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Composição do corpo humano: diferenças entre revisões

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Revisão das 12h05min de 13 de abril de 2022

A composição do corpo humano pode ser analisada por meio de diversas maneiras distintas. Tal análise pode ser executada em termos da distribuição percentual dos elementos químicos dispersos em um ser humano mediano ou considerando componentes moleculares, como por exemplo, as quantidades de água, proteína, gorduras (ou lipídios), hidroxiapatita, carboidratos, entre outros.[1]

Já em relação aos tipos de células, o corpo humano contém centenas de estruturas celulares diferentes, mas notavelmente, o maior número de células contidas em um ser humano saudável (embora não corresponda a maior massa) não são células humanas, mas sim de bactérias que residem no trato gastrointestinal.[2]

Elementos químicos.

Quase 99% de toda a massa de um corpo humano normal é composta por apenas seis elementos químicos distintos: oxigênio, carbono, hidrogênio, cálcio e fósforo. Dentro do 1% da massa restante, 0,85% correspondem a outros cinco elementos: potássio, enxofre, sódio, cloro e magnésio. Todos os demais elementos somados juntos não alcançam a massa do magnésio, o menos abundante dos 11 elementos citados nesta lista [3]

Elementos traço

Nem todos os elementos presentes no corpo humano encontrados em quantidades traço apresentam papeis essenciais para a vida. A ciência acredita que alguns desses elementos são simples contaminantes secundários sem função biológica (exemplos: césio e titânio), enquanto outros são considerados tóxicos ativos, podendo ser danosos conforme a quantidade (cadmio e mercúrio, por exemplo). Em alguns casos essa função pode ser alterada conforme a quantidade presente no organismo. O arsênio, por exemplo, é considerado tóxico, mas especula-se que ele desempenhe algum papel biológico quando presente em quantidades ínfimas no organismo.[4]

Principais elementos que compõem um corpo humano saudável (incluindo sua porção líquida)
Elemento Símbolo % dispersa no corpo humano Percentual atômico
Oxigenio O 65.0 24.0
Carbono C 18.5 12.0
Hidrogenio H 9.5 62.0
Nitrogenio N 3.2 1.1
Calcio Ca 1.5 0.22
Fósforo P 1.0 0.22
Potassio K 0.4 0.03
Enxofre S 0.3 0.038
Sodio Na 0.2 0.037
Cloro Cl 0.2 0.024
Magnesio Mg 0.1 0.015
Oligoelementos incluindo boro (B), cromo (Cr), cobalto, (Co), cobre (Cu), flúor (F), Iodo (I), Ferro (Fe), manganes (Mn), molibdenio (Mo), selenio (Se), silicio (Si), estanho (Sn), vanadio (V) e zinco(Zn). <  1.0 < 0.3

Distribuição percentual completa

Alguns dos elementos listados na sequencia não são reconhecidos como nutrientes essenciais, embora sejam componentes do corpo humano.[5] Outros, embora essenciais podem ser danosos quando presentes em grandes quantidades[6]

Número atômico Elemento Fração em relação à massa

[7][8][9][10][11][12]

