Lista de aeronaves de Santos Dumont: diferenças entre revisões
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Ao longo de sua carreira, o pioneiro da aviação [[Santos Dumont|Alberto Santos-Dumont]] projetou, construiu |
Ao longo de sua carreira, o pioneiro da aviação [[Santos Dumont|Alberto Santos-Dumont]] projetou, construiu e demonstrou uma variedade de [[aeronave]]s — [[Balão de ar quente|balões]], [[Dirigível|dirigíveis]], [[monoplano]]s, [[biplano]]s e um [[helicóptero]]. |
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| '''Nº 1''' (dirigível) — voado pela primeira vez em 18 de setembro de 1898. Tinha um envelope cilíndrico com extremidades [[Cónica|cônicas]] contendo um [[balonete]] ligado a uma bomba de ar: 25 m de comprimento, 3,5 m de [[diâmetro]] |
| '''Nº 1''' (dirigível) — voado pela primeira vez em 18 de setembro de 1898. Tinha um envelope cilíndrico com extremidades [[Cónica|cônicas]] contendo um [[balonete]] ligado a uma bomba de ar: 25 m de comprimento, 3,5 m de [[diâmetro]] e 180 m<sup>3</sup> de capacidade. Uma cesta [[Quadrado|quadrada]] foi suspensa a partir de ripas de [[madeira]] contidas em bolsos no [[Dirigível|envelope]] e um [[Leme (navegação)|leme]] coberto de [[seda]] equipado atrás e acima da cesta. Alimentado por um [[motor]] De Dion de 3 cavalos de potência montado do lado de fora e na frente da cesta, conduzindo uma pequena [[hélice]] de duas lâminas. A inclinação podia ser controlada movendo um par de sacos de [[Lastro (transporte)|lastro]]. Manobrava bem, mas o [[balonete]] era pequeno demais para manter a rigidez necessária do envelope, e a perda de [[pressão]] causou sua destruição no seu segundo voo no dia 20 de setembro.<ref>{{citar periódico|url=http://www.flightglobal.com/pdfarchive/view/1916/1916%20-%200965.html|periódico=[[Flight International|''Flight'']]|título=Airship Pioneers|data=1916-11-02|página=957}}</ref>{{harvref|Dumont|1904|pp=77-81}} |
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|'''Nº 3''' ([[dirigível]]) — mais curto e de maior [[diâmetro]] do que os anteriores, tinha o objetivo de evitar a perda do formato devida à falta de [[pressão]] interna que tinha levado à sua perda. Tinha 20,11 m de comprimento, 7,472 m de [[diâmetro]] e capacidade de 500 m<sup>3</sup>. Uma [[Quilha (náutica)|quilha]] de [[bambu]] foi suspensa do envelope |
|'''Nº 3''' ([[dirigível]]) — mais curto e de maior [[diâmetro]] do que os anteriores, tinha o objetivo de evitar a perda do formato devida à falta de [[pressão]] interna que tinha levado à sua perda. Tinha 20,11 m de comprimento, 7,472 m de [[diâmetro]] e capacidade de 500 m<sup>3</sup>. Uma [[Quilha (náutica)|quilha]] de [[bambu]] foi suspensa do envelope e a cesta mais abaixo. Nenhum [[balonete]] foi montado. Inflado com [[Gás de cidade|gás de carvão]], não de [[Hidrogénio|hidrogênio]]. Teve seu primeiro voo em [[13 de novembro]] de [[1899]].<ref>[[wikisource:en:My Airships/Chapter 10|My Airships]]</ref> |
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|[[Ficheiro:Santos-Dumont_No._3_airship.jpg|125px]] |
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|'''Nº 4''' ([[dirigível]]) — 39 m de comprimento, com um [[diâmetro]] de 5,1 m e capacidade de 420 m<sup>3</sup> de [[gás]].{{harvref|Dumont|1904|pp=136-137}} Nº 4 diferiu consideravelmente dos modelos anteriores, não só na forma do envelope, mas no arranjo da [[Quilha (náutica)|quilha]], que agora carregava o [[motor]], um Buchet de 7 cavalos, e o [[Piloto (aviação)|piloto]], que ficava sentado no selim de uma [[bicicleta]]. Uma [[hélice]] de trator foi montada na frente da [[Quilha (náutica)|quilha]]. Um [[balonete]] e bomba foram montados, e Santos Dumont, tendo adquirido uma usina de geração de [[Hidrogénio|hidrogênio]], voltou a usar hidrogênio como gás. |
