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Conquista romana da Gália Cisalpina

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Conquista romana da Gália Cisalpina
Conquista romana da Itália e das Guerras romano-gaulesas

Mapa da Gália Cisalpina
Data Séc. III a.C.(238 a.C.) – Séc. II a.C. (146 a.C.)
Local Gália Cisalpina
Desfecho Vitória romana
Mudanças territoriais Anexação da maior parte das regiões em disputa, especialmente a planície Padana
Beligerantes
República Romana República Romana   Tribos gálicas
 * Sênones
 * Boios
 * Ínsubres
 * Gesetas
 * Cárnios
 * Cenomanos
 * Apuanos
 * Frinitatos
 * Ingaunos

A conquista da Gália Cisalpina foi uma série de conflitos cujo objetivo era a submissão dos povos que viviam na região da moderna planície Padana ocidental (conhecida na época como Ager Gallicus) iniciada no século III a.C., logo depois da Primeira Guerra Púnica, e terminada com a constituição da província romana em meados do século II a.C., pouco antes da Terceira Guerra Púnica. A pacificação total da região, já anexada, se estendeu até o século I a.C..

A conquista romana da Gália Cisalpina ("Gália deste lado dos Alpes") foi um processo gradual de longa duração. Nas palavras de Fergus Millar, "foi na Ligúria, nas terras celtas do vale do Pó, e na Venécia e Ístria que os romanos deste período exibiram uma combinação consistente e irredutível de imperialismo, militarismo, expansionismo e colonialismo[1]. Apesar das fontes para o período serem poucas e fragmentárias, com exceção de Políbio[a], é impossível argumentar que os romanos tenham agido apenas defensivamente neste período[2].

Campo Gálico

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Ver artigos principais: Guerras romano-gaulesas e Campo Gálico

Em 332 a.C. foi firmado entre Roma e os sênones da Gália um tratado de paz que, enquanto durou, garantiu um interlúdio de paz de cerca de trinta anos.[3] Quase quarenta anos depois, em 295 a.C., no âmbito da Terceira Guerra Samnita, os sênones se aliaram aos úmbrios, etruscos e samnitas contra Roma. A coalizão, inicialmente vencedora (a Batalha de Arrécio), foi derrotada logo depois na grande Batalha de Sentino (295 a.C.). A derrota permitiu que Roma criasse o Campo Gálico e a fundação da colônia de Senigália (na moderna região das Marcas),[4] um nome que ainda hoje permanece e guarda a memória dos povos gauleses que viviam ali. Em 283 a.C., esta primeira fase se concluiu e Roma pôde ocupar todo o território ao sul dos Apeninos depois de derrotar uma coalizão etrusco-sênone novamente na Batalha do Lago Vadimo (283 a.C.).[4][5]

Conquista da Gália

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Ver artigos principais: Gália Transpadana, Gália Cispadana e Ligúria

A província foi primeiro um comando militar (imperium) que podia ser entregue aos dois cônsules e a seis pretores, especialmente antes da anexação[6]. Este comando militar era às vezes estendido além do mandato de um ano do magistrado eleito para aquele ano por mais um ou dois anos (prorogatio), o que permitia que os romanos mantivessem a continuidade de uma campanha militar em andamento sob o comando de oficiais experientes e também que se mantivesse sob controle a quantidade de pessoas autorizadas a assumir comandos militares[7].

Depois de 42 a.C., a Cisalpina foi completamente anexada ao governo da cidade de Roma e não mais era considerada uma província; a administração passou a ser feita através de governos municipais como no resto da Itália[8].

Nas fontes romanas anteriores a cerca de 100 a.C., Gallia é um termo flexível que se refere frequentemente apenas à Gália Cisalpina, mas à vezes à Gália como uma totalidade pouco definida e, em outras, num sentido muito limitado, apenas à Gália Cispadana ("deste lado do rio Pó"). A tabela seguinte lista cônsules, pretores e promagistrados para a Gallia até 125 a.C., quando a administração da Cisalpina passa a ser considerada à luz dos eventos na Gália Transalpina. Depois de 197 a.C., comandantes de status pretoriano não mais foram empregados na Ligúria e nem contra os gauleses; as operações militares eram geralmente conduzidas pelos dois cônsules ou por um cônsul se o outro estivesse no exterior[9]. Estão incluídos na lista ações militares e nomeações envolvendo a Ligúria, Venécia e Ístria quando há relação direta com a Gallia.

Conquista dos ínsubres

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Em 249 a.C., os boios pediram socorro aos gauleses que viviam do outro lado dos Alpes (a "Gália Transalpina"), iniciando uma nova crise que terminou em 225 a.C,[10] ano no qual se registrou a última[11] invasão gaulesa à Itália. Naquele ano, 50 000 soldados e 25 000 cavaleiros celtas atravessaram os Alpes para ajudar os gauleses cisalpinos. Estavam presentes as tribos dos ínsubres, boios e gesetas[12] e a horda invasora conseguiu derrotar os romanos na Batalha de Fésulas, mas foram depois derrotados e massacrados pelos exércitos romanos na Batalha de Telamão, no mesmo ano, a norte da moderna Orbetello.[13] Esta vitória abriu caminho para que os romanos conquistassem definitivamente o todo o norte da Itália, incluindo a montanhosa Ligúria.

Em 222 a.C, pela primeira vez[4] um exército romano cruzou o rio Pó e invadiu a Gália Cisalpina. Na Batalha de Clastídio, os romanos conseguiram capturar a capital dos ínsubres, Mediolano (a moderna Milão). Para consolidar seu próprio domínio sobre a região, foram fundadas as colônias de Placência, no território dos boios, e Cremona, no dos ínsubres.