Massa total (kg) - Considerando um individuo mediano com peso em torno de 70kg[13] Percentual atômico Apresenta papel biológico essencial ao organismo humano?[14] Efeitos tóxicos caso estejam presentes em quantidades superiores ao normal
8 Oxigênio 0.65 43 24 Sim Oxidação / radicais livres
6 Carbono 0.18 16 12 Sim
1 Hidrogênio 0.10 7 62 Sim [15] Acidose
7 Nitrogênio 0.03 1.8 1.1 Sim
20 Cálcio 0.014 1.0 0.22 Sim [15][16][17] Hipercalcemia
15 Fósforo 0.011 0.78 0.22 Sim [15][16][17] Hiperfosfatemia
19 Potássio 2.0×10−3 0.14 0.033 Sim Hipercaliemia
16 Enxofre 2.5×10−3 0.14 0.038 Sim
11 Sódio 1.5×10−3 0.10 0.037 Sim Hipernatremia
17 Cloro 1.5×10−3 0.095 0.024 Sim [16][17] Hipercloremia
12 Magnésio 500×10−6 0.019 0.0070 Sim Hipermagnesemia
26 Ferro 60×10−6 0.0042 0.00067 Sim Hemocromatose
9 Flúor 37×10−6 0.0026 0.0012 Talvez (WHO)[18] Fluorose óssea / Fluorose dentária / Intoxicação
30 Zinco 32×10−6 0.0023 0.00031 Sim Intoxicação
14 Silício 20×10−6 0.0010 0.0058 Provavelmente[19]
31 Gálio 4.9×10−6 0.0007 0.00093 Não Envenenamento
37 Rubídio 4.6×10−6 0.00068 0.000033 Não Substituição do potássio
38 Estrôncio 4.6×10−6 0.00032 0.000033 Não Substituição do cálcio
35 Bromo 2.9×10−6 0.00026 0.000030 Talvez[20] Intoxicação
82 Chumbo 1.7×10−6 0.00012 0.0000045 Não Envenenamento / Intoxicação
29 Cobre 1×10−6 0.000072 0.0000104 Sim Intoxicação
13 Alumínio 870×10−9 0.000060 0.000015 Não Envenenamento / Intoxicação
48 Cádmio 720×10−9 0.000050 0.0000045 Não Envenenamento / Intoxicação
58 Cério 570×10−9 0.000040 Não
56 Bário 310×10−9 0.000022 0.0000012 Não Intoxicação quando presente em grandes quantidades
50 Estanho 240×10−9 0.000020 6.0×10−7 Não
53 Iodo 160×10−9 0.000020 7.5×10−7 Sim Hipertireoidismo induzido por iodo[21]
22 Titânio 130×10−9 0.000020 Não
5 Boro 690×10−9 0.000018 0.0000030 Provavelmente[6][22]
34 Selênio 190×10−9 0.000015 4.5×10−8 Sim[16][17] Intoxicação
28 Níquel 140×10−9 0.000015 0.0000015 Não Intoxicação
24 Cromo 24×10−9 0.000014 8.9×10−8 Sim[16][17]
25 Manganês 170×10−9 0.000012 0.0000015 Sim[16][17]
33 Arsênio 260×10−9 0.000007 8.9×10−8 Não[23] Envenenamento / Intoxicação
3 Lítio 31×10−9 0.000007 0.0000015 Sim Intoxicação
80 Mercúrio 190×10−9 0.000006 8.9×10−8 Não Envenenamento / Intoxicação
55 Césio 21×10−9 0.000006 1.0×10−7 Não
42 Molibdênio 130×10−9 0.000005 4.5×10−8 Sim
32 Germânio 5×10−6 Não
27 Cobalto 21×10−9 0.000003 3.0×10−7 Sim[24][25]
44 Rutênio 22×10−9 0.000007 Não [26]
51 Antimônio 110×10−9 0.000002 Não Intoxicação
47 Prata 10×10−9 0.000002 Não Argiria
41 Nióbio 1600×10−9 0.0000015 Não
40 Zircônio 6×10−6 0.000001 3.0×10−7 Não
57 Lantânio 1370×10−9 8×10−7 Não
52 Telúrio 120×10−9 7×10−7 Não
39 Ítrio 6×10−7 Não
83 Bismuto 5×10−7 Não
81 Tálio 5×10−7 Não Envenenamento / Intoxicação
49 Índio 4×10−7 Não
79 Ouro 3×10−9 2×10−7 3.0×10−7 Não Possível genotoxicidade[27][28][29]
21 Escândio 2×10−7 Não
73 Tântalo 2×10−7 Não
23 Vanádio 260×10−9 1.1×10−7 1.2×10−8 Provavelmente
90 Tório 1×10−7 Não Intoxicação / Envenenamento por radiotividade
92 Urânio 1×10−7 3.0×10−9 Não Intoxicação / Envenenamento por radiotividade
62 Samário 5.0×10−8 Não
74 Tungstênio 2.0×10−8 Não
4 Berílio 3.6×10−8 4.5×10−8 Não Intoxicação quando presente em grandes quantidades
88 Rádio 3×10−14 1×10−17 Não Intoxicação / Envenenamento por radiotividade