|'''Nº 4''' ([[dirigível]]) — 39 m de comprimento, com um [[diâmetro]] de 5,1 m e capacidade de 420 m<sup>3</sup> de [[gás]].{{harvref|Dumont|1904|pp=136-137}} Nº 4 diferiu consideravelmente dos modelos anteriores, não só na forma do envelope, mas no arranjo da [[Quilha (náutica)|quilha]], que agora carregava o [[motor]], um Buchet de 7 cavalos, e o [[Piloto (aviação)|piloto]], que ficava sentado no selim de uma [[bicicleta]]. Uma [[hélice]] de trator foi montada na frente da [[Quilha (náutica)|quilha]]. Um [[balonete]] e bomba foram montados, e Santos Dumont, tendo adquirido uma usina de geração de [[Hidrogénio|hidrogênio]], voltou a usar hidrogênio como gás. |
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O motor mais tarde substituído por um de quatro cilindros refrigerado a ar e envelope aumentado para 33 m.{{harvref|Dumont|1904|pp=137-138}} |
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|[[File:Dirigível Nº4 - 1-13818-0000-0000, Acervo do Museu Paulista da USP.jpg|125px]] |
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|'''Nº 5''' ([[dirigível]]) — Construído para tentar ganhar o prêmio [[Henri Deutsch de la Meurthe|Henry Deutsch de la Meurthe]] por um voo desde o campo de voo do [[Aéro-Club de France|Aero-Club de France]] em [[Saint-Cloud]] até a [[Torre Eiffel]] e de volta dentro de 30 minutos. Usou o envelope alargado do Nº 4, a partir do qual uma gôndola [[Triângulo|triangular]] feita de pinho foi suspensa. Outras inovações incluem a utilização de [[corda de piano]] para suspender a gôndola, reduzindo em muito o [[arrasto]], e a inclusão de tanques de água como [[Lastro (transporte)|lastro]]. Alimentado por um [[motor]] refrigerado a ar de 12 hp e 4 cilindros movendo uma [[hélice]] propulsora.{{harvref|Dumont|1904|pp=148-149}} Voado pela primeira vez em 11 de julho de 1901: um longo voo foi feito no dia seguinte e uma tentativa ao prêmio de la Meurth no dia 13: o voo de ida foi realizado em dez minutos, mas o retorno foi prejudicado por um vento e levou meia hora. Chegando em St Cloud, o motor falhou e o [[dirigível]] foi soprado para árvores vizinhas, danificando o envelope. Uma segunda tentativa ao prêmio foi feita em 8 de agosto, mas terminou em desastre: após alcançar a torre em oito minutos, a aeronave começou a perder de hidrogênio devido a uma [[Válvula (tubulação)|válvula]] defeituosa. A deflação parcial do envelope fez com que alguns dos fios suspensos danificassem a [[hélice]]: |
|'''Nº 5''' ([[dirigível]]) — Construído para tentar ganhar o prêmio [[Henri Deutsch de la Meurthe|Henry Deutsch de la Meurthe]] por um voo desde o campo de voo do [[Aéro-Club de France|Aero-Club de France]] em [[Saint-Cloud]] até a [[Torre Eiffel]] e de volta dentro de 30 minutos. Usou o envelope alargado do Nº 4, a partir do qual uma gôndola [[Triângulo|triangular]] feita de pinho foi suspensa. Outras inovações incluem a utilização de [[corda de piano]] para suspender a gôndola, reduzindo em muito o [[arrasto]], e a inclusão de tanques de água como [[Lastro (transporte)|lastro]]. Alimentado por um [[motor]] refrigerado a ar de 12 hp e 4 cilindros movendo uma [[hélice]] propulsora.{{harvref|Dumont|1904|pp=148-149}} Voado pela primeira vez em 11 de julho de 1901: um longo voo foi feito no dia seguinte e uma tentativa ao prêmio de la Meurth no dia 13: o voo de ida foi realizado em dez minutos, mas o retorno foi prejudicado por um vento e levou meia hora. Chegando em St Cloud, o motor falhou e o [[dirigível]] foi soprado para árvores vizinhas, danificando o envelope. Uma segunda tentativa ao prêmio foi feita em 8 de agosto, mas terminou em desastre: após alcançar a torre em oito minutos, a aeronave começou a perder de hidrogênio devido a uma [[Válvula (tubulação)|válvula]] defeituosa. A deflação parcial do envelope fez com que alguns dos fios suspensos danificassem a [[hélice]]: Santos-Dumont então parou o [[motor]], deixando a aeronave não só sem energia, mas sem qualquer forma de inflar o [[balonete]] para manter a forma do envelope. Impotente, a aeronave foi soprada de volta para a torre e para cima de um telhado do Hotel Trocadero, estourando o envelope com um ruído descrito em alguns relatos da imprensa como uma explosão, mas que Santos-Dumont compara a um saco de papel arrebentando. Santos-Dumont foi deixado precariamente suspenso acima do pátio do hotel, mas foi resgatado pela brigada de incêndio de [[Paris]]. A aeronave foi completamente danificada e só o [[motor]] foi recuperado.{{harvref|Dumont|1904|pp=171-177}} |