Ano Comandantes militares romanos na função de Observação
238 a.C. Tibério Semprônio Graco Cônsul Campanha militar na Ligúria[14]
238 a.C. Públio Valério Falto[b] Cônsul Lutou contra os boios e outras populações gaulesas[15]
236 a.C. Públio Cornélio Lêntulo Caudino[c] Cônsul Lutou contra os boios e outras populações gaulesas, algumas das quais provenientes da Gália Transalpina; depois, lutou contra os lígures e celebrou um triunfo[16]
236 a.C. Caio Licínio Varo Cônsul Lutou contra os boios e outras populações gaulesas[17]
233 a.C. Q. Fábio Máximo Verrugoso Cônsul Venceu os lígures e construiu um templo dedicado ao deus Honos[18]
230 a.C. Marco Emílio Bárbula Cônsul Participou da campanha na Ligúria com seu colega (ver próximo)
230 a.C. Marco Júnio Pera[d] Cônsul Participou da campanha na Ligúria com a Marco Emílio Bárbula[20]
225 a.C. Desconhecido Pretor Derrotado por um exército de gauleses na Batalha de Fésulas, na Etrúria (ver próximo)[21]
225 a.C. Lúcio Emílio Papo Cônsul Enviado inicialmente contra os gauleses em Arímino, depois da derrota do exército pretoriano em Fésulas, ficou na Etrúria, onde se juntou a Marco Atílio Régulo (ver próximo), na Batalha de Telamão (225 a.C.) contra os gauleses e os derrotou;[22] celebrou um triunfo "De Galleis";[23] devastou o território dos boios e lígures[e]
225 Marco Atílio Régulo Cônsul Uniu-se a Lúcio Emílio Papo depois de uma campanha militar na Sardenha; morreu na Batalha de Telamão[25]
224 a.C. Tito Mânlio Torquato Cônsul Com seu colega, Quinto Fúlvio Flaco, conseguiu a rendição dos boios e foi o primeiro romano a atravessar o rio Pó, onde lutou com os ínsubres[26]
224 a.C. Quinto Fúlvio Flaco Cônsul Atuou com Tito Mânlio Torquato (ver acima)
223 a.C. Caio Flamínio Nepos Cônsul Com seu colega (ver abaixo) lutou contra os ínsubres,[27] obtendo um triunfo depois de uma votação popular,[28] o que lhe valeu o título de primeiro dos populares, depois que o Senado recusou-se, por questões religiosas e políticas, concerder-lhe um[29].
223 a.C. Públio Fúrio Filo[f] Cônsul Celebrou um triunfo "De Galleis et Liguribus"[30]
222 a.C. Marco Cláudio Marcelo Cônsul Com seu colega consular (ver abaixo) combateu os ínsubres e os gesetas perto de Acerras; perseguiu uma força gaulesa atravessando o Pó e cercando Clastídio, onde conseguiu sua spolia opima; reunindo-se a Cipião, cercou e ocupou o importante ópido gaulesco de Mediolano, encerrando a guerra contra os ínsubres; celebrou um triunfo sobre eles e sobre os germânicos, além de dedicar um templo à deusa Virtude[31].
222 a.C. Cneu Cornélio Cipião Calvo Cônsul Com Marcelo, lutou em Acerras e Mediolano

Segunda Guerra Púnica

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Os gauleses da Itália do norte se revoltaram novamente depois da invasão do general cartaginês Aníbal, no contexto da Segunda Guerra Púnica. Como aliados, os gauleses foram fundamentais para a vitória na Batalha do Lago Trasimeno (217 a.C.) e na Batalha de Canas (216 a.C.), duas terríveis derrotas para os romanos. Os boios conseguiram, por sua vez, bater os romanos na emboscada da Floresta Litana em 216 a.C.. Porém, depois da derrota de Aníbal em Zama (202 a.C.), os romanos se voltaram furiosamente contra os gauleses.

Ver artigo principal: Segunda Guerra Púnica
Ano Comandantes militares romanos na função de Observação
218 a.C. Lúcio Mânlio Vulsão (?) Pretor peregrino Enviado para comandar a Gália Cisalpina, foi atacado pelos boios no Cerco de Mutina[32]
218 a.C. Caio Atílio Serrano Pretor urbano[g] Foi enviado à Gália Cisalpina para ajudar Mânlio contra os boios[34]
217 a.C. Caio Flamínio Nepos Cônsul Uma tradição dúbia coloca Flamínio como cônsul na Gália Cisalpina; morreu na Batalha do Lago Trasimeno[35]
217 a.C. Caio Centênio Propretor Enviado para ajudar Flamínio, mas acabou aniquilado por Aníbal[36]
216-215 a.C. Lúcio Postúmio Albino pretor Em 216 a.C., Postúmio Albino foi enviado à Gália Cisalpina como pretor.[37] No ano seguinte, foi eleito cônsul, mas foi derrotado e morto pelos boios na emboscada da Floresta Litana.[38]
215–214 a.C. M. Pompônio Matão[h] Propretor Atuou no Ager Gallicus[40]
213211 a.C. Públio Semprônio Tuditano Pretor Capturou a cidade de Atrínio;[41] Seu poder de imperium foi prorrogado na Gália Cisalpina[42]
211–210 a.C. Caio Letório Pretor peregrino Foi enviado a Arímino; propretor do Ager Gallicus[43]
209208 a.C. Lúcio Vetúrio Filão Pretor peregrino Foi encarregado da Gália Cisalpina e teve seu mandato prorrogado como propretor[44]
207 a.C. Marco Lívio Salinador Cônsul Enviado à Gália para enfrentar Asdrúbal Barca, que depois conseguiu derrotar na Batalha de Metauro[45]
207 a.C. Caio Cláudio Nero Cônsul Se juntou a Lívio Salinador (acima)[46]
207 a.C. Lúcio Pórcio Licino[i] Pretor Legado de Salinador[47]
206 a.C. Quinto Mamílio Turrino Pretor peregrino Foi mais tarde enviado à Gália para proteger as colônias de Cremona e Placência[48]
205202 a.C. Espúrio Lucrécio Pretor Seu poder de imperium foi prorrogado em Arímino; repeliu Magão Barca, que havia desembarcado na Ligúria, juntamente com Lívio Salinador (Raide no vale do Pó); teve a missão de reconstruir, entre 203 e 202 a.C., a cidade de Genoa[49]
204 a.C. Lúcio Escribônio Libão Pretor peregrino Foi pretor da Gália Cisalpina[50]
204–203 a.C. Marco Cornélio Cetego Procônsul Foi pretor da Gália Cisalpina; se juntou a Quintílio (ver abaixo) contra Magão[51]
203 a.C. Públio Quintílio Varo Pretor Lutou contra Magão perto de Arímino, na Cisalpina (Raide no vale do Pó)[52]
202 a.C. Marco Sexto Sabino Pretor Foi pretor da Gália Cisalpina[53]

