Marlene Matheus
Marlene Matheus | |
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Marlene em 2007 | |
Presidente do Sport Club Corinthians Paulista | |
Período | 28 de janeiro de 1991 a 2 de fevereiro de 1993 |
Antecessor(a) | Vicente Matheus |
Sucessor(a) | Alberto Dualib |
Dados pessoais | |
Nascimento | 24 de setembro de 1936 São Paulo, Brasil |
Morte | 2 de julho de 2019 (82 anos) São Paulo, Brasil |
Cônjuge | Vicente Matheus |
Marlene Colla Matheus (São Paulo, 24 de setembro de 1936 — São Paulo, 2 de julho de 2019) foi uma dirigente esportiva brasileira, presidente do Sport Club Corinthians Paulista de 1991 a 1993. Foi casada com Vicente Matheus, presidente do mesmo clube por dezoito anos durante vários mandatos não consecutivos, de 1959 a 1991, e com o prestígio de seu marido, elegeu-se presidente do clube, sendo a primeira e única a ter sido presidente da agremiação.[1]
Filha de João Alberto Colla, filho de imigrantes italianos, e de Enriqueta Fernández Vivas, imigrante espanhola, Marlene nasceu no bairro da Penha.[2]
Bailarina de dança espanhola,[3] conheceu Vicente Matheus durante as comemorações pela conquista do título paulista do IV Centenário, em 1954. Em 1971, quando Matheus retornou ao Corinthians como vice-presidente, Marlene começou a trabalhar na parte social do clube.
Início no Corinthians
[editar | editar código-fonte]Marlene era casada com Vicente, personagem histórico da história do Corinthians, desde 1968 e, a partir deste momento, passou a ser uma figura importante na vida política do clube [3].
Sem poder concorrer novamente à presidência, Vicente seguiu os conselhos do amigo Mário Campos (falecido, anos antes), e endossou o nome de Marlene como sua sucessora. Em 1991, após uma das gestões de seu companheiro, Marlene assumiu a presidência do clube. Os associados aprovaram a ideia e a elegeram com 2.119 votos, tornando-a a primeira mulher à frente de um grande clube brasileiro. Em 1993, na ratificação do Conselho Deliberativo, Alberto Dualib, então presidente do órgão, organizou um golpe para afastá-los do comando. No ano seguinte, uma mudança estatutária impediu a realização de eleições no Parque São Jorge. Vicente e Marlene, unidos a outros opositores, pediram na justiça o afastamento dele. Em 1997, a morte do lendário presidente corintiano a deixou sozinha na luta pela devolução do Corinthians ao povo.
Em mandato que durou até 1993, realizando um feito histórico no clube alvinegro. Durante a sua gestão, o Corinthians conquistou a Supercopa do Brasil de 1991, derrotando o Flamengo [1].
Marlene foi membro nata do CORI (Conselho de Orientação) e foi contra a parceria com a MSI, repetindo o gesto das tentativas anteriores[4]. Por uma aliança com Andrés Sanchez, líder do Movimento Renovação & Transparência, disputou uma vaga no conselho deliberativo, como conselheira quadrienal. A eleição confirmou seu carisma, na primeira vitória importante contra Dualib. Em, 2007, sob o comando de Sanchez, ela assumiu o cargo de vice-presidente social da equipe, mas deixou o cargo um ano depois por conta de desavenças com o presidente.[5]
Em 2000, Marlene tentou uma vaga na Câmara Municipal de São Paulo, pelo PSDB. Obteve 5.060 votos, não se elegendo.[6]
Falecimento
[editar | editar código-fonte]Aos 82 anos, morreu no dia 2 de julho de 2019, em São Paulo, após alguns dias de internação com quadro de anemia.[7][1] O corpo de Marlene Matheus foi enterrado na tarde de quarta-feira (3) no Cemitério da Quarta Parada, na Água Rasa, Zona Leste de São Paulo [7].
Em homenagem a Marlene, o Corinthians emitiu uma declaração de condolências:
"O Sport Club Corinthians Paulista informa com pesar o falecimento de Marlene Matheus, a primeira e única presidente mulher da história do clube até aqui.
Marlene Matheus se casou com Vicente Matheus, histórico presidente corintiano, em 1968. Desde então, passou a ser figura importante no quadro social e político alvinegro. Em 1991, Marlene Matheus se elegeu presidente do Corinthians, a primeira mulher que conseguiu este cargo na história do clube do Parque São Jorge.
Mesmo após sua gestão, entre 1991 e 1993, Marlene Matheus nunca deixou de ser uma das figuras mais importantes do Alvinegro.
O Sport Club Corinthians Paulista lamenta profundamente o falecimento e deseja força aos familiares neste momento de luto e dor. Assim que o clube tiver confirmações a respeito do velório e sepultamento de Marlene Matheus, esta nota será atualizada com as informações" [5].
Referências
- ↑ a b c Brunno Carvalho (2 de julho de 2019). «Morre Marlene Matheus, única presidente mulher do Corinthians». UOL. Consultado em 15 de julho de 2021
- ↑ RCPN Penha de França (3 de outubro de 1936). «Talão de registro de nascimento de Marlene Colla». Consultado em 11 de julho de 2020
- ↑ a b O Estado de S. Paulo, Geral página 11 (11 de fevereiro de 1963). «Comédia musical espanhola até o dia 27 no T. Leopoldo Fróes». 1963-02-11. Consultado em 12 de julho de 2020
- ↑ «O adeus a Marlene Matheus, primeira mulher presidente do Corinthians. – Liberdade Corinthiana». Consultado em 29 de outubro de 2023
- ↑ a b Morre Marlene Matheus, única mulher presidente do Corinthians - Gazeta Esportiva. Disponível em: <https://www.gazetaesportiva.com/times/corinthians/morre-marlene-matheus-unica-mulher-presidente-do-corinthians/>. Acesso em: 24 out. 2023.
- ↑ «Poder 360 | MATHEUS». eleicoes.poder360.com.br. Consultado em 16 de maio de 2021
- ↑ a b Ana Canhedo (2 de julho de 2019). «Morre Marlene Matheus, ex-presidente do Corinthians». GloboEsporte.com. Consultado em 15 de julho de 2021