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José Rodrigues dos Santos: diferenças entre revisões

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== Anos iniciais em África ==
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Natural da província de Sofala, Cidade da Beira, na antiga colónia de [[Moçambique]] do [[Império Português]], filho de José da Paz Brandão Rodrigues dos Santos ([[Penafiel]], 13 de Outubro de 1930 - Janeiro de 1986), médico, e de sua mulher Maria Manuela de Campos Afonso Matos,<ref name="Genealogia, Lisboa p. 46">"Raízes e Memórias", Instituto Português de Genealogia, Lisboa, N.º 14, p. 46</ref> e mudou-se ainda bebé para a cidade de [[Tete (cidade)|Tete]] onde permaneceu até aos nove anos, convivendo com a [[Guerra Colonial]]. Tal como a esmagadora maioria dos portugueses, alguns dos seus antepassados estiveram envolvidos na [[Primeira Guerra Mundial]], na [[Flandres]] e na Guerra Colonial em África, sendo que o seu segundo romance, intitulado ''[[A Filha do Capitão]]'' é assumido como um tributo que lhes é prestado.
Natural da província de Sofala, Cidade da Beira, na antiga colónia de [[Moçambique]] do [[Império Português]], filho de José da Paz Brandão Rodrigues dos Santos ([[Penafiel]], 13 de Outubro de 1932 - Janeiro de 1986), médico, e de sua mulher Maria Manuela de Campos Afonso Matos,<ref name="Genealogia, Lisboa p. 46">"Raízes e Memórias", Instituto Português de Genealogia, Lisboa, N.º 14, p. 46</ref> e mudou-se ainda bebé para a cidade de [[Tete (cidade)|Tete]] onde permaneceu até aos nove anos, convivendo com a [[Guerra Colonial]]. Tal como a esmagadora maioria dos portugueses, alguns dos seus antepassados estiveram envolvidos na [[Primeira Guerra Mundial]], na [[Flandres]] e na Guerra Colonial em África, sendo que o seu segundo romance, intitulado ''[[A Filha do Capitão]]'' é assumido como um tributo que lhes é prestado.


== Percurso durante a adolescência ==
== Percurso durante a adolescência ==

Revisão das 17h31min de 1 de abril de 2013

 Nota: Se procura outras referências de José Rodrigues, veja José Rodrigues (desambiguação).
José Rodrigues dos Santos
Nome completo José António Afonso Rodrigues dos Santos
Nascimento 1 de abril de 1964 (60 anos)
Ficheiro:Flag of Mozambique (proposal 1967).png Beira, África Oriental Portuguesa (Moçambique)
Nacionalidade Portugal Portugal
Ocupação Jornalista, escritor

José António Afonso Rodrigues dos Santos (Beira, África Oriental Portuguesa, 1 de Abril de 1964) é um jornalista e escritor português nascido na antiga colónia portuguesa de Moçambique. Atualmente, está a apresentar o Telejornal.

Anos iniciais em África

Natural da província de Sofala, Cidade da Beira, na antiga colónia de Moçambique do Império Português, filho de José da Paz Brandão Rodrigues dos Santos (Penafiel, 13 de Outubro de 1932 - Janeiro de 1986), médico, e de sua mulher Maria Manuela de Campos Afonso Matos,[1] e mudou-se ainda bebé para a cidade de Tete onde permaneceu até aos nove anos, convivendo com a Guerra Colonial. Tal como a esmagadora maioria dos portugueses, alguns dos seus antepassados estiveram envolvidos na Primeira Guerra Mundial, na Flandres e na Guerra Colonial em África, sendo que o seu segundo romance, intitulado A Filha do Capitão é assumido como um tributo que lhes é prestado.

Percurso durante a adolescência

Após a separação dos seus pais, vai para Lisboa onde vive com a mãe. No entanto, as dificuldades económicas da mãe levam-no a mudar-se para a residência do pai, em Penafiel, no norte de Portugal. A difícil adaptação do pai a terras lusas motivou a partida para Macau. Já no oriente, participa na elaboração de um jornal escolar, que desperta o interesse dos responsáveis da rádio local e leva o jovem estudante a ser entrevistado por uma jornalista que acabara de chegar a Macau: Judite de Sousa, hoje outra bem conhecida jornalista portuguesa, atual funcionária da TVI. Em 1981, aos 17 anos, o jovem José Rodrigues dos Santos inicia-se verdadeiramente no Jornalismo, ao serviço da Rádio Macau.

Família

Casou, em 1988, com Florbela Cardoso. Tem duas filhas, Catarina Cardoso Rodrigues dos Santos (1998) e Inês Cardoso Rodrigues dos Santos (2001).[1]

Carreira como jornalista

Em 1983, regressa a Portugal para frequentar o curso de Comunicação Social da Universidade Nova de Lisboa. Terminado o curso, candidata-se a um estágio na BBC, (British Broadcasting Corporation), a bem conhecida emissora britânica de televisão. A resposta é positiva mas não lhe é concedido qualquer financiamento. Aplica então a herança do pai, entretanto falecido, em três meses de experiência profissional em Inglaterra.