Ataques à Gália e a Ligúria

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Os romanos derrotaram os boios sucessivamente na Batalha de Cremona (200 a.C.) e na Batalha de Mutina (193 a.C.). Se completava, com a submissão total dos boios, a conquista da Gália Cisalpina: poucos decênios depois, o historiador grego Políbio pôde testemunhar pessoalmente a quase completa ausência de celtas na planície Padana, expulsos ou confinados em algumas áreas sub-alpinas.[54]

Ano Comandantes militares romanos na função de Observação
200 a.C. Lúcio Fúrio Purpúreo Pretor Sufocou uma revolta de gauleses e lígures; celebrou um triunfo sobre os primeiros depois da Batalha de Cremona[55]
199 a.C. Cneu Bébio Tânfilo Pretor Foi pretor da Gália Cisalpina; derrotado pelos ínsubres perto de Arímino, recebeu ordens de voltar para Roma[56]
199–198 a.C. Lúcio Cornélio Lêntulo Cônsul Recebeu a Itália como sua província, mas permaneceu na Gália depois da derrota de Bébio (ver anterior); seu comando foi prorrogado e recebeu o comando das forças romanas em 197 a.C.[57]
198 a.C. Caio Hélvio Pretor Foi pretor da Gália Cisalpina[58]
197 a.C. Caio Cornélio Cetego Cônsul Os dois cônsules receberam a Itália como província consular.[59] Cetego lutou contra os gauleses e celebrou um triunfo sobre ínsubres e cenomanos[60]
197 a.C. Quinto Minúcio Rufo Cônsul Lutou contra gauleses e lígures; seu triunfo lhe foi negado pelo Senado, mas celebrou um triunfo privado no monte Albano[61]
196 a.C. Lúcio Fúrio Purpúreo Cônsul Os dois cônsules receberam a Itália como província.[62] Fúrio lutou contra gauleses e lígures[63]
196 a.C. Marco Cláudio Marcelo Cônsul Ver anterior: Lutou contra os boios e celebrou um triunfo[64]
195194 a.C. Lúcio Valério Flaco Cônsul Recebeu a Itália como província; lutou contra os gauleses[65]; como procônsul, derrotou os ínsubres em Mediolano[66]
195 a.C. Públio Pórcio Leca Pretor Seu comando foi criado para atacar as populações da Ligúria[67]
194 a.C. Tibério Semprônio Longo Cônsul Os dois cônsules foram enviados contra boios e lígures. Vitória romana na Batalha de Placência[68]
194 a.C. Públio Cornélio Cipião Africano Cônsul Ver anterior: Cipião retornou a Roma para realizar as eleições do ano seguinte.
193 a.C. Lúcio Cornélio Mérula Cônsul Recebeu a província da Gália Cisalpina; lutou contra boios na Batalha de Mutina e os derrotou definitivamente; sua atuação foi criticada por seus subordinados, motivo pelo qual lhe foi recusado um triunfo[69]
193–191 a.C. Quinto Minúcio Termo Cônsul (e procônsul) Com o quartel-general em Pisa, combateu os lígures, obtendo pequenos sucessos no primeiro ano; em 192 a.C., conseguiu uma vitória; permaneceu como procônsul em 191 a.C.[70]
192 a.C. Lúcio Quíncio Flaminino Cônsul Recebeu a Itália e a Gália como província e realizou as eleições; lutou contra os lígures[71]
192–191 a.C. Cneu Domício Enobarbo Cônsul Receberia uma província fora da Itália no caso de guerra contra Antíoco III e a Itália ou a Gália Cisalpina caso contrário; lutou contra os boios[72]
191–190 a.C. Públio Cornélio Cipião Násica Cônsul Sucedeu a Domício e derrotou os boios, recebendo um triunfo por isto; como procônsul, anexou territórios boios à República Romana[73]
190–189 a.C. Caio Lélio Cônsul Recebeu a Itália como província, comandou os exércitos da Gália Cisalpina[74]
189 a.C. Lúcio Bébio Dives Pretor Havia recebido o comando da Hispânia Ulterior, mas foi emboscado pelos lígures e ferido. Atravessou os Alpes e acabou em Massília, onde morreu[75]
188 a.C. Marco Valério Messala Cônsul Com base em Pisa, lutou contra os lígures[76]
188 a.C. Caio Lívio Salinador Cônsul Recebeu a Gália Cisalpina como província; fundou Forum Livii[76]
187 a.C. Marco Fúrio Crássipo Pretor Desarmou de forma ilegal os cenomanos e, por isto, foi obrigado a deixar sua província para seu sucessor, Marco Emílio Lépido[77]
187 a.C. Marco Emílio Lépido Cônsul Restituiu as armas aos cenomanos (veja anterior) e deu início à construção da Via Emília.[78] Os dois cônsules receberam o comando da Ligúria, que foi devastada[79]
187 a.C. Caio Flamínio Cônsul Devastou a Ligúria com Lépido (ver anterior) e submeteu os frinitatos e os apuanos; construiu depois uma estrada que levava de Bonônia até Arrécio[j]
186 a.C. Espúrio Postúmio Albino Cônsul Os dois cônsules receberam a Ligúria como província,[81] mas ficaram ocupados com os preparativos da Bacanália o ano inteiro[82] (veja Senatus consultum de Bacchanalibus).
186 a.C. Quinto Márcio Filipo Cônsul Invadiu o território dos apuanos, mas sofreu pesadas perdas[83]
185 a.C. Ápio Cláudio Pulcro Cônsul Conseguiu uma vitória sobre os ingaunos da Ligúria[84]
185 a.C. Marco Semprônio Tuditano Cônsul Devastou o território dos apuanos na Ligúria[84]
184 a.C. Públio Cláudio Pulcro Cônsul Os dois cônsules receberam a província da Ligúria[85]
184–183 a.C. Lúcio Pórcio Licino Cônsul Ver anterior: como cônsul, ordenou que Marcelo (ver abaixo) levasse sua legião até a Venetia[86]

Expansão para o Vêneto e a Ístria

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O avanço continuou para a região nordeste (modernas regiões do Vêneto e a Ístria) depois da fundação da colônia romana de Aquileia, em 181 a.C., no território dos antigos cárnios[87][88]:

No mesmo ano [181 a.C.] foi fundada no território dos gauleses a colônia de Aquileia. 3 000 soldados receberam 50 jugeri cada um, os centuriões, 100, e os cavaleiros, 140. Os triúnviros [coloniis deducendis] que fundaram a colônia foram Públio Cornélio Cipião, Caio Flamínio e Lúcio Mânlio Acidino
 

Era uma colônia de direito latino[87] com a função prioritária de barrar a entrada das populações limítrofes de cárnios e ístrios (que não eram gauleses), que ameaçavam as províncias orientais dos romanos na Itália.[91] A cidade era inicialmente um posto avançado militar que serviria como base às futuras campanhas romanas na região e, mais tarde, como "quartel-general" para a expansão romana até o Danúbio. Os primeiros colonos foram 3 000 veteranos[92] com suas respectivas famílias vindas do Sâmnio, um total de cerca de 20 000 pessoas, aos quais se juntou um grupo de vênetos (que também não eram gauleses); mais tarde, em 169 a.C., outras 1 500 famílias seguiram para lá.[93]

Durante todo período, irromperam inúmeras revoltas entre os povos gauleses, especialmente na Ligúria, que só foi pacificada na década de 150 a.C..

