção e reparação, ou instalações técnicas. O trabalhador de colarinho branco, por seu lado, executa trabalho não-manual, frequentemente em escritório; o trabalhador de indústrias de serviços executa um trabalho envolvendo interação com o cliente, de entretenimento, [[retalho]], vendas externas e semelhantes.
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Revisão das 05h11min de 7 de fevereiro de 2021

Soldador a trabalhar num navio, em Chattanooga, Tennessee, junho de 1942.

Um trabalhador de colarinho azul é um membro da classe trabalhadora que normalmente realiza trabalho manual. Trabalhadores de colarinho azul são diferenciados dos trabalhadores do setor de serviços e dos trabalhadores de colarinho brancos, cujos trabalhos não são considerados trabalho manual.

Esta distinção teórica encontra raízes teóricas na sociologia norte-americana, especialmente em C. Wright Mills, que, inspirado em Max Weber, publicou um estudo no final da década de 1960, trazendo a diferenciação entre tais trabalhadores como evidência do fato de que o status e prestígio constituem elementos de diferenciação dos trabalhadores intelectuais, os "de colarinho branco"[1], associados aos escritórios, em relação aos trabalhadores braçais, associados às fábricas. Consequentemente, os trabalhadores de colarinho branco não se reconheceriam como classe trabalhadora, dado seu status e prestígio supostamente superiores.[2]

Podem ser qualificados ou não qualificados e podem estar no negócio de fabricação, mineração, construção, mecânica, manutenção e reparação, ou instalações técnicas. O trabalhador de colarinho branco, por seu lado, executa trabalho não-manual, frequentemente em escritório; o trabalhador de indústrias de serviços executa um trabalho envolvendo interação com o cliente, de entretenimento, retalho, vendas externas e semelhantes.


Ligações externas

Referências

  1. Mills 1969, pp. 240-244.
  2. Ludmila Costhek Abílio (26 de outubro de 2011). «A 'NOVA CLASSE MÉDIA' VAI AO PARAÍSO?» (PDF). IPEA. Consultado em 07 de fevereiro de 2021  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)

Bibliografia

  • MILLS, C. Wright (1969), White Collar: The american middle classes, Oxford University Press