Marco Polo: diferenças entre revisões

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'''Marco Polo''' (Veneza 15 de setembro de 1254 – Veneza, 29 de janeiro de 1324) foi um mercador, embaixador e explorador. Nasceu na República de Veneza no fim da Idade Média. Juntamente com o seu pai, Nicolau Polo (Niccolò), e o seu tio, Matteo, foi um dos primeiros ocidentais a percorrer a Rota da Seda. Partiram no início de 1272 do porto de Laiassus (Layes) na Armênia. O relato detalhado das suas viagens pelo oriente, incluindo a China, foi durante muito tempo uma das poucas fontes de informação sobre a Ásia no ocidente.
'''Marco Polo''' ([[Veneza]] [[15 de setembro]] de [[1254]] – Veneza, [[29 de janeiro]] de [[1324]]) foi um [[mercador]], [[embaixador]] e [[explorador]]. Nasceu na [[República de Veneza]] no fim da [[Idade Média]]. Juntamente com o seu pai, Nicolau Polo (Niccolò), e o seu tio, Matteo, foi um dos primeiros ocidentais a percorrer a [[Rota da Seda]]. Partiram no início de [[1272]] do [[porto]] de [[Laiassus]] ([[Layes]]) na [[Armênia]]. O relato detalhado das suas viagens pelo [[oriente]], incluindo a [[China]], foi durante muito tempo uma das poucas fontes de informação sobre a [[Ásia]] no [[ocidente]].


A rota percorrida foi: através da Armênia até o norte da Turcomânia, e passando por Casaria e Sivas, atingiram Arzingan, de onde se avista o monte Ararat. Seguiram o curso do rio Tigre até Bandas, através de Mosul, chegando a Bagdá. Decidiram ir a Ormuz e seguir de barco até a longínqua China, porém ao verificarem as embarcações precárias que seguiam pelo Índico, decidiram seguir por terra. Rumando norte chegaram a Khubeis, além o deserto de Lut. Depois Damagham, a antiga Hecantompylos de Alexandre. Sempre rumo leste, atravessando desertos, rumaram para Balkh (antiga Bactria Regia). Por fim partiram para nordeste, através dos passos do Pamir, finalmente chegando a grande cidade de Kachgar.
A rota percorrida foi: através da Armênia até o norte da [[Turcomânia]], e passando por [[Casaria]] e [[Sivas]], atingiram [[Arzingan]], de onde se avista o [[monte Ararat]]. Seguiram o curso do [[rio Tigre]] até [[Bandas]], através de [[Mosul]], chegando a [[Bagdá]]. Decidiram ir a [[Ormuz]] e seguir de [[barco]] até a longínqua China, porém ao verificarem as embarcações precárias que seguiam pelo [[Oceano Índico]], decidiram seguir por terra. Rumando norte chegaram a [[Khubeis]], além o [[deserto de Lut]]. Depois [[Damagham]], a antiga ''Hecantompylos'' de [[Alexandre o grande|Alexandre]]. Sempre rumo leste, atravessando desertos, rumaram para [[Balkh]] (antiga [[Báctria]] Regia). Por fim partiram para nordeste, através dos passos do [[Pamir]], finalmente chegando a grande cidade de [[Kachgar]].


De lá rumo sudeste para Khotan onde aguardaram outra caravana para atravessar com mais segurança o deserto de Takla Makan. Chegam a Kan-Cheu onde encontram estátuas gigantescas de Buda. Voltaram-se para sudeste, cruzando o Hoang-ho para a cidade de Si-ning, de onde encontraram pela frente a grande estrada Tibete-Pequim.
De lá rumo sudeste para [[Khotan]] onde aguardaram outra [[caravana]] para atravessar com mais segurança o [[deserto]] de [[Taklamakan]]. Chegam a [[Kan-Cheu]] onde encontram [[estátua]]s gigantescas de [[Buda]]. Voltaram-se para sudeste, cruzando o [[Rio Amarelo|Huang Ho]] para a cidade de [[Si-ning]], de onde encontraram pela frente a grande [[estrada]] [[Tibete]]-[[Pequim]].