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|[[File:Dirigível Nº5 - 1-13647-0000-0000, Acervo do Museu Paulista da USP.jpg|125px]] |
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|'''[[Santos-Dumont Nº 6|Nº 6]]''' ([[dirigível]]) — a construção iniciou-se imediatamente após a perda do Nº 5, e concluída no início de setembro. |
|'''[[Santos-Dumont Nº 6|Nº 6]]''' ([[dirigível]]) — a construção iniciou-se imediatamente após a perda do Nº 5, e concluída no início de setembro. Era semelhante ao Nº 5 mas com um envelope maior de 22 m de comprimento e capacidade de 622 m<sup>3</sup>. Ganhou o [[Prêmio Deutsch|Prêmio Deutsch de la Meurthe]] em 19 de outubro de 1901.{{harvref|Barros|2021|p=5}} |
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|'''Nº 7''' ([[dirigível]]) — Uma aeronave rápida para competições, construída para competir a prêmios de [[aviação]] na [[Exposição Universal de 1904]]. Antes das competições, o envelope do dirigível foi [[Sabotagem|sabotado]], impedindo-o de competir.<ref>{{Citar periódico|título=M. Santos Dumont's Airship|data=1904-06-29|pagina=10|número=37433}}</ref> Tinha um envelope de [[seda]] com revestimento duplo de 50 m de comprimento, 7,92 m de [[diâmetro]] |
|'''Nº 7''' ([[dirigível]]) — Uma aeronave rápida para competições, construída para competir a prêmios de [[aviação]] na [[Exposição Universal de 1904]]. Antes das competições, o envelope do dirigível foi [[Sabotagem|sabotado]], impedindo-o de competir.<ref>{{Citar periódico|título=M. Santos Dumont's Airship|data=1904-06-29|pagina=10|número=37433}}</ref> Tinha um envelope de [[seda]] com revestimento duplo de 50 m de comprimento, 7,92 m de [[diâmetro]] e capacidade de 1260 m<sup>3</sup>. Ele era alimentado por um [[motor]] refrigerado a [[água]] de 60 hp conduzindo duas [[hélice]]s, uma na frente e uma na parte de trás da gôndola.<ref>{{citar periódico|url=http://www.flightglobal.com/pdfarchive/view/1916/1916%20-%200966.html|periódico=[[Flight International|''Flight'']]|título=Airship Pioneers|data=1916-11-02|página=958}}</ref> |
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|'''Nº 10''' ([[dirigível]]) — às vezes chamado de ''Omnibus'', este foi destinado ao transporte de doze passageiros, além do piloto e um segundo membro da tripulação. Tinha 48 m de comprimento, 8,5 m de diâmetro |
|'''Nº 10''' ([[dirigível]]) — às vezes chamado de ''Omnibus'', este foi destinado ao transporte de doze passageiros, além do piloto e um segundo membro da tripulação. Tinha 48 m de comprimento, 8,5 m de diâmetro e 2010 m<sup>3</sup> de capacidade. O piloto e o [[motor]] Clément refrigerado a [[água]] de 46 hp e quatro cilindros ocupavam uma gôndola de [[Seção transversal (geometria)|seção]] triangular descoberta e suspensa 2 m abaixo do envelope, com uma [[hélice]] coberta de tecido no final: uma segunda gôndola suspensa 10 m abaixo desta segurava as três cestas para passageiros e um assistente do piloto. Fez apenas voos de teste.<ref>{{Citar periódico|url=http://gallica.bnf.fr/ark:/12148/bpt6k6551282n/f34.image|título=Santos-Dumont aviateur}}</ref><ref>{{Citar periódico|url=http://gallica.bnf.fr/ark:/12148/bpt6k65534693/f210.image.r=Santos%20Dumont|título=Les prochaines expériences de Santos-Dumont}}</ref> |
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|'''Nº 12''' ([[helicóptero]])— Dois rotores de 6 m de [[diâmetro]] feitos de [[seda]] envernizadas esticada sobre um quadro de [[bambu]]. Alimentado por um [[motor]] Antoinette de 25 hp.<ref>{{Citar periódico|url=http://gallica.bnf.fr/ark:/12148/bpt6k6551282n/f34.image|título=Santos-Dumont aviateur}}</ref> |
|'''Nº 12''' ([[helicóptero]])— Dois [[Rotor|rotores]] de 6 m de [[diâmetro]] feitos de [[seda]] envernizadas esticada sobre um quadro de [[bambu]]. Alimentado por um [[motor]] Antoinette de 25 hp.<ref>{{Citar periódico|url=http://gallica.bnf.fr/ark:/12148/bpt6k6551282n/f34.image|título=Santos-Dumont aviateur}}</ref> |
