Game Boy Micro

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Game Boy Micro
Desenvolvedor Nintendo Integrated Research & Development
Fabricante Nintendo
Tipo Videogame portátil
Geração 6ª Geração
Disponibilidade Japão 13 de setembro de 2005
China 1 de outubro de 2005
Estados Unidos 2 de outubro de 2005
União Europeia 4 de novembro de 2005
Austrália 3 de novembro de 2005
Descontinuado 2008
Unidades
vendidas
75,13 mi (todas as versões) - 2006 [1]
Mídia Cartucho
Antecessor Game Boy Advance, Game Boy Advance SP (modelos anteriores), Game Boy Color (antecessor)
Sucessor Nintendo DS (sucessor)

Game Boy Micro (ゲームボーイミクロ Gēmu Bōi mikuro?) (estilizado GAME BOY micro) é um videogame portátil desenvolvido e produzido pela Nintendo. Este é o terceiro modelo do Game Boy Advance, e está dirigido a clientes "conscientes de imagem", com ênfase no seu tamanho reduzido e design moderno. De acordo com Perrin Kaplan, executivo da Nintendo of America, seu codinome durante o desenvolvimento foi Oxygen. O aparelho possui escrito "OXY-001" como o nome do modelo em sua traseira.

O Game Boy Micro foi oficialmente anunciado pelo vice-presidente de marketing e vendas da Nintendo, Reggie Fils-Aime, na conferência de imprensa da E3 no dia 17 de Maio de 2005.[1] O sistema foi lançado no Japão no dia 13 de setembro de 2005, na América do Norte no dia 2 de outubro de 2005, na Europa no dia 4 de novembro de 2005, na Austrália no dia 3 de novembro de 2005 e na China como iQue Game Boy Micro no dia 1 de outubro de 2005.

O preço do portátil ficou em US$89 nos Estados Unidos, comparado aos US$79 do Game Boy Advance SP. Mais tarde, as versões Black (preto) e Silver (prata) caíram para US$89. No Japão o Game Boy Micro pode ser encontrado por ¥12,000, ¥3,000 a mais que o SP. Na Europa o preço estimado é de €95/£69. E na Austrália, apesar de seu preço oficial ser AUD $149.95, está sendo vendido por AUD $98.

Design e especificações[editar | editar código-fonte]

O Game Boy Micro mantém a maioria das funcionalidades do Game Boy Advance SP, mas de uma forma atualizada. É menor que os modelos anteriores; um pouco maior e cerca de dois terços do peso de um iPod mini. Adicionalmente, possui uma tela em backlit, com a habilidade de ajustar o brilho para se adaptar a iluminação externa. Pode-se até trocar o console com duas capas de cores diferentes que vem na caixa.

O Game Boy Micro também apresenta uma frente removível, permitindo a compra de outros estilos alternativos.

  • Dimensões: 50 x 101 x 17.2 mm (2 x 4 x 0.7 polegadas). Quase o tamanho de um cartão de crédito comum.
  • Peso: 80 g
  • Processador: 32-bit 16.8-MHz ARM (ARM7TDMI).
  • Cores: Cores e designs variados através de uma face removível e personalizável. Exemplos
  • Tela: 51 mm /2 pol. (comparado aos 74 mm / 2.9 pol. do GBA), backlight com brilho ajustável. De acordo com o release de imprensa, a "melhor tela de Game Boy de todos os tempos".
  • Bateria: bateria de íon de lítio interna e recarregável.
  • Fones de Ouvido: Suporta fones de ouvido padrão sem a necessidade de acessórios adicionais.

O console também possui uma alavanca de dois lados na parte direita para ajustar o volume para cima ou para baixo. Segurando o botão "L", a mesma alavanca ajusta o brilho da tela.

Software[editar | editar código-fonte]

O Game Boy Micro é compatível com todos os cartuchos do Game Boy Advance, incluindo cartuchos da série Game Boy Advance Video. Ao contrário do Game Boy Advance e do Game Boy Advance SP, o Micro não suporta os jogos feitos para o Game Boy e o Game Boy Color.

O e-Reader também é oficialmente incompatível, apesar de entrar no compartimento, como disse a IGN.

Como o Game Boy Advance e Game Boy Advance SP, não existem restrições para regiões. Cartuchos norte-americanos podem ser jogados em consoles japoneses e vice versa.

Formas[editar | editar código-fonte]

No Japão, o portátil está disponível em sete cores/estilos; preto, azul, roxo e cinza, juntamente com três edições limitadas, uma baseada no controle original do console Famicom, uma com modelo azul e uma frente baseada no Final Fantasy IV [2] e uma com modelo vermelho e uma frente preta contendo uma silhueta do famoso Pokémon Pikachu [3]. Nos Estados Unidos, o Micro está disponível em duas cores, cada uma vendida com duas frentes removíveis inclusas: prata com as frentes "Ammonite" e "Ladybug", e a preta com as faces "Flame" e "Camouflage".[4]

Uma edição de "20º Aniversário" foi lançado em 5 de dezembro de 2005, que é como o Micro de estilo Famicom, porém com o nome modificado e faltando o distintivo símbolo de 20º Aniversário contendo o personagem Mario. Na Europa e Austrália, o portátil está disponível em quatro frentes coloridas: prata, verde, azul e rosa. [5]

Lançamento e Vendas[editar | editar código-fonte]

  • O Game Boy Micro vendeu mais de 170.000 unidades durante seus primeiros dias de lançamento no Japão. [6]
  • O lançamento norte-americano foi duramente criticado; com um lançamento formal no dia 19 de setembro de 2005, muitas lojas atrasaram o lançamento até o dia 26 de setembro de 2005, algumas só lançaram no dia 30 de setembro de 2005.
  • O Game Boy Micro já vendeu mais de 1.000.000 de unidades em todo o mundo.