Dirigiram-se à corte do rei mongol Kublai Khan, neto do poderoso Gengis Khan e, a seu serviço, percorreram a Tartária, a China e a Indochina. O imperador permitiu que os Polos voltassem a Veneza, aproveitando o regresso de uma embaixada de Arghun-Khan, que subira ao trono na Pérsia e solicitava uma princesa da corte chinesa para casar-se. A volta foi via marítima, Kublai-Khan enviou 14 navios e um total de dois mil homens com eles. Como chegaram em Málaca em meados de maio de 1291, tiveram que esperar ventos favoráveis monçônicos que só chegaram em outubro. Estiveram no Ceilão e de lá bordejando a costa da Índia chegaram a Ormuz (Pérsia) após 18 meses da partida. Após entregarem a princesa, os Polo seguiram por terra até Armênia, passando por Trebizonda, Constantinopla e Negroponte, de onde embarcaram para Veneza.
Dirigiram-se à corte do [[rei]] mongol [[Kublai Khan]], neto do poderoso [[Gengis Khan]] e, a seu serviço, percorreram a [[Tartária]], a China e a [[Indochina]]. O [[imperador]] permitiu que os Polos voltassem a Veneza, aproveitando o regresso de uma embaixada de Arghun-Khan, que subira ao trono na [[Pérsia]] e solicitava uma princesa da corte chinesa para casar-se. A volta foi via marítima, Kublai-Khan enviou 14 [[navio]]s e um total de dois mil homens com eles. Como chegaram em [[Málaca]] em meados de maio de [[1291]], tiveram que esperar [[vento]]s favoráveis [[Monções|monçônicos]] que só chegaram em [[outubro]]. Estiveram no [[Ceilão]] e de lá bordejando a costa da [[Índia]] chegaram a Ormuz (Pérsia) após 18 meses da partida. Após entregarem a princesa, os Polo seguiram por terra até Armênia, passando por [[Trebizonda]], [[Constantinopla]] e [[Negroponte]], de onde embarcaram para Veneza.


Lá chegando em 1295, Marco Polo comandou uma tropa na guerra contra Gênova, acabando por ser feito prisioneiro. Durante o cativeiro, ditou as suas aventuras de viagem a um prisioneiro, Rusticiano de Pisa (Rusticello), que foram traduzidas em latim, em 1315, pelo frei Francisco Pipino. Em 1485, depois de traduzidas em várias línguas, foram impressas. A primeira tradução portuguesa impressa surgiu em 1502, sob o título de ''Livro de Marco Polo''.
Lá chegando em [[1295]], Marco Polo comandou uma [[tropa]] na [[guerra]] contra [[Gênova]], acabando por ser feito prisioneiro. Durante o cativeiro, ditou as suas aventuras de viagem a um prisioneiro, Rusticiano de [[Pisa]] ([[Rustichello da Pisa]]), que foram traduzidas em [[Língua latina|latim]], em [[1315]], pelo [[frei]] Francisco Pipino. Em [[1485]], depois de traduzidas em várias línguas, foram impressas. A primeira tradução [[Língua portuguesa|portuguesa]] impressa surgiu em [[1502]], sob o título de ''Livro de Marco Polo.''


As suas crônicas e histórias povoaram imensamente o imaginários de vários povos e chamavam a atenção pela incrível riqueza de detalhes e emoção produzida em suas narrativas
As suas [[crônica]]s e histórias povoaram imensamente o imaginários de vários povos e chamavam a atenção pela incrível riqueza de detalhes e emoção produzida em suas narrativas.