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|'''Nº 14''' ([[dirigível]]) — Originalmente construído com um envelope muito alongado de 41 metros de comprimento e um volume de 186 m<sup>3</sup>. Alimentado por um motor de motocicleta Peugeot de 14 2-cilindro Peugeot, que foi montado em uma cesta de balão que foi suspensa a partir de uma quilha de bambu que, por sua vez, foi suspensa a partir de um pedaço de bambu inserido em um bolso na parte inferior do envelope.<ref>{{Citar periódico|url=http://gallica.bnf.fr/ark:/12148/bpt6k6553918h/f93.image|título=Un nouveau racer aérien}}</ref> Posteriormente modificado consideravelmente, com um envelope curto e uma gôndola pequena.<ref>{{Citar periódico|url=http://gallica.bnf.fr/ark:/12148/bpt6k6553918h/f207.image.r=Santos%20Dumont.langEN|título=Le Santos-Dumont XIV à Trouville}}</ref> |
|'''Nº 14''' ([[dirigível]]) — Originalmente construído com um envelope muito alongado de 41 metros de comprimento e um volume de 186 m<sup>3</sup>. Alimentado por um motor de motocicleta [[Peugeot]] de 14 2-cilindro Peugeot, que foi montado em uma cesta de balão que foi suspensa a partir de uma quilha de bambu que, por sua vez, foi suspensa a partir de um pedaço de bambu inserido em um bolso na parte inferior do envelope.<ref>{{Citar periódico|url=http://gallica.bnf.fr/ark:/12148/bpt6k6553918h/f93.image|título=Un nouveau racer aérien}}</ref> Posteriormente modificado consideravelmente, com um envelope curto e uma gôndola pequena.<ref>{{Citar periódico|url=http://gallica.bnf.fr/ark:/12148/bpt6k6553918h/f207.image.r=Santos%20Dumont.langEN|título=Le Santos-Dumont XIV à Trouville}}</ref> |
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|[[File:Dirigível Nº14 - 1-13633-0000-0000, Acervo do Museu Paulista da USP.jpg|125px]] |
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|[[14-bis|'''Nº 14-bis''']] ([[avião]]) — Design ([[canard]]) [[biplano]] design com a cauda para a frente; |
|[[14-bis|'''Nº 14-bis''']] ([[avião]]) — Design ([[canard]]) [[biplano]] design com a cauda para a frente; voado para ganhar o prêmio do [[Aéro-Club de France|Aero-Club de France]] para o primeiro voo oficialmente observado de mais de 100 m em 12 de novembro de 1906. Foi testado suspendendo-o do dirigível Nº 14, daí o seu nome. |
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|'''Nº 15''' ([[avião]]) — [[Biplano]] alimentado por um [[motor]] Antonieta de 50 hp montado acima da asa superior. Asas de grande [[Alongamento (asa)|proporção]], abrangendo 11 m com uma [[Corda média aerodinâmica|corda]] de apenas 60 cm, dando uma área de superfície de 13 m<sup>2</sup>, divididas em três compartimentos por superfícies verticais ao longo da corda. Diedro pronunciado como o ''14bis'', equipado com [[ailerons]] na frente das asas. As [[asa]]s eram cobertas com 3 mm de madeira compensada Okoume. O trem de pouso consistia de uma única roda, montada na junção da parte da frente da asa inferior e o tailskid. A cauda do biplano era carregada em um par de lanças de [[bambu]] colocadas um acima da outra e lateralmente presas às asas por cabos de aço.<ref>{{Citar periódico|url=http://gallica.bnf.fr/ark:/12148/bpt6k6551462k/f102.image|título=Machines volantes d'aujourd'hui et de demain}}</ref> Danificado durante ensaios de taxiamento em 27 de março de 1907, posteriormente reparado e equipado com um 100 Antonieta V-16, mas nunca voou com sucesso.<ref>{{Citar livro|título=The Rebirth of European Aviation|ultimo=Gibbs-Smith, C. H.|isbn=0 11290180 8}}</ref> |
|'''Nº 15''' ([[avião]]) — [[Biplano]] alimentado por um [[motor]] Antonieta de 50 hp montado acima da asa superior. Asas de grande [[Alongamento (asa)|proporção]], abrangendo 11 m com uma [[Corda média aerodinâmica|corda]] de apenas 60 cm, dando uma área de superfície de 13 m<sup>2</sup>, divididas em três compartimentos por superfícies verticais ao longo da corda. [[Diedro]] pronunciado como o ''14bis'', equipado com [[Aileron|ailerons]] na frente das asas. As [[asa]]s eram cobertas com 3 mm de [[madeira compensada]] Okoume. O trem de pouso consistia de uma única roda, montada na junção da parte da frente da asa inferior e o tailskid. A cauda do biplano era carregada em um par de lanças de [[bambu]] colocadas um acima da outra e lateralmente presas às asas por cabos de aço.<ref>{{Citar periódico|url=http://gallica.bnf.fr/ark:/12148/bpt6k6551462k/f102.image|título=Machines volantes d'aujourd'hui et de demain}}</ref> Danificado durante ensaios de taxiamento em 27 de março de 1907, posteriormente reparado e equipado com um 100 Antonieta V-16, mas nunca voou com sucesso.<ref>{{Citar livro|título=The Rebirth of European Aviation|ultimo=Gibbs-Smith, C. H.|isbn=0 11290180 8}}</ref> |
