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Windsurf

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Prancha à vela
Windsurf
Windsurf em Cabo de Gata, em Chipre
Olímpico desde 1984 H / 1992 S
Desporto Vela
Praticado por Ambos os sexos
Masculino Tom Ashley
 Nova Zelândia
Feminino Yin Jian
 China
Campeões Mundiais
Cascais, 2007
Masculino R. Santos
 Brasil[1]
Feminino Z. Klepacka
 Polónia[2]

O windsurf[3][4] ou prancha à vela[5] é uma modalidade olímpica de vela. No mundo, o Havaí, Ilhas Canárias e as praias do Caribe são considerados ótimos lugares para a prática do windsurf. É praticado com uma prancha semelhante à prancha de surfe e com uma vela entre 2 e 5 metros de altura. Este esporte consiste em planar sobre a água utilizando a força do vento.

Velejadores em Punta Paloma, em Tarifa, na Espanha

Criado, na década de 1960, pelo casal Newman e Naomi Darby,em portugal. Surgiu o protótipo do windsurf. No entanto, a criativa ideia não foi bem recepcionada e o casal desistiu da invenção, antes de patenteá-la. Alguns anos mais tarde, em 1965, Hoyle Schweitzer (empresário e surfista) e Jim Drake (engenheiro aerospacial e velejador), dois amigos que procuravam unir características do surfe com o velejo, patentearam o equipamento em 1968 e o batizaram de windsurf. Actualmente, existem muitos websites e blogues que divulgam a modalidade.[6]

Praticante em Podersdorf am See, na Áustria


O equipamento de windsurf é formado por vários itens:

  • Mastro: monta e dá forma à vela;
  • Retranca: é o interface entre a vela e o praticante, permite que este direcione e segure a vela;
  • Vela: permite capturar a força do vento e fazer com que a prancha se desloque;

A vela pode ter vários tamanhos, desde medidas pequenas, como, por exemplo, (3,0m²), médias (7,0m²) e grandes (12,5m²), bem como formatos de acordo com a modalidade (ondas, regatas, etc.);

  • Pé de mastro: peça móvel que liga o mastro à prancha e permite que este se mova em todas as direcções;
  • Quilha ou Fin: encontra-se fixo na parte inferior da popa da prancha e permite que a prancha se desloque na direcção que queremos, sem a quilha a prancha fica sem controle e não é possível deslocar-se de forma perpendicular ao vento;
  • Patilhão: nas pranchas de aprendizagem é comum existir um patilhão a meio da prancha à semelhança dos barcos de vela, que aumenta a estabilidade e facilita a aprendizagem, nomeadamente do velejo em bolina (contra o vento).

Prancha: é ela que faz o interface entre o praticante de Windsurf e a água, existem diferentes tamanhos e tipos de pranchas, sendo classificadas de acordo com o seu volume (em litros), largura e tipo de modalidade (ex:ondas, regatas etc.);

  • Alça ou Footstrep: encontram-se fixos à popa da prancha, para o praticante colocar os seus pés quando a prancha está a planar (velejando em alta velocidade);
  • Trapézios ou cabos de arnês: encontram-se fixos à retranca por forma a permitir a utilização do arnês;
  • Arnês: equipamento vestido pelo praticante que permite utilizar o peso corporal do mesmo, transmitindo-o à retranca através do trapézio. Desta forma, não é necessário fazer tanta força com os braços;
  • Extensor: Utilizado para deixar a vela esticada quando o mastro não tem o comprimento necessário para a vela;
  • Foil: Uma espécie de quilha com asa que faz o equipamento do windsurfista flutuar sobre a água com mínimo arrasto e máxima velocidade.
Praticante em Boiro, na Galiza, na Espanha
  • Batida: ser jogado de volta a base da onda por sua crista, favorecendo a execução de novas manobras.
  • Batida 360: o velejador faz a prancha se desgarrar da onda, girar 360º no ar e voltar no mesmo sentido em que seguia.
  • Front Looping ou Back Looping: ir de encontro a parede da onda com velocidade, projetar no ar a prancha para dar um giro de 360º para frente ou para trás, respectivamente.
  • Aero jibe: projetar a prancha para cima e, aproveitando a força do vento, virá-la para o lado oposto.
  • Laydown jibe: completar uma curva de 180 graus com a vela paralela a água para neutralizar a força do vento.
  • Jump jibe: ir quase perpendicular ao vento, dar um pequeno salto (usando uma onda ou marola), girando a prancha aproximadamente 180º e jogando a popa a favor do vento, voltando praticamente no sentido oposto do inicial.
  • Jibe: curva a favor do vento.
  • Cambada: curva contra o vento.
  • Body Drag: Tirar o pé da prancha e deslizar o corpo sobre a água segurando somente na retranca.

É a categoria mais agitada do windsurf. A maior atração é o looping, o movimento mais arriscado, que consiste em usar as ondas como trampolim para se lançar, junto com a vela e a prancha, em seguida dar uma cambalhota de 360 graus sobre si mesmo e voltar a água na mesma posição de antes. Alguns atletas conseguem fazer o double-loop: duas voltas no ar antes de voltar à água. Algumas competições desta categoria são indoor. O windsurf indoor é realizado em tanques rodeados por potentes ventiladores em ginásios de grande porte. O velejador Kauli Seadi, Ricardo Campello e Browzinho já foram campeões na categoria jump, onde o velejador salta uma rampa com um buraco dentro para quilha passar.

