Aromaterapia: diferenças entre revisões

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{{Medicina alternativa}}
'''Aromaterapia''' é um ramo da fitoterapia que consiste no uso de tratamento baseado no efeito que os "''aromas''" de plantas são capazes de provocar no indivíduo (uso de óleos ''essenciais'' através de sua aplicação cutânea ou através das vias respiratórias). Esta é a ciência que explora o uso dos óleos das plantas para beneficio da sociedade.
<!-- Descrição e história -->
'''Aromaterapia''' é a utilização de [[óleos essenciais]] e outro tipo de [[fragrância]]s com o intuito de melhorar o [[bem-estar]] físico e psicológico de uma pessoa.<ref name="emch">{{Citar periódico |url=http://citeseerx.ist.psu.edu/viewdoc/download?doi=10.1.1.461.797&rep=rep1&type=pdf |título=Stress Management: Aromatherapy as an alternative |autor=Sandra Sgoutas-Emch, Tara Fox, Michelle Preston, Carrie Brooks, Eva Serber |jornal=Sci. Rev. Altern. Med. |ano=2001 |número=5 |páginas=90–95}}</ref><ref>{{cite web|title=Aromatherapy|url=http://www.betterhealth.vic.gov.au/bhcv2/bhcarticles.nsf/pages/Aromatherapy|website=Better Health Channel|accessdate=2014-08-14}}</ref> Esta prática pode ser realizada como [[terapia complementar]] ou, de forma controversa, como [[medicina alternativa]]. Na terapia complementar, a aromaterapia é realizada a par do tratamento médico convencional,<ref>{{cite journal | doi = 10.1093/ecam/neh087| pmid = 15937558| title = Immunological and Psychological Benefits of Aromatherapy Massage| journal = Evidence-Based Complementary and Alternative Medicine| volume = 2| issue = 2| pages = 179| year = 2005| last1 = Kuriyama| first1 = Hiroko| last2 = Watanabe| first2 = Satoko| last3 = Nakaya| first3 = Takaaki| last4 = Shigemori| first4 = Ichiro| last5 = Kita| first5 = Masakazu| last6 = Yoshida| first6 = Noriko| last7 = Masaki| first7 = Daiki| last8 = Tadai| first8 = Toshiaki| last9 = Ozasa| first9 = Kotaro| last10 = Fukui| first10 = Kenji| last11 = Imanishi| first11 = Jiro}}</ref> enquanto que na medicina alternativa é realizada em substituição do [[Medicina baseada em evidências|tratamento médico baseado em evidências]].<ref>{{cite web|url=http://www.macmillan.org.uk/Cancerinformation/Cancertreatment/Complementarytherapies/Alternativetherapies/Alternativetherapies.aspx|title=What are complementary and alternative therapies?|publisher=}}</ref> O conceito contemporâneo de aromaterapia surgiu na Europa no início do {{séc|XX}}.<ref name="webmd" /> O termo "aromaterapia" apareceu publicado pela primeira vez em 1937, num livro do químico francês René-Maurice Gattefossé.<ref>{{cite book |last1=Gattefossé |first1=R.-M. |last2=Tisserand |first2=R. |year=1993 |title=Gattefossé's aromatherapy |location=Saffron Walden |publisher=C.W. Daniel |isbn=0-85207-236-8}}</ref><ref>{{Cite web |url=http://www.umm.edu/altmed/articles/aromatherapy-000347.htm |title=Aromatherapy |publisher=University of Maryland Medical Center |accessdate=24 October 2010}}</ref>


<!-- Métodos -->
De determinadas plantas aromáticas é extraído o [[óleo essencial]] a ser aplicado isoladamente ou em combinação com outros [[aroma]]s, dependendo das enfermidades e do indivíduo.<ref>Del Ré , P.V.; Jorge, N. Especiarias como antioxidantes naturais: aplicações em alimentos e implicação na saúde. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1516-05722012000200021&script=sci_arttext>. Acesso em 22 ago. 2017.</ref>
Os óleos essenciais são extraídos das [[flor]]es, [[folha]]s, caule ou [[Raiz|raízes]] das [[planta]]s, sendo depois diluídos noutro óleo ou em álcool. Os óleos podem ser aplicados diretamente na pele, pulverizados no ar, [[Inalação|inalados]] ou diluídos na água do banho.<ref name="webmd">{{Citar web |url=https://www.webmd.com/balance/stress-management/tc/aromatherapy-essential-oils-therapy-topic-overview#1 |título=Aromatherapy |publicado=[[:en:WebMD|WebMD]] |acessodata=16 de dezembro de 2017}}</ref> A aromaterapia pode ser usada em conjunto com [[Massagem|massagens]] como método de relaxamento.<ref name="emch" /> Os praticantes alegam que as fragrâncias dos óleos essenciais estimulam os nervos no nariz, enviando sinais à região do cérebro que controla a memória e as emoções. Acreditam ainda que, dependendo do óleo, o resultado pode ser relaxante ou estimulante e que determinados óleos estimulariam o corpo a produzir substâncias que combatem a dor.<ref name="webmd" />