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|'''Nº 16''' ([[dirigível]] híbrido) — 21 m de comprimento, 3 m de diâmetro |
|'''Nº 16''' ([[dirigível]] híbrido) — 21 m de comprimento, 3 m de diâmetro e capacidade de 99 m<sup>3</sup>. Equipado com um elevador frontal hexagonal e uma superfície de elevação central de 4 m, este foi um dirigível híbrido incapaz de voar dependendo exclusivamente de flutuação [[aerostática]] e necessitava de sustentação aerodinâmica para voar. Testado sem sucesso, em 8 de julho de 1907.<ref>{{Citar periódico|url=http://gallica.bnf.fr/ark:/12148/bpt6k6551462k/f171.image|título=Un appareil mixte. - L'aéroplane à ailes de bois reconstitué}}</ref> |
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|'''Nº 17'''— Parecido com o número 15, mas com um motor Levavasseur de 100 cv, que não chegou a ser testado.{{harvref|de Barros|2006|p=43}} |
|'''Nº 17'''— Parecido com o número 15, mas com um motor Levavasseur de 100 cv, que não chegou a ser testado.{{harvref|de Barros|2006|p=43}} |
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|'''Nº 18''' — Não é um avião, mas um "''hidro-flotteur''" movido a [[hélice]] e alimentado por um [[motor]] Antonieta V-16 de três pás de hélice |
|'''Nº 18''' — Não é um avião, mas um "''hidro-flotteur''" movido a [[hélice]] e alimentado por um [[motor]] Antonieta V-16 de três pás de hélice e repousado sobre um central float alongado estabilizado por floats menores de ambos os lados.<ref>{{Citar web|url=http://www.aer.ita.br/~bmattos/sd/aeronaves/18.html|titulo=Aeroplano Número 18|acessodata=2017-07-27|arquivourl=https://web.archive.org/web/20140419025715/http://www.aer.ita.br/~bmattos/sd/aeronaves/18.html|arquivodata=2014-04-19|urlmorta=yes}}</ref> |
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|'''[[Santos-Dumont Demoiselle|Nº 20 ''Demoiselle'']]''''' — Uma modificação do Nº 19, considerada a primeira [[Ultraleve|aeronave ultraleve]] prática. |
|'''[[Santos-Dumont Demoiselle|Nº 20 ''Demoiselle'']]''''' —'' Uma modificação do Nº 19, considerada a primeira [[Ultraleve|aeronave ultraleve]] prática. |
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*{{Citar periódico|url=https://www.gov.br/mcti/pt-br/rede-mcti/mast/imagens/noticias/2021/julho/santos-dumont-um-pioneiro-da-seguranca-de-voo-e-dos-ensaios-em-voo-20-07.pdf|último=Barros|primeiro=Henrique Lins de|título=Santos Dumont: Um pioneiro da segurança de voo e dos ensaios em voo|ano=2021|páginas=11|arquivourl=https://web.archive.org/web/20210720143249/https://www.gov.br/mcti/pt-br/rede-mcti/mast/imagens/noticias/2021/julho/santos-dumont-um-pioneiro-da-seguranca-de-voo-e-dos-ensaios-em-voo-20-07.pdf|arquivodata=2021-07-20|urlmorta=não|ref=harv}} |
*{{Citar periódico|url=https://www.gov.br/mcti/pt-br/rede-mcti/mast/imagens/noticias/2021/julho/santos-dumont-um-pioneiro-da-seguranca-de-voo-e-dos-ensaios-em-voo-20-07.pdf|último=Barros|primeiro=Henrique Lins de|título=Santos Dumont: Um pioneiro da segurança de voo e dos ensaios em voo|ano=2021|páginas=11|arquivourl=https://web.archive.org/web/20210720143249/https://www.gov.br/mcti/pt-br/rede-mcti/mast/imagens/noticias/2021/julho/santos-dumont-um-pioneiro-da-seguranca-de-voo-e-dos-ensaios-em-voo-20-07.pdf|arquivodata=2021-07-20|urlmorta=não|ref=harv}} |
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Revisão das 17h39min de 25 de outubro de 2021
Ao longo de sua carreira, o pioneiro da aviação Alberto Santos-Dumont projetou, construiu e demonstrou uma variedade de aeronaves — balões, dirigíveis, monoplanos, biplanos e um helicóptero.