Referências

  1. Duda, Krzysztof; Majerczak, Joanna; Nieckarz, Zenon; Heymsfield, Steven B.; Zoladz, Jerzy A. (1 de janeiro de 2019). Zoladz, Jerzy A., ed. «Chapter 1 - Human Body Composition and Muscle Mass». Academic Press (em inglês): 3–26. ISBN 978-0-12-814593-7. Consultado em 12 de abril de 2022 
  2. Crew, Bec. «Here's How Many Cells in Your Body Aren't Actually Human». ScienceAlert (em inglês). Consultado em 12 de abril de 2022 
  3. Jahnen-Dechent, Wilhelm; Ketteler, Markus (fevereiro de 2012). «Magnesium basics». Clinical Kidney Journal (Suppl 1): i3–i14. ISSN 2048-8505. PMC 4455825Acessível livremente. PMID 26069819. doi:10.1093/ndtplus/sfr163. Consultado em 12 de abril de 2022 
  4. Anke M. "Arsénico". En: Mertz W. ed., Trace elements in Human and Animal Nutrition , 5ª ed. Orlando, FL: Academic Press, 1986, 347-372; Uthus EO, "Evidencia de la esencialidad arsenical", Environmental Geochemistry and Health , 1992, 14: 54-56; Uthus EO, esencialidad del arsénico y factores que afectan su importancia. En: Chappell WR, Abernathy CO, ediciones Cothern CR, Arsenic Exposure and Health . Northwood, Reino Unido: Science and Technology Letters, 1994, 199-208.
  5. «Guidance for Industry: A Food Labeling Guide 14. Appendix F». US Food and Drug Administration. 1 January 2013. Cópia arquivada em 4 April 2017  Verifique data em: |arquivodata=, |data= (ajuda)
  6. a b Institute of Medicine (29 September 2006). Dietary Reference Intakes: The Essential Guide to Nutrient Requirements. [S.l.]: National Academies Press. pp. 313–19, 415–22. ISBN 978-0-309-15742-1. Consultado em 21 June 2016  Verifique data em: |acessodata=, |data= (ajuda)
  7. Thomas J. Glover, comp., Pocket Ref, 3rd ed. (Littleton: Sequoia, 2003), p. 324 (LCCN 2002-91021), which in
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  9. Chang, Raymond (2007). Chemistry, Ninth Edition. [S.l.]: McGraw-Hill. 52 páginas. ISBN 978-0-07-110595-8 
  10. "Elemental Composition of the Human Body" Arquivado em 2018-12-18 no Wayback Machine by Ed Uthman, MD Retrieved 17 June 2016
  11. Frausto Da Silva, J. J. R; Williams, R. J. P (16 de agosto de 2001). The Biological Chemistry of the Elements: The Inorganic Chemistry of Life. [S.l.: s.n.] ISBN 9780198508489 
  12. Zumdahl, Steven S. and Susan A. (2000). Chemistry, Fifth Edition. [S.l.]: Houghton Mifflin Company. 894 páginas. ISBN 978-0-395-98581-6 )
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  17. a b c d e f Code of Federal Regulations, Title 21: Food and Drugs, Ch 1, subchapter B, Part 101, Subpart A, §101.9(c)(8)(iv)
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  26. Toeniskoetter, Steve (2020). «Ruthenium». Biochemical Periodic Table. [S.l.: s.n.] 
  27. Fratoddi, Ilaria; Venditti, Iole; Cametti, Cesare; Russo, Maria Vittoria (2015). «How toxic are gold nanoparticles? The state-of-the-art». Nano Research. 8 (6): 1771–1799. ISSN 1998-0124. doi:10.1007/s12274-014-0697-3. hdl:11573/780610Acessível livremente 
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  29. Hillyer, Julián F.; Albrecht, Ralph M. (2001). «Gastrointestinal persorption and tissue distribution of differently sized colloidal gold nanoparticles». Journal of Pharmaceutical Sciences. 90 (12): 1927–1936. ISSN 0022-3549. PMID 11745751. doi:10.1002/jps.1143