<!-- Eficácia -->
Óleos essenciais são substâncias voláteis extremamente concentradas, que possuem princípios ativos de acordo com suas composições químicas. Dependendo da planta, o óleo essencial terá características diferenciadas de aroma, cor e densidade. Os óleos essenciais<ref>Senac RJ. Conheça os benefícios dos óleos essenciais. Disponível em: <http://www.rj.senac.br/noticias/conheca-os-beneficios-dos-oleos-essenciais>. Acesso em 22 ago. 2017.</ref> podem ser usados diluídos em veículos carreadores sobre a pele, através de massagens, cremes, loções, gel ou puro, através da inalação. Dependendo da forma de uso provocará efeitos físicos, mentais e emocionais, alterando a respiração, os batimentos cardíacos, pressão arterial, estados de ânimo, concentração etc.
Embora existam algumas evidências de que a aromaterapia possa ter um efeito passageiro na diminuição da [[ansiedade]], não existem evidências de que este efeito seja duradouro.<ref>{{Citar periódico |url=http://bjgp.org/content/bjgp/50/455/493.full.pdf |título=Aromatherapy: a systematic review |autor=Cooke, Brian; Ernst, Edzard |periódico=British Journal of General Practice |número=50 |mês=junho |ano=2000 |páginas=493–496}}</ref><ref>{{Citar periódico |url=http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1046/j.1365-2648.1995.21010034.x/full |título=Sensing an improvement: an experimental study to evaluate the use of aromatherapy, massage and periods of rest in an intensive care unit |autor=Christine Dunn, Jennifer Sleep, David Collett |periódico=Journal of Advanced Nursing |volume=21 |número=1 |mês=janeiro |ano=1995 |páginas=34-40 |doi=10.1046/j.1365-2648.1995.21010034.x}}</ref><ref>{{Citar periódico |url=http://journals.sagepub.com/doi/abs/10.1191/0269216304pm874oa |título=A randomized controlled trial of aromatherapy massage in a hospice setting |autor=Katie Soden, Karen Vincent, Stephen Craske, Caroline Lucas, Sue Ashley |jornal=Paliative Medicine |ano=2004 |mês=Março |volume=18 |número=2 |páginas=87–92 |doi=10.1191/0269216304pm874oa}}</ref> Não existem evidências de a aromaterapia seja eficaz na prevenção ou tratamento de qualquer doença.<ref name=acs>{{cite book |publisher=[[American Cancer Society]] |title=American Cancer Society Complete Guide to Complementary and Alternative Cancer Therapies |edition=2nd |year=2009 |isbn=978-0-944235-71-3 |editor=Ades TB |pages=57–60 |chapter=Aromatherapy}}</ref><ref name="HinesEtal">{{cite book |last1=Hines |first1=Sonia |last2=Steels |first2=Elizabeth |last3=Chang |first3=Anne |last4=Gibbons |first4=Kristen |date=2012-04-18 |title=Aromatherapy for treatment of postoperative nausea and vomiting |journal=Cochrane Database of Systematic Reviews |volume=2012 |issue=4 |publisher=John Wiley & Sons |language=en |doi=10.1002/14651858.cd007598.pub2 |issn=1465-1858 |url=http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/14651858.CD007598.pub2/abstract}}</ref><ref name="aus17">{{cite web |url=http://www.health.gov.au/internet/main/publishing.nsf/content/0E9129B3574FCA53CA257BF0001ACD11/$File/Natural%20Therapies%20Overview%20Report%20Final%20with%20copyright%2011%20March.pdf |publisher=Australian Government &ndash; Department of Health |format=PDF |author=Baggoley C |title=Review of the Australian Government Rebate on Natural Therapies for Private Health Insurance |year=2015 |laysummary=https://www.sciencebasedmedicine.org/australian-review-finds-no-benefit-to-17-natural-therapies |lay-source=Gavura, S. Australian review finds no benefit to 17 natural therapies. Science-Based Medicine |lay-date=19 November 2015}}</ref><ref>{{cite journal |first1=Gillian |last1=van der Watt |first2=Aleksandar |last2=Janca |title=Aromatherapy in nursing and mental health care |journal=Contemporary Nurse |volume=30 |issue=1 |pages=69–75 |date=August 2008 |pmid=19072192 |doi=10.5172/conu.673.30.1.69|url=http://pubs.e-contentmanagement.com/doi/abs/10.5172/conu.673.30.1.69 }}</ref><ref>{{cite journal |doi=10.1002/ptr.2072 |title=Pharmaceutical and therapeutic Potentials of essential oils and their individual volatile constituents: A review |year=2007 |last1=Edris |first1=Amr E. |journal=Phytotherapy Research |volume=21 |issue=4 |pages=308–23 |pmid=17199238}}</ref> As várias [[Revisão sistemática|revisões sistemáticas]] sobre aromaterapia têm verificado a existência de estudos de má qualidade e mal concebidos e concluíram não existirem evidências sólidas de que seja eficaz no tratamento da dor durante o [[parto]],<ref>{{Cite book|url=http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/14651858.CD009215/abstract|title=Cochrane Database of Systematic Reviews|last=Smith|first=Caroline A|last2=Collins|first2=Carmel T|last3=Crowther|first3=Caroline A|date=2011-07-06|publisher=John Wiley & Sons, Ltd|isbn = |language=en|doi=10.1002/14651858.cd009215/full}}</ref> no tratamento de [[náusea]]s e [[vómito]]s após cirurgia,<ref>{{Cite book|url=http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/14651858.CD007598.pub2/abstract|title=Cochrane Database of Systematic Reviews|last=Hines|first=Sonia|last2=Steels|first2=Elizabeth|last3=Chang|first3=Anne|last4=Gibbons|first4=Kristen|date=2012-04-18|publisher=John Wiley & Sons, Ltd|isbn = |language=en|doi=10.1002/14651858.cd007598.pub2/full}}</ref> no tratamento dos sintomas de [[demência]],<ref>{{Cite book|url=http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/14651858.CD003150.pub2/abstract|title=Cochrane Database of Systematic Reviews|last=Forrester|first=Lene Thorgrimsen|last2=Maayan|first2=Nicola|last3=Orrell|first3=Martin|last4=Spector|first4=Aimee E|last5=Buchan|first5=Louise D|last6=Soares-Weiser|first6=Karla|date=2014-02-25|publisher=John Wiley & Sons, Ltd|isbn = |language=en|doi=10.1002/14651858.cd003150.pub2/full}}</ref> ou no alívio de sintomas do [[cancro]].<ref>{{Cite book|url=http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/14651858.CD009873.pub3/abstract|title=Cochrane Database of Systematic Reviews|last=Shin|first=Ein-Soon|last2=Seo|first2=Kyung-Hwa|last3=Lee|first3=Sun-Hee|last4=Jang|first4=Ji-Eun|last5=Jung|first5=Yu-Min|last6=Kim|first6=Min-Ji|last7=Yeon|first7=Ji-Yun|date=2016-06-03|publisher=John Wiley & Sons, Ltd|isbn = |language=en|doi=10.1002/14651858.cd009873.pub3/full}}</ref>