Regressa a Portugal, onde obtém duas distinções: o Prémio Ensaio do Clube Português de Imprensa, em 1986 e o Prémio de Mérito Académico do American Club of Lisbon, em 1987. Devido a essas credenciais é convidado pela BBC World Service para trabalhar em Londres, onde fica durante três anos, até 1990.

Da BBC seguiu para a RTP, onde começou a apresentar o noticiário "24 Horas". Em 16 de Janeiro de 1991, as forças coligadas de 28 países liderados pelos Estados Unidos dão início ao bombardeio aéreo de Bagdad, no Iraque, dando início à Primeira Guerra do Golfo. José Rodrigues dos Santos protagoniza então uma maratona televisiva de cerca de 10 horas, sobre o ataque americano ao Iraque, acabando posteriormente por se tornar o rosto mais conhecido da televisão pública.

Em 1991 passou para a apresentação do diário "Telejornal", o principal jornal diário da televisão portuguesa, no ar já por quarenta anos, e tornou-se colaborador permanente da CNN (Cable News Network), a cadeia norte-americana de informação em contínuo, de 1993 a 2002. Hoje continua a apresentar o Telejornal, em conjunto com João Adelino Faria, Cristina Esteves e Carlos Daniel.

Doutorado em Ciências da Comunicação, com uma tese sobre reportagem de guerra, é professor da Universidade Nova de Lisboa e jornalista da RTP, ocupando por duas vezes o cargo de Director de Informação da televisão pública portuguesa. É um dos mais premiados jornalistas portugueses, tendo sido galardoado, além dos prémios já referidos, com o Grande Prémio de Jornalismo, em 1994, atribuído pelo Clube Português de Imprensa. Internacionalmente, venceu três prémios da CNN: o Best News Breaking Story of the Year, em 1994, pela história "Huambo Battle" relacionada com a Guerra de Angola; o Best News Story of the Year for the Sunday, em 1998, pela reportagem "Albania Bunkers"; e o Contributor Achievement Award, em 2000, pelo conjunto do seu trabalho, aquele que é considerado o Pullitzer do jornalismo televisivo.

Romancista

José Rodrigues dos Santos é hoje um dos jornalistas mais influentes para as novas gerações e no panorama informativo nacional. No entanto, além da sua mais conhecida faceta como jornalista, José Rodrigues dos Santos é também um ensaísta e romancista. Especialmente nesta última vertente, tornou-se dos escritores portugueses contemporâneos a alcançar maior número de edições com livros que venderam mais de cem mil exemplares cada. Até ao final de 2012 publicou quatro ensaios e dez romances. O romance de estreia, intitulado A Ilha das Trevas foi reeditado pela Gradiva, em 2007, actual editora do autor.

Em 2005, José Rodrigues dos Santos estabeleceu um acordo com uma das principais editoras a operar nos Estados Unidos, a Harper Collins, com o objectivo de lançar naquele país a obra O Codex 632. O livro foi apresentado na Book Fair America de 2007 como um dos principais lançamentos daquela editora, estando agendada a sua publicação para o dia 1 de Abril de 2008 sob a chancela da William Murrow, um dos principais selos do grupo. O livro estará à venda na Barnes & Noble e na Borders, as duas principais livrarias dos EUA. Entretanto, outro acordo foi obtido pelo autor e pela Gradiva com o Gotham Group, uma empresa de Los Angeles ligada às principais produtoras de Hollywood, tal como a Paramount, Twentieth Century Fox ou a Universal Studios, com o objectivo de adaptar O Codex 632 ao cinema. A acontecer, José Rodrigues dos Santos será o segundo autor português, a seguir a José Saramago com Ensaio sobre a Cegueira, a ver uma obra ser transposta para o cinema pelos estúdios de Hollywood.

Conforme é descrito no site da RTP, José Rodrigues dos Santos é um homem que perante os sérios problemas de um mundo em constantes convulsões não perde o sentido de humor, sendo-lhe atribuída a frase irónica: "Ainda não percebo porque é que o meu boneco do Contra Informação tem as orelhas tão grandes…"

Obras publicadas

Ensaio

  • Comunicação, Difusão Cultural, 1992; Prefácio, 2001
  • Crónicas de Guerra I - Da Crimeia a Dachau, Gradiva, 2001; Círculo de Leitores, 2002
  • Crónicas de Guerra II - De Saigão a Bagdade, Gradiva, 2002; Círculo de Leitores, 2002
  • A Verdade da Guerra, Gradiva, 2002; Círculo de Leitores, 2003

Ficção

Prémios

Referências

  1. a b "Raízes e Memórias", Instituto Português de Genealogia, Lisboa, N.º 14, p. 46
  2. «Clube Literário do Porto da Fundação Dr. Luís de Araújo». Clubeliterariodoporto.co.pt 

Ligações externas

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