Ano Comandantes militares romanos na função de Observação
183–181 a.C. Marco Cláudio Marcelo Cônsul Os dois cônsules receberam a Ligúria, mas Marcelo marchou até Aquileia (Venetia) para impedir uma invasão de gauleses transalpinos; conseguiu iniciar uma guerra contra os ístrios. Seu comando foi prorrogado como procônsul e recebeu reforços; consultou o Senado quando os lígures foram se render a ele ao invés de fazê-lo ao cônsul daquele ano (ver abaixo); em 181 a.C., era esperado que tivesse um sucessor, mas marchou para ajudar Paulo (ver abaixo) na Ligúria[94]
183–182 a.C. Quinto Fábio Labeão Cônsul Ver posterior: seu comando foi prorrogado como procônsul[95]
183 a.C. Lúcio Júlio César[k] Pretor Recebeu um exército para evitar um cerco dos gauleses transalpinos a Aquileia sem precisar entrar em guerra[97]; Lívio recorda seus grandes esforços diplomáticos,[98] que incluíam Caio Valério Flaco como pretor peregrino.[99] Enviou embaixadores gauleses ao Senado Romano[100]
182–181 a.C. Cneu Bébio Tânfilo Cônsul Lutou com sucesso na Ligúria, mas teve que voltar para presidir as eleições; retornou depois como procônsul (veja acima, em 199 a.C.), mas enviou suas tropas ao pretor da Sardenha[101]
182–181 a.C. Lúcio Emílio Paulo Macedônico Cônsul Enviado à Ligúria, continuou depois de seu mandato como procônsul; foi atacado, mas venceu-os de modo decisivo. A submissão dos ingaunos lhe valeu um triunfo[102]
181–180 a.C. Públio Cornélio Cetego Cônsul Recebeu a Ligúria como provícina; com Bébio (ver abaixo), derrotou os apuanos e celebrou um triunfo[103]
181–180 a.C. Marco Bébio Tânfilo[l] Cônsul Com Cornélio Cetego, recebeu a Ligúria como província, mas teve que voltar para Roma para presidir as eleições. Retornou depois como procônsul; derrotou os apuanos em Sâmnio e celebrou um triunfo[104]
181 a.C. Quinto Petílio Espurino Pretor urbano Recebeu ordens de realizar um novo alistamento militar forçado para reforçar os exércitos na Ligúria e os enviou para lá depois para encerrarem as operações[105]
181 a.C. Quinto Fábio Máximo[m] Pretor peregrino Recebeu o comando que era de Espurino (veja anterior); entregou a resposta do Senado aos lígures que queriam a paz[106]
181–180 a.C. Quinto Fábio Buteão[n] Pretor Recebeu a Gália Cisalpina como província; invadiu a Ístria, perto de Aquileia; seu mandato foi prorrogado como propretor[108]
180 a.C. Aulo Postúmio Albino Lusco Cônsul Recebeu, com o colega (veja abaixo), a Ligúria[109]
180 a.C. Caio Calpúrnio Pisão Cônsul recebeu, com o colega (veja acima), a Ligúria, mas morreu numa epidemia de peste no início de seu mandato, o que resultou em novas incursões dos apuanos[110]
180 a.C. Quinto Fúlvio Flaco Cônsul sufecto Recebeu a província da Ligúria em substituição a Pisão; deportou mais de 7 000 apuanos para Sâmnio[111]
179 a.C. Quinto Fúlvio Flaco Cônsul Os dois cônsules receberam a Ligúria.[112] Fúlvio deportou um certo número de lígures das montanhas para a Itália central e impediu o assentamento de populações provenientes da Gália Transalpina na Itália[113] celebrò quindi il trionfo[114]
179 a.C. Lúcio Mânlio Acidino Fulviano Cônsul Irmão de Fúlvio Flaco, recebeu também a Ligúria como província (ver acima)
178177 a.C. Aulo Mânlio Vulsão Cônsul Recebeu a província da Gália Cisalpina, que utilizou como plataforma para lançar uma campanha militar na Ístria; expulso de seu acampamento pelos ístrios, o reconquistou e os derrotou; seu comando foi prorrogado e conseguiu receber a rendição da maior parte dos ístrios[115]
178–177 a.C. Marco Júnio Bruto Cônsul Recebeu a Ligúria, mas, depois da derrota dos ístrios, se juntou a colega em Aquileia; obrigado a aceitar a submissão dos ístrios, mas, depois de uma disputa, foram removidos do comando pelo cônsul Cláudio (ver abaixo)[116]
178–177 a.C. Tibério Cláudio Nero Pretor peregrino Enviado de Roma para organizar um novo exército para suceder ao de Bruto (ver anterior) em Pisa, na Ligúria; continuou no ano seguinte, como procônsul, no comando de uma legião[117]
177–176 a.C. Caio Cláudio Pulcro Cônsul Enviado à Ístria; depois de uma disputa com seu predecessor e procônsul, forçou o término da guerra contra ístrios e obrigou seu rei, Epulão, a submeter-se;[118] sufocou uma revolta na Ligúria[119] e celebrou um triunfo sobre ístrios e lígures.[120] Depois de presidir as eleições, marchou para Gália para atacar os lígures perto de Mutina; seu comando foi prorrogado e conseguiu reocupar Mutina, antes de devolvê-la aos lígures[121]
177 a.C. Cneu Cornélio Cipião (?) Pretor Foi pretor da Gália Cisalpina. Sua identidade é desconhecida[122]
176 a.C. Quinto Petílio Espurino Cônsul Recebeu a Ligúria, onde morreu em combate[123]
176 a.C. Caio Valério Levino Cônsul sufecto Lutou na Ligúria[124]
175 a.C. Públio Múcio Cévola Cônsul Com seu colega, iniciou uma campanha na Ligúria e celebrou um triunfo[125]
175 a.C. Marco Emílio Lépido Cônsul Ver anterior
173 a.C. Lúcio Postúmio Albino Cônsul Recebeu a Ligúria como província, mas foi enviado para a Campânia para recuperar terras públicas que estavam sendo utilizadas ilegalmente[126]
173–172 a.C. Marco Popílio Lenas Cônsul Recebeu a Ligúria e escravizou os statelliates; ignorou as tentativas do Senado de inverter sua ação; continuou na região como procônsul, sempre lutando contra os statelliates e se recusou a voltar até que foi obrigado por dois tribunos da plebe; censurado pelo Senado e perseguido pelos tribunos, conseguiu escapar de uma condenação pela leniência do pretor que presidiu o tribunal que o julgou[127]
172 a.C. Caio Popílio Lenas Cônsul Recebeu a Ligúria como província, onde continuou as injustiças iniciadas pelo seu irmão Marco (ver acima), apesar das críticas do Senado[128]
171 a.C. Caio Cássio Longino Cônsul Recebeu a Itália, mas atuou na Gália; foi preso por um decreto do Sendo quando tentou atacar a Macedônia através da Ilíria; serviu como tribuno militar em 171 a.C. sob o cônsul em Aulo Hostílio Mancino para evitar ter que enfrentar as reclamações formas feitas pelos gauleses sobre as injustiças cometidas durante seu mandato[129][o]
170 a.C. Aulo Atílio Serrano Cônsul Um ano tranquilo na Ligúria e na Gália[131]
169168 a.C. Cneu Servílio Cepião Cônsul Recebeu a Itália como província, serviu na Gália no ano seguinte[132]
168–167 a.C. Caio Licínio Crasso Cônsul Recebeu a Itália como província e, depois da Batalha de Pidna, foi para a Gália, provavelmente para liberar Servílio Cepião; seu comando foi prorrogado e acabou enviado como legado à Macedônia; foi substituído na Gália por Élio Peto (ver seguinte)[133]
167 a.C. Quinto Élio Peto Cônsul Comandou a Gália[134]
167 a.C. Marco Júnio Peno Cônsul Comandou a Ligúria[134]
166 a.C. Marco Cláudio Marcelo Cônsul Venceu os gauleses dos passos alpinos e celebrou um triunfo[135]
166 a.C. Caio Sulpício Galo Cônsul Venceu os lígures e celebrou um triunfo[135]
162 a.C. Caio Márcio Fígulo Cônsul Recebeu a Gália Cisalpina como província, mas acabou sendo obrigado, por causa de maus auspícios, obrigado a renunciar[136]
159158 a.C. Marco Fúlvio Nobilior Cônsul Recebeu o comando da Ligúria e, como procônsul, celebrou um triunfo sobre os lígures de Velia[137]
155 a.C. Marco Cláudio Marcelo Cônsul Ver acima (166 a.C.); pôs fim a uma revolta dos lígures apuanos e celebrou um triunfo[138]
154 a.C. Quinto Opímio Cônsul Marchou para ajudar Massília, uma cidade aliada dos romanos, contra os gauleses transalpinos, os lígures oxíbios e deciatas; conseguiu uma rápida vitória[139]
146 a.C. Ópio (?) Pretor Conseguiu uma vitória sobre os gauleses[140]
135 a.C. Sexto Atílio Serrano Procônsul Nomeado para a Gália, fixou as fronteiras de Vicetia e Ateste[141]

