Kelly Ayotte

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Kelly Ayotte
Kelly Ayotte
Senadora dos Estados Unidos
por Nova Hampshire
Período 3 de janeiro de 2011
até atualmente
Dados pessoais
Nascimento 27 de junho de 1968 (55 anos)
Nashua, Nova Hampshire
Casamento dos progenitores Katherine e Jacob
Primeiro-cavalheiro Joseph Daley[1]
Partido Republicano
Religião Católica[1]
Website Senadora Kelly Ayotte
Site de campanha

Kelly A. Ayotte (nascida em 27 junho de 1968) é uma política dos Estados Unidos, sendo senador por Nova Hampshire e membro do Partido Republicano. Ela anteriormente foi Procuradora-Geral de Nova Hampshire.[2]

Início de vida, educação e carreira[editar | editar código-fonte]

Ayotte nasceu em Nashua, em Nova Hampshire em 27 de junho de 1968. Ela estudou na Nashua High School. Ela recebeu um BA da Pennsylvania State University com especialização em ciências políticas. Em 1993, graduou-se na Villanova University School of Law, onde foi editora da Revista de Direito Ambiental.[3]

Ayotte trabalhou no Adjunto do Supremo Tribunal de Nova Hampshire, por um ano. De 1994 a 1998, ela foi um associada do escritório de advocacia Raulerson & Middleton, localizado em Manchester.[4] Em 1998, ela começou a trabalhar no escritório do procurador-geral de Nova Hampshire. Em 2003, tornou-se assessora jurídica do governador Craig Benson. Ela voltou para o escritório da Procuradoria Geral da República, três meses depois, tornando-se Procurador-Geral Adjunto.[5] Em junho de 2004, Ayotte foi nomeada Procuradora Geral do Estado de Nova Hampshire pelo governador Craig Benson, após a renúncia do procurador Peter Heed em meio a alegações de que ele tinha assediado sexualmente uma funcionária do do Estado.[6]

Procuradora-geral de Nova Hampshire[editar | editar código-fonte]

Ayotte v. Planned Parenthood of Northern New England[editar | editar código-fonte]

Em 2003, o Tribunal do Distrito Federal encontrou a lei de Nova Hampshire exigindo notificação aos pais do aborto de um menor, a chamada Minors and abortion,[7] inconstitucional e ordenou a sua execução. Em 2004, o procurador-geral Peter Heed recorreu desta decisão para o Tribunal de Apelações para o Primeiro Circuito. O Tribunal de Apelações afirmou a decisão do Tribunal do Distrito. Em 2004, Ayotte, tendo substituído Peter como procuradora-geral, apelou para o Supremo Tribunal Federal. O governador John Lynch, ao assumir o cargo, apresentou oposição à notificação.

No caso de Ayotte v. Planned Parenthood of New England, o Supremo Tribunal anulou a decisão do Tribunal Distrital e reenviou o processo ao Tribunal Distrital.[8] O Supremo Tribunal decidiu que invalidar totalmente o estatuto não é sempre necessário ou justificável, mas para tribunais mais baixos (como municipais) podem ser capazes de invalidar a notificação.[8]

Em 2007, a Minors and abortion foi revogada pelo legislativo de Nova Hampshire, tornando uma nova audiência pelo Tribunal Distrital.[9]

Em 2008, o juiz do Distrito Federal ordenou ao epartamento de Justiça de Nova Hampshire a pagar a Planned taxas Parenthood os custos judiciais, considerando que a posição Planned Parenthood tinha sido confirmada em todos os níveis de revisão judicial.[10] Em abril de 2009, Ayotte, como procuradora-geral, autorizou um pagamento de 300.000,00 a Planned Parenthood.[11]

Assassinato do policial Michael Briggs[editar | editar código-fonte]

Kelly Ayotte em 24 de dezembro de 2009

Um caso resultou de assassinato resultou na sentença de pena de morte pelo assassinato de um policial que estava em plantão em 2006, em Manchester.[12] Ayotte tem sido criticado por perseguir a pena de morte, em oposição à busca de uma sentença de prisão perpétua sem condicional. Processos buscando a pena de morte costuma custar vários milhões de dólares para serem realizados.[13] Até o momento, o estado de Nova Hampshire gastou 2,7 milhões dólares em sentenças deste tipo.[13] A pena de morte tem direito a recurso judicial.[14][15] O réu, neste caso, era o único de Nova Hampshire a estar no Corredor da morte.[13] Nova Hampshire não realiza a pena de morte em mais de setenta anos.[13] Departamento de Correções estimou em 2008, que seria gasto 3,4 milhões para construir um prédio onde seria realizado a morte por injeção letal.[13] Vários grupos sem fins lucrativos vem argumentando que o dinheiro gasto nestes caso de pena de morte seriam melhor aplicados na assistência às famílias das vítimas.[16] Em 2009, o legislativo estadual criou uma Comissão para o Estudo da Pena de Morte em Nova Hampshire[17] para estudar se Nova Hampshire deve abolir a pena de morte. A vítima no caso era branca e o réu um homem desempregado negro.[12] Noventa e cinco por cento da população de New Hampshire é branca.