<!-- Segurança -->
É considerada uma terapia alternativa ou complementar<ref>BRASIL, Departamento de Atenção Básica (DAB), Notícias (fev./2017). Cuidado integral no SUS: ''As Práticas Integrativas e Complementares (PICs) busca promoção da saúde e melhoria na qualidade de vida''. Disponível em: <http://dab.saude.gov.br/portaldab/noticias.php?conteudo=_&cod=2304>. Acesso em 22 ago. 2017.</ref><ref>Juliana Rizzo Gnatta, Leonice Fumiko Sato Kurebayashi, Ruth Natalia Teresa Turrini, Maria Júlia Paes da Silva. Aromaterapia e enfermagem: concepção histórico-teórica. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/reeusp/v50n1/pt_0080-6234-reeusp-50-01-0130.pdf>. Acesso em 22 ago. 2017.</ref><ref>Vitor F. Ferreira; Angelo C. Pinto. A fitoterapia no mundo atual. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0100-40422010000900001&script=sci_arttext>. Acesso em 22 ago. 2017.</ref> embora seja um tratamento bastante antigo, que surgiu da [[fitoterapia]]. É utilizada no tratamento das mais variadas enfermidades e desequilíbrios, sendo considerada uma [[terapia holística]]. A Aromaterapia deve, mesmo assim, ser empregada com cautela e de preferência, guiada por um profissional especializado, que saberá verificar as contraindicações, além de dosagens melhores formas de uso.
A aromaterapia apresenta uma série de [[efeitos adversos]] que, a par da falta de evidências da sua eficácia, fazem com que a sua utilidade seja questionável.<ref>{{cite journal |vauthors=Posadzki P, Alotaibi A, Ernst E |title=Adverse effects of aromatherapy: a systematic review of case reports and case series |journal=Int J Risk Saf Med |volume=24 |issue=3 |pages=147–61 |date=January 2012 |pmid=22936057 |doi=10.3233/JRS-2012-0568 |type=Systematic review}}</ref> Alguns óleos podem causar irritação da pele, principalmente em contacto com as membranas do olho, nariz e boca.<ref name="webmd" /> A elevada concentração dos óleos essenciais provoca irritações na pele quando são usados de forma não diluída.<ref>{{cite book |first1=J |last1=Grassman |first2=E F |last2=Elstner |chapter=Essential Oils |title=Encyclopedia of Food Sciences and Nutrition |edition=2nd |editor1-first=Benjamin |editor1-last=Caballero |editor2-first=Luiz C |editor2-last=Trugo |editor3-first=Paul M |editor3-last=Finglas |publisher=Academic Press |year=1973 |isbn=0-12-227055-X}}</ref> Alguns óleos usados para diluir os óleos essenciais podem causar reações [[Fototoxicidade|reações fototóxicas]] na pele, principalmente naqueles à base de [[citrino]]s.<ref>{{cite journal |pmid=16389350 |year=2000 |last1=Cather |first1=JC |last2=MacKnet |first2=MR |last3=Menter |first3=MA |title=Hyperpigmented macules and streaks |volume=13 |issue=4 |pages=405–6 |pmc=1312240 |journal=Proceedings |publisher=Baylor University Medical Center}}</ref> Alguns óleos essenciais, como o óleo de [[eucalipto]], são extremamente tóxicos quando ingeridos, mesmo em pouca quantidade.<ref>{{cite web|url=http://www.inchem.org/documents/pims/pharm/pim031.htm#SectionTitle:7.2%20%20Toxicity|title=Eucalyptus oil|publisher=}}</ref><ref>{{cite journal |doi=10.3109/15563658108990357 |title=Toxicity of Some Essential Plant Oils. Clinical and Experimental Study |year=1981 |last1=Millet |first1=Y. |last2=Jouglard |first2=J. |last3=Steinmetz |first3=M. D. |last4=Tognetti |first4=P. |last5=Joanny |first5=P. |last6=Arditti |first6=J. |journal=Clinical Toxicology |volume=18 |issue=12 |pages=1485–98 |pmid=7333081}}</ref> Em pessoas com doenças pulmonares como [[asma]], alergias respiratórias ou outras doenças pulmonares crónicas, os óleos essenciais podem causar espamos das vias aéreas. A aromaterapia é particularmente perigosa durante a [[gravidez]], uma vez que alguns óleos podem causar contrações do útero, como os óleos de ''[[Juniperus]]'', de [[alecrim]] ou de [[Salvia officinalis|salva]].<ref name="webmd" />


