John e Mary
John e Mary | |
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John and Mary | |
Cartaz promocional do filme. | |
Estados Unidos 1969 • cor • 92 min | |
Gênero | drama romântico |
Direção | Peter Yates |
Produção | Ben Kadish |
Roteiro | John Mortimer |
Baseado em | John and Mary romance de 1966 de Mervyn Jones[1] |
Elenco | Dustin Hoffman Mia Farrow |
Música | Quincy Jones |
Cinematografia | Gayne Rescher |
Direção de arte | John Robert Floyd |
Efeitos especiais | L. B. Abbott Art Cruickshank |
Figurino | Anthea Sylbert |
Edição | Frank P. Keller |
Companhia(s) produtora(s) | Debrod Productions |
Distribuição | 20th Century-Fox |
Lançamento |
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Idioma | inglês |
Orçamento | US$ 3,5 milhões[2] |
Receita | US$ 8,1 milhões[3] |
John and Mary (bra/prt: John e Mary)[4][5][6] é um filme estadunidense de 1969, do gênero drama romântico, dirigido por Peter Yates, e estrelado por Dustin Hoffman e Mia Farrow.[2] O roteiro de John Mortimer foi baseado no romance homônimo de 1966, de Mervyn Jones.[1]
A trama retrata a história de duas pessoas que se encontram em um bar para solteiros, dormem juntos e passam o dia seguinte se conhecendo.[7][8][9]
A produção marcou a estreia cinematográfica de Tyne Daly.[2]
Sinopse
[editar | editar código-fonte]É a manhã seguinte ao primeiro encontro sexual de John (Dustin Hoffman) e Mary (Mia Farrow). Eles se conheceram na noite anterior, em um bar para solteiros durante uma conversa sobre o filme "Week End", de Jean-Luc Godard, e decidem ir ao loft dele em Nova Iorque. Ambos se sentem desconfortáveis com a situação, porém optam por não demonstrar isso um ao outro. Eles percebem que não sabem nada substancial sobre o outro – incluindo nem mesmo seus nomes – enquanto discretamente tentam descobrir com quem compartilharam a noite.
Conforme vão se conhecendo, eles vão interpretando a situação de acordo com suas próprias percepções, que por vezes não correspondem à realidade. Nas horas seguintes, tanto juntos quanto individualmente, eles se esforçam para avaliar se há alguma possibilidade de futuro entre eles. Isso envolve refletir sobre seus parceiros anteriores mais significativos e contemplar seus próprios sentimentos em relação ao que imaginam que o outro está pensando sobre o futuro.
Elenco
[editar | editar código-fonte]- Dustin Hoffman como John
- Mia Farrow como Mary
- Michael Tolan como James
- Sunny Griffin como Ruth
- Marian Mercer como Mags Elliot
- Stanley Beck como Ernest
- Tyne Daly como Hillary
- Alix Elias como Jane
- Marvin Lichterman como Dean
- Susan Taylor como Minnie
- Cleavon Little como Diretor de Filme
- Julie Garfield como Fran
- Olympia Dukakis como Mãe de John
- Carl Parker como Jogador de Tênis
- Kristoffer Tabori como Escoteiro
- Richard Clarke como Charlie
- Marilyn Chris como Esposa do Diretor de Filme
- Alexander Cort como Diretor de Filme Imaginário
Produção
[editar | editar código-fonte]Em 29 de janeiro de 1969, o romance de Mervyn Jones foi a primeira opção de compra de Anthony Harvey, que, mais tarde, fez parceria com o produtor Ben Kadish. Dois grupos de equipes de roteiristas fizeram tentativas fracassadas de adaptar o roteiro antes de John Mortimer ser contratado. Kadish conseguiu adquirir os direitos de produção de Anthony Harvey, que foi substituído por Peter Yates em 5 de novembro de 1969.[2]
Warren Beatty e Julie Christie gostaram dos personagens e consideraram assumir os papéis. Como o filme estava sem um diretor definido na época, Beatty sugeriu Jack Clayton, mas Clayton teve que recusar o projeto porque sua mãe estava doente. Beatty e Christie desistiram da produção, e Kadish posteriormente decidiu alterar o cenário da história de Londres para Nova Iorque. Em 28 de dezembro de 1969, Yates afirmou que a locação foi alterada para evitar o clichê recentemente popularizado da swinging London.[10]
Em 16 de outubro de 1968, Mia Farrow foi escalada para o papel principal feminino. A escalação de Dustin Hoffman para o papel principal masculino foi anunciada um mês depois, em 20 de novembro de 1968.[10]
As filmagens começaram em 27 de janeiro de 1969, em diversas locações em Nova Iorque, incluindo o bar de solteiros Maxwell's Plum, a casa de shows Fillmore East, uma igreja em Greenwich Village, uma loja de departamentos Bloomingdale's, Beekman Place, o estúdio do fotógrafo Milton H. Greene, um conjunto de quadras de tênis na Riverside Drive, o Aeroporto Internacional John F. Kennedy, o bairro Chelsea, em Manhattan; e o Barbizon Plaza, onde foi montado um comício político. Em 21 de abril de 1969, durante os últimos cinco dias de produção, as filmagens mudaram-se para as Bahamas.[10]