Província romana

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Para os governadores temporários ou conjuntos com a Transalpina veja : Lista de governadores romanos da Gália Transalpina

Não se sabe exatamente quando a região da Gália Cisalpina foi transformada em uma província romana. A historiografia moderna oscila entre o fim do século II a.C. e a época de Sula (começo do século I a.C.). Sabe-se que, em 89 a.C., foi aprovada uma lei de Pompeu Estrabão (Lex Pompeia de Gallia Citeriore) que conferiu às cidades de Mediolano e outras a dignidade de colônia romana. Em dezembro de 49 a.C,[142] Júlio César, com a Lex Roscia, concedeu a cidadania romana aos habitantes da província e, em 42 a.C., aboliu a província, tornando a Gália Cisalpina uma parte integrante da Itália romana.[143]

  1. A obra de Lívio, "Ab Urbe Condita", essencial para a história dos primeiros anos da República, sobreviveu apenas em fragmentos e resumos para boa parte deste período.
  2. Nenhum outro cargo de Públio Valério Falto foi registrado; não deve ser confundido com Quinto Valério Falto, cônsul em 239 a.C..
  3. Nenhum outro cargo de Públio Cornélio Lêntulo Caudino foi registrado; provavelmente não é o mesmo que foi edil curul em 209 a.C. e governador da Sardenha em 203–202 a.C..
  4. Marco Júnio Pera foi também censor em 225 a.C. e ditador em 216 a.C. com a função de alistar e armar tropas contra Aníbal e realizar novas eleições[19]
  5. A sequência destes eventos é confusa. Diodoro Sículo (25.13) afirmou que Emílio devastou o território dos boios quando foi procônsul; Políbio (II, 31.4–6) e Zonaras (8.20) indicam que ele celebrou seu triunfo enquanto era cônsul[24]
  6. Pretor em 216 a.C..
  7. Não era usual um pretor urbano deixar a cidade de Roma[33].
  8. Pretor no final de 217 e em 216 a.C.; foi propretor da Gália Cisalpina em 215 a.C.[39]
  9. Legado em 211 a.C. e edil plebeu em 210 a.C..
  10. Segundo Broughton, Estrabão (V, 1.11) atribuiu este feito incorretamente a ele quando o correto teria sido o seu pai[80]
  11. Cognome conjectural; nenhum outro cargo identificado para este homem[96].
  12. Não deve ser confundido com Cneu Bébio Tânfilo.
  13. Este Quinto Fábio Máximo foi provavelmente questor na Hispânia Ulterior entre 188 e 186 a.C.. É possível que tenha sido Quinto Fábio Buteão (veja 181-180 a.C.).
  14. Provavelmente questor na Hispânia Ulterior entre 188 e 186 a.C. (talvez o mesmo que foi pretor peregrino em 181 a.C.); com os dois Popílios Lenas, Buteão foi um dos triumviri coloniae deducendae em 180 a.C. com a missão de fundar a colônia de direito latino em Pisa.[107]
  15. Seus malfeitos eram tais que foi enviada uma embaixada de dignidade nunca vista antes — Caio Lélio, cônsul em 190 a.C., e Marco Emílio Lépido, cônsul em 187 e 175 a.C. — para atravessar os Alpes para ouver os lamentos do comandante gaulês, Cincinábile.[130]

