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Reserva Natural do Estuário do Tejo

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Reserva Natural do Estuário do Tejo
Reserva Natural do Estuário do Tejo
Zona ribeirinha de Alcochete, no Estuário do Tejo
Localização Alcochete, Benavente e Vila Franca de Xira
Dados
Área 14.192 ha
Criação 1976
Visitantes 1.910[1] (em 2017)
Gestão Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade

A Reserva Natural do Estuário do Tejo é uma Área protegida portuguesa. É também um sítio Ramsar[2]

O estuário do rio Tejo é a maior zona húmida do país e uma das mais importantes da Europa, um santuário para peixes, moluscos, crustáceos e, sobretudo, para aves, que nele se detém quando de sua migração entre o Norte da Europa e a África. É um dos maiores estuários da Europa Ocidental, com cerca de 34 mil hectares, e alberga regularmente 50 mil aves aquáticas invernantes (flamingos, patos, aves limícolas, etc.).[3]

Caracterização

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A Reserva Natural foi criada em 1976, abrangendo uma área de 14.192 hectares, caracterizada por uma extensa superfície de águas estuarinas, campos de vasas recortados por esteiros, mouchões, sapais, salinas e terrenos aluvionares agrícolas (lezírias).

Logótipo Oficial

Não excedendo os 11 metros acima do nível do mar e uma profundidade de 10 metros, distribuída pelos concelhos de Alcochete, Benavente e Vila Franca de Xira, a reserva insere-se na zona mais a montante do estuário do Tejo que, estendendo-se por uma área de cerca de 32 km2, é o maior da Europa Ocidental.

Nas margens do estuário desenvolve-se o sapal, cuja comunidade florística vive sob a influência das águas trazidas pela maré. Região de grande produtividade a nível de poliquetas, moluscos e crustáceos, constitui autêntica maternidade para várias espécies de peixes. Mas é a avifauna aquática que atribui ao estuário do Tejo a sua importância internacional. Os efectivos de espécies invernantes chegam a atingir cerca de 120.000 indivíduos. As contagens regularmente efectuadas indicam que invernam nesta Área Protegida mais de 10.000 anatídeos e 50.000 limícolas, das quais se destaca o alfaiate Recurvirostra avosetta, com um número que pode ascender a 25% da população invernante na Europa. Nesta área existe o registo de 200 espécies, que atesta a riqueza biológica e o valor para a Conservação da Natureza desta região com destaque para: o Flamingo (Phoenicopterus roseus), o Ganso-bravo (Anser anser), a Marrequinha (Anas crecca), o Pilrito-de-peito-preto (Calidris alpina), a Perdiz-do-mar (Glareola pratincola), o  Sisão (Tetrax tetrax) e o Milherango (Limosa limosa).

Inclui algumas zonas salgadas no Rio Tejo/Mar da Palha.

Estatuto de conservação

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  • 19 de Julho de 1976 - É criada a Reserva Natural do Estuário do Tejo, através do Decreto-Lei N.º. 565/76
  • 1980 - Passa a fazer parte Zonas Húmidas de Importância Internacional, através da Convenção de Ramsar.
  • 1994 - É instituída a Zona de Protecção Especial para Aves Selvagens, no âmbito da Directiva 79/409/CEE

Cidades junto (ou perto) do "Mar da Palha"

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Lisboa, Samora Correia, Alcochete, Almada, Amora, Seixal, Barreiro, Moita, Montijo, Sacavém, Póvoa de Santa Iria, Alverca do Ribatejo, Alhandra e Vila Franca de Xira

Notas

  1. ICNF. Visitantes que contactaram as áreas protegidas.
  2. Ramsar Sites Information Service (1992). «Estuário do Tejo». Consultado em 26 de setembro de 2016 
  3. OLIVEIRA, Fernando Correia de. Folheto Em Lisboa, à descoberta da Ciência e da Tecnologia: vagueando pelas ruas. Pavilhão do Conhecimento Ciência Viva; Câmara Municipal de Lisboa, s.d.

Ligações externas

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