==Ver também==
==Ver também==
*[[Fitoterapia]]
*[[Fitoterapia]]


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== Ligações externas ==
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* [http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmedhealth/PMH0032645/ ''Aromatherapy and Essential Oils (PDQ®)''] – [http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmedhealth/PMH0032518/ ''Aromatherapy and Essential Oils (PDQ®)''].
* [http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmedhealth/PMH0032645/ ''Aromatherapy and Essential Oils (PDQ®)''] – [http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmedhealth/PMH0032518/ ''Aromatherapy and Essential Oils (PDQ®)''].


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Revisão das 01h05min de 16 de dezembro de 2017

Aromaterapia é a utilização de óleos essenciais e outro tipo de fragrâncias com o intuito de melhorar o bem-estar físico e psicológico de uma pessoa.[1][2] Esta prática pode ser realizada como terapia complementar ou, de forma controversa, como medicina alternativa. Na terapia complementar, a aromaterapia é realizada a par do tratamento médico convencional,[3] enquanto que na medicina alternativa é realizada em substituição do tratamento médico baseado em evidências.[4] O conceito contemporâneo de aromaterapia surgiu na Europa no início do século XX.[5] O termo "aromaterapia" apareceu publicado pela primeira vez em 1937, num livro do químico francês René-Maurice Gattefossé.[6][7]

Os óleos essenciais são extraídos das flores, folhas, caule ou raízes das plantas, sendo depois diluídos noutro óleo ou em álcool. Os óleos podem ser aplicados diretamente na pele, pulverizados no ar, inalados ou diluídos na água do banho.[5] A aromaterapia pode ser usada em conjunto com massagens como método de relaxamento.[1] Os praticantes alegam que as fragrâncias dos óleos essenciais estimulam os nervos no nariz, enviando sinais à região do cérebro que controla a memória e as emoções. Acreditam ainda que, dependendo do óleo, o resultado pode ser relaxante ou estimulante e que determinados óleos estimulariam o corpo a produzir substâncias que combatem a dor.[5]

Embora existam algumas evidências de que a aromaterapia possa ter um efeito passageiro na diminuição da ansiedade, não existem evidências de que este efeito seja duradouro.[8][9][10] Não existem evidências de a aromaterapia seja eficaz na prevenção ou tratamento de qualquer doença.[11][12][13][14][15] As várias revisões sistemáticas sobre aromaterapia têm verificado a existência de estudos de má qualidade e mal concebidos e concluíram não existirem evidências sólidas de que seja eficaz no tratamento da dor durante o parto,[16] no tratamento de náuseas e vómitos após cirurgia,[17] no tratamento dos sintomas de demência,[18] ou no alívio de sintomas do cancro.[19]

A aromaterapia apresenta uma série de efeitos adversos que, a par da falta de evidências da sua eficácia, fazem com que a sua utilidade seja questionável.[20] Alguns óleos podem causar irritação da pele, principalmente em contacto com as membranas do olho, nariz e boca.[5] A elevada concentração dos óleos essenciais provoca irritações na pele quando são usados de forma não diluída.[21] Alguns óleos usados para diluir os óleos essenciais podem causar reações reações fototóxicas na pele, principalmente naqueles à base de citrinos.[22] Alguns óleos essenciais, como o óleo de eucalipto, são extremamente tóxicos quando ingeridos, mesmo em pouca quantidade.[23][24] Em pessoas com doenças pulmonares como asma, alergias respiratórias ou outras doenças pulmonares crónicas, os óleos essenciais podem causar espamos das vias aéreas. A aromaterapia é particularmente perigosa durante a gravidez, uma vez que alguns óleos podem causar contrações do útero, como os óleos de Juniperus, de alecrim ou de salva.[5]

