Lobo-guará: diferenças entre revisões

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A espécie ocorre em várias áreas protegidas na [[Argentina]], [[Bolívia]], [[Brasil]], [[Paraguai]] e, possivelmente, [[Peru]]. Na Argentina está classificada entre as espécies em perigo (EN), e no Brasil consta da lista de espécies ameaçadas. Sua [[caça]] é proibida no Brasil, Paraguai e Bolívia. Embora não existam iniciativas de conservação dedicadas à espécie, esta se beneficia dos projetos de proteção do [[cerrado]].
A espécie ocorre em várias áreas protegidas na [[Argentina]], [[Bolívia]], [[Brasil]], [[Paraguai]] e, possivelmente, [[Peru]]. Na Argentina está classificada entre as espécies em perigo (EN), e no Brasil consta da lista de espécies ameaçadas. Sua [[caça]] é proibida no Brasil, Paraguai e Bolívia. Embora não existam iniciativas de conservação dedicadas à espécie, esta se beneficia dos projetos de proteção do [[cerrado]].


No Brasil é encontrado nos [[Parque nacional|Parques Nacionais]] de [[Parque Nacional de Brasília|Brasília]], das [[Parque Nacional das Emas|Emas]], da [[Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros|Chapada dos Veadeiros]], do [[Parque Nacional do Araguaia|Araguaia]], da [[Serra da Canastra]], [[Parque Nacional Grande Sertão Veredas|Grande Sertão Veredas]], da [[Parque Nacional Serra do Cipó|Serra do Cipó]], da [[Parque Nacional da Chapada dos Guimarães|Chapada dos Guimarães]], da [[Serra da Bodoquena]], [[Parque Nacional de Ilha Grande|Ilha Grande]], [[Parque Nacional de Aparados da Serra|Aparados da Serra]], da [[Parque Nacional da Serra Geral|Serra Geral]], [[Parque Nacional de São Joaquim|São Joaquim]], da [[Parque Nacional da Serra da Bocaina|Serra da Bocaina]], do [[Parque Nacional do Itatiaia|Itatiaia]]. Ocorre também nas [[Reserva Ecológica]] do [[Reserva Ecológica do Roncador|Roncador]] e nas [[estação ecológica|Estações Ecológicas]] [[Águas Emendadas]], [[Uruçuí-Una]], [[Serra das Araras]], [[Pirapitinga]] e [[Taiamã]]. Ainda, nos [[Parques Estaduais]] [[Parque Estadual do Ibitipoca|Ibitipoca]], [[Parque Estadual do Itacolomi|Itacolomi]], Nascentes do [[Rio Taquari]], [[Parque Estadual do Caracol|Caracol]], [[Parque Estadual de Itapuã|Itapuã]], [[Parque Estadual do Turvo|Turvo]], [[Parque Estadual do Cerrado|Cerrado]] e [[Parque Estadual de Vila Velha|Vila Velha]].Em Minas Gerais a RPPN, (Reserva Particular do Patrimônio Natural) no santuário do caraça também ajuda muito nesse aspecto, pois além de colocar o lobo como uma interessante e atrativa imagem aos turistas, também o preserva, alimentando-o.
No Brasil é encontrado nos [[Parque nacional|Parques Nacionais]] de [[Parque Nacional de Brasília|Brasília]], das [[Parque Nacional das Emas|Emas]], da [[Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros|Chapada dos Veadeiros]], do [[Parque Nacional do Araguaia|Araguaia]], da [[Serra da Canastra]], [[Parque Nacional Grande Sertão Veredas|Grande Sertão Veredas]], da [[Parque Nacional Serra do Cipó|Serra do Cipó]], da [[Parque Nacional da Chapada dos Guimarães|Chapada dos Guimarães]], da [[Serra da Bodoquena]], [[Parque Nacional de Ilha Grande|Ilha Grande]], [[Parque Nacional de Aparados da Serra|Aparados da Serra]], da [[Parque Nacional da Serra Geral|Serra Geral]], [[Parque Nacional de São Joaquim|São Joaquim]], da [[Parque Nacional da Serra da Bocaina|Serra da Bocaina]], do [[Parque Nacional do Itatiaia|Itatiaia]]. Ocorre também nas [[Reserva Ecológica]] do [[Reserva Ecológica do Roncador|Roncador]] e nas [[estação ecológica|Estações Ecológicas]] [[Águas Emendadas]], [[Uruçuí-Una]], [[Serra das Araras]], [[Pirapitinga]] e [[Taiamã]]. Ainda, nos [[Parques Estaduais]] [[Parque Estadual do Ibitipoca|Ibitipoca]], [[Parque Estadual do Itacolomi|Itacolomi]], Nascentes do [[Rio Taquari]], [[Parque Estadual do Caracol|Caracol]], [[Parque Estadual de Itapuã|Itapuã]], [[Parque Estadual do Turvo|Turvo]], [[Parque Estadual do Cerrado|Cerrado]] e [[Parque Estadual de Vila Velha|Vila Velha]].Em Minas Gerais a RPPN, (Reserva Particular do Patrimônio Natural) no santuário do caraça também ajuda muito nesse aspecto, pois além de colocar o lobo como uma interessante e atrativa imagem aos turistas, também o preserva, alimentando-o. Uma [[fêmea]] de lobo-guará, que fora atropelada, passou por um tratamento com [[células-tronco]] no [[Zoológico de Brasília]]. <ref>[http://noticias.ambientebrasil.com.br/clipping/2011/01/11/65024-lobo-guara-atropelado-por-caminhao-faz-tratamento-com-celulas-tronco.html Ambientebrasil] - Lobo-guará atropelado por caminhão faz tratamento com células-tronco. (Acessado em 12/01/2011)</ref> Este foi o primeiro caso registrado do uso de células-tronco para curar lesões num animal selvagem. <ref>[http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2011/01/lobo-guara-sobrevive-atropelamento-gracas-tratamento-com-celulas-tronco.html G1] - Lobo-guará sobrevive a atropelamento graças a tratamento com células-tronco.(Acessado em 12/01/2011).</ref>