Ainda existem dúvidas quanto a se Marco Polo fez tudo o que alegou ou se simplesmente narrou histórias que ouviu de outros viajantes. Mas, quaisquer que tenham sido as fontes de ''A Descrição do Mundo'', de Marco Polo, os eruditos reconhecem sua importância. “Nunca antes ou desde então”, diz um historiador, “um homem forneceu tão imensa quantidade de novos conhecimentos geográficos ao Ocidente”.
Ainda existem dúvidas quanto a se Marco Polo fez tudo o que alegou ou se simplesmente narrou histórias que ouviu de outros viajantes. Mas, quaisquer que tenham sido as fontes de ''A Descrição do Mundo'', de Marco Polo, os [[erudito]]s reconhecem sua importância. ''"Nunca antes ou desde então..."'' ,diz um [[historiador]], "''...um homem forneceu tão imensa quantidade de novos conhecimentos geográficos ao Ocidente.''"

O [[livro]] de Marco Polo, ''Il Milione'' ou ''[[As Viagens]],'' é um testemunho da fascinação do homem por viagens, novas paisagens e terras distantes.

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Ficheiro:NoccoloAndMaffeoPoloWithGregoryX.JPG|Niccolò e Matteo Polo entregando uma [[carta]] de Kublai Khan para o [[papa]] [[Gregório X]] em [[1271]].
Ficheiro:PolosInBukhara.JPG|Niccolò e Matteo em [[Bukhara]], onde permaneceram por três anos. Eles foram convidados por um enviado de [[Hulagu Khan]] (direita) a viajarem para o leste a fim visitar Kublai Khan.
Ficheiro:Marco Polo traveling.JPG| chegada da família Polo a uma cidade da China.
Ficheiro:PolosLeavingConstantinople.JPG|Niccolò e Matteo Polo partindo de Constantinopla em direção ao Oriente em [[1259]].
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Ficheiro:Marco Polo, Il Milione, Chapter CXXIII and CXXIV.jpg|[[Página]] de <br/>''Il Milione / As Viagens.''
Ficheiro:Marco Polo. Map of explore.jpg|Roteiro de viagem de Marco Polo.
Ficheiro:MarcoPoloStatueInHangzhou.JPG|[[Estátua]] de Marco Polo em [[Hangzhou]], China.
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O livro de Marco Polo é um testemunho da fascinação do homem por viagens, novas paisagens e terras distantes.


=={{Bibliografia}}==
=={{Bibliografia}}==
''"The Lives and Achievements of the great explorers"'' - J.Leslie Mitchel; "Os Grandes Exploradores - a sua vida e as suas realizações" Trad. Brenno Silveira; Editora Boa Leitura Editora S.A.- SP Coleção 'A Conquista do Mundo' vol. VI; pgs.42/74.


* ''"The Lives and Achievements of the great explorers"'' - J.Leslie Mitchel; "Os Grandes Exploradores - a sua vida e as suas realizações" Trad. Brenno Silveira; Editora Boa Leitura Editora S.A.- SP Coleção 'A Conquista do Mundo' vol. VI; pgs.42/74.
''"Marco Polo"'' - Muriel Romana; Trad. Flávia Nascimento; Editora Bertrand Brasil Ltda.- Rio de Janeiro, 2008.

* ''"Marco Polo"'' - Muriel Romana; Trad. Flávia Nascimento; Editora Bertrand Brasil Ltda.- [[Rio de Janeiro]], [[2008]].


==Ligações externas==

* {{it}} [http://www.watchtower.org/i/20040608a/article_01.htm Watchtower - Marco Polo La Via della Seta lo porta in Cina]

* {{pt}} [http://www2.uol.com.br/historiaviva/reportagens/as_fantasticas__e_verdadeiras__aventuras_de_marco_polo.html História Viva - As fantásticas (e verdadeiras) aventuras de Marco Polo]




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Revisão das 07h08min de 15 de maio de 2009

Marco Polo

Marco Polo (Veneza 15 de setembro de 1254 – Veneza, 29 de janeiro de 1324) foi um mercador, embaixador e explorador. Nasceu na República de Veneza no fim da Idade Média. Juntamente com o seu pai, Nicolau Polo (Niccolò), e o seu tio, Matteo, foi um dos primeiros ocidentais a percorrer a Rota da Seda. Partiram no início de 1272 do porto de Laiassus (Layes) na Armênia. O relato detalhado das suas viagens pelo oriente, incluindo a China, foi durante muito tempo uma das poucas fontes de informação sobre a Ásia no ocidente.