Lista
Modelo | Imagem |
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Brésil (balão) — Envelope de seda japonesa e 113 m3 de capacidade.[1] Seu primeiro voo foi em 4 de julho de 1898.[2] | |
Amérique (balão); 500m³ de hidrogênio e 10 metros de diâmetro, sendo capaz de carregar alguns passageiros, mas sem controle,[3] com o qual enfrentou tempestades e acidentes.[4] | |
Nº 1 (dirigível) — voado pela primeira vez em 18 de setembro de 1898. Tinha um envelope cilíndrico com extremidades cônicas contendo um balonete ligado a uma bomba de ar: 25 m de comprimento, 3,5 m de diâmetro e 180 m3 de capacidade. Uma cesta quadrada foi suspensa a partir de ripas de madeira contidas em bolsos no envelope e um leme coberto de seda equipado atrás e acima da cesta. Alimentado por um motor De Dion de 3 cavalos de potência montado do lado de fora e na frente da cesta, conduzindo uma pequena hélice de duas lâminas. A inclinação podia ser controlada movendo um par de sacos de lastro. Manobrava bem, mas o balonete era pequeno demais para manter a rigidez necessária do envelope, e a perda de pressão causou sua destruição no seu segundo voo no dia 20 de setembro.[5][6] | |
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Nº 2 (dirigível) — Uma ampliação do Nº 1, com uma capacidade de 200 m3.[7] Em sua primeira tentativa, em 11 de maio de 1899, começou a chover depois de que tinha sido inflado, refrigerando o hidrogênio e assim fazendo-o contrair. O envelope começou a dobrar ao meio e foi pego por uma rajada de vento e jogado sobre árvores próximas. Ele não foi reparado.[8] | |
Nº 3 (dirigível) — mais curto e de maior diâmetro do que os anteriores, tinha o objetivo de evitar a perda do formato devida à falta de pressão interna que tinha levado à sua perda. Tinha 20,11 m de comprimento, 7,472 m de diâmetro e capacidade de 500 m3. Uma quilha de bambu foi suspensa do envelope e a cesta mais abaixo. Nenhum balonete foi montado. Inflado com gás de carvão, não de hidrogênio. Teve seu primeiro voo em 13 de novembro de 1899.[9] | |
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Nº 4 (dirigível) — 39 m de comprimento, com um diâmetro de 5,1 m e capacidade de 420 m3 de gás.[10] Nº 4 diferiu consideravelmente dos modelos anteriores, não só na forma do envelope, mas no arranjo da quilha, que agora carregava o motor, um Buchet de 7 cavalos, e o piloto, que ficava sentado no selim de uma bicicleta. Uma hélice de trator foi montada na frente da quilha. Um balonete e bomba foram montados, e Santos Dumont, tendo adquirido uma usina de geração de hidrogênio, voltou a usar hidrogênio como gás.