Lançamento
[editar | editar código-fonte]O filme estreou no Sutton Theatre, em Nova Iorque, em 14 de dezembro de 1969, sendo distribuído para os cinenas de todo o país no dia seguinte.[11][12]
Em fevereiro de 1969, antes do lançamento do filme, Dustin Hoffman e Mia Farrow apareceram juntos na capa da revista Time, com a manchete: "The Young Actors: Stars and Anti-Stars" (em tradução livre: "Os Jovens Atores: Estrelas e Anti-Estrelas"). Isso marcou e celebrou novos atores, como Hoffman e Farrow (ambos em alta após seus sucessos em "The Graduate", de 1967, e "Rosemary's Baby", de 1968, respectivamente), como significativos para sua geração.[13][14]
Recepção
[editar | editar código-fonte]A versão final do filme, que contou com partes muito diferentes do romance de Jones, obteve uma resposta mista da crítica especializada.[2]
Vincent Canby, em sua crítica para o jornal The New York Times, escreveu: "Não há nada de errado com a ideia de John and Mary, apenas com a sua execução. O roteiro de John Mortimer é centrado na simplicidade, com a ação principalmente confinada ao apartamento de John, onde ele e Mary comem, conversam e mentem com uma verossimilhança tão entediante que você eventualmente se interessa menos por John e Mary do que pelas cenários, roupas e objetos que os cercam.[15]
Roger Ebert, para o Chicago Sun-Times, deu ao filme 2,5/4 estrelas, e escreveu: "John and Mary deveria ser um filme contemporâneo, eu acho, e no entanto, está curiosamente desatualizado. John e Mary lutam desconfortavelmente com a língua americana, tentando soar como todas as pessoas da idade deles sem soar muito como uma pessoa em particular".[16]
No Rotten Tomatoes, site agregador de críticas, 38% das 13 críticas do filme são positivas, com uma classificação média de 5,3/10.[17]
Bilheteria
[editar | editar código-fonte]O filme foi bem nas bilheterias. De acordo com os registros da 20th Century-Fox, o filme arrecadou US$ 4.100.000 nacionalmente e US$ 4.050.000 no exterior, totalizando US$ 8.150.000 mundialmente.[3][18][19]
Prêmios e indicações
[editar | editar código-fonte]Ano | Cerimônia | Categoria | Indicado | Resultado | Ref. |
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1970 | Globo de Ouro | Melhor ator em comédia ou musical | Dustin Hoffman | Indicado | [20] |
Melhor atriz em comédia ou musical | Mia Farrow | Indicada | |||
Melhor roteiro | John Mortimer | Indicado | |||
BAFTA | Melhor ator | Dustin Hoffman (também por "Midnight Cowboy") | Venceu | [21] | |
Melhor atriz | Mia Farrow (também por "Rosemary's Baby" e "Secret Ceremony") | Indicada | |||
Writers Guild of America Awards | Melhor roteiro adaptado | John Mortimer | Indicado | [22][23] |
Trilha sonora
[editar | editar código-fonte]John and Mary | |||||||
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Trilha sonora de Quincy Jones | |||||||
Lançamento | 1970 | ||||||
Gravação | 1969 | ||||||
Gênero(s) | trilha sonora | ||||||
Duração | 31:10 | ||||||
Gravadora(s) | A&M Records SP-4230 | ||||||
Produção | Quincy Jones | ||||||
Cronologia de Quincy Jones | |||||||
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Quincy Jones |
A trilha sonora do filme foi composta, arranjada e conduzida por Quincy Jones, e a lista de faixas, com canções de Evie Sands, The Strange Things, Jeff Bridges, The Morgan Ames Singers e quatro obras clássicas, foi lançada pela gravadora A&M Records em 1970.[24][25]
Lista de faixas
[editar | editar código-fonte]N.º | Título | Duração | |
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1. | "Maybe Tomorrow (Vocal) – cantada por Evie Sands" | 3:10 | |
2. | "Bump in the Night – cantada por The Strange Things" | 1:58 | |
3. | "Lost in Space – cantada por Jeff Bridges" | 3:15 | |
4. | "Silent Movies" | 2:11 | |
5. | "Maybe Tomorrow – cantada por The Morgan Ames Singers" | 4:18 | |
6. | "Main Title" | 2:48 | |
7. | "22ª Fuga para Cravo Bem Temperado – composta por Johann Sebastian Bach" | 1:31 | |
8. | "Rondo No. 1 – composta por Wolfgang Amadeus Mozart" | 1:58 | |
9. | "Opus 54, Variations Serieuses – composta por Felix Mendelssohn" | 2:05 | |
10. | "Allegro from Royal Fireworks Suite – composta por George Frideric Handel" | 3:58 | |
11. | "Maybe Tomorrow" | 3:58 | |
Duração total: |
31:10 |
- Notas
- Na trilha sonora do filme, há também uma orquestra não-identificada, arranjada e conduzida por Quincy Jones.