Reação[editar | editar código-fonte]

Game Boy Micro junto a um Game Boy Advance SP.

Críticas[editar | editar código-fonte]

Por causa do tamanho reduzido do Micro, o sistema teve que modificar suas peças e foi duramente criticado, pois muitas das funções do Game Boy Advance não funcionam. Enquanto a entrada para fones de ouvido foi restabelecida, jogadores precisam comprar dois cabos de link (GBM-GBM e GBM-GBA) para ter total funcionalidade multiplayer. A loja online da Nintendo.com lista os dois por US$9,95 e US$7,95 respectivamente. O cabo GameCube Game Boy Advance não é compatível com o Micro. A entrada de energia menor não é compatível com os carregadores de energia do SP/DS, então não é tão facilmente substituível, caso o dono tenha perdido o cabo do Micro, não pode utilizar outros cabos dos portáteis da Nintendo.

A conversão de acessórios é uma ideia que não difere de nenhum outro Game Boy, de forma que os consumidores precisam atualizar seus acessórios, juntamente com um novo Game Boy.

A falta de retrocompatibilidade com os jogos Game Boy/Game Boy Color também foi altamente criticada. Críticos ressaltaram que o Nintendo DS também pode rodar os jogos do Game Boy Advance com uma luz um pouco mais fraca, mas com a habilidade de se jogar jogos do DS.

Preço é outro fator para as críticas ao Micro. Custando US$99, tem o mesmo preço de um Nintendo GameCube (no natal de 2005, com uma cópia de Mario Party 7 e um controle extra), US$20 mais caro que o Game Boy Advance SP e US$30 mais barato que o funcional Nintendo DS. Muitos jogadores admitiram que gostariam de comprá-lo se fosse mais barato, apesar da Nintendo ter baixado o preço dos modelos Black e Silver para US$89.

Já que seu tamanho reduzido é a grande causa de todos os problemas listados acima, e como a maioria das pessoas já consideram o Game Boy Advance SP como portátil o suficiente, elas se perguntaram porque a Nintendo o lançou. Através das boas vendas do Micro, pode-se constatar que muitas pessoas estavam esperando um console menor e mais moderno.

O lançamento quase simultâneo com a versão backlit do Game Boy Advance SP trouxe ainda mais críticas. Os jogadores que hesitaram quanto a tela menor do Micro, estão comprando esta versão modificada do SP. O SP melhorado oferece a mesma luz do Micro, porém com suas funções adicionais e a mesma tela. Entretanto, a luz do SP é executada em 50Hz, ao invés de 60Hz, o que pode levar a uma neblina de movimento em alguns jogos mais rápidos. Pessoas afirmam que a Nintendo estaria atirando em seu próprio pé ao lançar os dois produtos ao mesmo tempo.

Por último, o lançamento norte-americano foi criticado. Um pouco antes, a Nintendo não criou nenhum tipo de grande marketing por trás do produto, e algumas lojas receberam o produto em uma data errada. O lançamento oficial era no dia 19 de Setembro, mas certas lojas não o tinham no estoque mesmo uma semana depois. Depois que o produto foi lançado, uma tímida campanha de marketing apareceu na televisão, revistas e histórias em quadrinhos.

Louvores[editar | editar código-fonte]

O Game Boy Micro foi elogiado por trazer de volta o aspecto horizontal do Game Boy Advance. Muitas pessoas não gostavam do aspecto vertical (usado no Game Boy, Game Boy Color e SP), pois achavam desconfortável ajustar suas mãos tão próximas umas das outras quando usando os controles. Os botões A e B também são muito maiores que o modelo anterior, tornando-os mais fácil de ser usado.

A tela backlight do Game Boy Micro, que é superior ao do Game Boy Advance SP, também foi elogiada por sua visibilidade. Assim como o Nintendo DS, cada pixel tem sua claridade aumentada de maneira uniforme, e com brilho ajustável. Devido ao tamanho da tela ser menor que o Game Boy Advance, os gráficos ficam muito melhores que nos modelos anteriores. A tela também é significantemente mais clara de que até mesmo o Nintendo DS. O lançamento de um Game Boy Advance SP com uma tela mais clara deixou este ponto, de certa forma, em baixa. Porém, no caso do Game Boy Advance SP, a tela mais clara vem ao custo de uma taxa de atualização menor (50Hz), enquanto o Micro preserva os 60Hz.

Apesar do lançamento fraco e alguns problemas, os jogadores estão percebendo que a Nintendo ainda não ignorou o Micro. A Nintendo também criou uma série de novos acessórios compatíveis com ele, como o Micro Play-Yan.

As frentes removíveis também foram bem recebidas. Modelos anteriores, principalmente o SP, tinham problemas com a acumulação de pó em baixo da tela, e tentar abrir a unidade para limpá-la quebrava a garantia, além de ser perigoso. Agora a face pode ser removida facilmente para tirar o pó e trocá-la, quando ficar muito gasta.

Toda a unidade é muito menor e mais fina que o modelo SP, tornando o videogame mais portátil até então.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. Cohen, Peter (17 de maio de 2005). «E3: Nintendo Revolution, Game Boy Micro unveiled». Macworld; PCworld. Consultado em 3 de julho de 2018 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]