Referências

  1. Fergus Millar, "The Political Character of the Classical Roman Republic, 200–151 B.C.," as reprinted in Rome, the Greek World, and the East (University of North Carolina Press, 2002), p. 110, originally published in Journal of Roman Studies 74 (1984) 1–19. (190–188). (pp. 109–110).
  2. E.S. Staveley, "Rome and Italy in the Early Third Century," in The Cambridge Ancient History (Cambridge University Press, 1989, 2002 reprint), vol. 7, p. 431 online.
  3. Christiane Éluère, I Celti: "barbari d'Occidente", p. 68. Col. «Universale Electa/Gallimard●Storia e civiltà» (nº 44).
  4. a b c Demandt, p. 86.
  5. Floro, I, 13.
  6. E.S. Staveley, "Rome and Italy in the Early Third Century," in The Cambridge Ancient History (Cambridge University Press, 1970), vol. 7, part 2, p. 431 online.
  7. Andrew Lintott, The Constitution of the Roman Republic (Oxford University Press, 1999.), p. 113 ff.; T. Corey Brennan, The Praetorship in the Roman Republic (Oxford University Press, 2000), pp. 625–626.
  8. Werner Eck, "Provincial Administration and Finance," in The Cambridge Ancient History (Cambridge University Press, 2000), vol. 11, p. 345 online.
  9. T. Corey Brennan, The Praetorship in the Roman Republic (Oxford University Press, 2000), vol. 1, p. 200.
  10. Christiane Eluère, p. 69.
  11. Ogilvie, Cronologia.
  12. Kruta, La grande storia dei Celti, pp. 251.
  13. Políbio, Histórias II,25-27.
  14. Paulo Orósio 4.12.1; Zonaras 8.18; Lívio, Ab Urbe Condita Epit. 20; MRR1 p. 221.
  15. Paulo Orósio 4.12.1; Zonaras 8.18; cf. Lívio, Ab Urbe Condita Epit. 20; MRR1 p. 221; MRR2 p. 628.
  16. Zonaras 8.18; cf. Polibio 2.21.5–5 e Lívio, Ab Urbe Condita Epit. 20; Acta Triumphalia Degrassi 76f., 549; Eutrópio III.2 (con il praenomen Lucius); MRR1 p. 222.
  17. Zonaras 8.18; cf. Polibio 2.21.5–5 e Lívio, Ab Urbe Condita Epit. 20; MRR1 p. 222.
  18. Cícero, In Pisonem 58, De natura deorum 2.61; Acta Triumphalia Degrassi 76f., 549; Plutarco, Vidas Paralelas, Fabius 2.1; Auctor, De viris illustribus 43; Zonaras 8.18) MRR1 p. 224.
  19. MRR1 p. 248; MRR2 p. 577.
  20. MRR1 p. 226, with sources.
  21. MRR1 p. 230.
  22. Políbio II, 23.5 e 25–31; Plínio, o Velho, História Natural III, 138; Apiano de Alexandria, Guerre celtiche 2; Dião Cássio frammento 50.4; Paulo Orósio 4.13.5–10.
  23. Acta Triumphalia Degrassi 78f., 550; Floro I, 20.3: Eutropio III, 5.
  24. MRR1 p. 231.
  25. Políbio II, 23.6 e 27–28; Plínio, o Velho, História Natural III, 138; Paulo Orósio 4.13.5–10; Zonaras 8.20; MRR1 p. 230.
  26. Políbio II, 31.8–10; Paulo Orósio 4.3.11; Lívio, Ab Urbe Condita Epit. 20 e Zonara 8.20; MRR1 p. 231.
  27. Políbio II, 32–33)
  28. Acta Triumphalia Degrassi 78f., 550; Livio XXI, 63.2 e XXIII, 14.4; Sílio Itálico VI, 653–635; Zonaras 8.20.
  29. Sílio Itálico IV, 704–706, V, 107–113 e 649–655; Plutarco, Vidas Paralelas, Fabius 2.4; Floro I, 20.4; Paulo Orósio IV, 13.4; MRR1 p. 232.
  30. Acta Triumphalia Degrassi 78 seg., 550; Zonaras 8.20.
  31. MRR1 p. 233.
  32. Políbio III, 40.11–14 e 56.6; Lívio, Ab Urbe Condita XXI, 17.7, XXV, 8–26.2, 39.3; MRR1 pp. 238 e 240 (nota 4).
  33. MRR1 pp. 238 e 240 (nota 3).
  34. Lívio, Ab Urbe Condita XXI, 26.2 e 39.2.
  35. MRR1 p. 242.
  36. Políbio, III, 86.3–5; Cornélio Nepos, Aníbal 4.3; Lívio, Ab Urbe Condita XXII, 8.1; Apiano, Guerre annibaliche 9.10–11, 17; Zonaras 8.25; MRR1 p. 245, e pp. 246–247 (nota 9).
  37. Políbio III 106, 6.
  38. Políbio III, 118, 6; Lívio, Ab Urbe Condita Epit 23.8; Lívio, Ab Urbe Condita XXIII, 24.6-11.
  39. Lívio, Ab Urbe Condita XXIV, 10.3
  40. Lívio, Ab Urbe Condita XXIV, 10.3; MRR1 pp. 256, 260.
  41. Lívio, Ab Urbe Condita 24.47.14)
  42. Lívio, Ab Urbe Condita XXV, 3.6, 26.1.5; MRR1 p. 269.
  43. Lívio, Ab Urbe Condita XXVII, 7.11; MRR1 pp. 279 e 284 (nota 1).
  44. Lívio, Ab Urbe Condita XXVII, 22.6; MRR1 p. 292.