Ver também

Referências

  1. a b Sandra Sgoutas-Emch, Tara Fox, Michelle Preston, Carrie Brooks, Eva Serber (2001). «Stress Management: Aromatherapy as an alternative». Sci. Rev. Altern. Med. (5): 90–95 
  2. «Aromatherapy». Better Health Channel. Consultado em 14 de agosto de 2014 
  3. Kuriyama, Hiroko; Watanabe, Satoko; Nakaya, Takaaki; Shigemori, Ichiro; Kita, Masakazu; Yoshida, Noriko; Masaki, Daiki; Tadai, Toshiaki; Ozasa, Kotaro; Fukui, Kenji; Imanishi, Jiro (2005). «Immunological and Psychological Benefits of Aromatherapy Massage». Evidence-Based Complementary and Alternative Medicine. 2 (2). 179 páginas. PMID 15937558. doi:10.1093/ecam/neh087 
  4. «What are complementary and alternative therapies?» 
  5. a b c d e «Aromatherapy». WebMD. Consultado em 16 de dezembro de 2017 
  6. Gattefossé, R.-M.; Tisserand, R. (1993). Gattefossé's aromatherapy. Saffron Walden: C.W. Daniel. ISBN 0-85207-236-8 
  7. «Aromatherapy». University of Maryland Medical Center. Consultado em 24 October 2010  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  8. Cooke, Brian; Ernst, Edzard (junho de 2000). «Aromatherapy: a systematic review» (PDF). British Journal of General Practice (50): 493–496 
  9. Christine Dunn, Jennifer Sleep, David Collett (janeiro de 1995). «Sensing an improvement: an experimental study to evaluate the use of aromatherapy, massage and periods of rest in an intensive care unit». Journal of Advanced Nursing. 21 (1): 34-40. doi:10.1046/j.1365-2648.1995.21010034.x 
  10. Katie Soden, Karen Vincent, Stephen Craske, Caroline Lucas, Sue Ashley (2004). «A randomized controlled trial of aromatherapy massage in a hospice setting». Paliative Medicine. 18 (2): 87–92. doi:10.1191/0269216304pm874oa 
  11. Ades TB, ed. (2009). «Aromatherapy». American Cancer Society Complete Guide to Complementary and Alternative Cancer Therapies 2nd ed. [S.l.]: American Cancer Society. pp. 57–60. ISBN 978-0-944235-71-3 
  12. Hines, Sonia; Steels, Elizabeth; Chang, Anne; Gibbons, Kristen (18 de abril de 2012). Aromatherapy for treatment of postoperative nausea and vomiting. Cochrane Database of Systematic Reviews (em inglês). 2012. [S.l.]: John Wiley & Sons. ISSN 1465-1858. doi:10.1002/14651858.cd007598.pub2 
  13. Baggoley C (2015). «Review of the Australian Government Rebate on Natural Therapies for Private Health Insurance» (PDF). Australian Government – Department of Health. Resumo divulgativoGavura, S. Australian review finds no benefit to 17 natural therapies. Science-Based Medicine (19 November 2015)  Verifique data em: |resumo-data= (ajuda)
  14. van der Watt, Gillian; Janca, Aleksandar (August 2008). «Aromatherapy in nursing and mental health care». Contemporary Nurse. 30 (1): 69–75. PMID 19072192. doi:10.5172/conu.673.30.1.69  Verifique data em: |data= (ajuda)
  15. Edris, Amr E. (2007). «Pharmaceutical and therapeutic Potentials of essential oils and their individual volatile constituents: A review». Phytotherapy Research. 21 (4): 308–23. PMID 17199238. doi:10.1002/ptr.2072 
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  17. Hines, Sonia; Steels, Elizabeth; Chang, Anne; Gibbons, Kristen (18 de abril de 2012). Cochrane Database of Systematic Reviews (em inglês). [S.l.]: John Wiley & Sons, Ltd. doi:10.1002/14651858.cd007598.pub2/full 
  18. Forrester, Lene Thorgrimsen; Maayan, Nicola; Orrell, Martin; Spector, Aimee E; Buchan, Louise D; Soares-Weiser, Karla (25 de fevereiro de 2014). Cochrane Database of Systematic Reviews (em inglês). [S.l.]: John Wiley & Sons, Ltd. doi:10.1002/14651858.cd003150.pub2/full 
  19. Shin, Ein-Soon; Seo, Kyung-Hwa; Lee, Sun-Hee; Jang, Ji-Eun; Jung, Yu-Min; Kim, Min-Ji; Yeon, Ji-Yun (3 de junho de 2016). Cochrane Database of Systematic Reviews (em inglês). [S.l.]: John Wiley & Sons, Ltd. doi:10.1002/14651858.cd009873.pub3/full 
  20. Posadzki P, Alotaibi A, Ernst E (January 2012). «Adverse effects of aromatherapy: a systematic review of case reports and case series». Int J Risk Saf Med (Systematic review). 24 (3): 147–61. PMID 22936057. doi:10.3233/JRS-2012-0568  Verifique data em: |data= (ajuda)
  21. Grassman, J; Elstner, E F (1973). «Essential Oils». In: Caballero, Benjamin; Trugo, Luiz C; Finglas, Paul M. Encyclopedia of Food Sciences and Nutrition 2nd ed. [S.l.]: Academic Press. ISBN 0-12-227055-X 
  22. Cather, JC; MacKnet, MR; Menter, MA (2000). «Hyperpigmented macules and streaks». Baylor University Medical Center. Proceedings. 13 (4): 405–6. PMC 1312240Acessível livremente. PMID 16389350 
  23. «Eucalyptus oil» 
  24. Millet, Y.; Jouglard, J.; Steinmetz, M. D.; Tognetti, P.; Joanny, P.; Arditti, J. (1981). «Toxicity of Some Essential Plant Oils. Clinical and Experimental Study». Clinical Toxicology. 18 (12): 1485–98. PMID 7333081. doi:10.3109/15563658108990357 

Ligações externas