Membros da família do policial assassinado apareceram em anúncios de televisão para campanha de Ayotte ao Senado elogiando sua liderança.[18][19]

E-mails trocados em 2006 entre Ayotte e seu estrategista da campanha de Rob Varsalone, em que se discutiu tanto o futuro de sua política e sua decisão de pedir a pena de morte no caso de Briggs, foram divulgados durante sua campanha de 2010 para o Senado. Seu adversário democrata Paul Hodes, acusou Ayotte de usar o caso para ganho político e politizar o caso.[20]

Dois ex-promotores questionaram a conduta de Ayotte, pois segundo eles o promotor deve não deve dar peso às vantagens pessoais ou políticas, ou desvantagens que pode ser envolvidos "e" não deve permitir que seu julgamento seja realizado por sua própria política, financeira, ou por meio de interesses pessoais.[21]

Caso John Brooks[editar | editar código-fonte]

No segundo caso de assassinato na capital do estado, que Ayotte esteve envolvida ​​em 2008, um júri do Condado de Rockingham condenou um empresário rico e branco de homicídio, segundo o júri ele contratou três homens para matar um trabalhador que o réu acreditava que o havia roubado. Nesse caso, o júri rejeitou a pena de morte e deu ao réu prisão perpétua sem liberdade condicional, embora o júri concluiu que fatores agravantes tinham superado em sua consideração da sentença.[22] Alguns questionaram se a raça e a classe social mudaram a decisão do júri a não impor a pena de morte no caso.[12][22]

Em um caso anterior, Ayotte como assistente do procurador-geral, tinha dois réus processados ​​em Etna, Nova Hampshire. Em 2001, um casal, ambos professores da Faculdade de Dartmouth naturais da Alemanha, foram assassinados em sua casa. Os dois réus acusados ​​no caso, ambos estudantes do ensino médio na época dos assassinatos, declararam-se culpados.

Senadora dos Estados Unidos[editar | editar código-fonte]

Eleição 2010[editar | editar código-fonte]

Ayotte em campanha em Amherst, Nova Hampshire no dia da Independência dos Estados Unidos em 2010.

O senador republicano Judd Gregg decidiu se aposentar, ao invés de concorrer a reeleição no como senador em 2010. Ayotte renunciou ao cargo de procuradora-geral em 7 de julho de 2009 para concorrer ao Senado dos EUA em 2010.[23][24][25] Ayotte foi convidada pelo Partido Nacional Republicano (Comitê Nacional Republicano do Senado) em Washington para disputar a eleição.[26][27][28][29] Em 14 de setembro de 2010, Ayotte derrotou o advogado Ovide Lamontagne, o empresário Bill Binnie e Jim Bender na primária republicana. Na eleição geral, Ayotte concorreu contra o representante democrata Paul Hodes, o candidato libertário Ken Blevens, e o independente Chris Booth.

Endossos[editar | editar código-fonte]

Muitas figuras proeminentes do Partido Republicano foram para Nova Hampshire para ajudar Ayotte em sua campanha em 2010, incluindo John McCain, Sarah Palin, Mitt Romney, Haley Barbour, e Rick Santorum.[30]

Comitês atribuidos[editar | editar código-fonte]

  • Comitê de Serviços Armados
  • Comitê de Comércio, Ciência e Transporte
  • Comissão de Pequenas Empresas e Empreendedorismo
  • Comissão Especial sobre o Envelhecimento

Histórico eleitoral[editar | editar código-fonte]

Eleição para o Senado federal por Nova Hampshire em 2010[31]
Partido Candidato Votos %
Republicano Kelly Ayotte 272.703 60,16%
Democrata Paul Hodes 166.538 36,74%
Independente Chris Booth 9.285 2,05%
Libertário Ken Blevens 4.754 1,05%