O motor mais tarde substituído por um de quatro cilindros refrigerado a ar e envelope aumentado para 33 m.[11] |
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Nº 5 (dirigível) — Construído para tentar ganhar o prêmio Henry Deutsch de la Meurthe por um voo desde o campo de voo do Aero-Club de France em Saint-Cloud até a Torre Eiffel e de volta dentro de 30 minutos. Usou o envelope alargado do Nº 4, a partir do qual uma gôndola triangular feita de pinho foi suspensa. Outras inovações incluem a utilização de corda de piano para suspender a gôndola, reduzindo em muito o arrasto, e a inclusão de tanques de água como lastro. Alimentado por um motor refrigerado a ar de 12 hp e 4 cilindros movendo uma hélice propulsora.[12] Voado pela primeira vez em 11 de julho de 1901: um longo voo foi feito no dia seguinte e uma tentativa ao prêmio de la Meurth no dia 13: o voo de ida foi realizado em dez minutos, mas o retorno foi prejudicado por um vento e levou meia hora. Chegando em St Cloud, o motor falhou e o dirigível foi soprado para árvores vizinhas, danificando o envelope. Uma segunda tentativa ao prêmio foi feita em 8 de agosto, mas terminou em desastre: após alcançar a torre em oito minutos, a aeronave começou a perder de hidrogênio devido a uma válvula defeituosa. A deflação parcial do envelope fez com que alguns dos fios suspensos danificassem a hélice: Santos-Dumont então parou o motor, deixando a aeronave não só sem energia, mas sem qualquer forma de inflar o balonete para manter a forma do envelope. Impotente, a aeronave foi soprada de volta para a torre e para cima de um telhado do Hotel Trocadero, estourando o envelope com um ruído descrito em alguns relatos da imprensa como uma explosão, mas que Santos-Dumont compara a um saco de papel arrebentando. Santos-Dumont foi deixado precariamente suspenso acima do pátio do hotel, mas foi resgatado pela brigada de incêndio de Paris. A aeronave foi completamente danificada e só o motor foi recuperado.[13] | |
Nº 6 (dirigível) — a construção iniciou-se imediatamente após a perda do Nº 5, e concluída no início de setembro. Era semelhante ao Nº 5 mas com um envelope maior de 22 m de comprimento e capacidade de 622 m3. Ganhou o Prêmio Deutsch de la Meurthe em 19 de outubro de 1901.[14] | |
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Nº 7 (dirigível) — Uma aeronave rápida para competições, construída para competir a prêmios de aviação na Exposição Universal de 1904. Antes das competições, o envelope do dirigível foi sabotado, impedindo-o de competir.[15] Tinha um envelope de seda com revestimento duplo de 50 m de comprimento, 7,92 m de diâmetro e capacidade de 1260 m3. Ele era alimentado por um motor refrigerado a água de 60 hp conduzindo duas hélices, uma na frente e uma na parte de trás da gôndola.[16] | |
Nº 8 — Cópia do Nº 6 para o colecionador estadunidense[17] Edward Boyce, tendo realizado um único voo.[18] | |
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Nº 9 Baladeuse — Construído como o menor dirigível que Santos-Dumont considerava possível. Originalmente tinha capacidade de 220 m3: posteriormente ligeiramente aumentada para 261 m3.[19] | |
Nº 10 (dirigível) — às vezes chamado de Omnibus, este foi destinado ao transporte de doze passageiros, além do piloto e um segundo membro da tripulação. Tinha 48 m de comprimento, 8,5 m de diâmetro e 2010 m3 de capacidade. O piloto e o motor Clément refrigerado a água de 46 hp e quatro cilindros ocupavam uma gôndola de seção triangular descoberta e suspensa 2 m abaixo do envelope, com uma hélice coberta de tecido no final: uma segunda gôndola suspensa 10 m abaixo desta segurava as três cestas para passageiros e um assistente do piloto. Fez apenas voos de teste.[20][21] | |
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Nº 11 (avião)— Monoplano testado pela primeira vez como um planador rebocado por uma lancha: mais tarde, equipado com um par de hélices, cada uma movida por um motor.[22][23] | |
Nº 12 (helicóptero)— Dois rotores de 6 m de diâmetro feitos de seda envernizadas esticada sobre um quadro de bambu. Alimentado por um motor Antoinette de 25 hp.[24] | |
No. 13 (dirigível) — Uma curiosa aeronave composta, que consiste de um envelope ovóide cheio de hidrogênio de 19 m de comprimento, 14,5 m de diâmetro e capacidade de 1902 m3, com um segundo envelope cônico de 171 m3 anexado abaixo: este foi enchido de ar que pode ser aquecido por um queimador.[25] | |
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Nº 14 (dirigível) — Originalmente construído com um envelope muito alongado de 41 metros de comprimento e um volume de 186 m3. Alimentado por um motor de motocicleta Peugeot de 14 2-cilindro Peugeot, que foi montado em uma cesta de balão que foi suspensa a partir de uma quilha de bambu que, por sua vez, foi suspensa a partir de um pedaço de bambu inserido em um bolso na parte inferior do envelope.[26] Posteriormente modificado consideravelmente, com um envelope curto e uma gôndola pequena.[27] | |
