Kazuo Ishiguro
Kazuo Ishiguro | |
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Kazuo Ishiguro, Cracóvia (Polônia), 29 de outubro de 2005 | |
Nascimento | 8 de novembro de 1954 (68 anos) Nagasaki, Japão |
Nacionalidade | japonês/britânico |
Ocupação | escritor |
Prémios | Prémio Booker (1989) Nobel de Literatura (2017) |
Género literário | Drama, ficção histórica, ficção científica |
Magnum opus | The Remains of the Day |
Kazuo Ishiguro (em japonês: 石黒一雄, Ishiguro Kazuo?, Nagasaki, 8 de novembro de 1954), é um escritor nipo-britânico. Ishiguro foi galardoado com o Nobel de Literatura em 2017. Suas obras foram traduzidas para mais de 40 idiomas.[1]
Biografia[editar | editar código-fonte]
Kazuo Ishiguro nasceu na cidade de Nagasaki, Japão, em 8 de novembro de 1954, mas aos cinco anos de idade emigrou com a família para Guildford, na Inglaterra. Seu pai, o oceanógrafo Shizuo Ishiguro, recebeu uma proposta para trabalhar em um projeto de pesquisa por dois anos, e após esse período a família planejava voltar ao seu país, mas por diversas circunstâncias foram ficando, e Kazuo e suas irmãs, Fumiko e Yoko, cresceram sob a influência das duas culturas.[2]
Estudou na Woking County Grammar School entre os anos de 1966 e 1973, uma escola muito tradicional que lhe proporcionou a vivência na sociedade inglesa.[2] Ishiguro tinha um grande interesse na música, e recebendo grande influência de Bob Dylan, Leonard Cohen e Joni Mitchell.[2] Na sua adolescência sonhava ser um músico, actuando em vários clubes e enviando gravações a várias editoras. Sendo rejeitado por estas, e não tendo futuro com a música, decide dedicar-se à escrita.
Em 1974, entrou para a Universidade de Kent, onde estudou Inglês e Filosofia, mas afastou-se temporariamente da graduação para trabalhar em um reassentamento do departamento de assistência social de Renfrew, na Escócia.[2]
Estudou também na East Anglia, no curso de "escrita criativa" que o escritor Malcolm Bradbury estabeleceu e no qual era ainda professor. Ishiguro define-se como sendo um escritor que deseja escrever novelas internacionais.
Antes de escrever os seus aclamados romances, Ishiguro publicou contos e artigos em revistas variadas, na década de 1980.
Em 2017 foi laureado com o Nobel de Literatura,[3] em virtude da grande força emocional presente em seus romances, e assim revelando o abismo sob o nosso ilusório sentido de conexão com o mundo.
A sua obra foi traduzida em mais de 28 países.
Obras[editar | editar código-fonte]
Ficção (romance)[editar | editar código-fonte]
- (1982) A Pale View of Hills (No Brasil: Uma pálida visão dos montes, em Portugal: As Colinas de Nagasáqui)
- (1986) An Artist of the Floating World (No Brasil e em Portugal: Um artista do mundo flutuante)
- (1989) The Remains of the Day (No Brasil: Os vestígios do dia, em Portugal: Os Despojos do Dia)
- (1995) The Unconsoled (No Brasil: O Inconsolável, em Portugal: Os Inconsolados)
- (2000) When We Were Orphans (No Brasil e em Portugal: Quando Éramos Órfãos)
- (2005) Never Let Me Go (No Brasil: Não me abandone jamais, em Portugal: Nunca Me Deixes)
- (2015) The Buried giant (No Brasil e em Portugal: O Gigante Enterrado)
- (2019) Come Rain or Come Shine
- (2021) Klara and the Sun (No Brasil e em Portugal: Klara e o Sol)[4]
Contos[editar | editar código-fonte]
- (1981) A Strange and Sometimes Sadness, Waiting for J e Getting Poisoned - 3 contos publicados em Introduction 7: Stories by New Writers da editora Faber anda Faber
- (1982) A Family Supper (No Brasil: Uma ceia em Família)
- (2009) (Nocturnes: Five Stories of Music and Nightfall (Em Portugal: Nocturnos: Cinco Histórias Sobre Música e o Cair da Noite)
Argumentos para Cinema (guiões/roteiros)[editar | editar código-fonte]
- (2003) The saddest music in the world (No Brasil: A Música Mais Triste do Mundo, em Portugal: A Canção Mais Triste do Mundo)
- (2005) 'The White Countess (No Brasil: A Condessa Branca, em Portugal: A Condessa Russa)
Ensaios
- (2017) My Twentieth Century Evening and Other Small Breakthroughs (Em Portugal: A Minha Noite no Século XX e Outras Pequenas Descobertas)
Referências
- ↑ «Kazuo Ishiguro: Nobel Literature Prize is 'a magnificent honour'» (em inglês). BBC. 5 de outubro de 2017. Consultado em 4 de fevereiro de 2020. Cópia arquivada em 2 de fevereiro de 2020
- ↑ a b c d Wroe, Nicholas (19 de fevereiro de 2005). «Living memories» (em inglês). The Guardian. Consultado em 4 de fevereiro de 2020. Cópia arquivada em 1 de outubro de 2019
- ↑ Nobelprize.org. «2017 Nobel Prize in Literature». Consultado em 5 de outubro de 2017
- ↑ «Klara e o Sol». Companhia das Letras. Consultado em 18 de julho de 2022
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