Referências

  1. a b Stanton, John (6 de novembro de 2010). «112th Congress: Kelly Ayotte, R-N.H. (Senate)». Congressional Quarterly. Consultado em 7 de novembro de 2010 
  2. Cook, Robert (16 de julho de 2009). «Ayotte makes resignation official, mum on plans». Foster's Daily Democrat. Consultado em 4 de agosto de 2009  Parâmetro desconhecido |middle= ignorado (ajuda)
  3. «About Kelly». Kelly Ayotte for U.S. Senate 
  4. «Kelly A. Ayotte (NH)». Project Vote Smart 
  5. Cullen, Fergus (27 de março de 2010). «Kelly Ayotte's rise combines merit and preparation». New Hampshire Union Leader 
  6. Attorney General Resigns Over Misconduct Allegation. NHPR.org (2004-06-16). Retrieved on 2010-11-13.
  7. AYOTTE, ATTORNEY GENERAL OF NEW HAMPSHIRE v. PLANNED PARENTHOOD OF NORTHERN NEW ENGLAND et al.
  8. a b Ayotte V. Planned Parenthood Of Northernnew Eng. Law.cornell.edu. Retrieved on 2010-11-13.
  9. Planned Parenthood to have attorney's fees paid, Seacoastonline.com.
  10. Dandurant, Karen (4 de setembro de 2008). «Planned Parenthood to have attorney's fees paid». Seacoastonline.com. Consultado em 9 de setembro de 2010 
  11. In ’09, Ayotte OK’d settling abortion case, Nashua Telegraph, September 3, 2010
  12. a b c Jury issues first death sentence in New Hampshire since the 1950s, New York Times, November 19, 2008
  13. a b c d e Execution numbers decline Arquivado em 3 de março de 2016, no Wayback Machine., Nashua Telegraph, December 19, 2009
  14. NH Supreme Court sets guidelines for death penalty review – Wednesday, Oct. 6, 2010. Unionleader.com (2010-10-06). Retrieved on 2010-11-13.
  15. Justices to compare sentences – Page 2. Concord Monitor. Retrieved on 2010-11-13.
  16. Death penalty retards healing Arquivado em 6 de outubro de 2011, no Wayback Machine.. NHBR (2010-09-24). Retrieved on 2010-11-13.
  17. NH General Court. Gencourt.state.nh.us. Retrieved on 2010-11-13.
  18. Ayotte Ad Features Family Of Michael Briggs – Politics News Story – WMUR Manchester Arquivado em 29 de fevereiro de 2012, no Wayback Machine.. Wmur.com (2010-08-04). Retrieved on 2010-11-13.
  19. Briggs family in Ayotte ad Arquivado em 7 de agosto de 2010, no Wayback Machine.. Concord Monitor (2010-08-05). Retrieved on 2010-11-13.
  20. "Hodes zeroes in on e-mails" (October 13, 2010) Concord Monitor
  21. "In Briggs case, Ayotte was thinking politics" (October 14, 2010) Concord Monitor
  22. a b [1][ligação inativa]
  23. Blake, Aaron (17 de junho de 2009). «Ayotte for NH Senate?». Briefing Room: The Hill's Blog. Consultado em 8 de julho de 2008 
  24. «AG Ayotte resigns, eyes Senate run». New Hampshire Union Leader. 7 de julho de 2009. Consultado em 8 de julho de 2008 
  25. Ovide Lamontagne to raise funds for rival – Shira Toeplitz. Politico.Com. Retrieved on 2010-11-13.
  26. Fabian, Jordan. (2010-10-02) McCain campaigning in New Hampshire for key NRSC recruit Ayotte – The Hill's Ballot Box. Thehill.com. Retrieved on 2010-11-13.
  27. Toeplitz, Shira (22 de setembro de 2010). «Politico: Lamontagne steps up to raise money for Ayotte». New Hampshire Union Leader. Consultado em 27 de setembro de 2010 
  28. Ovide Lamontagne to raise funds for rival – Shira Toeplitz. Politico.Com. Retrieved on 2010-11-13.
  29. Condon, Stephanie. (2010-09-15) Kelly Ayotte, Ovide Lamontagne Too Close to Call in New Hampshire GOP Primary – Political Hotsheet. CBS News. Retrieved on 2010-11-13.
  30. "GOP has plans for Ayotte if she wins" (October 19, 2010) Roll Call (formerly CQ)
  31. «New Hampshire Election Results». The New York Times 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

O Commons possui uma categoria com imagens e outros ficheiros sobre Kelly Ayotte