  45. Lívio, Ab Urbe Condita XXVII, 35.10 e 38.7.
  46. Políbio 11.1–3; Lívio, Ab Urbe Condita 27.43–51; Cícero, Brutus 73; Horácio, Carmen 4.4.36–71; Valério Máximo3.7.4 e 7.4.4; Frontino, Estratagemas 1.1.9 e 2.9, 2.3.8 e 9.2, 4.7.15; Sílio Itálico15.544–823; Suetônio, Tiberius 2.1; Floro 1.22.50–54; e outras fontes MRR1 p. 294.
  47. Lívio, Ab Urbe Condita XXVII, 39.9, 46.5, 47.4, 48.1; MRR1 p. 295.
  48. Lívio, Ab Urbe Condita XXVIII, 11.11; MRR1 p. 298.
  49. Lívio, Ab Urbe Condita XXVIII, 46.12, XXIX, 5.1–9, 13.4, XXX, 1.9–10; Apiano de Alexandria, Guerra Anibálica 54; Zonara 9.11; MRR1 pp. 302, 308, 312, 315 (nota 4).
  50. MRR1 p. 306.
  51. Lívio, Ab Urbe Condita XXX, 1.7 e 18–19; Zonaras 9.12
  52. Lívio, Ab Urbe Condita XXX, 18.1–15; MRR1 pp. 311 e 315 (nota 3).
  53. MRR1 p. 316.
  54. Políbio, Histórias II.35.4
  55. Lívio, Ab Urbe Condita XXXI, 10–11.3, 21–22.3, 47–49; Dião Cássio fr. 58.6; Zonaras 9.15; Paulo Orósio 4.20.4; MRR1 pp. 323, 326 (nota 1).
  56. Lívio, Ab Urbe Condita XXXII, 7.5–7; Zonaras XI, 15; MRR1 p. 327.
  57. Lívio, Ab Urbe Condita XXXII, 1–2 e 7.6–8; MRR1 p. 326.
  58. Lívio, Ab Urbe Condita 32.9.5 e 26.2–3; MRR1 p. 330.
  59. Políbio XVIII, 11.2 e 12.1; Lívio, Ab Urbe Condita XXXII, 28.8.
  60. Lívio, Ab Urbe Condita XXXIII, 23.1; MRR1 pp. 332–333.
  61. Lívio, Ab Urbe Condita XXXII, 28–31, XXXIII, 22–23; Acta Triumphalia Degrassi 78f., 552; MRR1 pp. 332–333.
  62. Lívio, Ab Urbe Condita XXXIII, 25.4–11.
  63. Lívio, Ab Urbe Condita XXXIII, 37.1–9; MRR1 p. 335.
  64. Lívio, Ab Urbe Condita XXXIII, 36.4–15, 37.9–12; Acta Triumphalia Degrassi 78 segg., 552; MRR1 p. 335.
  65. Lívio, Ab Urbe Condita XXXIII, 43.5, XXXIV, 22.1–3 e 42.2–4: Plutarco, Vidas Paralelas , Cato Maior 10.1; MRR1 p. 339.
  66. Lívio, Ab Urbe Condita XXXIV, 46.1; MRR1 p. 344.
  67. Lívio, Ab Urbe Condita XXXIII, 43.5 e 9; MRR1 p. 340.
  68. Lívio, Ab Urbe Condita XXXIV, 43.3–5; 43.9, 46–48.2 e 54.1; Paulo Orósio 4.20.15; MRR1 pp. 342–343.
  69. Lívio, Ab Urbe Condita XXXIV, 55.6 e 56.12–13, XXXV, 4–5, 6.5–9, 35.8; MRR1 p. 346.
  70. Lívio, Ab Urbe Condita XXXIV, 55.6 e 56.3–7; XXXV, 3.1–6, 6.1–4, 11.1–13, 20.6, 21.7–11; XXXVI, 38.1–4 e 40.2; MRR1 pp. 346, 351, 354.
  71. Lívio, Ab Urbe Condita XXXV, 20.1–7 e 20.4–6; MRR1 p. 350.
  72. Lívio, Ab Urbe Condita XXXV, 20.2, 20.7, 22.3–4 e 40.2–4; MRR1 p. 350.
  73. Lívio, Ab Urbe Condita XXXVI, 1.8–9, 2.1, XXXVII, 2.5; XXXVIII, 5–7, 35.4, 39–40; Acta Triumphalia Degrassi 78 seg., 553; Paulo Orósio IV, 20.21; MRR1 p. 352.
  74. Lívio, Ab Urbe Condita XXXVII, 1.10, 50.13, XXXVIII, 36.1, 46.10, 47.1; MRR1 p. 356.
  75. Lívio, Ab Urbe Condita XXXVII, 57.1–2; Paulo Orósio IV, 20.24; MRR1 p. 361.
  76. a b Lívio, Ab Urbe Condita XXXVIII, 35.7–10 e 42.1; MRR1 p. 365.
  77. Lívio, Ab Urbe Condita XXXIX, 3.1–3, Diodoro Sículo, XXIX, 14; MRR1 p. 368.
  78. Lívio, Ab Urbe Condita XXXIX, 2.10; Strabone V, 1.11; CIL I, 2617-CIL I, 2610.
  79. MRR1 pp. 367–368; Lívio, Ab Urbe Condita XXXVIII, 42.8–12, XXXIX, 1.1–2 e 2.1–11.
  80. Lívio, Ab Urbe Condita XXXIX, 1.1–2 e 2.1–6; MRR1 pp. 367–368, 370 (nota 1).
  81. Lívio, Ab Urbe Condita XXXIX, 20.2.
  82. MRR1 pp. 370–371.
  83. Lívio, Ab Urbe Condita XXXIX, 20; Paulo Orósio IV, 20.26; MRR1 pp. 370–371.
  84. a b Lívio, Ab Urbe Condita XXXIX, 32; MRR1 p. 372.
  85. Lívio, Ab Urbe Condita XXXIX, 38.1, 7; MRR1 p. 374.
  86. Lívio, Ab Urbe Condita XXXIX, 54.2.
  87. a b Veleio Patérculo, Historiae Romanae ad M. Vinicium libri duo, I, 13.2.
  88. Plínio, o Velho, História Natural, III, 126-127.
  89. Lívio, Ab Urbe Condita XL, 34.2-3.
  90. CIL V, 873.
  91. Lívio, Ab Urbe condita libri, XXXIX, 55; XL, 34.2-3; XLI, 1; XLI, 9-10; XLIII, 1.
  92. Luisa Bertacchi, Aquileia: l'organizzazione urbanistica, p.209.
  93. Lívio, Ab Urbe condita libri, XLIII, 17.1.