Desenvolvem-se estudos ecológicos e de variabilidade genética da espécie em várias instituições de pesquisa brasileiras: na [[Associação Pró-Carnívoros]], [[Conselho Nacional de Pesquisas|CNPq]], [[União de Ensino do Planalto Central]], [[Universidade de São Paulo|USP]], [[Fundação Zoobotânica de Belo Horizonte]], [[Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais]], [[Instituto Brasileiro do Meio Ambiente]], [[Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária|EMBRAPA]] e [[Universidade de Brasília]].
Desenvolvem-se estudos ecológicos e de variabilidade genética da espécie em várias instituições de pesquisa brasileiras: na [[Associação Pró-Carnívoros]], [[Conselho Nacional de Pesquisas|CNPq]], [[União de Ensino do Planalto Central]], [[Universidade de São Paulo|USP]], [[Fundação Zoobotânica de Belo Horizonte]], [[Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais]], [[Instituto Brasileiro do Meio Ambiente]], [[Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária|EMBRAPA]] e [[Universidade de Brasília]].

Revisão das 17h31min de 12 de janeiro de 2011

Como ler uma infocaixa de taxonomiaLobo-guará

Estado de conservação
Quase ameaçada
Quase ameaçada
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Mammalia
Ordem: Carnivora
Família: Canidae
Género: Chrysocyon
Espécie: C. brachyurus
Nome binomial
Chrysocyon brachyurus
(Illiger, 1815)
Distribuição geográfica

O lobo-guará (do tupi agoa'rá, "pêlo de penugem";[1]nome científico: Chrysocyon brachyurus) é o maior canídeo nativo da América do Sul. A sua distribuição geográfica estende-se pelo sul do Brasil, Paraguai, Peru e Bolívia a leste dos Andes, estando extinto no Uruguai e talvez na Argentina, e é considerado uma espécie ameaçada. O Brasil abriga o maior número de animais; dos cerca de 25.000 indivíduos da espécie, cerca de 22.000 estão em território brasileiro.[2] Os biomas de sua ocorrência no Brasil são: Cerrado, Pantanal, Campos do Sul, parte da Caatinga e Mata Atlântica.

A espécie não está diretamente ligada a nenhum outro gênero de canídeos e aparentemente é uma relíquia da fauna plistocênica da América do Sul, que desapareceu na maioria após a formação do Istmo do Panamá.

Características

O lobo-guará mede cerca de 1 metro e 30 no ombro e pesa entre 20 e 25 kg. A sua pelagem característica é avermelhada por todo o corpo, exceto no pescoço,lombo, patas e ponta da cauda que são de cor preta,podendo na ponta da cauda,das orelhas e do papo ser da cor branca. Ao contrário dos lobos, esta espécie não forma alcatéias e tem hábitos solitários, juntando-se apenas em casais durante a época de reprodução.