Além das pranchas de adultos, já estão sendo produzidas pranchas para crianças. Por exemplo, a prancha fórmula é muito volumosa, mas, na forma, kids ela é ideal para as crianças.

A categoria wave é disputada nas ondas, similarmente a um campeonato de surfe. Os velejadores fazem manobras nas ondas e saltos indo contra as ondas. Juízes decidem a pontuação e a colocação dos atletas na competição. O brasileiro Kauli Seadi sagrou-se campeão mundial nesta categoria em 2005, 2007 e 2008.

O super X foi criado para criar um espetáculo e chamar a atenção do público para as competições. É uma regata com boias que os velejadores tem que saltar por cima. Quem cruza a linha final primeiro é o vencedor.

A mais técnica de todas as categorias. A prática desta se dá em pranchas mais volumosas e com velas maiores. As competições são similares as regatas de grande porte com boias a barlavento e sotavento. É a categoria dentro do windsurfe como a fórmula um no automobilismo. É aquela com o equipamento mais desenvolvido e os materiais mais tecnológicos.

No Brasil, são competidores, na fórmula, atletas como Mathias Pinheiro, Paulo Dos Reis, Wilhelm Shurmann, Gabriel Browne. Que representam o país em inúmeras competições internacionais, liderando o ranking mundial ano após ano.

Fórmula Experience

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A Fórmula Experience é uma classe filiada na International Sailing Federation. É uma classe para velejadores que se desejam iniciar na Formula Windsurfing - o patamar mais alto da competição race.

O equipamento desta fórmula é constituído por uma prancha fabricada com materiais menos nobres para que o preço se torne mais atractivo para o praticante. No entanto, a Fórmula Experience não se resume a uma prancha económica. É efectivamente uma prancha performante, muito próxima da prancha de alta competição.

Enquanto isso, a Classe impõe um conjunto de restrições em termos de vela, mastro e retranca tornando esta Fórmula muito popular, capaz de trazer muitos praticantes ao desporto, situação que de outra forma seria difícil para os interessados.

A Formula Windsurfing é uma Classe destinada aos jovens, mas também para todos aqueles que apesar da idade desejam praticar este desporto de forma descontraída.

O primeiro campeonato oficial desta fórmula foi realizado em Costa de Caparica, em Portugal, em 2003 e juntou velejadores dos cinco continentes, tendo sido organizado pelo Overpower Club.

O IQ Foil é a nova categoria olímpica do Windsurf que será utilizado pela primeira vez nos Jogos Olímpicos de Paris 2024.[7] O equipamento utiliza uma quilha Foil que faz o equipamento flutuar sobre as águas com o mínimo de arrasto.

Procure sempre um instrutor ou escola especializada para começar o desporto. Nunca subestime os ventos nem o mar: quando não tiver segurança para praticar o desporto, não arrisque. O instrutor de windsurfe Pedro Rodrigues recomenda ainda que o praticante não se afaste muito da costa e, sempre que possível, leve um celular para emergência. "Nunca saia sozinho sem avisar alguém em terra", completa o mesmo. Nunca navegue com ventos de off-shore, ou seja, com ventos na direcção do mar. Torna-se muito perigoso porque o praticante dificilmente conseguirá chegar à terra.

Benefícios para o corpo

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O windsurf é uma atividade física que desenvolve a resistência muscular. São trabalhados os músculos das pernas, braços e costas. A prática inadequada pode causar dores na região lombar, por isso é importante orientação para os iniciantes.

O Windsurf no Brasil

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O esporte é organizado pela Confederação Brasileira de Vela e Motor, mas existem também a Associação Brasileira de Windsurf, que atua de forma mais específica na regulação e promoção do windsurf no Brasil.

No Brasil, destacam-se algumas localidades para a prática do windsurf, tais como: Vitória e Guarapari, no Espírito Santo, Búzios e Araruama, no Rio de Janeiro, Praia de Búzios e São Miguel do Gostoso, no Rio Grande do Norte, Rio Grande, Tapes e Osório, no Rio Grande do Sul, Ilhabela, em São Paulo, Ibiraquera, Balneário Camboriú e Florianópolis, em Santa Catarina, e Fortaleza, Jericoacoara, no Ceará, Três Marias, em Minas Gerais e a Lagoa dos Ingleses, em Nova Lima.


Referências

  1. «Resultados RS:X homens». Consultado em 18 de setembro de 2007. Arquivado do original em 27 de setembro de 2007 
  2. «Resultados RS:X senhoras». Consultado em 18 de setembro de 2007. Arquivado do original em 27 de setembro de 2007 
  3. Dicionário escolar da língua portuguesa: Academia Brasileira de Letras. 2ª edição. São Paulo. Companhia Editora Nacional. 2008. p. 1 304.
  4. «Base I - Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa». umportugues.com. Consultado em 18 de janeiro de 2024 
  5. S.A, Priberam Informática. «prancha à vela». Dicionário Priberam. Consultado em 9 de abril de 2023 
  6. «Wind Addicts» (em indonésio). Consultado em 18 de janeiro de 2024 
  7. «IQ Foil nova classe de vela explicada» 

Ligações externas

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O Commons possui uma categoria com imagens e outros ficheiros sobre Windsurf