H
H h | |
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agá | |
A letra nas versões de fôrma e cursiva, minúsculas e maiúsculas. | |
Sistema de escrita | alfabeto latino |
Representações alternativas | |
Alfabeto fonético da OTAN | hotel |
Código Morse | |
Código internacional de navegação marítima | |
Telégrafo óptico | |
Braille | |
Alfabeto manual estadunidense |
A letra H (agá) é a oitava letra do alfabeto latino.
É a única letra do alfabeto que, em palavras nativas da língua portuguesa, não tem valor fonético, ou seja, não tem som algum[1]. Entretanto, brasileiros costumam pronunciar o «h» em empréstimos recentes vindos de línguas estrangeiras onde essa letra é pronunciada como semiconsoante – hashi, hikikomori, jihad, hijab, high-tech, Halloween, Ohio, happy hour, handebol, Valhalla, Helheim, Muspelheim (Note que nas palavras nórdicas as letras «l» e «h» não formam o dígrafo habitual, mas são pronunciadas separadamente), etc. –, usando-se do fonema /ʁ/ (Foneticamente costuma ocorrer como [ʀ̥], [h] ou [ɦ], daí a associação), o som de «r» inicial ou «rr» em palavras nativas, também usado para outros sons guturais como o J castelhano, usado em mais empréstimos como jalapeño, Guadalajara, Jerez, Don Juan, etc.
Na maioria dos dialetos do português europeu, o som mais próximo do «h» semiconsoante gutural de outras línguas, além do fonema representado pelo «rr» (geralmente uvular em Portugal, outros países lusófonos, no Rio de Janeiro e entre uma minoria de falantes em outros estados do Centro-Sul), seria o «g», AFI: [ɣ], em trigo ou seguro (um som que provavelmente seria identificado como «rr» por brasileiros), porém os portugueses costumam nunca pronunciar a letra agá.
História
[editar | editar código-fonte]Historiadores acreditam que essa letra surgiu inicialmente de um hieróglifo egípcio que representava uma peneira. Mil anos depois os sumérios usariam a mesma letra para designar um som gutural. Os fenícios a chamaram de heth (cerca), porque seu desenho se assemelhava a essa forma. Por volta de 900 a.C. os gregos adotaram a letra e como não pronunciavam a primeira parte desta, a denominaram simplesmente de êta. Seu formato já era bastante semelhante ao H moderno.
Fonética e códigos
[editar | editar código-fonte]"H" não é propriamente consoante e nem vogal, porque não tem valor algum de som ou ruído, sendo assim, tornando impossível a existência de fonemas que apontem para ela. Oficialmente, esta letra é apenas classificada como letra diacrítica, pois é, propriamente dita, a segunda letra de um dígrafo. Só tem valor na indicação das palavras: ch (chave), lh (palha), nh (manhã). Conserva-se no início e no fim das interjeições como acento de aspiração: ah!, eh!, ih!, oh!, uh!, hem!, (ou hein!), hum!. Não confundir com onomatopeia.
Conserva-se nas palavras que exigem ampla etimologia: hoje, homem, hora, haver, etc. Conserva-se nos termos compostos quando os elementos estão ligados por hífen: anti-histamínico, pré-histórico, sobre-humano. Quando os elementos estão justapostos, a letra desaparece: desarmonia, desumano, reaver, lobisomem.
Significados
[editar | editar código-fonte]- H
- símbolo químico do hidrogénio
- histidina, um aminoácido
- H, símbolo da unidade de medida Henry da indutância.
- h
- hecto, um prefixo do Sistema Internacional que significa cem
Referências
- ↑ lance.com.br/ Athletico ou Atlético? professor Sérgio Nogueira fala sobre o "H" e as 'possibilidades' da língua portuguesa