  94. Lívio, Ab Urbe Condita XXXIX, 45.3, XL, 1.6 e 16.5–6, 25.9, 26.2, 54.1–4, 55.4–5, 56.3–5; MRR1 pp. 378 e 382.
  95. Lívio, Ab Urbe Condita XL, 1.3, 8.
  96. MRR2 p. 574.
  97. Lívio, Ab Urbe Condita XXXIX, 45.6–7; MRR1 p. 378.
  98. Lívio, Ab Urbe Condita XXXIX, 54.5.
  99. F. Münzer, De Gente Valeria (Oppoliae, 1891; Berlin) 40, n. 19.
  100. MRR1 p. 379.
  101. Lívio, Ab Urbe Condita XL, 1.1 e 5, 16.4, 17.6–7, 19.8, 25.7; MRR1 p. 381.
  102. Plutarco, Vidas Paralelas, Emílio Paulo 6.1–3; Lívio, Ab Urbe Condita XL, 1.1 e 1.5, 16.4, 17.6–7, 25.2–10, 27.1–28.9, 34.7–8; Frontino, Estratagemas III, 17.2; Elogia, CIL 12.1, pp. 194, 198—Inscript. Ital. 12.3.81, 71b; Veleio Patérculo I, 9.3; Autor de De viris illustribus 56.1; MRR1 pp. 381, 384.
  103. Lívio, Ab Urbe Condita XL, 18.3, 26.5–6, e 35.1; MRR1 pp. 383–384.
  104. Lívio, Ab Urbe Condita XL, 36.7, 37.8–38.9; MRR1 pp. 383–384, 388.
  105. Lívio, Ab Urbe Condita XL, 26.7, 28.9; MRR1 p. 384.
  106. Lívio, Ab Urbe Condita XL, 34.10–11; MRR1 p. 384.
  107. Lívio, Ab Urbe Condita XL, 43.1
  108. Lívio, Ab Urbe Condita XL, 26.2–3, 36.13; MRR1 pp. 384, 388, MRR2 p. 562.
  109. Lívio, Ab Urbe Condita XL, 35.8, 36.6, 41.1–2, 5–9; MRR1 p. 387.
  110. Lívio, Ab Urbe Condita XL, 35.8, 36.6; MRR1 p. 387.
  111. Lívio, Ab Urbe Condita XL, 41.3–4; MRR1 p. 387.
  112. Lívio, Ab Urbe Condita 40.44.3.
  113. Lívio, Ab Urbe Condita XL, 53.1–6; Floro 1.19.5.
  114. Lívio, Ab Urbe Condita XL, 59.1–3; MRR1 pp. 391–392.
  115. Lívio, Ab Urbe Condita XLI, 1–5, 6.1–3, 7.4–10, 10.1–5, 11.1; MRR1 p. 395.
  116. Lívio, Ab Urbe Condita XLI, 5.5, 9–12; MRR1 p. 395.
  117. Lívio, Ab Urbe Condita XLI, 5.6, 8 e XLI, 12.1, 7; MRR1 pp. 395, 397 (notas 2 e 3), 398.
  118. Políbio XXV, 4.1; Lívio, Ab Urbe Condita XLI, 8.5, 9.3 e 8, 10.5–11.9; Floro I, 26
  119. Lívio, Ab Urbe Condita XLI, 12.3 e 7–10.
  120. Lívio, Ab Urbe Condita XLI, 13.6–8; Acta Triumphalia Degrassi 80f. 555.
  121. Lívio, Ab Urbe Condita XLI, 14.1–3, 6; XLI, 17.7–18.6; MRR1 pp. 397–398, 401.
  122. Lívio, Ab Urbe Condita 41.9.10; MRR1 pp. 398 e 399 (nota 1).
  123. Lívio, Ab Urbe Condita XLI, 14.8–10 e 15.5, 17.6–18.16;MRR1 p. 400.
  124. Lívio, Ab Urbe Condita XLI, 18.6–7, 15; MRR1 p. 400.
  125. MRR1 p. 402.
  126. Lívio, Ab Urbe Condita XLII, 1.6 e 9.7–9; MRR1 p. 408.
  127. Lívio, Ab Urbe Condita XLII, 7.3–9.6, XLII, 21.2–5 e 8, 4.22.1–8; MRR1 pp. 408, 412.
  128. Lívio, Ab Urbe Condita XLII, 10.10–12, 21.1–5, 22.1 e 5; MRR1 p. 410.
  129. Lívio, Ab Urbe Condita XLII, 31.1 e 32.1–5; XLIII, 1.4–12 e 5.1–9; MRR1 p. 416.
  130. Lívio, Ab Urbe Condita XLIII 5.7 e 10.)
  131. Lívio, Ab Urbe Condita XLIII, 9.1–3 e 11.3; MRR1 p. 420.
  132. Lívio, Ab Urbe Condita XLIII, 12.1 e 15.3–5; XLIV, 17.2–4 e 18.5; 45.12.4–9; MRR1 pp. 423, 429.
  133. Lívio, Ab Urbe Condita XLV, 5.12.9–12 e 16.4; MRR1 p. 427.
  134. a b Lívio, Ab Urbe Condita XLV, 16.3, 17.6, 44.3; MRR1 p. 432.
  135. a b Lívio, Ab Urbe Condita Epit. 46; MRR1 p. 437.
  136. Valério Máximo I, 1.3; Cícero, Ad Quintum fratrem II, 2.1; De divinatione I, 33, I, 36, II, 74; De natura deorum II, 10–11; Plutarco, Vidas Paralelas, Vida de Marcelo 5.1–3; Grânio Liciniano 11 (Bonn); Auctore del De viris illustribus 44.2; MRR1 pp. 441–442.
  137. MRR1 pp. 445, 446.
  138. Acta Triumphalia Degrassi 82 seg., 557; CIL 12.2.623; MRR1 p. 448.
  139. Políbio XXXIII, 8–11.1; Lívio, Ab Urbe Condita Epit. 47; MRR1 p. 449.
  140. Jerônimo, Crônica p. 143 Helm; cf. cognome de Gallus em Valério Máximo VII, 8.9; MRR1 p. 466.
  141. CIL 12.2.636; MRR1 p. 489.
  142. Dião Cássio, História Romana 41, 36
  143. U. Laffi, La provincia della Gallia Cisalpina, “Athenaeum”, 80, 1992, pp. 5-23

Fontes primárias

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Fontes secundárias

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