Reprodução

A gestação dura em média 65 dias[3] e resulta em ninhadas de até seis crias[4] sendo dois o número médio de crias[3] que nascem entre junho e setembro.[4] Os filhotes nascem pretos, com a ponta da cauda branca e pesam entre 340 gramas e 410 gramas. Sua maturidade sexual acontece com um ano de idade.[4] o lobo guará tem seus filhotes somente no mês de junho e quando nascem a fêmea não sai da toca e é alimentada pelo macho.

Dieta

O lobo-guará caça preferencialmente de noite e ataca pequenos mamíferos roedores e aves, mas a sua dieta tem uma forte componente onívora. Estes animais são bastante dependentes da lobeira (Solanum lycocarpum) e estabelecem com esta planta uma relação simbiótica: sem os frutos da lobeira o lobo-guará morre de complicações renais causadas por nemátodos, e em contrapartida tem um papel fundamental na dispersão das sementes desta planta.

Riscos de Extinção

Embora não se enquadre na categoria crítica da IUCN, corre alto risco de extinção na natureza a médio prazo, em função do declínio populacional e da extrema fragmentação da área de ocupação. O tamanho populacional está se reduzindo, com probabilidade de extinção na natureza em 100 anos. As principais ameaças ao lobo-guará vêm da conversão de terras para agricultura, do fato de ser suscetível a doenças de cães domésticos, que competem com eles por alimento, e de acidentes como atropelamentos em estradas.

Iniciativas de conservação

A espécie ocorre em várias áreas protegidas na Argentina, Bolívia, Brasil, Paraguai e, possivelmente, Peru. Na Argentina está classificada entre as espécies em perigo (EN), e no Brasil consta da lista de espécies ameaçadas. Sua caça é proibida no Brasil, Paraguai e Bolívia. Embora não existam iniciativas de conservação dedicadas à espécie, esta se beneficia dos projetos de proteção do cerrado.

No Brasil é encontrado nos Parques Nacionais de Brasília, das Emas, da Chapada dos Veadeiros, do Araguaia, da Serra da Canastra, Grande Sertão Veredas, da Serra do Cipó, da Chapada dos Guimarães, da Serra da Bodoquena, Ilha Grande, Aparados da Serra, da Serra Geral, São Joaquim, da Serra da Bocaina, do Itatiaia. Ocorre também nas Reserva Ecológica do Roncador e nas Estações Ecológicas Águas Emendadas, Uruçuí-Una, Serra das Araras, Pirapitinga e Taiamã. Ainda, nos Parques Estaduais Ibitipoca, Itacolomi, Nascentes do Rio Taquari, Caracol, Itapuã, Turvo, Cerrado e Vila Velha.Em Minas Gerais a RPPN, (Reserva Particular do Patrimônio Natural) no santuário do caraça também ajuda muito nesse aspecto, pois além de colocar o lobo como uma interessante e atrativa imagem aos turistas, também o preserva, alimentando-o. Uma fêmea de lobo-guará, que fora atropelada, passou por um tratamento com células-tronco no Zoológico de Brasília. [5] Este foi o primeiro caso registrado do uso de células-tronco para curar lesões num animal selvagem. [6]

Desenvolvem-se estudos ecológicos e de variabilidade genética da espécie em várias instituições de pesquisa brasileiras: na Associação Pró-Carnívoros, CNPq, União de Ensino do Planalto Central, USP, Fundação Zoobotânica de Belo Horizonte, Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente, EMBRAPA e Universidade de Brasília.

Commons
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O Commons possui imagens e outros ficheiros sobre Lobo-guará

Referências

  1. Infopédia, Dicionário da Língua Portuguesa, Editora Porto. (Acessado em 29/04/2010)
  2. http://ciencia.hsw.uol.com.br/lobo-guara2.htm
  3. a b http://ciencia.hsw.uol.com.br/lobo-guara.htm
  4. a b c http://ciencia.hsw.uol.com.br/lobo-guara1.htm
  5. Ambientebrasil - Lobo-guará atropelado por caminhão faz tratamento com células-tronco. (Acessado em 12/01/2011)
  6. G1 - Lobo-guará sobrevive a atropelamento graças a tratamento com células-tronco.(Acessado em 12/01/2011).

Ligações externas