A rota percorrida foi: através da Armênia até o norte da Turcomânia, e passando por Casaria e Sivas, atingiram Arzingan, de onde se avista o monte Ararat. Seguiram o curso do rio Tigre até Bandas, através de Mosul, chegando a Bagdá. Decidiram ir a Ormuz e seguir de barco até a longínqua China, porém ao verificarem as embarcações precárias que seguiam pelo Oceano Índico, decidiram seguir por terra. Rumando norte chegaram a Khubeis, além o deserto de Lut. Depois Damagham, a antiga Hecantompylos de Alexandre. Sempre rumo leste, atravessando desertos, rumaram para Balkh (antiga Báctria Regia). Por fim partiram para nordeste, através dos passos do Pamir, finalmente chegando a grande cidade de Kachgar.

De lá rumo sudeste para Khotan onde aguardaram outra caravana para atravessar com mais segurança o deserto de Taklamakan. Chegam a Kan-Cheu onde encontram estátuas gigantescas de Buda. Voltaram-se para sudeste, cruzando o Huang Ho para a cidade de Si-ning, de onde encontraram pela frente a grande estrada Tibete-Pequim.

Dirigiram-se à corte do rei mongol Kublai Khan, neto do poderoso Gengis Khan e, a seu serviço, percorreram a Tartária, a China e a Indochina. O imperador permitiu que os Polos voltassem a Veneza, aproveitando o regresso de uma embaixada de Arghun-Khan, que subira ao trono na Pérsia e solicitava uma princesa da corte chinesa para casar-se. A volta foi via marítima, Kublai-Khan enviou 14 navios e um total de dois mil homens com eles. Como chegaram em Málaca em meados de maio de 1291, tiveram que esperar ventos favoráveis monçônicos que só chegaram em outubro. Estiveram no Ceilão e de lá bordejando a costa da Índia chegaram a Ormuz (Pérsia) após 18 meses da partida. Após entregarem a princesa, os Polo seguiram por terra até Armênia, passando por Trebizonda, Constantinopla e Negroponte, de onde embarcaram para Veneza.

Lá chegando em 1295, Marco Polo comandou uma tropa na guerra contra Gênova, acabando por ser feito prisioneiro. Durante o cativeiro, ditou as suas aventuras de viagem a um prisioneiro, Rusticiano de Pisa (Rustichello da Pisa), que foram traduzidas em latim, em 1315, pelo frei Francisco Pipino. Em 1485, depois de traduzidas em várias línguas, foram impressas. A primeira tradução portuguesa impressa surgiu em 1502, sob o título de Livro de Marco Polo.

As suas crônicas e histórias povoaram imensamente o imaginários de vários povos e chamavam a atenção pela incrível riqueza de detalhes e emoção produzida em suas narrativas.

Ainda existem dúvidas quanto a se Marco Polo fez tudo o que alegou ou se simplesmente narrou histórias que ouviu de outros viajantes. Mas, quaisquer que tenham sido as fontes de A Descrição do Mundo, de Marco Polo, os eruditos reconhecem sua importância. "Nunca antes ou desde então..." ,diz um historiador, "...um homem forneceu tão imensa quantidade de novos conhecimentos geográficos ao Ocidente."

O livro de Marco Polo, Il Milione ou As Viagens, é um testemunho da fascinação do homem por viagens, novas paisagens e terras distantes.


  • "The Lives and Achievements of the great explorers" - J.Leslie Mitchel; "Os Grandes Exploradores - a sua vida e as suas realizações" Trad. Brenno Silveira; Editora Boa Leitura Editora S.A.- SP Coleção 'A Conquista do Mundo' vol. VI; pgs.42/74.
  • "Marco Polo" - Muriel Romana; Trad. Flávia Nascimento; Editora Bertrand Brasil Ltda.- Rio de Janeiro, 2008.


Ligações externas


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