Nº 14-bis (avião) — Design (canard) biplano design com a cauda para a frente; voado para ganhar o prêmio do Aero-Club de France para o primeiro voo oficialmente observado de mais de 100 m em 12 de novembro de 1906. Foi testado suspendendo-o do dirigível Nº 14, daí o seu nome. | |
Deux Amériques (balão) — Balão esférico com hélices horizontais usado na Copa Gordon Bennett.[28] | |
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Nº 15 (avião) — Biplano alimentado por um motor Antonieta de 50 hp montado acima da asa superior. Asas de grande proporção, abrangendo 11 m com uma corda de apenas 60 cm, dando uma área de superfície de 13 m2, divididas em três compartimentos por superfícies verticais ao longo da corda. Diedro pronunciado como o 14bis, equipado com ailerons na frente das asas. As asas eram cobertas com 3 mm de madeira compensada Okoume. O trem de pouso consistia de uma única roda, montada na junção da parte da frente da asa inferior e o tailskid. A cauda do biplano era carregada em um par de lanças de bambu colocadas um acima da outra e lateralmente presas às asas por cabos de aço.[29] Danificado durante ensaios de taxiamento em 27 de março de 1907, posteriormente reparado e equipado com um 100 Antonieta V-16, mas nunca voou com sucesso.[30] | |
Nº 16 (dirigível híbrido) — 21 m de comprimento, 3 m de diâmetro e capacidade de 99 m3. Equipado com um elevador frontal hexagonal e uma superfície de elevação central de 4 m, este foi um dirigível híbrido incapaz de voar dependendo exclusivamente de flutuação aerostática e necessitava de sustentação aerodinâmica para voar. Testado sem sucesso, em 8 de julho de 1907.[31] | |
Nº 17— Parecido com o número 15, mas com um motor Levavasseur de 100 cv, que não chegou a ser testado.[32] | |
Nº 18 — Não é um avião, mas um "hidro-flotteur" movido a hélice e alimentado por um motor Antonieta V-16 de três pás de hélice e repousado sobre um central float alongado estabilizado por floats menores de ambos os lados.[33] | |
Nº 19 Demoiselle | |
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Nº 20 Demoiselle — Uma modificação do Nº 19, considerada a primeira aeronave ultraleve prática. | |
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Nº 21 Demoiselle | |
Nº 22 Demoiselle |
Notas
- ↑ Dumont 1904, p. 46.
- ↑ «5 inovações de Santos Dumont que mudaram o transporte e a indústria». Consultado em 16 de julho de 2019. Cópia arquivada em 16 de julho de 2019
- ↑ de Barros 2006, p. 37.
- ↑ Barros 2021, p. 2.
- ↑ «Airship Pioneers». Flight: 957. 2 de novembro de 1916
- ↑ Dumont 1904, pp. 77-81.
- ↑ Dumont 1904, p. 114.
- ↑ Dumont 1904, p. 117.
- ↑ My Airships
- ↑ Dumont 1904, pp. 136-137.
- ↑ Dumont 1904, pp. 137-138.
- ↑ Dumont 1904, pp. 148-149.
- ↑ Dumont 1904, pp. 171-177.
- ↑ Barros 2021, p. 5.
- ↑ «M. Santos Dumont's Airship» (37433). 29 de junho de 1904: 10
- ↑ «Airship Pioneers». Flight: 958. 2 de novembro de 1916
- ↑ «Santos-Dumont e a solução do voo dirigido: releituras e interpretações da imagem pública de um inventor». Consultado em 11 de agosto de 2019. Cópia arquivada em 11 de agosto de 2019
- ↑ Barros 2021, p. 6.
- ↑ Dumont 1904, p. 285.
- ↑ «Santos-Dumont aviateur»
- ↑ «Les prochaines expériences de Santos-Dumont»
- ↑ «Aeroplano Número 11». Consultado em 27 de julho de 2017. Arquivado do original em 19 de abril de 2014
- ↑ «History of Santos-Dumont's Inventions»
- ↑ «Santos-Dumont aviateur»
- ↑ «Santos-Dumont aviateur»
- ↑ «Un nouveau racer aérien»
- ↑ «Le Santos-Dumont XIV à Trouville»
- ↑ Barros 2003, p. 323.
- ↑ «Machines volantes d'aujourd'hui et de demain»
- ↑ Gibbs-Smith, C. H. The Rebirth of European Aviation. [S.l.: s.n.] ISBN 0 11290180 8
- ↑ «Un appareil mixte. - L'aéroplane à ailes de bois reconstitué»
- ↑ de Barros 2006, p. 43.
- ↑ «Aeroplano Número 18». Consultado em 27 de julho de 2017. Arquivado do original em 19 de abril de 2014
Referências
- Dumont, Alberto Santos (1904). My Airships. Londres: [s.n.]
- de Barros, Henrique Lins (2006). «Alberto Santos-Dumont: pioneiro da aviação». São Paulo. Exacta. 4 (1): 35-46. doi:10.5585/exacta.v4i1.643. Cópia arquivada em 3 de setembro de 2021
- Barros, Henrique Lins de (2021). «Santos Dumont: Um pioneiro da segurança de voo e dos ensaios em voo» (PDF). 11 páginas. Cópia arquivada (PDF) em 20 de julho de 2021
- Barros, Henrique Lins de (2003). «Santos Dumont: o vôo que mudou a história da aviação». Parcerias Estratégicas. 8 (17): 303-341. Cópia arquivada em 3 de setembro de 2021