- As letras das faixas 1 e 5 foram escritas por Alan e Marilyn Bergman.
Referências
- ↑ a b Jones, Mervyn (1 de janeiro de 1969). John and Mary (em inglês) reimpressa ed. Londres: Pan Books. ISBN 978-0330023726. Consultado em 27 de abril de 2024 – via Amazon
- ↑ a b c d e f «The First 100 Years 1893–1993: John and Mary (1969)». American Film Institute Catalog. Consultado em 27 de abril de 2024
- ↑ a b Silverman, Stephen M (1988). The Fox That Got Away: The Last Days of the Zanuck Dynasty at Twentieth Century-Fox. Secaucus, Nova Jersey: L. Stuart. p. 328. Consultado em 27 de abril de 2024 – via Internet Archive
- ↑ «John e Mary (1969)». Brasil: AdoroCinema. Consultado em 27 de abril de 2024
- ↑ «John e Mary (1969)». Brasil: CinePlayers. Consultado em 27 de abril de 2024
- ↑ «John e Mary (1969)». Portugal: Público. Consultado em 27 de abril de 2024
- ↑ Erickson, Hal. «John and Mary (1969)». AllMovie. Consultado em 27 de abril de 2024
- ↑ «John and Mary (1969)». MUBI. Consultado em 27 de abril de 2024
- ↑ Maltin, Leonard (2011) [2010]. Leonard Maltin's Movie Guide (em inglês). Nova Iorque: New American Library. ISBN 978-0451230874
- ↑ a b c «John and Mary (1969) – Notes». Turner Classic Movies. Atlanta: Turner Broadcasting System (Time Warner). Consultado em 27 de abril de 2024
- ↑ «John & Mary (Lindsay) No-Show at Fox Film – And 'Twas Made in N.Y.». Variety. 17 de dezembro de 1969. p. 5
- ↑ «Pre-Yule Slows B'way; 15 Pix Due This Wk.; 'Charlie Brown' Huge 290G; 'Cuckoo' Big 15G, 8, 'Z' Record 41G». Variety. 17 de dezembro de 1969. p. 9
- ↑ «Hoffman & Farrow | The Young Actors: Stars and Anti-Stars». Time. 7 de fevereiro de 1969. Consultado em 27 de abril de 2024
- ↑ «Cinema: The Moonchild and the Fifth Beatle». Time. 7 de fevereiro de 1969. Consultado em 27 de abril de 2024
- ↑ Canby, Vincent (15 de dezembro de 1969). «Screen: 'John and Mary' at the Sutton: A Familiar Love Story Is Told Backward Hoffman-Farrow Team in Constricted Roles». The New York Times. Consultado em 27 de abril de 2024
- ↑ Ebert, Roger (23 de dezembro de 1969). «John and Mary». RogerEbert.com. Chicago Sun-Times. Consultado em 27 de abril de 2024
- ↑ «John and Mary (1969)». Rotten Tomatoes. Fandango Media. Consultado em 27 de abril de 2024
- ↑ «Big Rental Films of 1970». Variety. 6 de janeiro de 1971. p. 11
- ↑ Solomon, Aubrey (2002). Twentieth Century-Fox: A Corporate and Financial History (em inglês) ilustrada ed. Lanham, Maryland: Rowman & Littlefield. p. 231. ISBN 978-0810842441. Consultado em 19 de abril de 2024 – via Google Livros
- ↑ «John and Mary (1969) – Golden Globes». Associação de Imprensa Estrangeira de Hollywood. Consultado em 27 de abril de 2024
- ↑ «23rd British Academy Film Awards | Film in 1970». British Academy of Film and Television Arts Awards Database (em inglês). Consultado em 27 de abril de 2024
- ↑ «Writers Guild of America Awards (1970) – Awards and Nominations». MUBI (em inglês). Consultado em 27 de abril de 2024
- ↑ «John and Mary». Made in Atlantis. Consultado em 27 de abril de 2024
- ↑ «John and Mary». Soundtrack Collector. Consultado em 27 de abril de 2024
- ↑ Eyries, P.; Edwards, D.; Callahan, M. «A&M Album Discography, Part 2: SP 4200-4299 (1969-1971)». Consultado em 27 de abril de 2024
- Filmes dos Estados Unidos de 1969
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